segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

MUDANÇAS


Ao longo de nossa existência, a começar pela infância, vamos formando hábitos de vida que se inserem em nós e crescem como uma segunda natureza. São adquiridos pela repetição de um ato ou fato que nossa mente aceita e adota. A família em que nascemos tem hábitos de vida que nós assimilamos; depois, na escola, vamos adquirindo outros, sem questionar se são bons ou maus. As formas de pensar transmimtidas pelos pais sobre religião, sexo, dinheiro, política, a forma de tratamento nas relacões com as pessoas e uma infinidade de situações criam hábitos que nos conduzem vida afora. Hábitos alimentares errôneos são sempre muito difíceis de corrigir na idade adulta.

Dessa forma acabamos nos tornando escravos deles. Mas progredindo, pelo estudo, percebemos que alguns são prejudiciais e queremos nos livrar deles. Só a mera intenção de abandoná-los nos maltrata e nos torna infelizes. É que nossa mente os aceitou sem pensar e eles se tornaram parte do nosso "eu".

O hábito se torna um problema mental que, em muitos casos, nos afetam fisicamente. Eles também nos prejudicam e nos tornamos inconvenientes na medida que, progredindo, queremos nos livrar deles. Muitas pessoas não conseguem. É claro que se os temos agora, houve tempo que não os conhecíamos e vivíamos tranquilos sem eles, como é o caso de fumar, beber, comer demais, falar alto,queixar-se da vida, falar mal do próximo, e muitos outros. Assim, se desejamos uma reforma em nosso caráter devemos começar pela mente. É no nível mental que deveremos agir a fim de extirpá-los em nós. O fumante, o viciado, deve se convencer, mediante a observação de outros ou estudos que demonstrem a exatidão
de determinado modo de agir. Lógico que devemos primeiramente convencer a nós mesmos.

Pessoas existem que se ofendem à mínima contrariedade ao seu pensamento. Está claro que esta pessoa deve mudar seus hábitos e se convencer que todos somos iguais e devemos aceitar (não concordar) qualquer pensamento contrário ao nosso, que o revide só serve para criar inimizades e, também por essa razão, que devemos esquecer qualquer ofensa vinda do nossos próximo, perdoando e ignorando-a. O mesmo ocorre com os demais vícios, devemos encontrar meios de abandoná-los sem medo, porque, como vimos, fomos nós que os criamos e podemos nos desfazer deles.

Todos almejam a felicidade, mas poucos se esforçam em alcancá-la, estudando, aprendendo, e tomando uma atitude na vida, adaptando-se a uma relalidade mais própria. Precisamos compreender os instintos, que são a parte inferior da nossa natureza animal, destruir velhos costumes, convencionalismos e pensamentos hereditários os quais devemos ter sob controle.

É preciso arrancar de nós os desejos do "eu" inferior, separando-nos daquelas coisas que nos pareciam sagradas e caras. Nessas ocasiões sentiremos, é claro, a solidão mental, aquele sentimento de estar só, a idéia de que estão nos arrancanado o coração. É um sofrer que dura até chegarmos à posição de ver e compreender o que isso significa de bom para nós.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

PRISÕES


Existem várias formas de prisões, das quais podemos destacar três delas:

a) a prisão física, na qual um indivíduo, tendo cometido um crime contra a sociedade é encarcerado num espaço do qual só pode sair após determinado tempo. Ele pode, porém, sonhar e ter esperanças;
b) a prisão mental, na qual a pessoa se crê livre mas, na verdade, está presa a um pensamento obsessivo, dominada por seres invisíveis que detêm o vôo do seu pensamento. É a mais triste e cruel porquanto não existe prazo para sair;
c) a prisão por achar-se perdido, por medo, alucinações, visões estranhas.

Isso tudo, quando ocorre, pode ocasionar a loucura ou levar a pessoa ao suicídio.

Para evitar que sejamos vítimas de qualquer dessas três prisões, devemos viver aprendendo a perdoar, ter muita compreensão e dar amor a todos os que nos cercam, próximos ou não. A luta é sempre contra as nossas imperfeições morais.

Na medida em que formos compreendendo Jesus e nos evangelizando, conquistando méritos, todos esses problemas que nos afligem estarão resovidos completamente. As nossas prisões são determinadas por nossas atitudes impensadas que geram o ódio -- e este impulsiona a retaliação e a vingança, que pode ocorrer quando o ofendido estiver encarnado ou desencarnado. Quando a pessoa tem consciência da própria culpa, torna-se presa f'ácil de ser obsidiada por seu inimigo. Por essa razão podemos dizer que
"os obsessores invisíveis são nossa obras, espinheiros plantados por nós" (Emmanuel).

Na verdade, a retaliação, em qualquer caso, não traz a paz ou a felicidade desejada, e o obsessor é um doente, atado a uma idéia fixa, quase sempre objeto de um amor desfeito, deslealdade sofrida, injustiças, ofensas, enfim os males que ele sofreu, ou julga tê-los sofrido.

Os nossos condicionamentos do passado são aproveitados pelo obsessor invisível, por isso o sofrimento surge em qualquer fase da existência, seja na infância, juventude ou velhice. Algumas vezes vem do plano espiritual:
"sutilmente, a principio, em delicado processo de hipnose, a idéia obsidiante penetra na mente do futuro hóspede que, desprovido de reservas morais, começa a dar guarida ao pensamento infeliz, incorporando-o às próprias convicções e traumas do passado, através de cujo comportamento dá lugar à manifestação ingrata e dominadora da alienação obsessiva. " (Joanna de Angelis).

A terra é uma enorme prisão, ou um grande educandário e hospital para tratamento dos que estão nela encarcerados, porquanto são seres imperfeitos, seres que ainda não têm domínio dos pensamentos e se maltratam mutuamente. Não aprendemos ainda a dar o devido valor para a necessidade de selecionar as ondas mentais que emitimos e as que captamos. Nisto reside todo o segredo da existencia humana.

Diz Eduard Carpenter, num dos seus livros:
"se um seixo nos incomoda em nossa bota, tiramo-lo fora. Quando temos o necesssário conhecimento, podemos, com igual facilidade, tirar da nossa mente uma idéia nociva que a invade". Sobre isso não deveria haver dúvidas ou duas opiniões. A coisa é evidente, clara e bem compreensível. E enquanto ele não puder fazê-lo é insensato falar dele como um senhor sobre a natureza e todos os demais. Ele é um escravo e presa de fantasmas alados que voam os corredores do cérebro. Nas faces tristes e cheias de cuidados, as quais encontramos aos milhares, até no meio das classes ricas e civilizadas, nos provam que é raro obter-se o referido domínio sobre a mente.

O assunto e o meio de combater as obsesões começou com Jesus Cristo que retirava demônios das pessoas -- como eram chamados os espíritos. O espiritismo revive a prática, que deve começar com a própria pessoa, reformando-se. Que ninguém se engane: o espirito obsessor só largará sua vítima quando ela se evangelizar. Quando cruzam em nosso caminho nos vêem como éramos e não como somos hoje, para eles, o tempo parou.

Jesus dizia àqueles a quem curava: não tornes a pecar. Os centros não resolvem esses problemas, apenas apontam o caminho da auto-desobsessão. Os espíritos parasitas e levianos, como um bando de pivetes, promovem brigas, intrigas, grandes confusões, insuflando idéias nos que se mostram receptivos. Nunca agem sozinhos. Envolvem as vítimas em fluidos mórbidos e complicadas operações nos seus perispíritos, implantam células, alterando o centro da memória, levando-os ao vício. Alegam muitos obsessores, quando se manifestam em reuniões públicas, que obedecem ordens e se não as cumprirem serão castigados, e demonstram, assim, existir uma hierarquia de malfeitores, como entre os encarnados.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

RETRIBUIÇÃO

E nós que deixamos tudo e te seguimos, o que
receberemos?
Mateus


Jesus dizia ao povo judeu que todo aquele que abandonasse as riquezas e cumprisse a lei de
Deus, seria recebido no reino do céu e ficaria na glória do Senhor por toda a eternidade. Certa
ocasião, Pedro, um dos apóstolos, indagou ao Mestre o que iria receber por ter abandonado tudo para segui-lo.
É uma atitude própria do ser humano desejar uma retribuição por tudo aquilo que faz, por isso
Jesus acenava-lhes com o céu e Pedro, como qualquer pessoa, fez a pergunta.É preciso entender que desde tempos imemoriais e a partir do momento em que os homens atinaram com a existência de um Ser Superior a controlar a vida na terra, começaram a chamá-lo de Deus e dar
as coisas que tinham de mais grandiosas, esperando com issso merecer suas benesses.
Criaram para tais atos todo um formalismo que tinha por finalidade louvá-lo, reverenciar e pedir sua proteção. Em troca ofertavam as primícias da terra, crias de suas alimárias, que entregam no templos em rituais específicos a Ele dedicados, crendo que quanto maior a renúncia, maior seria a ajuda.
A infantilidade ou atrazo espiritual criava, dessa forma, um comércio com a Divindade, regido pelo principio do "dou para que me dês". Lutavam e morriam pelo Deus na certeza de que defendendo-o do Deus da tribo inimiga, na morte seria por Ele recebido com todas as honras de um herói. Ainda hoje, infelilzmente, apesar da evoluçÃo dos costumes vigi esse comércio com a divindade, numa maioria de crentes.
O povo acredita que levando flores, acendendo velas, fazendo promessas, assistindo aos rituais das igrejas, está apta a solicitar os benefiios do Criador, fazendo-o derrogar as próprias leis da vida... ou dar-lhe a preferência e detrimento de outras pessoas, também filhos Dele.
Porém existe uma parcela da humanidade que já entende fazer parte de um grandiosíssimo Universo e na expectativa de entende-lo renunciam à própria vida, em prol do próximo.
São eles os missioários de todos os matizes, da religião, da filosifia, da ciência, da prática medica, das artes e filantropia desineressada.
A vida, no entender deles, já é uma dádiva divina para nosso aprimoramento e por isso dedicam-se de corpo e alma naquilo que mais os atrai, tornando-se, dessa forma, co-participantes da obra divina pelo exemplo que dão.
Renuncia, desaspego das coisas transitórias das vida e construção na eterniddade é o caminho a ser palmilhado pelos seguidores do Cristo. A retribuiçao é a honra de poder ajudar e a certeza de que já vive no reino dos felizes, os que compreendem a grandiosa sinfonia divina.