terça-feira, 22 de dezembro de 2009

PODE-SE PREVER O FUTURO?

Pessoas demasiado crédulas procuram, por todos os meios, desvendar o futuro, o qual sempre esperam seja promissor, consultando a posição dos astros no espaço, na sequencia das cartas por elas embaralhadas, nas linhas da mão, ou nas posiçao de conchinhas atiradas sobre um tabuleiro. Criou-se uma pseudo-ciência de desvendar o futuro, que ocupa o tempo de muitas pessoas. Não somente se fala sobre o assunto, como também se escrevem livros expondo teorias fantásticas. Às vezes fico pensando quem é o mais ingênuo, se quem as expõem ou quem nelas acreditam?

Se perguntarmos que fruta produz a jaqueira, todos, sem titubear, responderão que é a jaca. Por que, então, para se desvendar o futuro de uma pessoa não se procura em primeiro lugar saber quem ela é, como vive, como pensa, como age na vida? Não tem lógica, a meu ver, indagar dos astros, tão longinquos, o que se espera do futuro, ou crer que cartas, conchinhas ou nas linhas da mão .

Estou querendo dizer que, de certa forma, somos como uma árvore que somente produz o que é capaz de produzir, na realidade. A vida futura de um fumante é clarissima: terá enfisema pulmonar ou cancer, talvez veias entupidas, fraqueza precoce. Vida amargurada. Se for um bebedor contumaz, o figado é o órgão que lhe prejudicará no futuro. Seus familiares terão um belo traste para cuidar. Caso o problema seja o de drogas a falência mental ou o óbito por overdose é o futuro que lhe aguarda sorridente. Os que se consideram um bom garfo, terão que carregar mais tarde uma adiposidade ventral exagerada com todas as suas desagradaveis consequencias. Se cultiva o atletismo sexual o individuo pode esperar tranquilo que esse gasto energético em demasia trará suas dores.

Falamos dos grandes descuidos com a saúde fisica, a qual todos desejam ardentemente, sem falar dos pequenos desleixos higienicos, que também trazem seus males, alguns sérios, como a AIDS .

E o que dizer do ser mental, as vezes tão precário que mora no corpo frágil e perecível das pessoas? O despreparo para viver como ser humano civilizado, a falta de educação religiosa, quantos males nao estara a pessoa semeando no presente.

A prepotência de muitos que teimam desrespeitar as regras padrões de conduta, leis, normas de segurança, no lar e na sociedade, no transito vivencial,, quantos problemas lhe trara o futuro?

Creem muitos - por não acreditarem em Deus - que são muito espertos e roubam, matam, adulteram e cometem as maiores vilanias certos de que não serão punidos. Infelizes é o que serão no futuro, porque as leis divinas os alcançara um dia e sob o peso das mesmas gemerão. E não haverá astro que os livrará disso.

Outros mentem, semeiam desordens, exploram o seu próximo, sem desconfiar que pela lei da reencarnação terão que suportar os mesmos males que aos seus irmãos infringiu. Ninguém sairá da terra enquanto não pagar até o último ceitil, disse Jesus de Nazaré. De fato o mundo está necessitando de uma ciência que desvende o futuro dos homens, Ela porém já existe, pena que, como Carolina na janela, o tempo passou e a humanidade não a viu. mais de um século, em Paris, um discípulo de Jesus, lançou um livro maravilhoso, escrito por mãos divinas, que chamas-se "O Livro dos Espíritos".
Por seu intermédio aprenderá o homem um dia como comportar-se para quer o seu futuro seja o mais glorioso possível. Aprenderá a rever as consequencias das suas açoes e controlar a trajetória do proprio destino; não mais se comportará como hoje o faz, às cegas. Regulando a vida poderá dirigir-se a fins pré-estabelecidos, evitando erros e dores. Fará uma sementeira planificada e não, como hoje, um canteiro no qual não sabe o que nascerá. Dai o gesto infantil de indagar dos astros, das cartas, das conchinhas, o que lhe acontecerás amanhã.
Vós sois da raça dos deuses, dizia Jesus. Nosso futuro é uma humanidade cada vez mais aperfeiçoada rumo a eternidade, a Deus.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Ah se tu reinasses

Ah, se tu reinasses...
Não haveria tantos tribunais de justiça
porque não haveria mais brigas
e dissensões entre os homens.
Não haveria casas de detenção, cadeias
ou penitenciárias.
Não haveria essa multidão de delegados juízes,
policiais, guardas e carcereiros --
população de elevado custo que poderia se
dedicar ao estudo da terra em que vivemos
revelando seus mistérios.
Esses gastos com processos, fóruns e móveis seriam
aplicados no ambiente terreno,
florido-o.
Ah se tu reinasses entre nós, que bom seria Jesus.
Não mais feras enjauladas no ódio e no rancor
a nos causar piedade e comiseração.
Não mais crimes para lamentar a dor
e a loucura das pessoas.
Ah se tu reinasses entre nós, que bom seria Jesus.
Se tu reinasses entre nós não veríamos o triste
espetáculo da fome rondando os lares pobres --
que não existiriam.
Se tu reinasses entre nós não lamentariamos
o esbanjamento dos ricos
que avilta a pobreza trabalhadora.
Não mais a triste loucura das guerras
não mais canhões, tanques, foguetes, fuzis e baionetas
a semear a dor, a revolta e o crime entre nós.
Não mais os exércitos com suas armas destrutivas,
mas um contingente enorme de seres interessados
no bem estar do próximo.
Que bom seria este mundo sem hospitais
orfanatos, asilos, casa de saúde e prisões.
Que bom seria se tu reinasses entre nós.
Estaria provado que tínhamos nos curado
da loucura do egoísmo e do orgulho...

sábado, 12 de dezembro de 2009

PAULO AOS EFÉSIOS

Paulo, da prisão em Roma, dirigiu uma carta aos Efésios. Nela o apóstolo da gentilidade os exorta a renovação interior, tornando-se pessoas novas, dignas da qualidade de seguidoras do Cristo. Deveriam tratar-se mutuamene com gentileza e amor. Serem pacientes e tolerantes. Lembra-os que não deveriam se preocuopar em disputas e evitar a ira, o nervosismo, a imoralidade e praticas impuras
Eles deveriam ser pessoas novas e diferentes, santas e boas. Vestindo-se desta nova natureza, deveriam deixar de ser mesquinhos, e por de lado o mau humor, as contendas e antipatias, evitando sobretudo a malidecência, a boca suja. Dizer sómente o que é bom e útil aqueles com quem estiverem falando e o que resulte no bem deles Essas recomendações do apóstolo foram feitas ha dois mil anos, mas tem todo cunho de atualidade, devido as mesmas condições que hoje vivemos.
Éfeso era uma cidade cosmoppolita pelo fato de estar situada no Mediterrâneo na desembocadura de um rio que permitia o acesso ao continente, a Anatolia , atual Turquia. Tornou-se famosa por possuir o Templo de Artemis, uma das sete maravilhas do mundo antigo. Ficou na história cristã porque lá moraram o apostolo João e Maria mãe de Jesus. E foi lá ainda que o apóstolo, antes de ser desterrado para a ilha de Patmos, escreveu o seu Evangelho.
Paulo ali esteve e ajudou João na divulgação da doutrina do Cristo. Fez muitos amigos e ali escreveu a sua famosa epistola aos Romanos.
Essa carta dirigida aos Efésios tinha por objetivo restabelecer a prática do que havia sido anteriormente ensinado por ele. Emmanuel, comentando-a ressalta esse dom maravilhoso de podermos conversar uns com os outros de maneira afavel e gentil tão aviltada nos dias atuais.
Diz o refrão popular: Diga-me com quem andas e direi quem és", o que é verdade, pois é da lei que os semelhantes se atraiam. Facinoras se unem para perpretar crimes e os cristãos para a prática do bem. Mas é pela palavra que os distinguimos
O ato de conversar determina claramente a faixa que se encontra o cidadão. Ela mostra a nacionalidade, a cultura, a situação financeira, o grau de auto dominio, enfim tudo o que ele é.
Jesus foi alertado uma ocasião que seus diiscipulos comiam sem lavar as mãos. Defendendo-os disse; "Não é o que entra pela boca oi que mcula as pessoas, mas o que sai"e concluiu: é de lá que vem toda torpeza e maldade do homem, pois vem do seu coração".
A propósitoi da palavra Jesus contou uma ocasião a parabola da Semeador cujas sementes cairam, umas sobre pedras, outras sobre espinhos, outras em terreno imprópio e finalmente algumas em terreno bom, e só estas produziram seus frutos. Assim,, quando falamos, estamos lançandoi idéias, boas ou más, que darão seus frutos.
Sem o dom de falar aa civilização estaria fadada ao insuccesso pela, incapacidade de transmitirmos uns aos oiutros expeeriências e conhecimentos. A célula familiar nã0 vingaria da forma como está hoje, pois quem se uniria a outro sem conhece-lo, O periodo de noivado existe para que as pessoas conversando se conheçam e avaliem se poderão, juntos, atravessar os caminhos da vida.
O apóstolo Paulo conhecia bem o problema porisso sua recomendação de se tornarem pessoas novas e diferentes, vestindo-se de outra natureza, 'passando a falar sem malicias,mentiras, iras ou aleivosias, porque somente sendo pessoas renovadas, estariam no reino dos céus prometido por Jesus.
O cristão deve fugir das conversas inúteis, dos queixumes. Deve elevar o tom de suas conversas ao nivel que o destaque como pessoa proba, honesta, equilibrada e cheia de amor e carinho para com todos. Sua conversa deve sre alegre, elevada, que edifique, reequilibre e enalteça, porque é por ela que será reconhecido onde quer que esteja.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

FÉ OU OBRAS ?

Paulo de Tarso, na sua epístola aos Romanos, comentando a situação de certos Judeus, traça o perfil de que seja a seu ver, a f'é distanciada das obras de bondade e de amor preconizadas por Jesus. Diz ele que a demonstração inequivoca de confiança em Deus é o exato cumprimento da sua Lei e não apenas o entendimento das cerimônias e rituais religiosos que se manifesta a crença. Quem fica longe das ordenações divinas - embora alegue amar a Deus - sempre passa a percorrer caminhos tortuosos do desânimo, da maledicência, da revolta e dos crimes, os quais trazem a sua volta, marcas de destruição e miséria,
Os negadores da fé ou de fé titubeante, ou ociosos de bom animo, os revoltados,, aninham em si o desespero e tristeza, que geram rios de lágrimas äs claridades amenas da esperança que alumia os caminhos do crente que segue Jesus, ou abraçou sua doutrina durante a vida. E disse que a condenação cai precisamente sobre os Judeus, porque lhes foi confiada a guarda das leis divinas, transmitida por Moisés. Assim, conhecendo-as eles não tem desculpas, pois souberam que a vida é uma escola de aprimoramento espiritual e fizeram dela um campo de lutas, semeando ódios e dores, com vistas a bens materiais, sem nada de valioso ou duradouro ao espirito imortal. Eles e os que assim agem, diz Paulo, nunca chegaram a saber o que é sentir-se seguro e desfrutar das bençaõs de Deus, pois a infidelidade a própria consciencia cava abismos de destruição e nmiséria onde passa.
Por outro lado, o apóstolo Tiago, em sua única epistola indaga: "se alguem disser que tem fé, mas não tem obras, que lhe aproveitará isso?Ele conjuga o ter fé com fazer algo que justifique a sua posse, sem o qual esse possuir torna-se sem proveito. A seu ver a pessoa de fé não deve se isolar do mundo e possuir essa posse egoisticamente, mas, ao contrário, deve com ela construir obras de proveito.
Ser religiioso para ele, diante de Deus, nosso pai, consiste em visitar os órfãos e as viuvas, consolando-os em suas tribulações e guardar-se livre da corrupção do mundo,.É dar testemunho não com palavras, mas com atos que demonstre de que lado está, do mundo ou de Deus.
O que fazemos mostra claramente o que somos e por isso seremos justificados. É a lógica das coisas. Não adianta termos o titulo de engenheiro se nunca edificamos nada, ou de médico se não exercemos a profissão. Não adianta termos riqueza se ela não é proveitosa a ninguém. O titulo é apenas uma indicação, não uma prova de ser alguma coisa.
Ter fé, ser religioso, deve representar uma das mais importantes atividades da vida diária, É ajudar, amparar, espalhar esperança no futuro naqueles que estão precisando dela. O apóstolo cita órfãos e viuvas porquanto naquela época, o que não faltavam eram órfãos e viuvas, como resultado das constantes guerras em que os povos viviam. Violencia gerando miséria e sofrimento.
Assim o dever daquele que se diz religioso e crê em Deus, é justamente divulgar a paz, que traz bem estar, trabalhando todos os dias para aliviar as dores e sofrimentos, que o desconhecimento das leis divinas, que ele ja conhece, gera.
Portanto, dentro do pensamento desses apóstolos do cristianismo, somente podem ser classificados de religiosos as pessoas que semeiam ao seu redor, não só a palavra de Deus,mas executam obras provando ter compreendido o seu dever de filho do altissimo, amparando seus irmãos em dificuldades durante a vida.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Esmola

Lucas narra que Jesus, certa feita, foi convocado a participar de um jantar na casa de um fariseu.
O Mestre aceitou o convite, entrou na casa e pôs-se à mesa. Os fariseus, como consta da Introdução do Evangelho Segundo o Espiritismo, "eram observadores servis das práticas exteriores do culto e das cerimônias, tomados de ardoroso proselitismo, inimigos das inovações, afetavam grande severidade de princípios".
A atitude de Jesus de sentar-se à mesa sem antes cumprir ritual de lavar as mãos, o prato e o copo, causou admiração ao fariseu. O Mestre, sabendo disso observou: "Agora vós, ó fariseus, purificai o exterior do copo e do prato e por dentro estais cheios de rapina e perversidades".(11.37/41)
Jesus aproveitou a ocasião e fez um verdadeiro jogo de palavras, querendo naturalmente dizer que eles, com seus ritos e cerimônias, procuravam purificar-se apenas por fora, pouco importando se por dentro estivessem cheios de sujeira e perversidades. E concluiu o seu discurso dizendo que isso era insensatez e indagou: "Quem fez o exterior, não fez também o interior?"
Em seguida fez a seguinte recomendação: "Dai, porém em esmolas o conteúdo e eis que todas as coisas são limpas para vós."
Lembrando-nos de que o fariseu estava oferecendo um jantar ao Mestre, as recomendações se explicam perfeitamente, considerando-se a forma hostil como os fariseus sempre o tratavam.
Dar o conteúdo de sí próprio não é dar bens materiais, roupas, alimentos, dinheiro, nem mesmo parte do corpo, mas dar a própria alma em gestos e vibrações de carinho e afeto -- pois é justamente a prática do amor desinteressado que purifica a pessoa, interna e externamente. Isso, entretanto, eles não compreendiam.
Desde aquela época remota até os nossos dias, as pessoas preferem dar esmolas de bens perecíveis, para satisfazer a vaidade e não se obrigarem a maiores sacrifícios e renúncias, como seria o dispor do seu tempo ajudando o próximo, esquecendo-se de sí mesmo e trabalhando desinteressadamente para o bem da comunidade da qual faz parte.
Para dar, porém, é preciso ter. Muitas pessoas ainda não carregam as vibrações de carinho e afeto do amor pregado por Jesus. Cada qual pensa em si mesmo.
Para fazer calar a consciência, inventam cultos e ritos, como os fariseus do passado, e dão esmolas dos únicos bens que possuem, os materiais. Esquecem que até esses bens que dizem dar não são seus, mas empréstimos que Deus os aquinhoa para a passagem transitória na terra!

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O Cristianismo e Espiritismo

"Depois que fostes iluminados vos transformastes em um novos homens", disse Paulo aos seus discipulos.
É uma verdade inconteste e vamos explicar como a entendemos.
Naquela época, a população era constituída por noventa por cento de escravos, obtidos sempre por guerras. A vida era cruel, como cruéis eram os homens, que ignoravam a palavra misericórdia ou amor. Predominava a força em toda a sua extensão. O próprio Deus adorado era, como o povo, violento. Roma cultuava-se Marte, o Deus da Guerra, e Israel adorava Jeová, o Deus dos exércitos.
Com as pregações de Jesus na Judéia, nasceu o amor entre os homens e o Deus tranfigurou-se em um Pai bondoso e cheio de amor por seus filhos, um Deus que mandava as pessoas perdoarem seus inimigos. O seu Sermão da Montanha é um libelo contra a violência e um hino de amor a todos os seus filhos em sofrimento.
Paulo, sem qualquer duvida, foi o maior propagador da nova doutrina, depois de tê-la perseguido. Teve a idéia de pregar os ensinamentos de Jesus aos Pagãos, criando igrejas por todos os lugares onde passava -- e sempre foi perseguido pelos Judeus, que não aceitavam esse novo entendimento dos ensinamentos biblicos, chegando ao ponto, depois de terem crucificado Jesus, de mandar Paulo, o novo cristão, preso, à capital do Imperio Romano para ser julgado.
Mestre Jesus foi aceito por todos os deserdados da sorte e recriminado pelos poderosos que não o entendiam, porque consideravam covardia o amor ao próximo e o perdão os inimigos um absurdo.
Assim, passaram a perseguir e matar aqueles que aceitavam e praticavam os ensimentos de Jesus. Os Romanos, por seu turno, os consideravam perigosos uma vez que, no futuro, poderiam - ao ver deles -- tornarem o império num país de covardes que perdoam seus inimigos.
Na verdade estavam, os que assim pensavam, felizes com a situação que desfrutavam. Os cristãos sofreram os maiores vexames, mas conseguiram depois de séculos se firmarem como doutrina e se alastraram pelo mundo.
O Espiritismo, doutrina de bom senso, que conseguiu explicar de forma coerente os ensinamentos de Jesus, revivendo a lei da reencarnação e mostrando os problemas pessoais e coletivos por um prisma mais lógico, também teve e tem os seus detratores, que procuram sob todas as formas destruí-la.
Dizem alguns que Moisés proibiu a invocação dos mortos e que o Espiritismo é coisa do diabo e seu acompanhamento leva o homem a loucura. Tiveram a idéia de queimar os livros de Kardec em praça pública, como se estivéssemos ainda na época da Inquisição.
Mas o Espiritismo sobreviveu por causa das pessoas que, como os seguidores de Jesus, se transformaram em homens de bem, úteis á sociedade, repletos de paz e amor ao próximo. Pessoas de bom senso e equilibrio, honestas, que deverão formar, no futuro, uma sociedade mais justa, porque conhecedoras das leis da reencarnação e de causa e efeito. O seu Deus não é mais o patrono da guerra ou dos exércitos, mas "uma inteligência suprema, causa primária de todas as coisas" ; o seu lema é "Fora da Caridade não há Salvação" e sua ação acompanha as forças positivas deste mundo, ensinadas por Jesus.

sábado, 28 de novembro de 2009

Ouvirás decerto

"Salva-te a ti mesmo e desce da cruz"

Conta-nos Marcos em seu Evangelho que, estando Jesus pregado na cruz, os transeuntes o injuriavam dizendo que ele deveria salvar a si mesmo, descendo da cruz. Do mesmo modo os chefes dos sadacerdotes caçoavam dele entre si e com os escribas, dizendo:
"Salvou os outros e a si mesmo não pode se salvar. Se fores Messias desce da cruz para que creiamos".
Esse dito e muitos outros foram feitos pelos que se acercavam da cruz, com tal desrespeito a Jesus, ignorando tudo o que de bom ele havia feito para o povo. Mas não era só o povo que o injuriava, também os farizeus hipócritas e os chefes dos sacerdotes, aos quais ele dissera que eram lobos famintos que exploravam a casa de Deus, que não cumpriam a lei. Eram uns usurpadores do Templo.
Ora, se o Mestre de infinita bondade e amor, na hora mais dificil da sua vida, traído que fora e que estava sendo crucificado injustamente, como réles ladrão, mereceu dos homens que não o entendiam, tratamento tão ultrajante, não espere seu discipulo sincero, empenhado no testemunho de amor ao próximo, tratamento melhor daqueles que ainda não compreendem as leis da vida e vivem apenas o momento presente, cheios de ilusões.
O saudoso e querido médium Francisco Candido Xavier sofreu durantte toda a sua vida de vários males físicos e estava quase cego mas, apezar de carinho para com todos, não deixou de ser agredido e chamado por muitos de charlatão.
Quantos cristãos, em tarefa de caridade, de ajuda ao proximo, não são alvo de insinuações malévolas da parte dos que não os entendem, Se a pessoa é espirita e crê na ajuda dos espíritos do Senhor, pois que não entendem a doutrina, acham que ela deveria estar imune a doenças e a criticam por isso.
Cada passo no caminho do bem encontrará o discipulo de Jesus os eternos farizeus a criticarem e duvidarem da sua sinceridade, exigindo provas para crer. Devemos entender, como Jesus, que são espíritos atrasados que desconhecem a grandiosidade do universo de Deus e devemos orar e pedir por eles, como fez o Mestre do alto da cruz, pedindo ao Pai que perdoasse os seus algozes, porque não sabiam o que estavam fazendo.
É indispensável, diz Emmanuel, que nos revelemos a altura do conhecimento superior demonstrando que os princípios sublimes da fé não se movimentam na direção do conforto imediatista na carne, mas sim no rumo do burilamento espiritual. Diz mais: "é o exemplo que demonstra ser o Evangelho não oficina de vantagem na vida, mas templo de trabalho redentor consertando a nós mesmos".
Recomenda ele que ajudemos ao nosso próximo, mesmo a custa da incompreensão dos homens, uma vez que a lei do amor é o sustentáculo do universo. Não acreditemos estar imunes as investidas das trevas, mas saibamos colocar luz onde houver trevas.
Devemos ver o espiritismo como uma força educativa que mostrará a luz divina que nos tornará bons, desculpando as ofensas gratúitas, e não exigindo que nossos adversários pensem e vivam como nós.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

As aristocracias

São muitas as pessoas que não acredtam que o mundo possa melhorar e que surja uma nova ordem na forma de se viver. No livro Obras Póstumas, Allan Kardec apresenta um estudo bem interessante a esse respeito, com o titulo acima.

Em rápidos alinhavos, Kardec mostra a evolucão social do mundo, desde as primitivas tribos selvagens que colocavam o grupo sob direção dos mais idosos. Mais tarde, devido as constantes lutas com vizinhos, o comando passoou a ser dos mais fortes para protegê-los. A autoridade da força bruta foi a segunda aristocracia. O mundo, então, ficou dividido em fracos e fortes. Estes com os bens que possuiam tansmitiram aos filhos a autoridade. Surgiu a aristocracia do nascimento, que, além de criar leis para proveito próprio, criou o "direito divino" para manter-se no poder.
Com o correr dos tempos, os menos favorecidos tornanaram-se maioria e, pela força, aboliram os privilégios e proclamaram a igualdade de todos perante a lei. Surgiu assim uma nova potência: a do dinheiro, com o qual se dispõe das coisas e dos homens. Todavia, para conssegui-lo e necessário certa dose de inteligência. A essa nova força todos podem curvar-se sem se envilecer, pois pertence tanto ao rico como ao pobre.
Será a última? Será a mais alta expressão da humanidade civilizada? Não.
A inteligência nem sempre constitui penhor de moralidade e o homem mais inteligente pode fazer péssimo uso das suas faculdades. A moralidade sózinha pode ser incapaz. A união das duas - inteligência e moralidade - é necessária para criar uma preponderância legitima a que os povos se submeterão, pela confiança na sua justiça. Quando os homens de tal categoria formarem maioria, o povo confiará em seus intereses.
Todas az aristocracias tiveram sua razão de ser. Nasceram do estado da humanidade. Mas nenhuma teve por base o princípio moral e só ele constitui uma supremacia durável, porque terá a animá-la os sentimentos de justiça e caridade .
Cada século se assinalou por um progresso. Por que a humanidade pararia agora? Por instinto os homens procuram o bem estar -- e onde poderão encontrá-lo senão no reino da moralidade?
Os maus são numerosos, é verdade. O que, porém, faz com que eles pareçam ainda mais numrosos é que têm audácia e sabem que ela lhes é indispensável. De tal modo entretanto compreendem a preponderância do bem, que não podendo praticá-lo, com ele se mascaram.
Os bons, ao contrário, não fazem alarde das suas boas qualidades, não se põem em evidência, dai o parecerem poucos. Nos povos mais adiantados e mais bem governados o crime é exceção, prevalecendo mais os vicios de carater como o orgulho, o egoismo a cupidez.
Por que, progredindo, os vicios não se tornariam exceção? Negar isso é negar o progresso. Isso certamente não é obra de um dia, mas se há uma causa capaz de apressar-lhe o advento, essa causa é, sem dúvida, o espiritismo, por mostrar que as provas da vida atual são consequência dos atos de existências anteriores.
A vulgarização universal do Espiritismo dará, necessáriamente, uma elevação do nivel moral da humanidade, ele pode ser considerado um dos mais fortes precursores da aristocracia do futuro

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

O que farei com Jesus ?

Essa foi a indagação de Pilatos, Governador da Judéia, representante do dominador romano, ao povo que aguardava sua decisão sobre o que seria feito a Jesus de Nazaré, acusado pelo clero local de sedicioso e, pois, elemento perigoso à sociedade.
Essa pergunta foi feita após ele, Pilatos, particularmente considerá-lo inocente das acusações que lhe eram imputadas e ter sugerido, à guisa de solução, mandar crucificar um famoso e reconhecido bandido e soltar Jesus. O povo, aos gritos, preferiu que o facínora Barrabás fosse solto.
Pilatos representa na história cristã a vontade vacilante, o juiz iníquo, pois se achava que o Cristo era inocente deveria absolvê-lo "in continenti". Não o fez, porem. Teve medo de perder a sua posição de Governador, tão duramente conquistada. Contrariar o poder do clero local, que exigia a condenação de Jesus, poderia eventualmente enfraquecer sua situação política junto a Cesar. Uma briga com os padres poderia trazer-lhe inúmeros aborrecimento futuros, que deveria evitar. Preferiu assim definir a situação crucificando Jesus e soltando o reconhecido criminoso.
Diariamente o seguidor de Jesus, o cristão, está na mesma posição de Pilatos, o Governador da Judéia. Deve decidir entre as coisas do momento, mundanas, e as coisas eternas, espirituais. Constantemente a sua consciência indica a orientação correta a seguir mas, na maioria das vezes, ao confrontá-la com os seus interesses mais imediatos e os problemas que trará a sua decisão justa, conscienciosa, prefere crucificar esta e tomar outro caminho.
Seguir os ensinamentos de Cristo implica em renúncia, paulatina, do egoísmo, do orgulho, dos bens e das posições terrenas, e quando se trata de colocar em prática essa ordem divina nos atos mais comezinhos da vida, o cristão vacila como Pilatos e prefere manter sua posição, amontoar cada vez mais os bens que vê, aos que são promessas futuras, crucificando então o seu Mestre.
Deve perdoar seus inimigos, orando ainda por eles, mesmo em sendo perseguido. Todavia, quando se vê ofendido, maltratado, espezinhado, esquece sua religião e clama, aos berros pela justiça dos homens, crucifixando seu Mestre.
Ser cristão é difícil. Implica em abandonar um mundo, real para nós, espíritos atrasados, imperfeitos, mas ilusório ao Cristo. Somente quando o discípulo assimila perfeitamente os ensinamentos do Mestre estará apto a lutar por eles. Enquanto isso não ocorrer ele poderá ser chamado de tudo, menos cristão convicto. Este deve viver obedecendo as lições que Jesus deixou, crucificando sempre, em qualquer circunstância, os seus interesses em prol da doutrina que diz professar. Não pode, assim, ser pusilânime como Pilatos, mas ter vontade firme inabalável, como Paulo de Tarso, na estrada de Damasco, indagando sempre como ele: "Mestre, o que queres que eu faça?"

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Os Vasos

É necessário falar por enigmas. Não velar o mistério completamente, mas dar, aos que sabem, indicações suficientes para que possam recordar as lições recebidas. Ao falar sobre o corpo humano, os místicos, os profetas, se referiam sempre aos vasos de barro. Ele representa o corpo nas escrituras sagradas. Jesus o menciona na parábola das Bodas de Caná. O iniciado, ao ouvir essa referência, sabe perfeitamente o que é.

Na iniciação, feita em secreto , foi-lhe explicado o termo. O vaso serve para colocar água que, em sendo pura, dessedenta, dá satisfação e prazer. Purifica os rins. Mas se a água não for renovada impregna o vaso de miasmas, de mau cheiro, difícil às vezes de se retirar.

O vaso pode também servir para guardar flores que enfeitam, alegram e perfumam o ambiente onde está colocado. Encanta os que o vêem. Pode ser de vários tipos de material: ouro, prata, vidro, barro, madeira, etc e ser bem feito, delicado, bem torneado, ou feio e repulsivo. Às vezes o vemos pintado de cores alegres, outras são depósitos de poeira. Não servem para absolutamente nada.

Ele fala por si só, porque guarda o espírito humano que transmite na maneira própria de ser, de vestir, de falar, nas atitudes, no olhar, o seu grau de educação, de compreensão, de iluminação, de bondade ou, inversamente, de revolta ou infelicidade. A pessoa, onde quer que esteja, é um vaso, dando satisfação e prazer quando expandem de sua mente os pensamentos elevados, que iluminam, que alegram e enfeitam o ambiente onde está ou, caso contrário, que enegreçem e causam mal-estar aos circunstantes, quando transmite palavras cheias de ódio ou rancor, inveja ou malidicências.

O vaso pode, assim, ser utilíssimo pelos benefícios que proporciona, ou ser inútil e imprestável, causa de mal estar aos outros. Paulo de Tarso, na sua segunda carta ao discípulo Timóteo, entre outras coisas ele diz: "uma grande casa não só tem vasos de ouro e prata, mas também de madeira e de barro, alguns para uso nobre, outros para uso vulgar. Aquele que se purificar destes erros será um vaso nobre, santificado, útil ao seu possuidor, preparado para toda boa obra. Foge às paixões da mocidade. Segue a justiça, a fé, a caridade, a paz; repele as questões insensatas e não educativas".

Que espécie de vaso é você na vida? Já indagou se a sua presença está causando alegria ou desprazer ao seu próximo? Faça uma análise honesta e veja que espécie de vaso é você. Todo vaso pode ser modificado e embelezado, dependendo da vontade do ser que o habita. Valorize-se! Estime-se. Dê ao ambiente em que anda o perfume do seu amor, da sua alegria, do seu encanto interior. Faça com que todos sintam a sua presença e reclamem a sua ausência para perfumarem a vida. Quer algumas dicas? Aqui estão:

1) não se descuide do trajar e da boa postura
2) Evite discussões sobre política e religião
3) não fale dos seus problemas e dificuldades, todos os temos.
4) Tenha sempre uma palavra de incentivo, de paz.
5) não faça críticas.
6) Não se irrite à toa.
7) Não fale alto demais.
8) evite palavreado chulo.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

O joio e o trigo

Com os recursos obtidos pela tecnologia pode o homem, afinal, percorrer e desvendar as profundezas marinhas, catalogando, como nunca antes fizera, a imensa fauna e flora aquática, entrando em contato com um mundo até então desconhecido. E extasiou-se!

Pode, outrossim, ver sua casa, a terra, do solo da lua, seu longínquo satélite, a uma distancia de 500 mil quilômetros, admirando-se que, no espaço ela não passa de um mero astro, igual a milhões de outros existentes no éter infinito.

Extraiu da água uma energia extraordinária, a eletricidade, que apesar de invisível, percorre o mundo inteiro, em todos os quadrantes, penetrando em todos os lares, nos mais afastados rincões. Sem ele, pelas múltiplas aplicações que lhe foi dada, a vida agora seria impossível.

Arrancou das entranhas da terra o petróleo e com ele movimenta-se a velocidades incríveis, nos mares, nos céus, na terra, refastelado em confortáveis palacetes ambulantes, denominados de transatlânticos, aviões e carros.

Transmite a voz instantaneamente através dos continentes, conversando com os outros povos como se estivesse ao seu lado, numa sala de estar. Mais do que isso, pela televisão transporta-se, levando-lhes, também, sua imagem.,

Sondou os arcanos do seu próprio corpo, chegando ao cumulo de extrair do peito o próprio coração, examinando-o, reformando-o e -- inacreditável --, até substituindo-o por outro.

Isso tudo, infelizmente, não tornou melhor uma grande maioria que insiste, ainda, em viver como selvagens, em perpétua beligerância, aviltando essas conquistas pelo mau uso que delas faz. Não acompanha o crescimento da humanidade e nem vê nisso tudo a necessidade de cooperação e entendimentos fraternos para, assim, melhor ser usufruída a pequena passagem humana pelos caminhos terrenos,

Como o progresso - que é lei - não pode parar, não haverá mais, para os retrógrados, a complacência divina, porque agora, com os recursos da moderna tecnologia, está sendo colocada em risco a existência do próprio planeta.

Só resta cercear essa liberdade que não se sabe usar, prendendo os atrasados em colônias penais, onde mal algum façam. Por isso é que existem, nos espaços, mundos inóspitos que precisam ser saneados, com trabalho, suor e lágrimas. Essa a verdadeira separação do joio e do trigo predita no Evangelho.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Lei de Desigualdade

Como explicar a enorme diferença de aptidões entre as pessoas e destinos tão diferentes -- seus bens, sua saúde -- se Deus é a suprema justiça?

Essa pergunta vem sendo feita desde que o mundo é mundo e não foi até hoje respondida e convenientemente explicada pelos nossos pensadores, cientistas e homens sábios.
As religiões, lavando as mãos, dizem que não se deve discutir os designios de Deus porque não têm a mínima idéia do por que isso acontece e a indagacão as incomoda.

A doutrina coodificada por Allan Kardec esclarece que Deus, na sua infinita justiça, nos criou simples e ignorantes, nas mais variadas épocas da humanidade -- daí que cada um de nós viveu mais ou menos tempo do que o outro. As diferenças estão por conta do grau das experiências colhidas por nós, conforme o uso do nosso livre arbítrio, em cada vivência.

Em cada encarnação as pessoas progridem mais ou menos rapidamente e isso, obviamente, lhes dá aptidões diferentes. Isso é necessário a fim de que cada um contribua para os designios de Deus. Além disso, como existem no espaço mundos habitados por seres muito mais adiantados que nós, há sempre uma permuta de conhecimentos, cada qual levando suas idéias e estudos para os outros mundos.

Ao olhar nosso passado histórico, notamos que por volta do século XV, após a época dos grandes descobrimentos, começou a surgir na terra uma grande leva de espíritos de escol, diferentes dos terrenos, que trouxeran novas idéias, tirando a terra do marasmo em que se encontrava. É o tão conhecido dito "despertar dos magicos".

Foram esses homens que abriram os olhos da ciência, promoveram mudança de costumes, nas artes, na literatura, nas leis, nos grandes descobrimentos científicos. Suas invençoes, como a luz elétrica, o trem, o avião, radio, cinema televisão, o avanço tecnológico na medicina, nas máquinas que transformaram o mundo, a despeito das religiões e dos espiritos retógrados, nos enche de orgulho.

Além deles, homens e mulheres deixaram marcados na terra, o exemplo vivo dos seus ideais de amor e bondade ao próximo e são tantas que não dá para contá-las. E, por fim, a genialidade do Prof. Rivail, observando o fenômeno das mesas girantes, conseguiu, por meio de inúmeros mediuns , classificar e unificar todas as mensagens espirituais e publicar "O Livro dos Espiritos".

É por intermédo desse livro maravilhoso que ficamos sabendo quem somos, de onde viemos e para onde vamos, dando-nos absoluta certeza da imortalidade da nossa alma e saber que estamos aqui de passagem, como numa escola, aprendendo e depois de desencarnar a ela voltaremos, até nos elevarmos na espiritualidade.

Esse livro é tremendamente consolador ao dizer que nossos dissabores são passageiros frente a eternidade de nossa vida, nos fazendo compreeder que estamos aqui trabalhando para o nosso progresso espiritual.

O bom senso nos recomenda olhar para a frente e preparar o nosso futuro, para que ele chegue cheio de fé e confiança em Deus.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Timóteo - discípulo de Paulo

A história de Timóteo, discipulo muito querido de Paulo de Tarso, e que mereceu duas epístolas na Biblia, pode ser contada da seguinte forma: Paulo de Tarso é encarcerado porque durante sua pregação do Evangelho de Jesus, uma moça de nome Tecla se enamora dele e arma a maior confusão no local, obrigando-o a fugir para a cidade de Listra.

Lá ele conhece uma senhora de nome Loide e sua filha Eunice, adeptas das idéias cristãs. Eunice era mãe de Timóteo, jovem de 14 anos, muito inteligente e um fiel servidor da Igreja local. Durante permanência do apóstolo naquela cidade, ele crivou-o de indagações sobre a vida de Jesus e sua doutrina.

Nessa cidade, aliás, ocorre a primeira cura de Paulo. A um aleijado que estava a ouví-lo com muita atenção, o apóstolo dos gentios, ordena que ele se levante. E ele se levanta ! Espalha-se então por toda a cidade que Paulo e seu companheiro Barnabé eram os deuses Jupiter e Mercurio -- o que eles refutaram imediatamente . Na ocacsião, com a ajuda da avó e mãe de Timóteo, Paulo funda a igreja de Cristo naquela cidade.

Mas os habitantes locais se revoltaram com Paulo e seu colega Barnabé e numa ocasião quase mataram o Apóstolo a pedradas, jogando-o, desfalecido, num monturo, fóra da cidade. O seu companheiro Barnabé, ciente do acontecido, vai até lá e constatando que ainda estava vivo presta-lhe os devidos socorros. Ajudado pela familia de Loide ele se recupera e, á noite, foge para outra cidade.

Na sua segunda peregrinação o apóstolo Paulo é informado que o Jovem Timóteo se enriquecera de conhecimentos sobre o Mestre Jesus e fizera grandes curas, sendo seu nome abençoado por tod0s. Ficou sabendo, também, que ele estava construindo uma igreja. Foi até lá e ficou radiante com o trabalho de Timóteo.

Nessa ocasião, a avó e a mãe de Timóteo pediram ao apóstolo para cuidar do rapaz, por algum tempo, uma uma vez que estavam de mudança para a Grécia. Ele aceitou e Timóteo passou a acompanhá-lo nas suas peregrinaçoes divulgando o Evangelho de Jesus.

Timóteo esteve com Paulo na Macedônia, em Éfeso, quando o apóstolo foi visitar a mãe de Jesus e em Jerusalém. Em Malta, na Espanha e volta a Asia com mensagens do apóstolo, que o considerava um médium de cura pela imposição das mãos, pocurando sempre incitá-lo na prática desse seu dom.

Paulo recomenda que ele seja perseverante na doutrina de Jesus e que lute contra os falsos profetas dos últimos tempos e o egoismo dos homens. Diz que deve se manter firme no que aprendeu e aceitou: as sagradas escrituras que, inspiradas por Deus, são úteis para instruir, refutar, corrigir e colocar justiça.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Educação para viver


Se a criança que engatinha tenta enfiar o dedinho no buraco da tomada a mãe, carinhosamente, dá-lhe um tapinha na mão e diz:

-- "não faça mais isso, senão a mamãe te bate".

Quando ela for maior e tiver mais compreensão, esse processo educativo muda de forma. Se a criança mexer no ferro quente de passar roupa, a mãe não mais lhe bate, mas adverte:

-- "não mexa nisso senão você se queima".

Quando adulta, a antiga criança aprende que existem no mundo leis e valores que devem ser respeitados, para que não sofra consequências desagradáveis.

Evoluindo, foram os homens compreendendo melhor a vida e que para serem felizes devem respeitar as leis vigentes, as normas estabelecidas e evitar atritos com o próximo. Os dirigentes procuram estabelecer leis que atendam a todos, mas o atraso mental das pessoas cria no mundo uma situação que gera dor e sofrimento.

A ignorância e desobediência das leis de Deus de amor ao próximo, também geram dores e sofrimentos. As pessoas simples e ignorantes possuem um Deus antropomórfico que distribui bens a quem o ama e esquece os demais. Esses vêem em tudo a mão de Deus, independentemente da sua forma de viver. Quer dizer: se são ricos e felizes o são porque Deus quer, se são sofredores foram esquecidos por ele.

Por viver alheios às leis divinas irão sofrer as consequências advindas do seu desrespeito. Quando surgem essas dores voltam-se à religião esperando que Deus os perdoe e restitua o que perderam; desconhecem as razões anteriores, que as geraram.

Está se desenvolvendo, porém, uma nova classe de seres: os que crêem que uma inteligência suprema criou o universo, tudo o que ele contém e, através de leis invioláveis, o mantêm atuante. São as leis que, desrespeitadas, geram os sofrimentos.

A criatura não é mais um ser transitório, sofredor, mas entidade eterna, construindo-se em várias experiências que vive em diversas encarnações. Aprende que matando, será morta, ferindo será ferida. Não existe um Deus pessoa, que pune, mas é ela que se pune, desrespeitando as normas da vida.

Aprendeu que isso ocorre porque o ser humano não é somente um ser biológico, mas também um feixe de vibrações que atrairá para si o bem ou mal que haja feito. O ser cresce e ergue os braços aos céus num transporte de veneração a esse ser Maravilhoso que lhe deu não só a vida, mas a sublime ventura de construir-se a si próprio, cheio de ciência e sabedoria, num mundo fantástico, repleto de cores, formas e vibrações de alegrias sem par. E antevê, "projetando-se no futuro como um Deus" no dizer de Jesus de Nazaré.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

A prova da riqueza






Respondendo a Kardec disseram os espíritos que a riqueza, por sua suas tentações, é uma prova multo difícil e são poucas as pessoas que, ao reencarnar, se aventuram nos seus caminhos.

Forçoso é reconhecer, porém, que sem a riqueza muitas coisas deixariam de ser feitas, porque ela é fundamental ao progresso, em todos os campos. Querem ver?

Pela época da proclamação da nossa independência, um jovem parisiense casou-se com a filha de um ourives de Bordéus e veio residir no Brasil.

Em Diamantina, passou a comerciar com pedras preciosas. Do casamento nasceu um filho que, depois dos primeiros estudos no Colégio Dom Pedro, no Rio de Janeiro, foi completar a educação em Paris, onde se formou engenheiro. Retornando ao Brasil ocupou, em Ouro Prelo, então capital da Província de Minas Gerais, o cargo de Engenheiro de Obras Publicas. Casou-se logo depois com a filha de um Comendador Português e desse casamento nasceram oito filhos. O segundo deles chamava-se Alberto Santos Dumont.

O pai de Alberto trabalhou com tenacidade e energia. Minerou ouro no rio das Velhas, organizou empresas de navegação fluvial, vendeu madeira e administrou a fazenda do sogro. Em 1880 era considerado "o rei do gado" em Ribeirão Preto. Com isso naturalmente pode propiciar educação esmerada aos filhos, que iam estudar na Europa.

Santos Dumont esteve em Paris pela primeira vez aos 15 anos e voltou encantado com os livros de Júlio Vene, que falavam de viagens aéreas e submarinas. Como sempre teve inclinação para a mecânica, quando fez 18 anos o pai levou-o de novo à Cidade Luz para visitar uma exposição de máquinas, e lá ele viu funcionando um motor de 1 H.P. que o Impressionou muito.

No ano seguinte, o pai deu-lhe a emancipação, dizendo:

-- "Vá a Paris, estude física, química, mecânica, eletricidadde e não esqueça que o futuro do mundo está na mecânica. Você não precisa pensar em ganhar a vida; eu lhe deixo o necessário para viver”.

Assim fez ele. Foi a Paris e durante 5 anos, de 1892 a 1897 estudou com afinco. Leu muito, viajou bastante, interessou-se por automobilismo, mas sonhava com balões dirigidos.

O desafio surgiu quando o Sr. Henry Deutsch, magnata de petróleo, instituiu um prêmio a quem fizesse a volta da Torre Eiffel em balão dirigível.

Após três tentativas frustadas ele conseguiu o notável feito em 19 de outubro de 1901. Saindo do Parque Salnt Cloud, sem tocar em terra, o seu balão dirigível fez o contorno da torre e voltou ao ponto de partida, no prazo de meia hora. Do prémio de 129.000 francos ele deu 75.000 aos pobres de Paris e os restantes 54.000 aos seus mecânicos e auxiliares.

Desde então passou a dedicar-se à construção de dirigíveis e tinha até projetos de um helicóptero, mas decidiu-se ao culto "do mais pesado do que o ar" assim que o mesmo magnata, inclusive o Sr. Ernst Archdeacon e a Diretoria do Aeroporto de França em 1901, instituíram prêmios "ao primeiro aparelho aéreo, sem balão, que cobrisse um percurso de, no mínimo, 25 metros. Outro para 60 metros e o grande prêmio para um quilômetro".

A data máxima do vôo mecânico ficou sendo 23 de outubro de 1906 quando, no Campo de Bagatele, presentes autoridades e a imprensa, que fotografou o feito, Santos Dumont no seu aparelho denominado "14 Bis" voou por 60 metros a aproximadamente dois metros de altura.

A imprensa exultou: "É um fato precioso. Partindo do solo, um homem, numa máquina voadora percorreu, no ar, mais de 50 metros!”

Nesse mesmo ano, nesse campo, Santos Dumont conseguiu voar 220 metros a uma altura de 7 metros, recebendo um prêmio de 1500 francos, que doou aos seus mecânicos.

Três anos depois, em 1909, após vários aperfeiçoamentos no seu "14-bis" ele construiu o famoso "Demoiselle" avião que pesava 118 quilos sem o piloto e tinha um motor de 30HP. A hélice media 1,80m de diâmetro e desenvolvia 1800 rpm. Com ele voou 18 quilômetros e chegou atingir 70 metros de altura.

De lá para cá, os aperfeiçoamentos que fizeram na sua máquina de voar, transformaram a face da terra!

Tudo porém estava delineado no plano espiritual. Em 30 de julho de 1876, o espírito de Estevão Montgolfier, pioneiro do balonismo, pela psicografia do médium Ernesto de Castro, dizia em sua mensagem, entre outras coisas:

-- " A locomotiva, esse gigante que avassala os desertos e vence as distâncias, será um insignificante invento ante o pássaro colossal que, qual Condor dos Andes, percorrerá o espaço, conduzindo em suas soberbas asas, os homens de vários continentes. O Brasil foi o paiz escolhido para demonstrar a força dessa grandiosa máquina aérea".

Nessa época Santos Dumont tinha apenas 3 anos! Como se vê, a prova da riqueza é difícil, mas não impossível. Santos Dumont usou-a, não em proveito próprio, mas em beneficío do mundo em que nasceu. E a maior prova de que era um espírito de escol é que, dos seus inúmeros inventos, não quis requerer patente de nenhum deles. Que seu nome seja louvado!

terça-feira, 20 de outubro de 2009

A história de Alfredo

Bem aventurados os pobres de espírito por que deles é o Reino dos Céus;
Bem aventurados os aflitos por que serão consolados

(Jesus)


Conheci Alfredo há muitos e gostava muito dele. Homem simples, humilde, que vivia de pequenos serviços de pedreiro. Viera do interior para a capital a procura de melhores dias de vida. Era espírita convicto e, numa ocasião, indagado, contou-me a razão de ter adotado essa doutrina como religião.

Nascera e era católico, mas não gostava muito de freqüentar igrejas. Um dia sua mulher ficou muito doente e ele não tinha dinheiro para levá-la ao médico -- estava muito preocupado, sem saber o que fazer.

Aconselhado por uma vizinha levou-a ao Centro Espírita da cidade em que morava, onde havia uma tal de Dona Maria, médium, que dava consultas gratuitas e era tida como milagreira.

Nunca ouvira falar de espiritismo mas, diante das circunstâncias, não havia outro remédio. Quando chegou, o salão estava repleto e, conforme foi orientado, haveria uma palestra evangélica e depois Dona Maria iria atender aos necessitados. Marcaram o seu nome num livro.

Quando chegou a sua vez, o colocaram numa sala, onde havia uma mulher sentada diante de uma mesa, de cabeça baixa, e um lápis na mão. Ela mandou que ele sentasse e dissesse o que o trazia ali. Ele contou da doença da mulher e sua preocupação. Ela então disse-lhe que sua esposa não tinha nada de grave e era para ele confiar pois ela breve estaria de pé. Deu-lhe uma receita que ele agradeceu. Quando ia se retirando ela disse:

-- "Se o senhor for comprar na farmácia do seu João, ele vai dizer que não tem. Peça pra ele procurar atrás dos Biotônicos Fontoura."


-- “Esse remédio eu não tenho não! É melhor procurar noutro lugar “, disse o farmacêutico secamente, ao ler a receita.

Meio sem jeito, Alfredo pediu que fosse olhar atrás dos Biotônicos.
O farmacêutico então perguntou:

-- “O senhor vem da casa de Dona Maria?”
-- “Sim”, respondeu timidamente.

Alfredo contou que o farmacêutico olhou meio esquisito, pegou a escadinha, encostou na prateleira, enfiou a mão atrás dos Biotônicos e trouxe o remédio.

-- “Ué, exclamou. Eu não sabia que tinha este vidro aqui.”

A mulher de Alfredo ficou boa e ele, intrigado com o acontecido, disse-me:

-- “Comprei o Evangelho Segundo o Espiritismo e passei a freqüentar o Centro, onde me dei muito bem”

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Aos Coríntios

Em sua segunda epístola aos seus amigos da igreja de Corinto, o apóstolo Paulo diz:

"É manifesto que sois a carta de Cristo, ministrada por nós, e escrita não com tinta, mas com o espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração".

É bastante expressiva a comparação feita pelo apóstolo Paulo, se levarmos em conta que toda carta traz em si uma mensagem. Existem cartas de apresentação, de agradecimento, de amor. Há as que trazem alegria, outras esperança, cartas de negócios, de revolta, de ódio, cartas mentirosas e verdadeiras. E desde a mais remota antiguidade elas são escritas em pedras, tábuas, papiro, lenços, em papel e em todo e qualquer material que se possa grafar, comunicando o nosso pensamento.

Todas as pessoas manifestam, com a sua presença, uma mensagem e são, por isso mesmo, uma carta viva -- que é lida à medida que passam pelos que as vêem, sem que seja necessário sequer abrir a boca.

Um padre, na rua, traz a mensagem da sua fé e uma prostituta, toda rebolante, é imagem típica da luxúria. O bêbado, cambaleante, denota sua fraqueza de caráter e a incapacidade de dominar o vício. O político, apregoando sonhos, como objeto de suas futuras realizações, é a imagem típica da demagogia.

A forma de ser vestir, de se apresentar, diz ainda muitas coisas das pessoas. Se rico ou pobre, sua posição social, sua profissão, sua religião, seu estado de origem e muitas vezes sua nacionalidade é colocada em relevo. O tom de falar, o modo de olhar são outros tantos indícios da sua personalidade.

Este mundo para o apóstolo Paulo, é bem evidente. É um imenso palco onde desfilam inúmeras personagens, que transmitem, pelos seus atos,um determinado tipo de mensagem e depois saem de cena. Morrem.

Há os que acumulam bens o tempo todo e deixam tudo no palco quando saem de cena. Existem os que pretendem todos os prazeres e, por isso, estragam o que de mais precioso possuem: a saúde. Há os aventureiros, os que se dizem sábios, há os vendedores de ilusões, os exploradores e os explorados, os violentos e os pacíficos. Há os que choram e os que riem.

Os personagens de Paulo, porém, trazem escrito no coração sua mensagem: O AMOR, que é o espirito de Deus, e por esse traço devem se destacar da multidão de atores de que o mundo se compõe. Se a pessoa é de Cristo, sua conduta na terra deve ser inequívoca. O amor e a bondade devem pautar seus atos diários no palco da vida. Deve cantar as alegrias celestes como filho de Deus que é. Deve expressar a esperança e a gratidão por pertencer a um mundo maravilh0oso que lhe permite progredir cada vez mais. Deve sorrir à vida, contagiando com sua maneira todos os que o cercam.

É uma carta onde está escrito o amor a todos, a benevolência e a caridade, sinais autênticos que todos lêem claramente: são os seguidores do Cristo.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

As dez virgens


O reino dos céus será comparado a dez virgens que, tomando suas lâmpadas, saíram ao encontro do noivo. Cinco delas eram néscias e cinco prudentes.

As néscias, tomando de suas lâmpadas, não levaram azeite consigo, mas as prudentes levaram azeite em suas vasilhas, juntamente com as lâmpadas.

Tardando o noivo, toscanejaram e adormeceram. Mas, à meia noite ouviu-se um grito.

-- Eis o noivo! Saí ao seu encontro.

Então se levantaram todas aquelas virgens e preparam suas lâmpadas.

E disseram as néscias às prudentes: dai-nos do vosso azeite, porque nossas lâmpadas estão se apagando!

Porém, as prudentes responderam: Talvez não haja bastante para nós e para vós. Ide antes aos que vos vende e comprai para vós.

Enquanto foram comprá-lo, veio o noivo e as que estavam prontas entraram com ele para as bodas e fechou-se a porta!

Depois vieram as outras virgens disseram: Senhor, Senhor, abre-nos a porta!

Mas Ele respondeu: em verdade vos digo que não vos conheço.

Portanto, vigiai, porque não sabeis nem o dia, nem a hora.


(Matheus XXV, 1/13)

Parábola bastante estranha esta, quando afirma que haviam dez virgens e um único noivo! Mais estranho ainda o fato de as noivas não conhecerem o noivo que deveria vir numa hora ignorada e encontrá-las - vejam só - aguardando-o com uma lâmpada na mão!

Diz ainda a parábola
que cinco delas eram prudentes e cinco eram néscias. Estas não levaram o azeite suficiente para manter a lâmpada acesa até a chegada do noivo. (Naquela época não existia luz elétrica)

É dito que um grito anunciou a chegada do noivo e as prudentes entraram para as bodas e fechou-se a porta. Vindo as néscias, que foram comprar azeite, elas pediram que a porta fosse
aberta, mas o Senhor lhes disse que não as conhecia e que deveriam vigiar, porque não sabiam
o dia, nem a hora.

Procuremos entender a simbologia feita por Jesus entre o reino dos céus e as virgens néscias e
prudentes -- e a espera do noivo com a lâmpada acesa na mão.

Em nossas vidas, costumamos sempre colocar a nossa felicidade futura, em um novo emprego, ganhar na loteria, obter na vida
sucesso, no casamento ou aposentaria. Em fim, algo subjetivo, pessoal, guardado em nossa mente, mas nunca em realizações espirituais.

Numa outra parábola, o Mestre compara os homens a árvores que dão bons e maus frutos. Aqui os compara a noivas a espera do casamento, que é uma promessa de felicidade, porque na vida do espírito ele representa o objetivo final do ser na sua longa peregrinação para alcançar a união com o seu Criador. Quando livre das cadeias dos mundos de expiaçao e provas, passa a viver na eternidade.

Já dizia Salomão em seus famosos provérbios que

"o temor do Senhor é o principio da sabedoria e a ciência dos santos, a prudência."

Jesus considera prudentes as pessoas bondosas, as que estudam, pesquisam e lutam de todas as formas para que as experiências terrenas iluminem o seu caminho e não seja surpreendida quando do chamamento divino.

Desse fato, o reino de Deus - e não poderia ser de outra forma - não comporta a presença de néscios, mas de sábios, mestres de todas as artes, ciências e filosofias, para que possam colaborar na manutenção dos mundos Criados por Deus.

O espírito humano é criado simples e ignorante e no suceder das encarnacões, marcha para desenvolver a inteligência, a bondade, integrar-se no reino de Deus. Mas enquanto uns nessa marcha se esforçam, lutando contra suas más tendências e sua ignorância, procurando entender a vida e obedecer as leis de Deus, outros, os néscios, no dizer do Mestre, ficam apenas esperando por esse dia que ninguém sabe quando virá, sem nada fazer, adormecidos na vida. Para eles as portas dos céus estão fechadas e de nada adiantam os seus gritos para que se abram.

De que adianta pedir aos céus sabedoria, paz de espiríto e amor, se nada fazem para obetê-los?

É infantilidade tecer louvores ao Criador e esperar a felicidade de mão beijada. É necessário segundo Jeus, usar a prudência, conquistando-a na luta diária em prol do bem, colocando luz em nosso espírito!

Candeeiro, assim, é o espírito humano, que deve ser alimentado sempre com o óleo da sabedoria para iluminar a vida e, um dia, quando ele tiver afinidades com o amor divino, terá as portas do céu abertas para efetuar o casamento com a divindade eterna.

Sem afinidade não existe casamento verdadeiro, nem na terra, nem no céu. Vigiar é, pois, o esforço que o Cristão deve fazer par aprimorar-se sempre para entrar o mais breve possivel no reino de Deus, pleno de amor e sabedoria.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

As núpcias de Canaã

Toda mensagem evangélica se reveste de um simbolismo próprio, a fim de ocultá-la de olhares profanos, que não entenderiam seu real valor. O apóstolo João, da escola Grega que dava valor a essa forma de escrever, inicia o seu Evangelho sobre o ministério de Jesus expondo sobre a encarnação do verbo, cuja vida é a luz dos homens e do qual ele dá testemunho na cerimônia de batismo à beira do Rio Jordão. Refere-se, a seguir, sobre uma viagem que Jesus teria feito a Canaã, com sua mãe e seus discipulos, para assistir a uma festa de casamento.

Nessa festa, a cristandade alega ter ele feito o seu primeiro milagre, pois teria transformando água em vinho.

Todavia, como destaca Kardec na "A Genese", deveria ele ter sido um dos mais
notados, mas, ressalta, bem pouca impressão parece ter produzido, porquanto nenhum outro evangelista dele trata ou menciona. Fato tão extraordinário era para deixar espantados, no mais alto grau, os convivas e, sobretudo, o dono da casa, os quais, todavia, parece que não o notaram. Conclui Kardec que, a seu ver, o fato não ocorreu -- e que seria racional se reconheça aí mais uma parábola de Jesus.

De fato, não cremos que Jesus tenha vindo ao mundo como mágico de feira, para transformar água em vinho. Seria também uma tremenda falta de bom senso dar mais bebida aos convivas, talvez já alcoolizados no final da festa. Sua mãe, é sabido, desconhecia sua elevada missão terrena, por isso não tem sentido pedir que fizesse nessa festa exibições e demonstração de poder!

Tentemos descerrar o véu alegórico dessa historia. Sabemos que a terra de Canaã foi prometida por Deus a Abraão e seus descendentes: a raça humana. É o mundo da luz, da beleza, da alegria, da paz. Belo intróito do apostolo!

A conquista desse mundo pelos homens, porém, sómente se dará com o casamento, na união perfeita dos seres com o seu Criador. O milagre da ressureição
do espirito diante da vida, após a cerimônia do batismo, ou a plena aceitação da sua origem celestial.

Assim como Abrão, no principio das coisas, obedecendo a ordem Divina, sai da sua terra, abandona a parentela, e faz sua peregrinação por lugares inóspitos, o espirito humano, atedendo à lei do progresso espiritual, deixa no espaço, sua pátria, seus parentes e amigos e mergulha num corpo, no vaso de purificacão da vida. Muda de nome, como fez Abraão, e com todos os seus familiares, os seus vícios e imperfeições, aos quais se afeiçoou no passado, procura na reencarnação livrar-se dessas impurezas.

Necessita do casamento com a luz, o entendimento espiritual.
Essa a finalidade grandiosa da peregrinação do espirito humano pelos pedregosos caminhos terrenos: obter mais luz, mais sabedoria. É a vida na terra da promissão, onde no vaso purificador da carne, que durante toda uma existência de tropeços, dificuldades, se transforma assim em outro elemento, mais puro, mais saudável. Muda de água para vinho, como na parábola.

Mas isso só é possivel, no dizer do apóstolo João, com a ajuda de Jesus, com a prática do bem e do amor ao próximo, com a perfeita integração na sua doutrina de amor e bondade. Só ele ilumina os seres: é o caminho, a verdade, a vida.

O noivo, o ser em ascensão, ao retornar ao plano espiritual, de onde saiu para as lutas terrenas, exibirá suas conquistas aos convivas, a parentela que lá deixou quando encarnou-se procurando a elevação espiritual. Brindará somente com o vinho que obteve. Se foi feliz no seu desiderato, o Mestre de cerimônia, seu mentor e protetor responsável pelo seu progresso regozija-se: "Isto é coisa muito boa! Não gastou a existência em futilidades para ficar, ao final, ácido ou azêdo, mas tornou-se, com a prática do bem, com Jesus no coraçao, mais puro, melhor, com o perispirito acessivel às clarinadas de luz que emanam do seio de Deus.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Discurso para Gregos

É mencionado no capitulo 12 do Evangelho de João que após a entrada messiânica de Jesus em Jerusalém , quando a multidão ia ao seu encontro, alguns gregos, que também tinham ido para as festividades da Páscoa, desejavam vê-lo. Os apóstolos André e Felipe fizeram a apresentação e o Mestre, sem mais nem menos, foi dizendo:

"É chegada a hora em que será glorificado o Filho do Homem. Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo que cai na terra não morrer, permancerá só; mas se morrer produzirá muito fruto. Quem ama a sua vida a perde e quem odeia a sua vida neste mundo guarda-la-á para a vida eterna. Se alguém quer servir-me, siga-me; e onde eu estou aí também estará o meu servo. Se alguém me serve, meu Pai o honrará. Minha alma está agora conturbada. Que direi? Pai, salva-me desta hora? Mas foi precisamente para esta hora que vim. Pai, glorifica o teu nome. "

Lendo esta narrativa do apóstolo e sua continuação havemos de convir que, para muitos, isso é bem um discurso para gregos. Não se entende nada do que ele disse. E ficamos pensando: será que os visitantes gregos que procuraram o Mestre entenderam e ficaram satisfeitos com o que lhes foi dito? Procuremos sua interpretação.

Na Grécia ensinava-se, através dos mitos, que existia uma potência absoluta ( Deus para nós). Ela se manifestava através do Logos (Criador do Cosmo), o qual seria de duplo aspecto, masculino e feminino. Da união nascera a mente salvadora e a alma universal, nomeadas como Dionísio e Perséfone. Esta última, descendo à terra acabou fracionando-se e ficando prisioneira da matéria que, com ilusões fê-la esquecer-se da sua origem divina.

Para salvá-la desceria à terra a mente salvadora que se ofereceria em holocausto às forças inferiores (a matéria) para conseguir a libertação da alma das criaturas, elevando-as novamente aos planos superiores e divinos.

Disse ainda Jesus naquela ocasião aos Gregos: "E agora o julgamento deste mundo. Agora o príncipe deste mundo será lançado fora; e quando eu for elevado da terra, atrairei todos a mim".

Se desfaz assim a ideia de que Jesus teria ignorado os Gregos que queriam conhecê-lo e dito o que bem entendeu. Ao contrário, recebeu-os gentilmente explicando, na linguagem que lhes era bem familiar, quem era, o que fazia e qual o seu objetivo.

Os visitantes Gregos entenderam perfeitamente o pensamento de Jesus.


Ele esperava, com o seu sacrifício, que anunciara para breve, despertar nas criaturas a clara noção
de sua origem divina, resgatando-as das ilusões da vida material para a felicidade eterna. Bem claro lhes ficou, desse encontro que Jesus era de fato um enviado divino em missão na terra.

Desde então, todos os que estão enterrados no claustro da matéria, angustiados, aflitos e doentes, desiludidos e ansiando por libertarem-se da ilusões terrenas, e que clamam por Deus e pela salvação, são sempre atraídos para a doutrina amorosa e pela luz inconfundível que emana de Jesus, que os eleva aos céus, tornando-os, como prometeu, "Filhos da Luz".

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Lições de vida

Um dia um avarento pediu conselhos a um sábio. Este conduziu-o para junto de uma janela e disse:

- Olhe por ai e diga-me o que está vendo
- Povo! respondeu o rico homem.

Depois o sábio levou o usurário até diante de um espelho.


- E o que vê agora? Indagou

- Eu mesmo! Foi a resposta.
- Pois bem! Retornou o sábio. Na janela há um vidro e no espelho também há um vidro. Mas o vidro do espelho está coberto por uma fina camada de prata (argent) e por causa desse pouco de prata o senhor deixa de olhar para os outros e só consegue ver a si próprio.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Invisíveis

A descoberta, pela ciência, dos infinitesimais, redundou, como era óbvio, num rápido e crescente desenvolvimento da higiene pública, a fim de se obstar a proliferação de moléstias trazidas pelos invisíveis seres que partilham da vida ao nosso lado.

Salvaram-se com isso, desde então, milhares de criaturas cujas vidas eram ceifadas diariamente pela morte, sem causas conhecidas.

Não houve trégua, a partir daquela época, ao novo mundo descoberto. Grandes foram os progressos feitos no acirrado e contínuo combate a esses invisíveis seres malignos que se infiltram em nosso corpo sob inúmeras formas.

Igualmente, naquela mesma época, ficou também cientificamente provada a existência, ao nosso redor, acotovelando-se conosco, das almas dos mortos que, como nós, continuam vivendo e progredindo, num mundo de estreita relação com o nosso, a ponto de influir em nosso pensamento, no nosso viver, de acordo com a lei de afinidades que o pensamento cria.

Por negligência humana, talvez, esse notável fato não ofereceu as mesmas premissas de progresso científico, que seriam de esperar de tão importante descoberta, redundando tão somente para uns, o consolo na morte de parentes e amigos e, parfa outros, motivo de discussão filosófica e religiosa.

Porém, ao analisar esse fato e meditar sobre as consequências advindas de recebermos influências na nossa conduta, por aqueles que nos precedem no túmulo, havemos de convir, naturalmente, na premente necessidade de mantermos a higiene constante do nosso pensamento, com vigilância assídua do mesmo, a fim de não darmos oportunidade às influências nefastas que podem de alguma forma nos tornar joguetes de sentimentos menos dignos e contrários a sã conduta cristã.

É evidente que seres com as mesmas condições de analise e raciocínio que as nossas, dotados igualmente dos mesmos vícios e paixões, que amam e sofrem como nós, podem, sem ser notados - como os infinitesimais - usando a lei das afinidades, alterar o nosso bem estar moral e físico, senão adotarmos , de nosso turno, medidas saneadoras que nos garantam a continuidade da felicidade terrena.

Todavia, se no caso do combate ao micróbio usamos a limpeza e a higiene e em ultimo caso os exterminamos com remédios adrede preparados, não podemos usar idêntico recurso com o mundo invisível que nos rodeia, formado pelos espíritos, pois estes se aproveitam unicamente da nossa sujeira mental, que aumentada e ampliada ocasiona males de toda sorte, como bem se pode imaginar.

Neste particular, pois, a única medida defensiva - couraça inexpugnavel que nada atravessa - é a constante vibração de amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Mundo Dualista

Dizem alguns pensadores que nós vivemos num nundo dualista, onde tudo tem o seu oposto, o que de fato podemos observar. É dessa forma que pensamos e talvez por essa razão Jesus disse que o mundo tem duas portas (Matheus VII), a larga e a estreita -- e nos recomenda entrar pela estreita porque ela nos conduzirá à vida.

Todavia, a porta estreita é rejeitada pela maioria dos homens que prefere a porta larga, de vez que a porta estreita exige esforço, trabalho, lutas, obediência às leis dos homens e dos preceitos espirituais.

Mas a porta larga não conduz à vida, no dizer de Jesus, porque as pessoas que a preferem são as que ignoram a espiritualidade e vivem de forma egoísta e orgulhosa. São violentas, cheias de ódio e rancor e querem que prevaleçam sempre seus desejos e pontos de vista.

As leis da vida são as promulgadas pelos governos do país onde nascemos e devemos obedecê-las ou seremos multados ou presos. As leis divinas são aquelas ditadas pela nossa consciência e as reveladas pelos lidderes religiosos de todos os tempos -- e têm por objetivo conduzir ao equilíbrio, a paz entre os homens e a prosperidade geral.

É muito simples de entender, mas muito dificil de pôr em pratica pelos homens da atualidade, que querem viver como bem entendem, o que ocasisona atritos e gera beligerâncias.

Mas, se prezamos nossa liberdade e temos o livre arbítrio, devemos respeitá-las porque seremos um dia cobrados por issso, agora ou no futuro porquanto leis invisíveis nos verão como uma nuvem de testemunhas (como diria Paulo de Tarso) e não adiantam mutretas, conchavos ou compra de juízes venais, para se furtar delas.

A porta estreita é a que conduz à vida porque nela exercemos a reforma íntima, com renúncia do plano material, amando o nosso proximo, vivendo sem ódios ou rancores, aceitando de bom grado as dificuldades da vida

Ela é percorrida pelas pessoss de boa vonade, mansas e pacíficas, que acreditam em Deus e confiam que Ele tem um objetivo para cada um dos seus filhos. Por isso, no mundo materialista, ela é apertada, pois o crente tem que se conduzir nele com calmaa, humildade e alegria -- ao mesmo tempo em que deve suportar os desmandos dos profanos, dos bandidos e assasinos sem coração.

É esse esforço para se melhorar que premiará com a vida em planos melhores.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O medo da morte

Exceção feita ao espiritismo, todas as demais religiões existentes no planeta não sabem perfeitamente como é a vida no plano espiritual e dela fazem conjecturas de acordo com a tradição de cada uma. Todas, porém, dizem que após a morte o espirito da pessoa terá dois destinos para viver na eternidade:o céu aos que foram religiosos e tementes a Deus e só fizeram o bem; e o inferno para os maus e ateus. Algumas pregam o purgatório onde a alma fica à espera de seu jugamento no final dos tempos, que não se sabe quando se dará.

Assim, cada qual da suas idéias a respeito de que nos espera aós a morte.

Resulta disso que os homens temem ter que enfrentar o desconhecido, o fenômeno da morte, não acreditando, a maioria, nos dizeres das igrejas e creem que com a morte tudo se acaba.
Essa situação gerou a necessidade das religiões criarem cultos e rezas para pedir a Deus que perdoe as faltas dos falecidos e que sejam bem recebidos na nova morada. O espiritismo, porém, como costuma entrar em contato com os falecidos, sabe perfeitamente como será a vida após a morte e por essa razão não deve teme-la e muito menos pedir perdão de eventuais equivocos durante a vida, porque sabe que nada lhe será cobrado, além da sua capacidade de entendimento e desde que agiu sempre com consciência tranquila.

Por meio dos novos livros espiritas principalmente os recebidos mediuinicamente pela psisografia de Francisco Candido Xavier, ficamos sabendo, em detalhes, o modo de viver na espiritualidade e que não existe inferno, céu ou purgatório, e a vida continua com trabalhos e aperfeiçoamentos com vistas ao progresso espiritual. Existem também livros de Luiz Sergio e Patricia que esclareceem bem o assunto. Seremos o que hoje somos.Trata-se de um retorno a casa paterna e seremos recebidos com muito amor por aqueles que lá deixamos quando mergulhamos na carne para resgate de nossas faltas do passado.
É uma situação quase semelhante com aquela da encarnação. Os que se comprometeram a ser nossos pais, ao tomarem conhecimento da nossa vinda, se emocionam e, com carinho, vão cuidando da nossa futura roupa, do lugar acolhedor no lar e nos cobrem de bejos quando nascemos. É evidente que o conforto, o amor ao rencarnante é diferente para cada um pois tudo respeita a cultura e a posição que ele tomará na nova vida.
De igual forma, o desencarnante será bem recebido na colonia espiritual de onde é originário se agiu de conformidade com as leis divinas, segundo o seu entendimento. Todavia, se prevaricou não terá a mesma recepção. Aderiu ao seu perispirito formas-pensamentos que o conduzirão a um local que se coadune com elas e de onde sairá depois de livrar-se delas. Poderá ficar no que eles chamam de umbral ou trevas até a recuperação espiritual no que será sempre ajudado pelos mensageiros divinos e seus familiares. Ninguém ficará ali para sempre, pois todos estamos submetidos a lei do progresso.

sábado, 19 de setembro de 2009

As tuas luzes

Ninguém acende uma lâmpada para colocá-la debaixo da cama, mas sobre um móvel para que ela ilumine todo o comodo, disse Jesus certa feita, na sua liguagem figurada das coisas espirituais.
Luz quer dizer conhecimento, na sua acepção mais ampla e todos que o têm pocuram divulgá-lo, ensinando os demais, aclarando assim, o caminho dos seus semelhantes.
O conselho dado é que se observe bem o conhecimento que se transmite, afim de não ensinar errado, conduzindo ao mau caminho aqueles que ouvem, fazendo com que se percam nas trevas.


Todo aquele que transmite conhecimentos, traz à luz do dia, a claridade que possui interiormente porque todos só falamos o que sabemos. Por isso, é bom analisar, se queremos aconselhar, aonde estamos conduzindo quem nos ouve. Podemos talvez conduzí-lo ao precipício, não a um caminho amplo e seguro. Infelizmente é isso que ocorre muito frequentemente nos caminhos da vida.

O escritor que insinua a revolta, que transmite o desamor, ensinando a violência para a solução dos problemas diários, está semeando trevas no caminho dos seus leitores.
O educador que aprova preconceitos e prega a desunião, instila ódio em seus alunos e os está levando por um camimho escuro que os conduzirá à derrocada.


Em todos os terrenos da atividade humana nos encontramos com aqueles que, sob pseudo-autoridade, estão conduzindo pessoas ao mau caminho, seja por vaidade pessoal, ou interesse.
Mas como existe uma lei divina, declarando que a semeadura é livre, mas a colheita obrigatória, todos aqueles que escurecem os caminhos do seus semelhantes, terão que, também, palmilhá-los no futuro.

Por isso, vemos ao nosso redor, colhendo os frutos amargos da desilusão, aqueles que, no passsado, só plantaram espinhos e urzes em suas vidas. Observa, pois, se a advertência evangelica não cabe a ti e reforma-te, se for o caso, para não caires no precipício, por falta de luzes íntimas.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Conselhos úteis

Quantos de nós somos como "fogo de palha". Logo depois de começarmos um trabalho ou estudo, na primeira dificuldade, abandonamos tudo.

Outros parecem "mulas", pela teimosia em querer manter a todo custo os seus pontos dee vista.
Também perde-se muito tempo em lamentações quando as coisas não são como desejávamos que fossem.

E quantas vezes fugimos do problemas que nos incomodam.

Medite um pouco nestes conselhos dados por André Luiz, espírito de inúmeras obras psicografadas por Franciso Candido Xavier:

Cultive a perseverança, na direção do melhor; jamais a teimosia em pontos de vista.
Aceite as suas desilusões com realismo, extraindo delas o valor da experiência, sem perder tempo em lamentações improdutivas.
Convença-se de que você somente solucionará os seus problemas se não fugir deles.
Decepções, embaraços, desenganos e provações são marcos no caminho de todos. O que importa não é o sofrimento e sim nossa reação diante dele.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

A máscara

Para alegrar um pouco as crianças abandonadas, frutos de amores desfeitos, da irresponsabilidade e da pobreza do espírito humano, minha sobrinha teve a feliz idéia de contratar um conjunto, desses que incentivam, nas casas burguesas, aniversários infantis.

Numa tarde de domingo o levou a um orfanato.

Entre guloseimas e refrigerantes, que saboreavam ávidamente, as crianças assistiam, alegres, as peripécias inventadas pelo conjunto para fazê-las feliz e dar-lhes, assim, um pouco do que estavam carentes: afeto, carinho, amor.

Em dado momento, um dos integrantes do conjunto, retornou ao palco improvisado num canto do salão, vestido como se fora um macaco. Os menorzinhos se encolheram amedrontados e mostraram medo diante do animador travestido de animal e queriam fugir dali. Então alguns, os mais velhos e experientes, explicaram que não era preciso ter medo pois não passava de uma representação.

Dentro do macaco estava um homem. Mas notava-se a precaução, a desconfiança porque não viam, na sua inocência, o palhaço por dentro da roupa, mas o macaco por fora dela.

Num átimo, ocorreu-me então considerar que sucede conosco, encarnados, exatamente o contrário.

Vieram-me à mente os versos conhecidos do poeta: "Se se pudesse ver através da mascara da face"...

De fato, nunca vemos as pessoas como são na realidade -- mas o que aparentam; o que, no palco da vida, representam ser.

Inúmeras vezes o ser humano, por fora, encobre um perigoso animal no seu interior. Se o víssemos como ele realmente é, fugiríamos apavorados, como as crianças diante do palhaço travestido de macaco.

Muitos dos que se ocultam num corpo humano, que vestem roupa de gente, são piores do que os animais, do que tigres, onças, macacos.

Os pais daquelas crianças abandonadas neste mundo tão hostil, o que seriam? Os animais não abandonam suas crias ao "Deus dará" como eles fizeram.

Quantas pessoas, na ingênua sinceridade como a daquelas crianças, são presas fáceis de espertalhões. Acreditam como verdadeiras, inúmeras vezes, as máscaras humanas que os cercam na vida diária: no politico, rodeado de acólitos, todo veemência a apregoar sua total honestidade no trato das coisas publicas; no patrão, com ar compungido, a negar aumento salarial sob alegação de que os negócios andam mal; no médico, com ar apreensivo, a assegurar que a operação é urgentíssima e inadiável; no vendedor, convicto, a afirmar, de pés juntos, que o seu produto é o melhor e mais barato. Todos parecendo, não sendo. Ninguém desejando se mostrar como é de fato. Grande palco a vida. Quantos artistas !

Abram bem os olhos, porém, os que agem assim, porque ao fechá-los, ao cruzar as fronteiras do túmulo, outro mundo encontrarão, no qual o que vale é o ser, não o parecer. Mundo autêntico esse do espírito, onde ficarão à mostra, visíveis, porque impressas no períspirito, todas as mazelas que se ocultam na vida através da máscara da face.


Por isso nos recomenda Kardec, no Livro dos Espíritos: "…dome as paixões animais; não alimente ódio, nem inveja, nem ciúme , nem orgulho, não se deixe dominar pelo egoísmo, purifique-se nutrindo bons sentimentos, pratique o bem, não ligue às coisas deste mundo a importância que não merecem", para não se tornar motivo de piedade quando for visto através da máscara da face.