sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

O CORPO HUMANO



A grande maioria da população deste planeta desconhece o que forma nosso corpo. Conforme esclarece a doutrina dos espíritos, o ser humano é constituído de um molde extrafísico, que existe antes do nascimento do corpo e sobrevive após a morte deste. Embora seja constituído de matéria ele é mais sutil e plástico -- e possui um sistema energético que obedece  ao comando direto do espírito. 
É costume usar de um exemplo singelo para explicar seu funcionamento: tomando-se a figura de uma viatura de tração animal em que ela, o cavalo e o condutor simbolizem respectivamente o espírito a energia e a matéria, teríamos o condutor representando o espírito, o cavalo a energia ou perispírito, e a viatura o corpo físico. 
Quando o condutor deseja movimentar a viatura não é a ele próprio que chicoteia, mas ao cavalo, que é quem realmente move a viatura. Da mesma maneira, quando o espírito deseja acionar o corpo, não o faz diretamente no sistema nervoso central ou nos músculos do corpo, mas atua primeiramente no perispírito, que é o intermediário energético ou mediador entre os dois planos. 
Este, ao receber o impacto direto do pensamento ou da vontade do espírito, move o conjunto -- cérebro e músculos.
O espírito projeta sua ordem mental diretamente sobre seu veículo mais próximo, que é o perispírito, interposto entre ele e o corpo físico. 
O pensamento, como criação dinâmica, acha no perispírito o fiel transmissor da ordem para o organismo carnal.
O perispírito  é um grande agregado de entidades microscópicas vivas, que se movem ao influxo da mente, que as sustenta coesas. 
O espírito vive saturado de elementos que ele produz e que variam de peso e intensidade, e podem se tornar maléficos ou benéficos -- conforme os pensamentos e sentimentos por ele produzidos. 
O espirito é, pois, um mundo de incessante intercâmbio de forças imponderáveis que ele atrai ou repele; de criações mentais de outros seres que ele alimenta ou aniquila. Ele pode acelerar o seu campo mental elevando-se ao nível de criaturas superiores, ou então o abaixá-lo vibratóriamente, alcançando escaninhos escabrosos de espíritos enfermos e escravizados ao magnetismo denso dos pensamentos trevosos. 
O equilíbrio evangélico e a harmonia mental nutrem o espírito de energias benfeitoras que circulam pelo perispírito, aumentando a vitalidade do ser e movendo-se para o exterior, auxiliando os próximos. 
Quando o espírito se degrada na prática de atos menos dignos, ocorre um rebaixamento vibratório, muito nefasto, em torno das energia puras, perturbando e prejudicando suas forças com depósitos de resíduos cáusticos que se situam  na delicadeza do perispírito, ocasionando doenças das mais variadas. A dor se faz presente, mas não representa punição divina e sim descaso com as leis que regem a vida.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

MENSAGEM TRADUZIDA



Na lntrodução do seu  terceiro livro,  O evangelho segundo o Espiritismo, Kardec  fala dos objetivos da obra, que seria o de estender-se sobre a parte moral do Evangelho de Jesus, sem todavia, ater-se à sua vida, as profecias, e os dogmas estabelecidos pela Igreja. Esclarece que, assim o fez porque a maioria das pessoas não entende a parte alegórica e o misticismo da linguagem evangélica, embora admirem a parte moral cristã espalhada nos textos e narrativas do Evangelho, os tratados literários nada esclarecem.
Assim, reuniu num livro os trechos que formam a moral cristã, sem distinção de cultos e sem respeito à ordem cronológica. Foram, porém, distribuídos de maneira que uma dependa das outras. 
Kardec Pretendeu com isso dar uma explicação para as passagens obscuras e o desenvolvimento de todas as suas consequências, com vista à aplicação prática na vida cotidiana.
Menciona que algumas passagens do Evangelho e da Bíblia parecem asbsurdas por falta de uma chave que lhes de o verdadeiro sentido. Essa chave está inteirinha no Espiritismo, que observa por toda parte, na antiguidade e em todas as épocas da humanidade. Ele lança uma luz sobre os mistérios do passado.
As instruções - todas elas -  foram dadas pelos espíritos superiores e ele apenas coordenou, colocando em ordem os assuntos tratados. Por isso a obra tem caráter de universalidade. De agora em diante, elas poderão  ser ensinadas em todas as partes do mundo.
De fato, constata-se que decorridos dois séculos da sua publicação o Evangelho Segundo o Espiritismo, esse livro maravilhoso, não se alterou em nem uma vírgula sequer e as pessoas passaram a compreender melhor o pensamento de Jesus e os seus ensinamentos de vida, convictos de estarem certos na busca  da solução dos seus problemas. E mais, sabem  como agir nas dificuldades e obter consolo nas horas de aflição.
Ele  é um dos pilares da doutrina e sua leitura e estudo é um dever imprescendível a todos quantos desejam seguí-lo, independentemente da religião que professem.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

RENOVAR-SE SEMPRE



Marcos no capítulo 3 de seu evangelho retrata a seguinte parábola de Jesus:


"acontece com o reino de Deus o mesmo que com o homem que lançou  a semente na terra: ele dorme e acorda de noite e de dia, mas a semente germina e cresce, sem que ele saiba como. A terra por si mesma produz fruto: primeiro a erva, depois a espiga e, por fim, a espiga cheia de grãos."


Paulo de Tarso, por seu turno, em carta dirigida aos seus discípulos, em Coríntio, esclarece que embora nosso homem exterior se corrompa, o interior se renova dia a dia.
A doutrina dos espíritos comprova os fatos, ensinando a lei da reencarnação, através da qual nós passamos a entender que estamos encarcerados num veículo físico pesado, o corpo, a fim de desenvolvermos -- como a semente atirada à terra -- todas as qualidades em nós latentes. Isso se faz dia a dia sem que nós percebamos.
A semente se desenvolve porque os elementos que a terra contem -- o clima, a chuva, o sol, o calor -- fazem com que a semente surja radiosa como planta. 
Essas comparações feitas por Jesus e Paulo são bastante esclarecedoras. Mergulhamos ou renascemos na terra num corpo que se deteriora dia a dia e disso não nos damos conta, a não ser quando chega a velhice e prevemos a desencarnação e verificamos a enorme modificação em nossa maneira de viver, comparando com as da juventude e da madureza.
O corpo foi se deteriorando dia a dia, mas por outro lado, as circunstâncias em que fomos colocados na vida, pobres ou ricos, sadios ou não, as lutas para sobrevivência, o trabalho, os estudos, as dificuldades do dia a dia, os esforços despendidos fixaram em nós novos hábitos, maneiras de ver, de pensar, de agir, nos modificaram.
 A vida é por isso um processo renovador do qual não temos como nos evadir, porque é uma lei da natureza. Se não pusermos empecilhos como desânimo, descrença, revolta contra as coisas que nos sucedem e tivermos fé e confiança no futuro e nos desígnios da providência, o tempo fará com que despertem em nós novas qualidades e aptidões do espirito imortal e compreenderemos a grandiosidade do ser que nos criou e faz com que, devagar, seguros, atinjamos as culminância morais e intelectuais que nos capacitarão a ver e contemplar as inúmeras belezas do mundo celestial.
O que precisamos é nos reeducar para vivermos na eternidade, dando tempo ao tempo para que ele cumpra sua função, renovando-nos pelos estudos das leis divinas e pela prática do bem, com constante vigilância dos nossos pensamentos para que sejam sempre alegres e sadios.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

CONHECE-SE AS ÁRVORES PELOS FRUTOS



Jesus, quando esteve entre nós, dizia sempre que não viera para destruir as leis de Deus, mas ensinar o povo a cumprí-las e, de fato fazia isso sua maneira simples, jamais atacando quem quer que fosse, mas pela forma carinhosa, persuadindo através de parábolas, com comparações tiradas do cotidiano.
No caso em estudo, para informar que há no mundo vários tipos de pessoas, as más e as virtuosas, ele nos compara a árvores, que produzem  frutos bons e ruins. O crente deveria fazer suas comparações, verificando os frutos que está produzindo, evitando erros. Jesus dizia ainda que "do que está cheio o coração fala a boca", ou seja, o ateu é irreverente e debochado com as coisas divinas, o mentiroso é pessoa que não se pode confiar.
Jesus esclarece ainda que todos precisam melhorar-se e para dizer isso de forma simples, para que todos entendessem, contou a parábola conhecida como "o joio e o trigo" que diz respeito a um homem que semeou boa semente de trigo em sua seara, mas á  noite vieram seus inimigos e semearam na mesma terra o joio. Quando o trigo apareceu, veio junto com  ele o joio. Os trabalhadores da seara foram imediatamente comunicar o fato ao dono da seara, indagando se ele queria que fosse arrancado o joio. O dono não permitiu, dizendo: se for arrancado o joio, junto com  ele viria também o trigo. Deixem que cresçam juntos.. Quando chegar a época da colheita o joio será amarrado em feixes e queimado e o trigo armazenado no celeiro.
Está bem claro que vivemos entre pessoas boas e más, e que as más serão enviadas a lugares de sofrimento e dores e as boas recolhidas em lugares festivos, de alegria e paz. 
As boas são as que respeitam as leis divinas, produzindo boas obras, e as más são aquelas presas aos bens terrenos. É uma forma original de ensinar que os homens só ganham praticando o bem, e que as revoltas contra Deus só levam a sofrimentos.
Numa outra ocasião, para mostrar às pessoas que Deus se preocupa  e cuida delas e não quer a morte do ímpio, Jesus contou a parábola da figueira estéril, na qual o empregado vendo que a figueira não dava frutos sugeriu cortá-la. Mas o senhor mandou que, antes, ele cavasse em redor dela e colocasse estrume e adubo e aí então ela passaria a dar frutos. Essa providência, está bem claro, são as dificuldades que nos cercam durante as encarnações e nos obrigam a renovação e produção de algo útil.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

A CURA PELO ESPÍRITO



Depois de procurar em vão a ajuda de médicos, psicólogos e psiquiatras para obter a cura de seus males, muitas pessoas procuram um Centro Espírita na esperança de conseguir esse objetivo. E obterão de fato, se tiverem paciência e cumprirem a risca suas orientações. Esclarecemos porque isso se dará.
Os médicos da terra, nos tratamentos cuidam apenas da matéria ou do corpo, ignorando o espírito responsável e condutor do corpo. Como é um tratamento pela metade, quando se obtém a cura não podemos dizer que é definitiva.
Nos Centros Espíritas recomenda-se aos pacientes que continuem com o tratamento médico tradicional, mas cuida-se também de limpar o perispírito do doentes,  através de passes aplicados pelos médicos do espaço por intermédio de passistas do Centro.
Recomenda-se uma reforma íntima, ou seja, uma mudança de hábito voltando a olhar a Deus e vivendo a vida como uma escola onde todos os dias se aprende algo.
Os médicos ignoram, mas o corpo físico é sustentado por uma tremenda rede energética que circula por todo o organismo mantendo-o sadio. 
Essa energia o corpo capta através do que se convencionou chamar de chacra. São vários os chacras e se um deles não funciona direito o organismo sente. A energia vem do cosmo e do centro da terra e é muitíssimo poderosa, embora sutil e invisível aos olhos comuns. Os videntes percebem, inclusive sua coloração.
Assim que o paciente entra no centro espírita e recebe um passe,  os mentores espirituais detectam de imediato a origem dos males pela cor dos chacras, e cuidam de aliviar a pessoa com aplicação de energias no perispírito.
A origem  dos nossos males pode estar nos erros do passado ou em atitudes impróprias e impensadas do presente -- ou ainda em cobranças de inimigos criados em existências pretéritas.
A rede energética do espírito é ultra sensível e se reflete no corpo até nos mínimos pensamentos. Se não forem sadios, elevados, bondosos, de amor, o corpo sofrerá.
Assim pois ao alimentar ódio e desejos de vingança por muito tempo surgem nas pessoas mais das vezes o câncer que é uma deterioração das células debilmente energizadas. 
O viciado em álcool destrói seu fígado, por não alimentar seu chacra esplênico e o viciado em drogas o seus neurônios por deficiência do chacra frontal que energiza o cérebro, cujo tratamento procede na próxima existência, quando nascem como autistas, especiais ou com o fígado já comprometido.
Assim, cada erro ou descaso com o corpo físico, traz graves consequências à saúde. Sabendo disso, para desintoxicar o indivíduo, os espíritos recomendam a renovação dos conceitos, hábitos alimentares e mentais -- enfim uma nova atitude perante a vida. 
Como melhor exemplo nos acenam com o evangelho de Jesus, que é o caminho, a verdade e a Vida.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

ASPECTOS DO CRISTIANISMO



De que nos valem os ensinamentos do Mestre Jesus, o exemplo da sua pureza, todo o calvário da sua vida, se não temos a absoluta certeza da imortalidade, se julgamos que tudo se finda com a morte, se pensamos com esse nosso materialismo religioso que Deus é somente para esta existência e continuamos chorando nossos entes queridos que faleceram.
Deus, na sua infinita bondade, está sempre velando por seus filhos e nos momentos aflitivos envia seus missionários, os quais com suas palavras e seus feitos mudam o rumo da Historia, transformando costumes e crenças.
Muitos deles agem com ações devastadoras, outros de forma construtiva, em ambas as formas para trazer o progresso. 

Kardec está no rol daqueles que elevaram as pessoas, através da educação religiosa, num dos momentos críticos da humanidade, de transformacões importantes, como hoje a limpeza dos que não acompanharam o progresso espiritual da terra.
Ele supriu o que faltava às religiões: a prova da imortalidade da alma e seu estado após ela. A doutrina por ele codificada abre as portas do céu àqueles que desejam entrar, porquanto mostra a real finalidade da vida e as consequências do nosso atual modo de viver. Sua doutrina não exige nada das pessoas, apenas que a compreendam e tenham conhecimento da responsabilidade de cada um perante a vida. Pede que trabalhem e estudem para entender a obra Divina e com ela colaborar. Nos faz entender que devemos domar nossas paixões e por paz em nossos corações. É através do contato com os falecidos, por intermédio dos médiuns, que ficamos sabendo o que nos espera o futuro, diante do bem ou do mal viver.


segunda-feira, 7 de novembro de 2011

FALAR COM OS DITOS MORTOS



Muitas pessoas tem medo só de ouvir falar da doutrina dos espíritos. E não é por menos, pois desde que foi coodificada por Kardec, as igrejas a vêm combatendo, dizendo que isso é obra do demonio, charlatanice, e o indíviduo que se presta a isso pode ficar louco. Jesus sofreu com o preconceito manifestado pelos farizeus e escribas que repeliam sua doutrina de amor, dizendo que tudo o que ele fazia era coisa do demonio e que ele não era profeta. Uns afirmam que Moisés proibiu de se falar com os mortos. Esquecem os que assim pensam que o Profeta Hebreu tinha
suas razões, pois o povo usava os espíritos para obter vantagens pessoais e prejudicar o próximo.

Hoje, porém, mais evoluidos, podemos pensar livremente, mesmo porque não somos judeus. E quando lemos o Evangelho não devemos esquecer que anteriomente ele era escrito em latim e interdito ao povo e so após a intervenção de Lutero ele foi traduzido em vários idiomas.
Jesus conversava com os espíritos (chamados pelas igrejas de demônios) e jamais proibiu essa prática. Consta do Evangelho que certa ocasião subiu com alguns discípulos numa montanha opara orar. E surgiram os espíritos de Moisés e Elias, sendo que este último, no dizer de Jesus aos apóstolos, fora quando encarnado João Batista, degolado a mando de Herodes.
Ora, como explica a doutrina dos espíritos essa foi uma sessão de materialização, inclusive com voz direta, o que ocorre quando o espírito utiliza o ectoplasma do médium para fazer o fenomeno em questão. Aqui também ele confirma a reencarnacão, ao dizer quem foram aqueles espíritos quando em vida. Jesus também, em várias ocasiões, falou com espíritos atrasados, obsessores, obriganado-os a deixar de prejudicar as pessoas que ele curava.O Mestre inclusive promovia suas curas dando passes com imposicão das mãos como fazem hoje os espíritas.
Como se vê, desde que o mundo é mundo os mortos falam com os vivos. O que ocorre é que os homens, sem sombra de dúvida, alteraram os evangelhos (que são
28 e apenas 4 são divulgados pela igreja católica) como no caso da reencarnação. A doutrina dos espiritos veio justamente para isso: esclarecer e por as coisas no devido lugar, pois o diálogo com os que nos precederam no túmulo é de vital importância -- uma para consolo e outra para promover a paz entre as pessoas.
É preciso que o homem se torne simples, que ponha de lado as antigas crenças recebidas como herança e olhe para o futuro, analisando sem preconceitos o cristianismo trazido pela nova revelação. Nao façamos como os farizeus e escribas que mataram Jesus, condenando-o sem saber o que ele representava. A doutrina dos espíritos fechou a porta do túmulo e abriu as portas do céu, pois o amor por nossos familiares, parentes e amigos se fortalece ao sabermos que estão vivos -- e não ardendo na chama do inferno criado pelas antigas religiões.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O PÃO DA VIDA


A doutrina dos espíritos não aceita coisa alguma sem compreendê-la perfeitamente. É uma doutrina do bom senso, como foi classificada por um filósofo. Dessa forma nem tudo que
se lê no Evangelho é aceito exatamente como está escrito, porque nós sabemos hoje que no
decorrer dos tempos muitas coisas foram alteradas atendendo aos interesses da igreja. Na época de Jesus, por exemplo, a mediunidade era largamente praticada e o Mestre em várias ocasiões expulsou espíritos e fez muitas curas apenas colocando as mãos sobre os necessitado. Séculos depois, quem manifestasse qualquer tipo de mediunidade era taxado de louco e queimado vivo. A reencarnação pregada por Jesus foi excluída dos Evangelhos e muitos passaram a não crer nas fantasias inseridas no texto, como a de ele andar sobre a água e transformar água em vinho.
Atualmente, com a chave trazida pelos espíritos, o Evangelho passou a ser melhor compreendido. É o caso daquele relato feito pelos evangelistas em que Jesus transpôs de barco o
lago de Tiberíades para meditar com tranquilidade e foi visto por pesssoas quee formaram uma multidão ao seu redor. O Mestre teria alimentado a todos com apenas com cinco pãezinhos. Kardec, a esse respeito, fez a seguinte ponderação, que consta do Capítulo XV do livro A Gênese - Milagres do Evangelho: "Assim, ao lado do sentido alegórico moral, ele pode produzir um efeito fisiológico natural bem conhecido. O prodígio, neste caso, está na ascendência da palavra de Jesus, bastante poderosa para cativar a atenção de uma multidão ao ponto de fazê-la esquecer da fome. Esse poder moral testemunha a superioridade muito mais que um fato puramente material da multiplicação dos pães, que deve ser clasificado no campo da alegoria".
As palavras de Jesus são espírito e vida e servem para alimentar a fé e a esperança de toda humanidade, porque consolam os aflitos e desesperados, os oprimidos e os doentes quando acenam com um mundo melhor para os que não se revoltam e amam a Deus e o seu próximo. Enfim, aqueles que têm conduta moral elavada.
Jesus nos ensinou a amar a Deus e crer na sua justiça, pois Ele é a Suprema Inteligência, soberanamente justo e bom, infinito em todas as perfeições. Sem ele não mais poderíamos viver neste mundo materialista. Os que não crêem em DEUS e vivem sem religião, que só buscam os prazeres da vida, prejudicam a si mesmos e aos próximos, que não reconhece como irmãos mas como rivais na luta pela vida. As dificuldades da existência os fazem sofrer muito e, por renegar o Criador, voltarao em péssimas condições.
A doutrina dos espíritos matou a morte porque esclarece e a distingue como fenomeno natural da evolução, dando-nos ensejo de compreender as palavras evangélicas e de nos melhorarmos cumprindo o que elas pregam, vivendo de modo pacifico, cheios de confiança no futuro.

sábado, 22 de outubro de 2011

C U L TO S


Todas as religiões do planeta, desde as mais primitivas, possuiam uma forma particular de homenagear sua divindade em solenidades públicas e, nesse ato de adoração, ou veneração, são executados cantos de louvor e feitas oferendas, em posição ou gestos próprios que demonstrem
a total submissão ao seu poder.
Na época de Jesus, os judeus se reuniam nas Sinagogas, liam os rolos de pergaminho da Lei, cantavam Salmos e por intermédio do sacerdote faziam oferendas a Jeová, seu Deus, de acordo com as posses de cada um, pelos favores recebidos ou graças as serem alcançadas. Eram bois, cabritos, pombas,ou dinheiro. Declarou Jesus, taxativamente, não ser o seu objetivo destruição da Lei ou dos Profetas, que eram os emissários de Jeová, mas cumprí-la. Respeitou, assim, o secular costume de dar ofeerendas a Deus, dizendo ao cego que curara: "vai apresenta-te ao sacerdote e faça a oferta que determina a Lei."
Todavia, disse também que na vida valia mais o reconciliar-se com o seu inimigo, vivendo em paz com ele, do que fazer as oferendas. Condenou como hipócritas aqueles crentes que, em vez de cuidar dos pais velhos, como determina a Lei, substituiram essa obrigação por oferendas a Jeová, acreditando que com isso estavam desobrigados de ampará-los.
O espiritismo, que tem como objetivo restaurar as práticas dos primitivos cristãos, não veio destruir nada, inclusive o hábito de cantos e oferendas a Deus e aos santos da preferência individual, mas reafirma Jesus: o mais importante é o cumprimento das leis Divinas.
Por isso, sempre que a pessoa é tocada por seus ensinamentos ocorre uma transformação profunda em suas idéias, seus conceitos de vida e modos de viver. Ela começa o seu cerimonial de reverência a Deus não mais nos templos ou na igreja mas no convivio diario com a obra divina principiando pelo respeito a natureza e amor ao próximo. Disse Jesus à samaritana: "Cre-me que a hora vem, quando nem neste monte, nem em Jerusalem, adorareis ao Pai. Porém a hora vem, e é agora, em que os verdadeiros adoradores adorarão ao Pai em espirito e verdade".
É na sinceridade e honestidade do viver, no cumprimento da Lei grafada nas consciências de cada um de nós, que o espírito cultua a Deus. É na ajuda ao seu próximo, começando no lar e estendendo o seu amor aos desvalidos da sorte, aos abandonados em orfanatos, asilos, casas de saude e aos que dormem debaixo de viadutos e pontes.
Também não se deve sair por aí mostrando-se caridoso, mas é preciso colaborar com entidades filantropicas que se dedicam à melhoria da sociedade em geral, seja qual for sua cor religiosa, desde que sejam idôneas
Amar a Deus é lutar com todas forças ao seu alcance por um mundo melhor, sem violência. É trabalhar para amenizar a dor da sociedade. É agir no sentido de transformar a terra no paraiso tanto esperado pelos filhos de Deus. É cultuar a criação em todos os instantes da vida, aperfeiçoando-se.

sábado, 15 de outubro de 2011

TESOURO ESCONDIDO

O reino dos céus é semelhante a um tesouro que,
oculto no campo, foi achado e escondido por um
homem, o qual, movido de gozo, foi vender tudo
que possuía e comprou aquele campo
(MateusXIII.44)


JESUS usava para transmtir seus ensinamentos imagens simples, tiradas do cotidiano das pessoas. Neste caso, como naqueles remotos tempos não existiam bancos, nem cofres e as pessoas, para guardar o que de mais valioso possuiam, o enterravam dentro da própria casa
ou em algum lugar do seu terreno. Numa ocasião Jesus alude o fato de uma mulher que
perdera sua moeda e depois, achando-a, ficou contente. Ela naturalmente a enterrara e
não mais sabia onde; quando achou passou a gritar de alegria.
Ele disse claramente que onde estivesse o nosso tesouro, ali estaria também o nosso coração,
recomendando que não deveríamos acumular tesouros na terra, onde os ladrões roubam e a
ferrugem corói, mas no céu. Ao moço rico que desejava adquirir a vida eterna ele disse: "vai
vende tudo o que tens, dá aos pobres e terás um tesouro no céu.".
Todavia, atrasados intelectual e espiritualmente, e por isso mesmo cercados de dificuldades
de toda espécie, vemos nas riquezas materiais um meio de alcançar na terra a felicidade
tanto sonhada por nós. E vamos asim à cata de tesouros, hoje não mais enterrados em
terrenos, mas em negócios lucrativos que nos possam propiciar lucros exorbitantes. As leis
civis e religiosas condenam o roubo, a fraude, mas o homem não as ouve e, com astúcia, procura burlá-las; daí o aumento das prisões e dos procesos que abarrotam a justiça.
Nesse estado de espírito, incapazes de ver além do horizonte da vida material, está bem longe
de nós a pratica das virtudes cristãs recomendadas por Jesus que nos abririam as portas do céu.Mas, por maior que seja o tesouro acumulado na terra, ele perde o seu valor completamente no plano espiritual, onde vigoram somente as virtudes adquiridas na vivência terrena, tais como: honestidade, paciência, amor ao próximo, fé, caridade. Valores que geram obras construtivas de interesse e bem estar coletivo.
O campo está aí, dentro da nossa própria morada, o corpo que habitamos. Mas, cegos pelo
egoísmo, é dificil vê-lo e somente quando formos curadaos dessa cegueira é que poderemos encontrar nele um tesouro escondido e aprimorando-nos no conhecimento e bondade, adentrar no reino dos céus.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

PODER DA FÉ

Após a cura por Pedro e João, de um homem coxo de nascimento, que vivia esmolando a porta do Templo de Jerusalém, foram eles presos e a seguir convocados a explicar perante todas as
autoridades locais "com que poder ou autoridade de quem tinham feito aquilo".
Pedro esclareceu-lhes, então. que o fora em nome de Jesus de Nazaré, o Messias, o homem que
eles haviam crucificado.
As autoridades ficaram espantadas, mas não podiam negar a cura, eis que o homem curado achava-se ali, dian te deles. Só podiam confirmar o milagre. ma1s, em conselho, dicidiram impedir a propaganda do fato. E chamando os apostolos, com ameaças, os proibiram de falar novamente a respeito de Jesus, o que eles se recusaram, dizendo que não podiam deixar de
falar das coisas maravilhosas que Jesus disse e fez.
Assim que foram soltos se reuniram com os demais discipulos e juntos agradeceram a Deus e
pediram forças para continuarem em suas pregações, resistindo as am eaças das autoridades
locais. Consta dos atos (4.31) que depois disso. o prédio onde eles estavam reunidos foi sacudido
e todos ficaram cheios do espirito santo e pregavam corajosamente aa mensagem, de Deus.
Todos os crentes eram um só na mente e no coração.
Ha que lembrar aqui, que após a crucifcação de Jesus os apóstolos se reuniam em pequenos grupos para ensinar a doutrina do Mestre. A cura do homem coxo foi, pois, o que motivou o
primeiro confronto entre os apóstolos e as autoridades que mandaram crucificar Jesus,
O desassombro de Pedro e João dizendo claramente ás autoridades que não abririam mão do
direito de falar públicamente de Jesus e dos seus feitos, demonstrava estar essa fé assentada
em pilares inamovíveis. Na sua prece, disse Pedro, num trecho "o rei Herodes, o Governador
e todos os romanos e tanto quanto o povo de Israel, estão unidos contra Jesus" e finalizou pedindo que "fosse enviado o poder curativo e que milagres e maravilhas fossem feitas em
nome de Jesus",
Colocou-se, assim, ao lado dde Deus e essa fé e confiança foi tanta que a demonstração da presença divina não se fez esperar, pois"moveu-se o lugar em que estavam reunidos e todos
ficaram cheios do espirito santo e pregavam corajosamente o nome de Deus".
A estrutura intima deles, a partir desse dia, foi profundamente abalada.
Nunca mais seriam os mesmos. Dar-se-iam se preciso, como alimento aos leões, mas não
abandonariam Jesus.
A oração, esse colóquio que mantemos com a divindade nos recompoe, nos estabiliza, porque sempre recebemos em resposta, a indicação do rumo a tomar, como Pedro e João, acossados
e ameaçados por todos os lados, pelas autoridades do seu tempo.
Se problemas ameaçam as nossas vidas oremos com confiança e o espirito Senhor nos indicará o ccaminho a tomar.









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quarta-feira, 21 de setembro de 2011

FAMILIARES (2)


Dias atrás escrevi sobre a guerra contra os familiares que recomendara Jesus aos seus discípulos e esclareci que por "familiares" nossos entendemos que são os defeitos, as nossas paixões, os vícios que devem ser combatidos.
Por ocasião das última ceia, Jesus conversou com os discípulos e retornou ao assunto, porém de forma diferente. Falou do combate decisivo que eles deveriam travar, dali por diante. Lembrou que quando foram difundir a boa nova ele recomendara que fossem sem bolsa, sem alforge, nem sandália e nada lhes faltou.
"Agora, porém vos digo: quem tem uma bolsa, tome-a, como também aquele que tem um alforge e quem não tiver uma espada venda as vestes para comprar uma, pois eu vos digo é preciso que se cumpra em mim o que está escrito: 'ele foi contado entre os iníquos' e no que me diz respeito está sendo cumprido."
Os discípulos não entenderam a mensagem e imediatamente lhe trouxeram duas espadas. É um tremendo absurdo crer que Jesus, exemplo de amor e bondade, tenha dito como sua última recomendação que dali por diante se armassem. Ele naturalmente quiz dizer-lhes que após a sua morte eles continuariam a vida normal com o destino previsto a cada um deles. Ele estava cumprindo o seu.
As espadas reepresentam, uma a vida material, a luta que teriam para a obtenção do pão nosso de cada dia e todos os problemas que a vida acarreta a cada um de nós.
A outra espada representa a luta íntima, contra os nossos familiares: nossas deficiências, os vicios, nosso atraso mental, a ignorância, a dificuldade de perdoar nossos inimigos. Para isso é necessário armar-se de muita fé e esperança, armas que nos da plena confiança em Deus.
Fé e esperança não são virtudes inoperantes, mas as que constroem alguma coisa de valor
como fizeram os discípulos, abrindo a comunidade Cristã para ajudar os pobres e necessitados divulgando a doutrina do Mestre, com entrega total de suas vidas.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

A RECOMENDAÇÃO


Vivemos num mundo de símbolos, disse certa feita um filósofo. De fato, assim parece ser. Na nossa vida diária costumamos reconhecer a origem das pessoas por sinais exteriores, caracteristicas de trajar, de falar, de andar e não nos enganamos. Desse modo, podemos distinguir sua nacionalidadde, região de nascimento, sua condição de rico ou pobre, profissão exercida, se militar, médico, engenheiro, politico, grau de cultura, e uma infinidade de outras diferenças que se destacam pelos emblemas que as pessoas usam.
Jesus, a esse respeito, recomendou aos seus discípulos, na última ceia, que eles não deveriam usar de qualquer vestimenta, uniforme, insígnia, ou gesto cabalistico para que se fazerem distinguidos no meio do povo, mas disse do ato exterior inconfundível, contínuo, que os distinguiria dos demais: o amor fraternal.
Essa condição, como se vê, não é absolutamente separatista como todas as demais, e independe da nacionalidade ou origem das pessoas, da profissao que exerçam, da riqueza ou pobreza material, da sua cultura, acadêmica ou não, se esportista ou de qualquer outro destaque aparente.

É mais uma atitude de espírito universalista, que deve ser exercida sempre em todos os lugares, não como um símbolo ou uma máscara que se use temporariamente, como a que usamos ao viver. O Cristão deve ser transparente na rua, no trabalho, dentro de casa. Onde quer que esteja deve expandir amor, traduzindo ele em alegria constante nos caminhos das vida.
Deve viver em sociedade, consciente de que o ambiente em que está foi preparado especialmente para servir ao seu progresso moral e intelectual. Os que o rodeiam são seus irmãos, nas mesmas condições dele e, assim, deve amá-los fraternalmente.
Nisto se conhece o discípulo de Jesus: pela prática do amor fraternal que faz da terra
uma enorme família onde todos se respeitam e se amam.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

FAMILIARES


Não julgueis que vim trazer paz à terra ; não vim trazer a paz, mas a espada, porque vim separar o homem contra o seu pai e a sua filha contra a sua mãe, e a nora contra sua sogra, e os inimigos dos homens serão os seus mesmos domésticos.
Jesus

Como consta do texto acima, o próprio Mestre Jesus reconhece que a sua doutrina não é de paz, mas de lutas e das mais terríveis. Os inimigos do homem, como ele próprio menciona, não são pessoas estranhas, ocultas, mas os seus faamiliares. E a sua palavra é a espada para essa luta que colocará uns contra os outros.
Decifrando o fundo alegórico do ensinamento, poderemos então compreender que ele está se referindo às maldades, os vícios que habitam em nós e com os quais estamos perfeitamente familarizados, a ponto de defendê-los com unhas e dentes sendo profundamente contristador nos separamos deles. O assunto é muito bem esclarecido no "Bagvad Gita" ou a Sublime Canção do Senhor, como
chamam os Hindus o livro que descreve a grande batalha entre o bem e o mal, na qual o personagem Arjuna, que representa o ser em evolução, sente-se amargurado em ter de sascrificar nessa luta os seus parentes e amigos queridos, os quais nada mais são do que as forças propulsoras do desenvolvimento mental do ser, como o ódio, o egoísmo, a luxúria e a inveja que o acompanham na trajetória evolutiva e que um dia deve delas se separar para evoluir.
O que vem realmente fazer na terra o espírito ao reencarnar senão lutar contra os seus preceptores e companheiros milenares de outras jornadas terrenas, como o orgulho, a inveja, o rancor, o ódio, a avareza, os preconceitos de raça, de cor, os vícios -- seres dos quais se vangloria de andar junto e ser por eles alimentado. São os seus domésticos, no dizer de Jesus. Eles só nos trazem dores e sofrimentos!
Os inimigos do homem na terra não são as circunstâncias da existência, boas ou más, é a sua maneira errada de resolver os problemas. São as suas paixões, seus vícios que o fazem sofrer, porque é conduzido e alimentado por eles enquanto vive. A doutrina de Jesus nos recomenda e ensina como nos apartarmos desses inimigos, mas devido à longa convivência com eles isso nos entristece -- tanto é veridico, que as pessoas morrem mas não largam certos vícios prejudiciais à saúde.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O GRÃO DE MOSTARDA


"O reino de Deus é semelhante a um grao de mostarda que um homem tomou e lançou no seu campo, o qual grão é na verdade o menor de todas as sementes, mas depois de crescida é a maior das hortaliças e faz-se árvore de tal modo que as aves do céu vem pousar nos seus ramos.
Jesus

A parabóla feita por Jesus é de uma beleza sem par. Poucas palavras para dizer tudo que devemos saber. Somos espíritos eternos, nascidos simples e ignorantes, executando nossa trajetória evolutiva e ao completá-la estaremos no reino de Deus.
É como o grão dee mostarda da parábola. A medida que se amplia o nosso conhecimento do universo, vamos nos tornando um foco de luz que ilumina em seu redor, ajudando os que participam da nossa vida e se encontram em atraso mental e espiritual. Não nos preocupamos mais com as coisas mundanas, mas procuramos saber cada vez mais, louvando o nosso Criador.
Para ilustrar melhor a parábola calha bem a historieta contada por Malba Tahan num dos seus lindos livros. "Um jovem sapateiro adquiriu de um vendedor de quinquilarias um pequeno livreto que atraiu sua atenção por causa do titulo. Chamava-se "O tesouro de Bresa". O prólogo dizia que aquele que fosse capaz de decifrá-lo encontraria um imenso tesouro. Era escrito em vários idiomas e tinha problemas de matemática, álgebra, astronomia, medicina, religião, geografia, tornando-se difícil a cada página. Para decifrá-lo o jovem sapateiro precisou estudar matemática, idioma, álgebra e outras matérias para seguir as indicações do livreto.
Mas, na medida em que foi estudando, sua vida também foi mudando. Tornou-se professor de matemática, fazia traduções de línguas idiomas, tornou-se consultor jurídico e, assim, pelos seus reconhecidos conhecimentos em várias áreas do saber, chegou à velhice admirado pela sua vasta sabedoria e cultura. Chegou a tornar-se conselheiro do rei do seu país.
Todavia, estava sempre a consultar o livrinho e a estudá-lo. Uma ocasião o rei indagou o que dizia aquele livreto que ele tanto estudava . Ele contou que o livreto indicava o caminho de um tesouro, e que ele procurava decifrá-lo desde a mocidade para achá-lo. O rei sorrindo disse: "Meu caro amigo, voce já tem o tesouro, cujo caminho o livro indicou. Veja que se inverter as sílabas do titulo verá que "bresa" significa "saber". Você o obteve com os estudos a que se dedicou durante a vida.
Adquirindo sabedoria nos tornamos um foco de luz aos demais como Jesus, que nada posssuia a não ser seu saber e bondade que ilumina o caminho de nossas vida nos ensinando a viver. O saber é como o grão de mostarda, cresce sempre e se torna grandioso e sob ele as pessoas se abrigam.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

DOUTRINA DOS ESPÍRITOS


Todos nós sabemos que a maioria das religiões derivam de revelações; sendo a primeira a de Moisés, que trouxe a idéia de um Deus único, por ele denominado de Jeová, o qual diz ter recebido, no Monte Sinai, os dez mandamentos da sua lei. A segunda revelação é a de Jesus de Nazaré, que nos ensinou a amar e a exemplificar durante a vida os mandamentos da lei.
Revelar significa fazer ver o que parecia oculto. É ensinar, apresentar os fatos de modo que se possa entendê-los. O professor, os cientistas, os missionários, todos são reveladores porque algo que não se compreendia eles ensinaram a entendê-lo.
A nossa ciência atual é obra de séculos de trabalho de uma infinidade de pessoas que contribuíram para isso, são reveladores, são cientistas. Eles mudaram com suas idéias a antiga concepção do universo.
Antigamente as pessoas achavam ser a terra uma plataforma, e como viam o sol nascer de um lado e se por do outro, acreditavam que ele rodava em torno da terra. Como não viam a vaporização da água, achavam quer era Deus que a mandava e para tanto faziam promessas e procissões. Tudo aquilo que não tinha explicação chamavam de milagre.
Hoje existem duas correntes de idéias, uma materialista, que pretende explicar a origem do universo pelo e estudo da matéria e os espiritualistas, que admitem ser o universo obra de Deus.
O espiritismo pode ser considerado a terceira revelação porque da uma explicação para os mandamentos da lei trazidos por Moisés e luzes para os ensinamentos de Jesus, dando a conhecer o mundo invisível no meio do qual vivemos sem o saber, o mundo dos espíritos.
Os princípios da doutrina foram codificados por Allan Kardec, um sábio Francês que, na procura das leis que regem o magnestismo, deparou-se com as mesas girantes, comum em Paris na época dele -- um fenômeno que e consistia em fazer pequenas mesas se movimentarem com a colocação das mãos de várias pessoas sobre cada uma delas. E foi que, aprofundando-se no estudo desse fenômeno, encontrou o mundo invisível, habitado pelas almas das pessoas mortas.
Usou a maneira Socrática na formulação das perguntas e o princípio científico: só aceitar como verdadeiros os fatos que pudessem ser comprovados e assim chegou ao mundo dos espíritos. As leis por ele proclamadas não são de sua autoria mas ditadas pela maioria dos espíritos que ele ouviu por intermédio de médiuns. Não é obra de uma pessoa mas de origem divina, pois sua codificação foi orientada pelo Espírito de Verdade mecionado nas escrituras por Jesus Cristo. Os princípios da doutrina espírita -- como as leis de causa e efeito, das reencarnações e as demais -- resolvem uma infinidade de problemas vivenciais como a pobreza a riqueza, mortes prematuras, injustiças, doenças de nascença e outras que nem a ciência nem mesmo as religiões explicam.
É uma doutrina de vanguarda e surgiu porque o planeta deverá passar por transformações e não mais abrigará os espiritos rebeldes e contrários as leis divinas, os bandidos que roubam e matam e os que semeiam o ódio e promovem guerras.
É tempo de reinar paz entre os homens na terra.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

INFLUÊNCIAS


Apesar da nossa decantada racionalidade, uma das nossas maiores dificuldades está justamente em usar o pensamento lógico, racional e nos conduzirmos na vida por eles em nossas atividades diárias.
Diz-se que ninguém é bom juiz em causa própria, e porque somos o produto de um passado espiritual cheio de vivências infelizes, e mais das vezes fracassadas, o nosso julgamento é sempre condicionado a esse passado oculto em nosso subconsciente.
As experiências dos outros, principalmente em matéria de ética ou moral, de nada nos serve porque estaremos sempre a nos governar pelos desejos e temores desse mundo mental oculto, atendendo suas sugestões.
O mesmo não ocorre, porém, com as sugestões em que não entra o elemento emocional, quando aceitamos e aproveitamos as experiências dos demais. Essa talvez seja a razão do maior desenvolvimento tecnológico do que o moral em nosso mundo.
Toda e qualquer solução que venha contra os nossos desejos e os ditos princípios, que não respeite os nossos sentimentos e pontos de vista, produz em nós emoção desagradável, que incomoda e, por isso mesmo, é rejeitada por nós, incontinente. Às vezes sofremos ao ir contra elas.
Somos, assim, na maioria das vezes, mero joguete das influências ocultas do ambiente ou da sugestão de outras mentes que conseguem impor-se a nós, com os conhecidos efeitos de autoridade, sem base real, mas cujas idéias aceitamos e assimilamos sem discussão. É por efeito da autoridade de alguns, em certas matérias, que imitamos e reproduzimos seus pensamentos, idéias e emoções. É de nossa origem animal, ancestral, imitar aqueles que da nossa espécie nos parecem os líderes. Ouvimos sem pensar a voz de comando. Os espíritos pobres gostam de ditadores.
Pelo fato também de repetirmos, com frequência, certas idéias, com o tempo acabamos aceitando-as como verdadeiras. Por isso, a repeticão é a arma da propaganda e da educação. Colocam diante de nós cenas, fatos e objetos que despertam sentimentos e emoções agradáveis para que através delas aceitemos suas sugestões, às vezes com motivos torpes.
Devemos tomar bastante cuidado e vigiar sempre para não sermos massificados e agir como individualidades governadas pela razão e bom senso, num mundo como este que vivemos, com personagens dirigidas por sentimentos e emoções inconstantes como o vento.


sábado, 6 de agosto de 2011

VESTÍGIOS


Uma força se julga pelos seus efeitos

Ao encontrar na calçada uma ponta de cigarro, logo deduzimos que ela foi atirada por um fumante que por ali passou. Se é boneca, alguma menina a esqueceu e se for uma bola é de um menino. Não será preciso vê-los, assim como não precisamos ver a multidão de pessoas que nos servem para acreditarmos na existência delas, tais como os marceneiros que construíram nossos móveis, eletricistas, pintores etc, etc.
Mas podemos avaliar, de acordo com a simplicidade ou complexidade dos bens que usamos, o grau de inteligência, de preparo técnico, de estudo, de destreza, de habilidade manual de cada um deles, sem necessidade de conhecê-los pessoalmente. As obras falam por eles, por isso se diz que pela obra se conhece o autor.

Quantos, porém, percorrem os caminhos da vida, que são repletos de beleza, negando a existência de um autor!
Quando atiramos uma semente ao solo e depois vemos crescer uma árvore, com folhas, flores e frutos deliciosos, ficamos imaginando que ser misterioso conseguiu sintetizar na minúscula semente aquela árvore que, na terra, por processos ainda mal compreendidos desenvolveu-se, sem qualquer participação nossa, extraindo do ar, da luz, da chuva e do solo tudo quanto necessitou. Não precisamos vê-lo, mas ele existe e é grandioso. É aos nossos olhos um mágico magistral.
Olhamos o céu à noite e milhões de astros lá cintilam. Sabemos que alguns são maiores do que a terra e para atingí-los gastaríamos vários anos, na velocidade espantosa da luz. Estão todos em perpétuo movimento, como a terra, a velocidades incríveis, obedecendo rotas pré-estabelecidas há milhões de séculos, presos uns aos outros por forças invisíveis, mas atuantes.
Não podemos ver, é claro, mas podemos calcular a grandiosidade do regente desse maravilhoso concerto de astros, luzes e forças na imensidade infinita do Cosmo! É portanto pelos efeitos que se avalia o poder de uma força. E a do criador foge à nossa capacidade de avaliação, por absoluta falta de termos de comparação.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

TERREMOTO NA MACEDÔNIA


Quando Paulo de Tarso e Silas pregavam o Evangelho de Jesus em Filipos, cidade da Macedônia, ocorreu de terem expulso uma jovem escrava, cujos dons de advinhação era explorado pelos seus donos. Estes, vendo-se com isso prejudicados, recorreram às autoridades locais e, sob a alegação de que os dois pregadores estrangeiros eram subversivos, conseguiram dos juizes a ordem de prisão para ambos, não sem antes serem espancados com varas.
À noite, na prisão, quando oravam e cantavam hinos ao Semhor, ocorreu um grande terremoto que sacudiu até os alicerces da prisão. (Atos.16/26).
O carcereiro, tremendo de medo, liberou-os e disse:
"Senhores, que devo fazer para ser salvo?"
"Creia no Senhor Jesus e voce será salvo e a sua familia inteira também", foi a resposta dos apóstolos.
Até hoje isso vem acontecendo na vida das pessoas. Completamente desinteressadas das coisas do espírito, somente despertam para a religião, para os valores espirituais da vida, quando um grande flagelo familiar os atinge. É a iminente ruina financeira, os vícios dos filhos queridos, a doença imprevista ou a aproximação da morte que lhes abre os olhos. Vivem enquanto tudo lhes sorri, esquecidos de Deus e do amanhã. Sequer se lembrarm de agradecê-Lo pelos bens que lhe foram colocados à mão. Apenas gozam o momento presente. Passam a existência sem nada construir em matéria de fé. Respeitam, apenas, o pouco que trazem do berço sem acreditar muito. Cumprem, quando preciso, a contragosto, seus rituais púbicos, esquecidos, obviamente, do que seja construçao íntima, individual, inalienável. Todavia, ninguem se furta aos revezes da vida. E, em chegando a dor, o sofrimento, se vêem
obrigados, de um momento para outro a uma completa transformação. Desejam, então, um curso rápido de fé, o que é impossível. A árvore tem seu tempo de crescimento para que dê frutos -- e as idéias, tempo de maturação para se desenvolverem.

O carcereiro macedônio estava encarcerado em suas idéias, em seu comodismo, como a maioria das pessoas. Foi preciso que a terra tremesse e o pavor da morte o acordassse para que saísse desse cárcere e procurasse um caminho para a sua vida, para a sua salvação. Ele, naquela situação, se considerava perdido.
"Creia no Senhor Jesus Cristo e voce será salvo, e a sua familia inteira também". Esse o caminho da salvação, que os apóstolos estenderam também a família. Sim, porque o chefe da casa é o condutor responsável pelo próprio destino e dos seus entes queridos. É acompanhado na vida pelos que o amam e respeitam.

Perpassando o olhar ao nosso derredor, vemos que, infelizmente, a exemplo da história do carcereiro macedônio, existem ao nosso lado um contingente enorme de pessoas presas apenas aos bens materiais e conduzindo assim os seus entes queridos por um péssimo caminho. Oremos então por eles. Peçamos a Deus, nosso Pai celestial, que não haja necessidade de um terremoto para que os seus olhos se abram às maravilhas do poder da fé.

sábado, 16 de julho de 2011

PERANTE PILATOS


"Tornou pois a entrar Pilatos no Pretório e chamou a Jesus e disse-lhe: Tu és o Rei dos Judeus?
Respondeu-lhe Jesus: O meu reino não é deste mundo, se fosse certo os meus ministros haveriam de pelejar para que eu não fosse entregue aos Judeus. O meu reino nao é daqui,
Disse-lhe então Pilatos: logo, tu és rei?
Respondeu Jesus: Tu o dizes que eu sou rei. Eu não nasci, nem vim a este mundo senão para dar testemunho da verdade; todo aquele que é da verdade ouve a minha voz. João Cap.18 v.33-37

No início do Cristianismo a propagação dos ensinos de Jesus eram transmitidos de forma oral e alguns dos seus seguidores faziam observações particulares ao ensiná-lo. Só bem mais tarde -cerca de 30 anos depois do seu suplício é que houve a preocupação de se conservar por escrito tudo o que o Mestre havia dito. E foram escritos vários evangelhos, dos quais apenas 4, o de Matheus, Marcos, Lucas e João prevaleceram e foram divulgados pela Igreja Católica para estudos. É de se imaginar, pois, que eles não contêm todos os ensinamentos de Jesus.
É sabido, também, que no decorrer dos tempos muitos pontos foram adulterados, o que, contudo,
não invalida o seu conteúdo atual. Muitas das alterações foram para enaltecer a figura do Mestre, outras para atender os interesse da igreja, como a supressão da reencarnação.
O trecho acima, no meu modo de entender, é para enaltecer a pessoa do Mestre, nominando-o rei do mundo espiritual. De fato, nenhum dos apóstolos esteve com Jesus diante de Pilatos e não se conhece documento algum que mencione isso. Os apóstolos, na ocasião, fugiram com medo de serem presos. Jesus, por seu turno, após a audiência com Pilatos, não teve contato com eles, indo direto para o sacrifício. João no entanto, no seu evangelho, conforme texto em estudo, dá a entender que lá estava!
Assim, o relato é uma suposição do acontecido na ocasião, não a realidade, que bem pode ter sido outra.
É de supor que Pilatos não iria indagar do preso se ele era rei. Deveria sim, na qualidade de juiz, ter perguntado porque os Judeus o odiavam tanto a ponto de querer matá-lo e o que ele poderia fazer para salvá-lo, uma vez que não via crime algum para chegar a esse ponto. E Jesus deve ter esclarecido que a verdade que ele pregava os incomodava. Mas nunca ter aceito o titulo de rei! É de supor também que João tivesse sido inspirado a fazer um relato do encontro no qual Jesus apareceria entregando-se em holocausto para que as idéias por ele pregadas prevalecessem para sempre. Sim, pois o seu martírio injusto, infamante, nos ensina que é preferível a morte do que a renuncia das verdades pelas quais lutamos.
O reino de Jesus e dos que o seguem não é de poltrões que o entregariam por um prato de lentilhas, como fez Isau. E isso é verdadeiro pois nos séculos que se seguiram milhares de Cristãos morreram, das mais variadas formas, mas não renunciaram ao ideal que os irmanava: amar a Deus e ao próximo como a eles mesmo!
Jesus morreu sacrificado como um cordeiro pregando a Boa Nova, na qual Deus é um pai amoroso e bom que aguarda ansioso o retorno do filho.
Sabemos hoje que o mundo é uma escola de aprimoramento espiritual, onde através de sucessivas encarnações ganhamos, pelo desenvolvimento da inteligência e da bondade, status de deuses. Sempre somos ajudados e amparados nessa caminhada rumo ao reino da luz . Confiemos plenamente Nele, sem necessidades de oferendas, mas praticando a caridade e as virtudes e seremos felizes, desde nossa vida terrena.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

TROCAR DE RELIGIÃO

É muito difícil a modificação do nosso modo de pensar ,principalmente nos caminhos da fé, porque o nosso atual estagio nos subjuga à religião na qual fomos criados. Mudar nos parece um desrespeito a Deus que sempre amamos e erguemos nossas súplicas de mãos postas em varias ocasiões de dificuldadesem nossas vidas.

Comprova isso a dificuldade de os antigos aceitarem 0s ensinamentos de Jesus, de vez que estavam acostumados à adoração do seu Deus, Jeová. Não estavam preparados e os que se tornaram cristãos levaram consigo algumas das suas formas de adoração.

Ilustra melhor o assunto a passagem de Paulo e Barnabé pela cidade de Icônio, descrita no capitulo 14 dos Atos dos Apóstolos. Falando na Sinagoga local eles conseguiram fazer muitos judeus e gregos abraçarem o cristianinsmo. A maioria, porém, continuou incrédula e incitou o povo contra os dois, apesar dos sinais e prodígios que realizaram na cidade com as mãos (passes).

Formou-se uma conjuração de gentios e judeus para apedrejá-los, mas eles, avisados por amigos, se retiraram da cidade e se refugiaram em Listra e Derbi, cidades vizinhas, com a missão de pregar o Evangelho.

Aconteceu que certo dia Paulo curou uma pessoa aleijada dos pés, um homem que vivia sentado, coxo desde o ventre materno, sem jamais ter andado. Ele ouvia Paulo falar e o Apóstolo, fixando os olhos nele e vendo que tinha fé para ser curado , disse-lhe com voz forte:
"Levanta-te direito sobre os pés". O homem deu um salto e começou a andar. Aí aconteceu o inesperado. A multidão, vendo o que ocorreu, levantou voz gritando: "Deuses em forma humana desceram até nós", e começaram a chamá-los de Júpiter e Mercúrio.

Alguns sacerdotes trouxeram touros adornados com grinaldas, pretendendo fazer um sacrificio paras eles. Paulo, ouvindo isto, preciptou-se no meio da multidão dizendo que não eram deuses
mas humanos sujeitos aos mesmos sofrimentos deles. Assegurou que estavam anunciando a Boa Nova de conversão para o Deus vivo, para deixarem de lado estas coisas vãs.

Dizia que Deus fizera o céu, a terra, o mar e tudo o que existe. Ele permitiu nas gerações passadas que todas as nações seguissem seus próprios caminhos. No entanto não deixou de dar testemunho de si mesmo, fazendo o bem do céu, enviando chuva e estações frutíferas, saciando de alimentos e de alegria nossos corações. Somente a custo conseguiu impedir a multidão de lhes oferecer o sacrifício.

O mesmo acontece com o espiritismo, que nos ensina a racioicinar de forma lógica, esquecendo tudo o que é contrario ao bom senso. Mas vemos nos arraiais espíritas pessoas acreditarem nos sacramentos da igreja, casando-se no religioso, fazendo batismo dos filhos, acendendo velas para santos protetores, efetuando promessas e missas de defuntos.

Aceitam a orientação profissional, o passe, a água fluidificada, crêem na ação dos espíritos, mas não deixam para trás o passado a que estão subjugadas. Não possuem ainda a fé suficiente para abandonar atitudes vãs, antigos preconceitos que em nada as melhora o caráter.

Abramos bem os olhos e nos integremos na doutrina espírita, para que não aconteça o que aconteceu ao Cristianismo, que foi deturpado da sua pureza inicial.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

AS CILADAS


No capítulo 23, o Evangelho de Mateus esclarece que Jesus formulou diversas parábolas para mostrar com o que se parece o reino de Deus e cita a do rei que preparou um grande banquete para o casamento do filho e enviou seus servos a chamar os convidados e nenhum deles veio, chegando ao cúmulo de maltratarem seus mensageiros. Com raiva o rei mandou suas tropas atearem fogo na cidade desses convidados e determinou aos servos a convocação todos os que se achavam nos caminhos e ruas para o banquete, fossem eles bons ou maus.
Diz o evangelista que depois disso os farizeus se reuniram para "achar um jeito" de apanhar Jesus em contradição, o que serviria de motivo para o prenderem. Mateus não menciona, mas se deduz que os judeus entenderam claramente que a parábola dizia respeito a eles -- que se consideravam um povo eleito por Deus e já haviam maltratado alguns profetas que os alertavam para o fiel cuprimento da Lei.
Ele cita também que alguns herodianos, espécie de polícia de César, que dominava a cidade. Indagaram se deviam pagar imposto a Roma. Claro estava que, se Jesus dissesse que não deviam pagar imposto a Roma ele seria preso na hora pelos herodianos ali presentes e, se, por outro lado , confirmasse a necessidade de pagar o imposto, estaria contra a população que odiava a dominação romana e considerava o pagamento de imposto uma situação vexatória e humilhante.
Jesus, porém, vendo a malícia deles pediu uma moeda e indagou de quem era a efígie nela gravado. Jesus sabia muito bem, mas fez eles falarem. E eles responderam que era de César. Então lhes disse o Mestre: "Dêem a César o que é de Cesar e a Deus o que é de Deus." A frase, naturalmente, confundiu a todos, que se retiraram contrariados.
Nesse mesmo dia, alguns saduceus, os materialistas da época, que não acreditavam na ressureição, propuseram a Jesus o problema de um homem com 6 irmãos que morreram sem deixar filhos. A esposa passou, sucessivamente, por seis maridos, por força da lei de Moisés que manda o irmão mais velho casar com a viúva, quando este morre sem deixar filhos. Os saduceus queriam saber de qual irmão ela seria esposa na ressureição.
Esclareceu Jesus que na ressureiçao não há casamentos pois cada um é como os anjos do céu, alertando-os, porém, para o fato da ressurreição ser verdadeira, porque Deus disse ser "Deus de Abraão, Isac, Jacó" ou seja, Deus de vivos, não de mortos.
Conta Mateus que o povo estava impressionado com o Mestre, menos os farizeus, que imaginavam enredá-lo de alguma forma com as autoridades. Certa ocasião, acompanhados de um advogado, indagaram qual seria o mandamento mais importante da lei de Moisés. É evidente que se o Mestre particularizasse este ou aquele, o advogado ali presente encontraria um meio de jogá-lo contra o povo ou os romanos.
Jesus, porém, englobando numa síntese maravilhosa todas as leis divinas numa única, lhes disse: "Ame a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo. Esta é a Lei e os profetas", concluiu.
Ao analisarmos as leis promulgadas por Moisés no Monte Sinai, constatamos que ele particularizou, de forma simples, as necessidades daquele povo, de temer a Deus, não matar, não roubar e não desejar a mulher do próximo, ao passo que Jesus
determina que se deve amar a Deus e ao próximo.
Issso implica em termos como direito nosso aquele que primeiramente outorgamos ao nosso semelhante, coisa difícil para quem não acredita na paternidade divina, por isso só a cumpriremos quando estivermos em condições de cumprir o primeiro mandamento de amar a Deus sobre todas as coisas.


sexta-feira, 3 de junho de 2011

O I M P O S T O


Na ocasião em que o Mestre Jesus fazia sua peregrinacão pela terra, existia uma lei, em Israel, que isentava do pagamento de tributos os descendentes de reis, na qual ele se enquadrava, uma vez que ele era descendente se Davi, o maior rei que Israel teve. E sucedeu que tendo ele chegado a Cafarnaum, Pedro foi interrogado pelos cobradores de impostos, se Jesus não o pagava.
Jesus, inteirado do fato, indagou de Pedro de quem recebiam os reis os impostos, dos seus filhos ou de estranhos? Ao que Pedro respondeu: dos estranhos. Então, Jesus concluiu: logo são isentos os filhos e continuou , mas para não haver escandalos, pague. Em seguida disse que ele acharia a moeda na boca de um peixe, assim que atirasse o anzol ao mar .
Aqui vemos mais uma bela lição dada pelo Mestre, de como manter nossa liberdade, alegria e paz. Não depender de coisa alguma que nos prive dela. O Mestre sabia que, em todos os tempos, para a maioria das pessoas causa repulsa, revolta, quando não raiva o fato de terem que pagar os impostos reclamados pela autoridade constituida.
Para não terem que pagá-los, muitos omitem dados em suas declarações, adulteram, fazem trambiques, dando clara mostra de avareza. Sem entrar no mérito da questão, o que Jesus desejou nos ensinar é que temos uma aliança com a sociedade em que vivemos e devemos sempre cumprir suas leis, boas ou más, mesmo no caso de os impostos nos pareçerem injustos.
Jesus tinha razão porque ele era descendente de rei e o próprio povo, inclusive escribas, farizeus e publicanos o aclamavaam como o "Filho de Davi ". Ele atendeu à solicitaçao dos cobradores de impostos, embora não precisasse.
Ele nos ensina com isso que nós não devemos nos preocupar demais com os bens terrenos "que os ladrões roubam e a traça e a ferrugem destróem", mas buscar sempre o reino de Deus e sua justiça.
Ora, se pagamos os nossos impostos em dia teremos paz de espírito, não dependemos de coisa alguma que venha privar nossa liberdade, o que não acontece se recusamos contribuir com o Fisco pois, como devedores, nos tornamos escravos dele.
Quanto ao dinheiro que Pedro, acharia na boca do peixe atirarando o anzol no mar eu particularmente acho uma inclusão indevida, fantasiosa no relato evangélico. Jesus não era um mágico, nem advinho, como se pretende apresentá-lo, mas um excepcional educador. Porque buscar na boca de um peixe o pagamento do imposto se os discípulos tinham algumas posses, tanto que o resonsável pelo dinheiro era Judas, como dizem os relatos evangelicos.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

ESPERANTO


Dizem que por milênios ele peregrinou pela terra, vivendo ora aqui, ora ali, mas sempre com as vistas voltadas para o fenômeno liguístico, esse admirável código com que as pessoas transmitem, umas às outras idéias e emoções. Sua última encarnação deu-se em 1859 em Bialistok, uma pequena cidade da Polonia, onde falava-se, nas ruas, quatro idiomas e por essa razão havia de constantes brigas entre russos, alemães, judeus e poloneses. Seu nome: Lazaro Ludovic Zamenhof.
Ao sair de Bialistok, quando seus pais mudaram-se para a capital Varsovia, o jovem Zamenehof passou a estudar no liceu local letras clássicas e aprendeu mais o grego, o latim, o frances e o alemão. No quarto ano estudou Inglês. No último ano do Liceu, em 1878, já tinha um projeto de língua universal, o qual, porém, foi motivo de zombaria dos colegas e repreensão do pai, que queimou os manuscritos e além disso, obrigou-o a prometer-lhe abandonar essa idéia tão pouco prática.
Zamenhof formou-se em medicina e em 1886 montou seu consultório oftalmológico. Nessa época conheceu a senhorita Clara Zilbernik, da qual ficou noivo. Foi ela quem o incentivou a dar prosseguimento ao seu projeto de uma língua internacional. O pai da noiva financiou a publicação.
O primeiro livro em Esperanto apareceu em 1887. Uma pequena brochura em russo. Consistia de um esclarecido preambulo e pequena gramática e o dicionario Russo-Esperanto. Continha seis exemplos de textos na nova lingua: o Pai Nosso, alguns escritos da Genesis, uma carta modelar e três poemas. Um deles "En songo princino mi vidis", traduzido de Heine e os outros dois "Mia penso" e "Ho, mia kor" da lavra do próprio Zamenhof. Em seguida saíram as edições polonesa, francesa, alemã e a inglesa.
Ajudado pela jovem esposa, Zamenhof enviou exemplares das brochuras aos jornais, entidades públicas e pessoas notáveis desses países.
Desde a mais remota antiguidade a idéia de uma lingua internacional, através a qual as pessoas dos diferentes paises pudessem se compreender, foi considerada de grande utilildade, porque a profusão de idiomas sempre se apresentou como um sério obstáculo à comunicação entre os povos. Tentativas form feitas, mas falharam. A princípio, como todas as coisas novas, o Esperanto foi criticado, mas graças à sua grande simplicidade.
Ela tem 16 regras gramaticais, sem exceção, e conseguiu ser o idioma mais desejado por todos. Qual a razão do seu sucesso? A razão está justamente na grande facilidade para se ler, falar e escrever em Esperanto pois as regras gramaticais são muito simples e o seu pequeno vocabulário (aproximadamente 200 radicais) se aprende com extrema facilidade, porque foram extraídos dos idiomas que predominam na humanidade.
Quem não deduziria que a palavra "mono" é dinheiro ou "ãmo" é amor? Enquanto qualquer outro idioma absorve anos de estudo para no final deixar o estudante com inúmeras dúvidas , o Esperanto - essa maravilha de síntese linguística, se aprende em horas! Qual a explicação? O esperanto não trabalha com vocabulário que se transforma , dando, às palavras, às vezes pela inclusão de simples acento ou sílaba, idéia diferente da principal. Adotando uma palavra para cada coisa e usando a série de prefixos e sufixos, estes dão à raiz da língua toda sorte de transformações que ela pode sofrer. Quer dizer, quando se conhece um radical,se sabe de antemão todas as palavras que derivam dele ou a ele se relacionam. Assim, exemplificando, toda palavra terminadda em "ï" é um verbo e em "o"um substantivo.
O estudante sabe que "lerni" é aprender, mas depara-se com "lernejoj". Ele aprendeu que o sufixo "ej" designa um lugar adequado a um uso, logo o lugar adequado para se aprender é uma escola, diriamos em portugues. Mas se o estudante for chinês, lituano, francês, alemão etc, a idéia é sempre a mesma, não importando o termo que cada um deles dê a esse lugar. O que se aplica não é um processo de decorar palavras, que facilmente se esquece, mas o de raciocinar no idioma. Nisso está a razão do seu aprendizado imediato.
Mas é claro que o esperanto não substituirá os atuais idiomas. Ele será simpesmente uma lingua auxiliar, extraordinariamente flexível, com admiravel capacidade para se expressar e ainda adequada para exprimir tudo que a mente humana possa conceber. Ele é culltivado por todos que já ensaiam os primeiros passos para a confraternização universal e aproximação espiritual, porisso é chamado "O Evangelho das Línguas"

terça-feira, 17 de maio de 2011

S E R V OS

Ora, o servo não fica sempre na casa,
mas o filho fica. (João 8.13)


No capítulo 8.13 do seu evangelho, o apóstolo João menciona o diálogo do Mestre com os Judeus, que consideravam inválido o testemunho de que Jesus era filho de Deus e de que quem nele acreditasse conheceria a verdade e que esta os libertaria. Eles retrucaram dizendo que não eram escravos, mas filhos de Abraão. Disse-lhes então o mestre que eles deveriam praticar as obras de Abraão e não querer matá-lo, aduzindo: quem comete o pecado é escravo dele e não fica na casa do Pai, mas só o filho permanece sempre na casa. Não só os pecadores de todos os tempos, aqueles que ignoram Deus e desconhecem suas leis, os bandidos, os criminosos, estao submetidos como escravos impossibilitados de viver livres na casa de Deus, mas também aqueles cujos hábitos imorais e vícios físicos, os que prejudicam ao seu próximo e a si mesmos pelos pseudo prazeres que gozam numa vida inconsequente, egoísta e viciosa. Enquanto a pessoa permanece neles é escrava e lhes deve obediência, como a um dono dos quais são servos. O fumante é escravo do tabaco como o alcoólatra é da bebida e o viciado da droga, porque estão submissos a eles. Quem comete algum erro perante a vida, prejudicando seu próximo, fica escravo dele e só se libertará quando tiver ocasião de desfazer esse erro.
Na vida moral o indivíduo pode ser escravo de preconceitos pela maneira errada de encará-los. Os farizeus perseguiam Jesus por que eram escravos das leis mosaicas e repudiavam Jesus porque não entediam as lições libertadoras dos ensinos do Mestre que procurava mostrar-lhes que somente o amor salva as pessoas de serem escravas, porque perdoa os erros do seu próximo e o vê como irmão e, portanto, se coloca na casa do Pai e torna-se um liberto.

O manter no espirito mágoas, ciúmes, inveja, rancores fanatismo religioso, dogmático, egoísta, maldoso, é proprio de espíritos atrasados, mal informados das leis de Deus que estabelece que todos somos irmãos porque seus filhos.
A casa do Pai é desprovida de escravos, mas abriga seres já libertos das contingências terrenas, dos erros e equívocos, vícios e pecados, como Jesus esclareceu.
Assim para alcançar o titulo de filho de Deus mister se faz submeter-se aos seus desígnios, e o primeiro é amá-lo e ao seu próximo. Aqueles que esperam retribuição por seus atos, seja qual for a sua formaçao religiosa, não podem ser considerados, por enquanto, filhos de Deus, porque falta-lhes ainda o necessário desprendimento das coisas da terra, inclusive os que possuem riquezas materiais e gozam do bem estar, mas são incapazes de agir com bondade e amor para com o próximo, preocupando-se mais com os seus interesses particulares do que com colaborar com a obra divina melhorando-se.
Muitas vezes nem sequer agradecem a Deus pelo dom da vida e da situação privilegiada, pois desconhecem sua a paternidade, negando-a. Mas somente os escravos esperam pagamentos, os filhos não porque já vivem na casa do Pai, usufruindo do seu carinho e amor.


sábado, 7 de maio de 2011

O FILHO DO HOMEM


Jesus denominava-se a si mesmo como "Filho do homem" expressão ate hoje mal compreendida. Ela foi usada pelo profeta Ezequiel ao tempo do rei Nabucodonosor, da Assiria, quando recebeu dos espiritos superiores a incumbência de chamar a atenção do povo de Israel, que se afastara da obediencia ás leis divinas recebidas por Moisés.

O fato está descrito na Biblia da forma seguinte: "e vendo isso
, cai sobre meu rosto e ouvi a voz de quem falava." "Filho do homem põe-te de pé, e falarei contigo." "E então entrou em mim o espírito quando falava comigo, e me pôs em pé e ouvi o que me falava. E disse-me:"Filho do Homem, envio-te aos filhos de Israsel, às nações rebeldes que se rebelaram contra mim; eles e seus pais prevaricaram contra mi, até este mesmo dia.Violaram até hoje, eles e seus pais, a aliança que eu com eles fiz. (Ezequiel 1:28 2:1 2:2)

Evidente, pois, que Ezequiel ouviu a voz do Eloim da raça Hebraica, comunicando-lhe que seria enviado diante daquele povo que abandonara a aliança que ele fizera quando o retirou do jugo egípcio. No Livro Exodos está descrita assim essa aliança: "Eu sou o Senhor teu Deus que te tirei das terras do Egito, da casa de servidão não terás deuses estrangeiros diante de mim, não farás para ti imagens de escultura, nem figura alguma de tudo o que há em cima do céu, e do que há embaixo ds terra, nem das coisas que haja nas águas, debaixo da terra. Não adorarás e nem lhes dará culto". E prometeu em seguida, enquanto assim o fizesse, ampará-lo e ajudá-lo, como está bem explicado na Bíblia. Profanando o nome de Deus, mediante práticas idólatras e desligando-se assim da proteção divina, um grande perigo os ameaçava. A missão de Ezequiel era a de, em nome desse Deus, adveretir-lhes, dizendo: "Vem o fim! O fim vem sobre os quatro cantos da terra." (Ezequiel 7.1)
Essa missão que parece simples, de somente dar uma mensagem de alerta, no entanto conforme alertou o próprio espirito, graves consequências traria a ele, Ezequiel, como arauto
divino. Eles te preparam grilhões, acorrentar-te-ao e dali não sairás (idem 3:5). E mais, que
seria ferido, maltratado e humilhado e tudo lhe seria tirado. A profecia, como bem sabemos hoje, se concretizou na íntegra.

O povo de Israel não ouviu o profeta e o maltratou. Durante muito tempo, Nabucodonosor cercou a cidade e finalmente, os que se salvaram da morte foram feitos escravos e levados, acorrentados a Nínive, na Assíria. A missão de Jesus assemelha-se à do antigo profeta. Conclama o povo ao respeito das leis divinas. Estabelece o amor nas relaçoes humanas, ensinando a pratica do perdão das ofensas.
Advertiu que sem amor a Deus e ao próximo estariam fadados, após o desenlace, a vales de sofrimento e dor. Também ele foi maltratado e humilhado e finalmente crucificado. A expressão "Filho do Homem" seria, pois, a missão daqueles que em nome do Senhor advertem o povo e o conclama ao respeito às suas leis. Jesus confirmou isso várias vezes no decorrer da sua pregaçao Veja-se, por exemplo neste caso: "não tenho falado por mim mesmo, aquele que me enviou foi quem me prescreveu, por seu mandamento, o que tenho a dizer. A doutrina que prego não é minha, mas daquele que me enviou, a palavra que tenhho ouvido não é palavra minha, mas de meu Pai, que me enviou."
O que aconteceu após a advertência de Ezequiel, repetiu-se em Israel, após a crucificação de Jesus. No ano 7o da era Cristã os romanos, comandados por Tito, tomaram a Palestina e
arrasaram Jerusalem e o seu Templo, dispersando-se os judeus pelo mundo afora. É importante recordar esses fato, porque, agora, a advertêcia dos espíritos superiores, prepostos de Jesus, vem por intermédio dos médiuns, e se dirigem não a um povo circunscrito mas a toda humanidade. É claro que, ouvindo os espíritos, os médiuns não se consideram, como ponderou Kardec, de natureza excepcional mas apenas instrumentos pelos quais os espiritos se servem para alertar para o cumprimeto das leis de Deus, sempre ignoradas. E se for verdadeiro o que dizem, os rebeldes, os que após dois mil anos ainda recalcitram no mal, serão transferidos, ao desencarnarem, para mundos ainda mais atrasados do que a Terra, onde os esperam sofrimentos e dores. O aviso está sendo dado, e Oxalá tenham ouvidos de ouvir as meigas advertências do "Filho do Homem" que agora se repetem, sob todas as formas, em todos os quadrantes do mundo.