terça-feira, 22 de dezembro de 2009

PODE-SE PREVER O FUTURO?

Pessoas demasiado crédulas procuram, por todos os meios, desvendar o futuro, o qual sempre esperam seja promissor, consultando a posição dos astros no espaço, na sequencia das cartas por elas embaralhadas, nas linhas da mão, ou nas posiçao de conchinhas atiradas sobre um tabuleiro. Criou-se uma pseudo-ciência de desvendar o futuro, que ocupa o tempo de muitas pessoas. Não somente se fala sobre o assunto, como também se escrevem livros expondo teorias fantásticas. Às vezes fico pensando quem é o mais ingênuo, se quem as expõem ou quem nelas acreditam?

Se perguntarmos que fruta produz a jaqueira, todos, sem titubear, responderão que é a jaca. Por que, então, para se desvendar o futuro de uma pessoa não se procura em primeiro lugar saber quem ela é, como vive, como pensa, como age na vida? Não tem lógica, a meu ver, indagar dos astros, tão longinquos, o que se espera do futuro, ou crer que cartas, conchinhas ou nas linhas da mão .

Estou querendo dizer que, de certa forma, somos como uma árvore que somente produz o que é capaz de produzir, na realidade. A vida futura de um fumante é clarissima: terá enfisema pulmonar ou cancer, talvez veias entupidas, fraqueza precoce. Vida amargurada. Se for um bebedor contumaz, o figado é o órgão que lhe prejudicará no futuro. Seus familiares terão um belo traste para cuidar. Caso o problema seja o de drogas a falência mental ou o óbito por overdose é o futuro que lhe aguarda sorridente. Os que se consideram um bom garfo, terão que carregar mais tarde uma adiposidade ventral exagerada com todas as suas desagradaveis consequencias. Se cultiva o atletismo sexual o individuo pode esperar tranquilo que esse gasto energético em demasia trará suas dores.

Falamos dos grandes descuidos com a saúde fisica, a qual todos desejam ardentemente, sem falar dos pequenos desleixos higienicos, que também trazem seus males, alguns sérios, como a AIDS .

E o que dizer do ser mental, as vezes tão precário que mora no corpo frágil e perecível das pessoas? O despreparo para viver como ser humano civilizado, a falta de educação religiosa, quantos males nao estara a pessoa semeando no presente.

A prepotência de muitos que teimam desrespeitar as regras padrões de conduta, leis, normas de segurança, no lar e na sociedade, no transito vivencial,, quantos problemas lhe trara o futuro?

Creem muitos - por não acreditarem em Deus - que são muito espertos e roubam, matam, adulteram e cometem as maiores vilanias certos de que não serão punidos. Infelizes é o que serão no futuro, porque as leis divinas os alcançara um dia e sob o peso das mesmas gemerão. E não haverá astro que os livrará disso.

Outros mentem, semeiam desordens, exploram o seu próximo, sem desconfiar que pela lei da reencarnação terão que suportar os mesmos males que aos seus irmãos infringiu. Ninguém sairá da terra enquanto não pagar até o último ceitil, disse Jesus de Nazaré. De fato o mundo está necessitando de uma ciência que desvende o futuro dos homens, Ela porém já existe, pena que, como Carolina na janela, o tempo passou e a humanidade não a viu. mais de um século, em Paris, um discípulo de Jesus, lançou um livro maravilhoso, escrito por mãos divinas, que chamas-se "O Livro dos Espíritos".
Por seu intermédio aprenderá o homem um dia como comportar-se para quer o seu futuro seja o mais glorioso possível. Aprenderá a rever as consequencias das suas açoes e controlar a trajetória do proprio destino; não mais se comportará como hoje o faz, às cegas. Regulando a vida poderá dirigir-se a fins pré-estabelecidos, evitando erros e dores. Fará uma sementeira planificada e não, como hoje, um canteiro no qual não sabe o que nascerá. Dai o gesto infantil de indagar dos astros, das cartas, das conchinhas, o que lhe acontecerás amanhã.
Vós sois da raça dos deuses, dizia Jesus. Nosso futuro é uma humanidade cada vez mais aperfeiçoada rumo a eternidade, a Deus.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Ah se tu reinasses

Ah, se tu reinasses...
Não haveria tantos tribunais de justiça
porque não haveria mais brigas
e dissensões entre os homens.
Não haveria casas de detenção, cadeias
ou penitenciárias.
Não haveria essa multidão de delegados juízes,
policiais, guardas e carcereiros --
população de elevado custo que poderia se
dedicar ao estudo da terra em que vivemos
revelando seus mistérios.
Esses gastos com processos, fóruns e móveis seriam
aplicados no ambiente terreno,
florido-o.
Ah se tu reinasses entre nós, que bom seria Jesus.
Não mais feras enjauladas no ódio e no rancor
a nos causar piedade e comiseração.
Não mais crimes para lamentar a dor
e a loucura das pessoas.
Ah se tu reinasses entre nós, que bom seria Jesus.
Se tu reinasses entre nós não veríamos o triste
espetáculo da fome rondando os lares pobres --
que não existiriam.
Se tu reinasses entre nós não lamentariamos
o esbanjamento dos ricos
que avilta a pobreza trabalhadora.
Não mais a triste loucura das guerras
não mais canhões, tanques, foguetes, fuzis e baionetas
a semear a dor, a revolta e o crime entre nós.
Não mais os exércitos com suas armas destrutivas,
mas um contingente enorme de seres interessados
no bem estar do próximo.
Que bom seria este mundo sem hospitais
orfanatos, asilos, casa de saúde e prisões.
Que bom seria se tu reinasses entre nós.
Estaria provado que tínhamos nos curado
da loucura do egoísmo e do orgulho...

sábado, 12 de dezembro de 2009

PAULO AOS EFÉSIOS

Paulo, da prisão em Roma, dirigiu uma carta aos Efésios. Nela o apóstolo da gentilidade os exorta a renovação interior, tornando-se pessoas novas, dignas da qualidade de seguidoras do Cristo. Deveriam tratar-se mutuamene com gentileza e amor. Serem pacientes e tolerantes. Lembra-os que não deveriam se preocuopar em disputas e evitar a ira, o nervosismo, a imoralidade e praticas impuras
Eles deveriam ser pessoas novas e diferentes, santas e boas. Vestindo-se desta nova natureza, deveriam deixar de ser mesquinhos, e por de lado o mau humor, as contendas e antipatias, evitando sobretudo a malidecência, a boca suja. Dizer sómente o que é bom e útil aqueles com quem estiverem falando e o que resulte no bem deles Essas recomendações do apóstolo foram feitas ha dois mil anos, mas tem todo cunho de atualidade, devido as mesmas condições que hoje vivemos.
Éfeso era uma cidade cosmoppolita pelo fato de estar situada no Mediterrâneo na desembocadura de um rio que permitia o acesso ao continente, a Anatolia , atual Turquia. Tornou-se famosa por possuir o Templo de Artemis, uma das sete maravilhas do mundo antigo. Ficou na história cristã porque lá moraram o apostolo João e Maria mãe de Jesus. E foi lá ainda que o apóstolo, antes de ser desterrado para a ilha de Patmos, escreveu o seu Evangelho.
Paulo ali esteve e ajudou João na divulgação da doutrina do Cristo. Fez muitos amigos e ali escreveu a sua famosa epistola aos Romanos.
Essa carta dirigida aos Efésios tinha por objetivo restabelecer a prática do que havia sido anteriormente ensinado por ele. Emmanuel, comentando-a ressalta esse dom maravilhoso de podermos conversar uns com os outros de maneira afavel e gentil tão aviltada nos dias atuais.
Diz o refrão popular: Diga-me com quem andas e direi quem és", o que é verdade, pois é da lei que os semelhantes se atraiam. Facinoras se unem para perpretar crimes e os cristãos para a prática do bem. Mas é pela palavra que os distinguimos
O ato de conversar determina claramente a faixa que se encontra o cidadão. Ela mostra a nacionalidade, a cultura, a situação financeira, o grau de auto dominio, enfim tudo o que ele é.
Jesus foi alertado uma ocasião que seus diiscipulos comiam sem lavar as mãos. Defendendo-os disse; "Não é o que entra pela boca oi que mcula as pessoas, mas o que sai"e concluiu: é de lá que vem toda torpeza e maldade do homem, pois vem do seu coração".
A propósitoi da palavra Jesus contou uma ocasião a parabola da Semeador cujas sementes cairam, umas sobre pedras, outras sobre espinhos, outras em terreno imprópio e finalmente algumas em terreno bom, e só estas produziram seus frutos. Assim,, quando falamos, estamos lançandoi idéias, boas ou más, que darão seus frutos.
Sem o dom de falar aa civilização estaria fadada ao insuccesso pela, incapacidade de transmitirmos uns aos oiutros expeeriências e conhecimentos. A célula familiar nã0 vingaria da forma como está hoje, pois quem se uniria a outro sem conhece-lo, O periodo de noivado existe para que as pessoas conversando se conheçam e avaliem se poderão, juntos, atravessar os caminhos da vida.
O apóstolo Paulo conhecia bem o problema porisso sua recomendação de se tornarem pessoas novas e diferentes, vestindo-se de outra natureza, 'passando a falar sem malicias,mentiras, iras ou aleivosias, porque somente sendo pessoas renovadas, estariam no reino dos céus prometido por Jesus.
O cristão deve fugir das conversas inúteis, dos queixumes. Deve elevar o tom de suas conversas ao nivel que o destaque como pessoa proba, honesta, equilibrada e cheia de amor e carinho para com todos. Sua conversa deve sre alegre, elevada, que edifique, reequilibre e enalteça, porque é por ela que será reconhecido onde quer que esteja.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

FÉ OU OBRAS ?

Paulo de Tarso, na sua epístola aos Romanos, comentando a situação de certos Judeus, traça o perfil de que seja a seu ver, a f'é distanciada das obras de bondade e de amor preconizadas por Jesus. Diz ele que a demonstração inequivoca de confiança em Deus é o exato cumprimento da sua Lei e não apenas o entendimento das cerimônias e rituais religiosos que se manifesta a crença. Quem fica longe das ordenações divinas - embora alegue amar a Deus - sempre passa a percorrer caminhos tortuosos do desânimo, da maledicência, da revolta e dos crimes, os quais trazem a sua volta, marcas de destruição e miséria,
Os negadores da fé ou de fé titubeante, ou ociosos de bom animo, os revoltados,, aninham em si o desespero e tristeza, que geram rios de lágrimas äs claridades amenas da esperança que alumia os caminhos do crente que segue Jesus, ou abraçou sua doutrina durante a vida. E disse que a condenação cai precisamente sobre os Judeus, porque lhes foi confiada a guarda das leis divinas, transmitida por Moisés. Assim, conhecendo-as eles não tem desculpas, pois souberam que a vida é uma escola de aprimoramento espiritual e fizeram dela um campo de lutas, semeando ódios e dores, com vistas a bens materiais, sem nada de valioso ou duradouro ao espirito imortal. Eles e os que assim agem, diz Paulo, nunca chegaram a saber o que é sentir-se seguro e desfrutar das bençaõs de Deus, pois a infidelidade a própria consciencia cava abismos de destruição e nmiséria onde passa.
Por outro lado, o apóstolo Tiago, em sua única epistola indaga: "se alguem disser que tem fé, mas não tem obras, que lhe aproveitará isso?Ele conjuga o ter fé com fazer algo que justifique a sua posse, sem o qual esse possuir torna-se sem proveito. A seu ver a pessoa de fé não deve se isolar do mundo e possuir essa posse egoisticamente, mas, ao contrário, deve com ela construir obras de proveito.
Ser religiioso para ele, diante de Deus, nosso pai, consiste em visitar os órfãos e as viuvas, consolando-os em suas tribulações e guardar-se livre da corrupção do mundo,.É dar testemunho não com palavras, mas com atos que demonstre de que lado está, do mundo ou de Deus.
O que fazemos mostra claramente o que somos e por isso seremos justificados. É a lógica das coisas. Não adianta termos o titulo de engenheiro se nunca edificamos nada, ou de médico se não exercemos a profissão. Não adianta termos riqueza se ela não é proveitosa a ninguém. O titulo é apenas uma indicação, não uma prova de ser alguma coisa.
Ter fé, ser religioso, deve representar uma das mais importantes atividades da vida diária, É ajudar, amparar, espalhar esperança no futuro naqueles que estão precisando dela. O apóstolo cita órfãos e viuvas porquanto naquela época, o que não faltavam eram órfãos e viuvas, como resultado das constantes guerras em que os povos viviam. Violencia gerando miséria e sofrimento.
Assim o dever daquele que se diz religioso e crê em Deus, é justamente divulgar a paz, que traz bem estar, trabalhando todos os dias para aliviar as dores e sofrimentos, que o desconhecimento das leis divinas, que ele ja conhece, gera.
Portanto, dentro do pensamento desses apóstolos do cristianismo, somente podem ser classificados de religiosos as pessoas que semeiam ao seu redor, não só a palavra de Deus,mas executam obras provando ter compreendido o seu dever de filho do altissimo, amparando seus irmãos em dificuldades durante a vida.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Esmola

Lucas narra que Jesus, certa feita, foi convocado a participar de um jantar na casa de um fariseu.
O Mestre aceitou o convite, entrou na casa e pôs-se à mesa. Os fariseus, como consta da Introdução do Evangelho Segundo o Espiritismo, "eram observadores servis das práticas exteriores do culto e das cerimônias, tomados de ardoroso proselitismo, inimigos das inovações, afetavam grande severidade de princípios".
A atitude de Jesus de sentar-se à mesa sem antes cumprir ritual de lavar as mãos, o prato e o copo, causou admiração ao fariseu. O Mestre, sabendo disso observou: "Agora vós, ó fariseus, purificai o exterior do copo e do prato e por dentro estais cheios de rapina e perversidades".(11.37/41)
Jesus aproveitou a ocasião e fez um verdadeiro jogo de palavras, querendo naturalmente dizer que eles, com seus ritos e cerimônias, procuravam purificar-se apenas por fora, pouco importando se por dentro estivessem cheios de sujeira e perversidades. E concluiu o seu discurso dizendo que isso era insensatez e indagou: "Quem fez o exterior, não fez também o interior?"
Em seguida fez a seguinte recomendação: "Dai, porém em esmolas o conteúdo e eis que todas as coisas são limpas para vós."
Lembrando-nos de que o fariseu estava oferecendo um jantar ao Mestre, as recomendações se explicam perfeitamente, considerando-se a forma hostil como os fariseus sempre o tratavam.
Dar o conteúdo de sí próprio não é dar bens materiais, roupas, alimentos, dinheiro, nem mesmo parte do corpo, mas dar a própria alma em gestos e vibrações de carinho e afeto -- pois é justamente a prática do amor desinteressado que purifica a pessoa, interna e externamente. Isso, entretanto, eles não compreendiam.
Desde aquela época remota até os nossos dias, as pessoas preferem dar esmolas de bens perecíveis, para satisfazer a vaidade e não se obrigarem a maiores sacrifícios e renúncias, como seria o dispor do seu tempo ajudando o próximo, esquecendo-se de sí mesmo e trabalhando desinteressadamente para o bem da comunidade da qual faz parte.
Para dar, porém, é preciso ter. Muitas pessoas ainda não carregam as vibrações de carinho e afeto do amor pregado por Jesus. Cada qual pensa em si mesmo.
Para fazer calar a consciência, inventam cultos e ritos, como os fariseus do passado, e dão esmolas dos únicos bens que possuem, os materiais. Esquecem que até esses bens que dizem dar não são seus, mas empréstimos que Deus os aquinhoa para a passagem transitória na terra!