domingo, 27 de junho de 2010

RICOS E PODEROSOS


Muitas vezes ficamos preocupados com o destino dos desvalidos da sorte, e
oramos pedindo a Deus por eles. Esquecemo-nos, porém, quase sempre, de meditar sobre a situação dos ricos e poderosos, embora tenhamos aprendido que essa é para o espírito uma das provas mais difíceis.

Aos espiritos em situação material difícil na vida sempre fica a esperança e a espera de dias melhores -- quer ganhando na loteria, quer melhorando no emprego ou abrindo o próprio negócio.

O rico porém sabe mais das vezes muito bem
que as suas posses não têm o dom de dar-lhe uma felicidade duradoura, ao contrário, a sustentação do seu patrimônio só lhe traz preocupações e dores de cabeça, dia e noite.

Ao demais, na luta diária para manter um patrimônio, ou disputar posições de mando ou de poder, ele esquece de Deus e das leis Divinas -- que passa ignorar e infringir. Desacostumado à humildade e meditação, comum e diária ao pobre, torna-se vaidoso e presa fácil de paixões menos dignas que o dinheiro e as posicões mundanas ajudam a desenvolver. Não sendo criticado em virtude da empáfia que a posicão e a riqueza lhe dá, sujeita-se a cometer erros e leviandades de toda sorte, espalhando por onde passa injustiças e sofrimentos.

A riqueza e o poder costumam fazer do seu possuidor crer que é diferente dos demais, pois até os pequenos erros e deficiências morais sao ignoradas pelos que o cercam e, às vezes, até louvadas, pelo que pode, assim, sem freios, desenvolver a vontade, causando males ao próximo.

É importante perceber que a riqueza e o poder colocam o seu possuidor na posição de
criticar, resposabilizar, julgar, fazer justiça e punir. Aliado à fragilidade do discernimento humano, à falsa educacão, às inclinações naturais, aos gostos ,circunstãncias e às emoções do momento, bem como a influência de interesses -- cerceando a imparcialidade -- é de se concluir a quantos erros e crimes estárão sujeitos os ricos e poderosos.

Lembremo-nos de orar por eles, pois precisam mais de ajuda de que os pobres que têm a esperança no futuro e crêm em Deus.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

O CONSOLADOR

"Depois que fostes iluminados, suportastes
grandes combates e aflições"
Paulo aos Hebreus

Para que alguém seja iluminado é indispensável que esteja em trevas, do contrário isto não se justificaria. O povo judeu, antes da vinda de Jesus, vivia em trevas. Tinha de um lado o opressor romano a exigir o tributo para César , o qual ele precisava arrancar da terra com e lágrimas e, de outro, sua religião, que lhe apontava um Deus vingativo, cuja benevolência devia ser conquistada com oferendas e sacrifícios. Eram bois, carneiros, bodes e pombas que os sacerdotes, em rituais próprios apresentavam no altar para purificação, livrando-os dos pecados, isto sem contar com o dízimo devido à Igreja. A mente desse povo, naquela época, estava tão carregada de superstições, que até o simples ato de alilmentar-se sem antes lavar as mãos era considerado pecado.

Pois bem! Jesus veio esclarecer que Jeová, ao contrário do que ensinavam e criam, era um pai justo, cheio de misericórdia , bondade e solicitude para com os seus filhos amados. Explicou isso através de inúmeras poarabolas, cheias de vida e de uma lógica irrefutável. Era um pai que abandonava cem ovelhas sadias e procurava justamente a desgarrada, para conduzi-la sã e salva ao seu redil.

No conhecido Sermão do Monte, num gesto largo abraça todos os aflitos e sofredores, os perseguidos, os pobres e humilhados e diz que se suportarem esses revezes com bom animo e fé inarredável no Pai celeste, Ele os conduziria ao reino da bem-aventurança. Esclarece, pela parábola de Lázaro e do rico senhor, que os poderosos não têm entrada no reino de Deus, porquanto já fizeram da terra o seu reino e que só o desprendimento dos prazeres terrenos e o amor ao próximo garante a alegria futura, após a morte, e não os sacrifícios.

Aconteceu, porém, que apesar desses ensinamentos cheios de amor e carinho a esse povo sofredor, Jesus foi considerado pelos descrentes da época um louco e visionário e pela Igreja, que se veria prejudicada pela falta de oferendas e dízimos, como um elemento sedecioso e muito perigoso. Essas forças se uniram e o crucificaram.

Ninguém pode encobrir o sol. O seu sacrifício só serviu para aumentar a fé e a confiança nos seus ensinamentos. As perseguições que se sucederam àqueles que agasalharam essas idéias, só fez aumentar o número dos seus seguidores.

Eles foram iluiminados por Jesus e não mais poderiam crer naquele Deus vingativo, cheio de ódio e rancores, pintado pelos religiosos da época. Suportavam por isso, com fé, todas as perseguições, criticas, admoestações e aflições que essa atitude ocasionava, certos de que, em qualquer circunstância jamais seriam abandonados por esse Pai de bondade e amor que lhes acenara Jesus e que o testificara ao ser sacrificado, sem queixumes, ao mesmo tempo que pedia o perdão dos seus algozes.

Somente a luz espiritual confere a pessoa a capacidade de suportar os combates da vida, que servem para nos aperfeiçoar. Quem atravessa a existência sem ter provado o sabor amargo das decepções, dos sofrimentos, das dores e aflições, não progride. Ainda está no estagio preparatório.

Para as grandes calamidades que se abateriam sobre a terra no século dezenove, preparando-a para a entrada numa nova era de paz e amor, foi trazido o Consolador, a doutrina dos espíritos, que ilumina as trevas em que se encontra a humanidade, que desconhece ainda suas origens e o seu destino.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

SENDA REDENTORA

Se temos cruzes na senda redentora,
não é porque Deus seja rigoroso na execução das suas leis,
mas por ser Pai amoroso de nossas almas,
cheio de sabedoria e compaixão nos processos educativos.
Emmanuel

Quando se deseja ser ouvido, a primeira norma é falar a linguagem do ouvinte; a segunda é falar daquilo que lhe seja necessário ouvir, despertando-lhe a alegria e o bem estar. Se é nosso desejo introduzir novas idéias em nosso ouvinte, não devemos ferir susceptibilidades, mas com cautela fazê-lo compreender que as que professa podem não ser as melhores, nem as mais corretas, partindo sempre da premissa que as nossas também podem nao ser as apropriadas, face a outros pontos de vista. Em terceiro lugar é dar tempo para que elas, tais como as plantas, frutifiquem. Em suma, analisamos o nosso interlocutor e inserimos nele, cuidadosamente, as idéias que desejariamos ver um dia frutificar.

Das mesma maneira, quando desejamos plantar uma árvore, temos que escolher, dependendo da espécie que temos em mãos, o terreno apropriado, modificando-o mais das vezes, para receber a semente ou muda da árvore que desejamos um dia ver crescida. Devemos também, além de corrigir a acidez do solo, regar convenientemente, de modo a não ser de mais nem de menos os elementos que a farão crescer e frutificar. Cuidaremos igualmente que as ervas daninhas e as formigas e insetos não a prejudique.

Porém, se nosso objetivo é construir uma casa, serão ainda maiores as nosssas preocupações. Contrataremos pessoas especiallizadas que analisarão todos os detalhes técnicos: o terreno, a sua localização, o estilo da construção, o material a ser empregado, as disposições das várias dependências e uma infinidade de detalhes e pormenores que permitirão erguê-la atendendo o nosso desejo e conveniência.

Pois bem! Se para coisas comuns e transitórias da vida, julgammos opoortuno tomar certas precauções antes de executá-las, para que produzam os resultados almejados, porque pensar que um ser como nós, destinados a viver na eternidade, não mereça do seu Criador, uma série de processos educativos e retificadores para nos adaptar a viver numa felicidade eterna?

As cruzes e as sombras na senda da evolução são perturbadoras, mas sem elas não atingiremos as luzes que nos guiarão pelas eternidade afora. Tenhamos paciência e confiança inabalável nesse grandioso Ser que nos criou e nos ama enternecidamente....