quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O GRÃO DE MOSTARDA


"O reino de Deus é semelhante a um grao de mostarda que um homem tomou e lançou no seu campo, o qual grão é na verdade o menor de todas as sementes, mas depois de crescida é a maior das hortaliças e faz-se árvore de tal modo que as aves do céu vem pousar nos seus ramos.
Jesus

A parabóla feita por Jesus é de uma beleza sem par. Poucas palavras para dizer tudo que devemos saber. Somos espíritos eternos, nascidos simples e ignorantes, executando nossa trajetória evolutiva e ao completá-la estaremos no reino de Deus.
É como o grão dee mostarda da parábola. A medida que se amplia o nosso conhecimento do universo, vamos nos tornando um foco de luz que ilumina em seu redor, ajudando os que participam da nossa vida e se encontram em atraso mental e espiritual. Não nos preocupamos mais com as coisas mundanas, mas procuramos saber cada vez mais, louvando o nosso Criador.
Para ilustrar melhor a parábola calha bem a historieta contada por Malba Tahan num dos seus lindos livros. "Um jovem sapateiro adquiriu de um vendedor de quinquilarias um pequeno livreto que atraiu sua atenção por causa do titulo. Chamava-se "O tesouro de Bresa". O prólogo dizia que aquele que fosse capaz de decifrá-lo encontraria um imenso tesouro. Era escrito em vários idiomas e tinha problemas de matemática, álgebra, astronomia, medicina, religião, geografia, tornando-se difícil a cada página. Para decifrá-lo o jovem sapateiro precisou estudar matemática, idioma, álgebra e outras matérias para seguir as indicações do livreto.
Mas, na medida em que foi estudando, sua vida também foi mudando. Tornou-se professor de matemática, fazia traduções de línguas idiomas, tornou-se consultor jurídico e, assim, pelos seus reconhecidos conhecimentos em várias áreas do saber, chegou à velhice admirado pela sua vasta sabedoria e cultura. Chegou a tornar-se conselheiro do rei do seu país.
Todavia, estava sempre a consultar o livrinho e a estudá-lo. Uma ocasião o rei indagou o que dizia aquele livreto que ele tanto estudava . Ele contou que o livreto indicava o caminho de um tesouro, e que ele procurava decifrá-lo desde a mocidade para achá-lo. O rei sorrindo disse: "Meu caro amigo, voce já tem o tesouro, cujo caminho o livro indicou. Veja que se inverter as sílabas do titulo verá que "bresa" significa "saber". Você o obteve com os estudos a que se dedicou durante a vida.
Adquirindo sabedoria nos tornamos um foco de luz aos demais como Jesus, que nada posssuia a não ser seu saber e bondade que ilumina o caminho de nossas vida nos ensinando a viver. O saber é como o grão de mostarda, cresce sempre e se torna grandioso e sob ele as pessoas se abrigam.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

DOUTRINA DOS ESPÍRITOS


Todos nós sabemos que a maioria das religiões derivam de revelações; sendo a primeira a de Moisés, que trouxe a idéia de um Deus único, por ele denominado de Jeová, o qual diz ter recebido, no Monte Sinai, os dez mandamentos da sua lei. A segunda revelação é a de Jesus de Nazaré, que nos ensinou a amar e a exemplificar durante a vida os mandamentos da lei.
Revelar significa fazer ver o que parecia oculto. É ensinar, apresentar os fatos de modo que se possa entendê-los. O professor, os cientistas, os missionários, todos são reveladores porque algo que não se compreendia eles ensinaram a entendê-lo.
A nossa ciência atual é obra de séculos de trabalho de uma infinidade de pessoas que contribuíram para isso, são reveladores, são cientistas. Eles mudaram com suas idéias a antiga concepção do universo.
Antigamente as pessoas achavam ser a terra uma plataforma, e como viam o sol nascer de um lado e se por do outro, acreditavam que ele rodava em torno da terra. Como não viam a vaporização da água, achavam quer era Deus que a mandava e para tanto faziam promessas e procissões. Tudo aquilo que não tinha explicação chamavam de milagre.
Hoje existem duas correntes de idéias, uma materialista, que pretende explicar a origem do universo pelo e estudo da matéria e os espiritualistas, que admitem ser o universo obra de Deus.
O espiritismo pode ser considerado a terceira revelação porque da uma explicação para os mandamentos da lei trazidos por Moisés e luzes para os ensinamentos de Jesus, dando a conhecer o mundo invisível no meio do qual vivemos sem o saber, o mundo dos espíritos.
Os princípios da doutrina foram codificados por Allan Kardec, um sábio Francês que, na procura das leis que regem o magnestismo, deparou-se com as mesas girantes, comum em Paris na época dele -- um fenômeno que e consistia em fazer pequenas mesas se movimentarem com a colocação das mãos de várias pessoas sobre cada uma delas. E foi que, aprofundando-se no estudo desse fenômeno, encontrou o mundo invisível, habitado pelas almas das pessoas mortas.
Usou a maneira Socrática na formulação das perguntas e o princípio científico: só aceitar como verdadeiros os fatos que pudessem ser comprovados e assim chegou ao mundo dos espíritos. As leis por ele proclamadas não são de sua autoria mas ditadas pela maioria dos espíritos que ele ouviu por intermédio de médiuns. Não é obra de uma pessoa mas de origem divina, pois sua codificação foi orientada pelo Espírito de Verdade mecionado nas escrituras por Jesus Cristo. Os princípios da doutrina espírita -- como as leis de causa e efeito, das reencarnações e as demais -- resolvem uma infinidade de problemas vivenciais como a pobreza a riqueza, mortes prematuras, injustiças, doenças de nascença e outras que nem a ciência nem mesmo as religiões explicam.
É uma doutrina de vanguarda e surgiu porque o planeta deverá passar por transformações e não mais abrigará os espiritos rebeldes e contrários as leis divinas, os bandidos que roubam e matam e os que semeiam o ódio e promovem guerras.
É tempo de reinar paz entre os homens na terra.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

INFLUÊNCIAS


Apesar da nossa decantada racionalidade, uma das nossas maiores dificuldades está justamente em usar o pensamento lógico, racional e nos conduzirmos na vida por eles em nossas atividades diárias.
Diz-se que ninguém é bom juiz em causa própria, e porque somos o produto de um passado espiritual cheio de vivências infelizes, e mais das vezes fracassadas, o nosso julgamento é sempre condicionado a esse passado oculto em nosso subconsciente.
As experiências dos outros, principalmente em matéria de ética ou moral, de nada nos serve porque estaremos sempre a nos governar pelos desejos e temores desse mundo mental oculto, atendendo suas sugestões.
O mesmo não ocorre, porém, com as sugestões em que não entra o elemento emocional, quando aceitamos e aproveitamos as experiências dos demais. Essa talvez seja a razão do maior desenvolvimento tecnológico do que o moral em nosso mundo.
Toda e qualquer solução que venha contra os nossos desejos e os ditos princípios, que não respeite os nossos sentimentos e pontos de vista, produz em nós emoção desagradável, que incomoda e, por isso mesmo, é rejeitada por nós, incontinente. Às vezes sofremos ao ir contra elas.
Somos, assim, na maioria das vezes, mero joguete das influências ocultas do ambiente ou da sugestão de outras mentes que conseguem impor-se a nós, com os conhecidos efeitos de autoridade, sem base real, mas cujas idéias aceitamos e assimilamos sem discussão. É por efeito da autoridade de alguns, em certas matérias, que imitamos e reproduzimos seus pensamentos, idéias e emoções. É de nossa origem animal, ancestral, imitar aqueles que da nossa espécie nos parecem os líderes. Ouvimos sem pensar a voz de comando. Os espíritos pobres gostam de ditadores.
Pelo fato também de repetirmos, com frequência, certas idéias, com o tempo acabamos aceitando-as como verdadeiras. Por isso, a repeticão é a arma da propaganda e da educação. Colocam diante de nós cenas, fatos e objetos que despertam sentimentos e emoções agradáveis para que através delas aceitemos suas sugestões, às vezes com motivos torpes.
Devemos tomar bastante cuidado e vigiar sempre para não sermos massificados e agir como individualidades governadas pela razão e bom senso, num mundo como este que vivemos, com personagens dirigidas por sentimentos e emoções inconstantes como o vento.


sábado, 6 de agosto de 2011

VESTÍGIOS


Uma força se julga pelos seus efeitos

Ao encontrar na calçada uma ponta de cigarro, logo deduzimos que ela foi atirada por um fumante que por ali passou. Se é boneca, alguma menina a esqueceu e se for uma bola é de um menino. Não será preciso vê-los, assim como não precisamos ver a multidão de pessoas que nos servem para acreditarmos na existência delas, tais como os marceneiros que construíram nossos móveis, eletricistas, pintores etc, etc.
Mas podemos avaliar, de acordo com a simplicidade ou complexidade dos bens que usamos, o grau de inteligência, de preparo técnico, de estudo, de destreza, de habilidade manual de cada um deles, sem necessidade de conhecê-los pessoalmente. As obras falam por eles, por isso se diz que pela obra se conhece o autor.

Quantos, porém, percorrem os caminhos da vida, que são repletos de beleza, negando a existência de um autor!
Quando atiramos uma semente ao solo e depois vemos crescer uma árvore, com folhas, flores e frutos deliciosos, ficamos imaginando que ser misterioso conseguiu sintetizar na minúscula semente aquela árvore que, na terra, por processos ainda mal compreendidos desenvolveu-se, sem qualquer participação nossa, extraindo do ar, da luz, da chuva e do solo tudo quanto necessitou. Não precisamos vê-lo, mas ele existe e é grandioso. É aos nossos olhos um mágico magistral.
Olhamos o céu à noite e milhões de astros lá cintilam. Sabemos que alguns são maiores do que a terra e para atingí-los gastaríamos vários anos, na velocidade espantosa da luz. Estão todos em perpétuo movimento, como a terra, a velocidades incríveis, obedecendo rotas pré-estabelecidas há milhões de séculos, presos uns aos outros por forças invisíveis, mas atuantes.
Não podemos ver, é claro, mas podemos calcular a grandiosidade do regente desse maravilhoso concerto de astros, luzes e forças na imensidade infinita do Cosmo! É portanto pelos efeitos que se avalia o poder de uma força. E a do criador foge à nossa capacidade de avaliação, por absoluta falta de termos de comparação.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

TERREMOTO NA MACEDÔNIA


Quando Paulo de Tarso e Silas pregavam o Evangelho de Jesus em Filipos, cidade da Macedônia, ocorreu de terem expulso uma jovem escrava, cujos dons de advinhação era explorado pelos seus donos. Estes, vendo-se com isso prejudicados, recorreram às autoridades locais e, sob a alegação de que os dois pregadores estrangeiros eram subversivos, conseguiram dos juizes a ordem de prisão para ambos, não sem antes serem espancados com varas.
À noite, na prisão, quando oravam e cantavam hinos ao Semhor, ocorreu um grande terremoto que sacudiu até os alicerces da prisão. (Atos.16/26).
O carcereiro, tremendo de medo, liberou-os e disse:
"Senhores, que devo fazer para ser salvo?"
"Creia no Senhor Jesus e voce será salvo e a sua familia inteira também", foi a resposta dos apóstolos.
Até hoje isso vem acontecendo na vida das pessoas. Completamente desinteressadas das coisas do espírito, somente despertam para a religião, para os valores espirituais da vida, quando um grande flagelo familiar os atinge. É a iminente ruina financeira, os vícios dos filhos queridos, a doença imprevista ou a aproximação da morte que lhes abre os olhos. Vivem enquanto tudo lhes sorri, esquecidos de Deus e do amanhã. Sequer se lembrarm de agradecê-Lo pelos bens que lhe foram colocados à mão. Apenas gozam o momento presente. Passam a existência sem nada construir em matéria de fé. Respeitam, apenas, o pouco que trazem do berço sem acreditar muito. Cumprem, quando preciso, a contragosto, seus rituais púbicos, esquecidos, obviamente, do que seja construçao íntima, individual, inalienável. Todavia, ninguem se furta aos revezes da vida. E, em chegando a dor, o sofrimento, se vêem
obrigados, de um momento para outro a uma completa transformação. Desejam, então, um curso rápido de fé, o que é impossível. A árvore tem seu tempo de crescimento para que dê frutos -- e as idéias, tempo de maturação para se desenvolverem.

O carcereiro macedônio estava encarcerado em suas idéias, em seu comodismo, como a maioria das pessoas. Foi preciso que a terra tremesse e o pavor da morte o acordassse para que saísse desse cárcere e procurasse um caminho para a sua vida, para a sua salvação. Ele, naquela situação, se considerava perdido.
"Creia no Senhor Jesus Cristo e voce será salvo, e a sua familia inteira também". Esse o caminho da salvação, que os apóstolos estenderam também a família. Sim, porque o chefe da casa é o condutor responsável pelo próprio destino e dos seus entes queridos. É acompanhado na vida pelos que o amam e respeitam.

Perpassando o olhar ao nosso derredor, vemos que, infelizmente, a exemplo da história do carcereiro macedônio, existem ao nosso lado um contingente enorme de pessoas presas apenas aos bens materiais e conduzindo assim os seus entes queridos por um péssimo caminho. Oremos então por eles. Peçamos a Deus, nosso Pai celestial, que não haja necessidade de um terremoto para que os seus olhos se abram às maravilhas do poder da fé.