PAULO AOS ROMANOS

Na sua epístola aos Romanos, que é considerada a melhor peça feita por ele, o capítulo 12.21 diz o seguinte:

NAO TE DEIXES VENCER PELO MAL, MAS VENCE O MAL COM O BEM

Para regular a vivência dos homens sobre a terra, foi necessário se estabelecer leis, o que vinha sendo feito pelos reis e imperadores de forma precária, porque na maior parte das vezes atendia apenas o interesse de um povo.

Moises recebeu, no Monte Sinai, das mãos de Deus, as tábuas da Lei, que deveriam ser a norma de vivência para toda a humanidade, e até hoje ela é respeitada apenas por uma pequena minoria.

O Profeta criou também outras leis complementares, ampliando os direitos e as obrigaçõess das

pessoas na vida diária. Cumprir essas leis no passado era considerado uma virtude, mas as leis nem sempre são respeitadas, porque os homens estão em estágios diferentes de evolução e os mais atrasados desvirtuam os mandamentos, devido ao seu orgulho, vaidade, amor próprio e sentimentos mesquinhos, nos quais se comprazem.

Aí suge o mal que acompanha toda a humanidade e o desrespeito ao seu próximo, que não é considerado como irmão, mas inimigo.

Pelo motivo de pensarem de modo diferente, de ter outra cor da pele, de nascerem em outro lugar, em outra tribo, os homens tornam-se inimigos uns dos outros, ocasionando durante a vida dores e sofrimentos pelos crimes que perpetuam na defesa do que, ao seu ver, julgam certo.

Muita gente, embora não inclinada a fazer o mal, devolve ao seus ofensores o mal recebido, o que demonstra, clatramente sua hostilidade, acreditando estar agindo corretamente. .Porém, Paulo explica que não basta essa atitude de meia bondade. Temos que praticar o bem, como Jesus recomendou e issso deve ser feito ate aos inimigos. De nada adianta perdoar só de boca.

Devemos ser sinceros e evitar qualquer mágoa ou rancor que sentimos por alguem. É preciso tirar por completo o mal de nossos corações, vencendo-o como recomenda Paulo,

Somente com a pratica do bem, como ensinou Jesus, é que conseguiremos estirpar esse flagelo de dentro de nós, progredindo espiritualmente. Devemos sempre manter a paz de espírito e fugir do mal, com a prática do bem.

No Sermão da Montanha o Mestre disse não ter vindo revogar as leis e os profetas, mas cumpri-la e acrescentou também que se nossa justiça não for superior à antiga, como a dos escribas e farizeus, jamais entraremos no reino de Deus, ou seja, somente com a prática do amor ao próximo, fazendo o bem, venceremos o mal.

O NASCIMENTO

Para a maioria das pessoas o nascimento é fruto apenas ao ato sexual que, levando o espermatozóide masculino até o óvulo feminino, acarretará então o desenvolvimento do futuro ser. Deixam assim, ao acaso, a soluçao de importatíssimos problemas genéticos, os quais determinarão, no fluir da existência do ser nascente, sofrimentos, dores e alegrias, atrazos, ou progressos espirituais.
O corpo é a veste do espírito, logo deve ser elaborada para o serviço que este irá desempenhar encarnado -- onde, em quais condições e o tempo de vida. Precedem a sua feitura, naturalmente, e não poderia ser de outra forma, acurados estudos por parte de agentes especializados, abrangendo os inúmeros detalhes constitutivos, tendo em vista o programa de trabalho do espirito que vai reencanar.
Para que tudo corra obedecendo os detalhes considerados fundamentais na futura romagem física, espíritos especializados intervêm, quando necessário, na estrutura celular a ser estabelecida pelas leis da natureza na união dos cromosomos paternos e maternos, apos o ato sexual, por que estes se desenvolverão, no útero, obedecendo às características programadas previamente.
Não existe o acaso neste mundo, tudo é ordenado, estudado e previsto, tendo em vista o progresso espiritual os seres, desde os mais simples aos mais elevados. Para a romagem carnal, precedida sempre de inumeros estudos, participam não só o proprio interessado mas também os seus amigos, preceptores espirituais e futuros companheiros, de sorte que embora mergulhado na inconsciência da sua origem espiritual receba ele sempre, em todos os instantes da vida, como aluno do grande educandário que é a terra, o apoio daqueles que o encaminharam e se interessam pelo seu adiantamento. Jamais estará só, embora erroneamene assim possa parecer. Rebela-se, muitas vezes, com as condições físicas deficientes e as circunstancias dificultosas que o cercam durante o exílio fisico, por ignorar as causas e não aceitá-las como as lições mais apropriadas ao seu progresso.

Qual dentre vós é o homem que se, porventura o filho lhe pedir pão, só lhe dará pedra? Ou se pedir peixe lhe dará uma cobra? Ora, se vós que sois maus sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai que está nos céus dará bens aos que lhe pedirerm?
Indagava Jesus ao povo incrédulo, a propósito da previdência Divina para com os seus filhos.

Que cada um creia, portanto, que está no melhor lugar, na situação mais apropriada e nas melhores condições para trabalhar no curto espaço de tempo que tem aqui na terra, agradecendo a Deus por tudo qure lhe foi dado. Esta é a atitude do verdadeiro crente e Cristão.

PRISIONEIROS

Para disciplinar e conter o ímpeto dos indivíduos turbulentos que compõem a sociedade e a fim de adaptá-los a uma convivência comum saudável, foram estabelecidas leis e normas que regulam os direitos e deveres do cidadão, que são ensinadas pelos pais, desde o nascimento. Muitos, porém, se rebelam e as desrespeitam e são assim, nos casos mais graves, punidos ou alijados do convivío social temporariamente.

Vê-se então as cidades com suas prisões cheias de toda espécie de facínoras, bandidos e desordeiros que põem em risco o bem-estar e a vida das pessoas. Os diretores dos presídios, como é sabido, usam em larga escala a coerção para que eles cumpram suas normas. São punições, castigos físicos, falta de alimentação, privação do sol e outras inúmeras formas que os carcereiros inventam para manter a malta de arruaceiros quieta e em ordem. Dizem os responsáveis por eles que seria ilógico usar com esses elementos desobedientes argumentos fraternos. Eles na sua sub-cultura e primarismo mental e intelectual não entenderiam.

Pois bem. A terra em que habitamos, ínfimo planeta na constelação dos sóis que giram no espaço sem fim, assemelha-se, dizem alguns espíritos luminares, a um presídio estelar. Dele não podemos sair e somos obrigados a conviver, como qualquer preso, com um enorme contingente de indivíduos ferozes, prontos a nos agredir por um simples olhar. Todavia, é do mais elementar bom senso que ninguém é mandado para a prisão sem culpa formalizada, principalmente quando se sabe que as leis que regem o cosmo são justas e precisas. "Nem um fio de cabelo cai da nossa cabeça sem que Deus o saiba", diz a Bibllia.

Nas prisões terrenas observa-se um fato pitoresco. Ninguém se julga culpado, ou merecedor de estar alí. Sob o ponto de vista de cada um, eles são injustiçados. Fato idêntico ocorre também com a maioria das pessoas comuns. Todos se julgam merecedores de uma vida melhor e ficam reclamando do Criador, pedindo-lhe coisas que lhes daria o que chamam de felicidade. Ninguém porém cuida de cumprir e obedecer suas leis, esquecendo o egoismo e as paixões particulares e amando o seu próximo. Sofrem - como os presos rebeldes - na agonia dos dias, a coerção impingida na vida pela situação dificultosa que provisóriamente se encontram.

"Ninguém sairá da terra até que pague o último ceitil" dizia Jesus de Nazaré ao povo que o seguia pelas ruas de Jerusalém, há dois mil anos passados. Mundos de Luz alegres de felicidade aguardam todos os que, sinceros e humildes, passarem pela prisão terrena sem as revoltas que, comumente, aumentam a pena do condenado.

Aguardemos, com calma e pacientes, esse dia glorioso que há de chegar, apreendendo a respeitar a lei de Deus para gozar de liberdade. Só isso trará a felicidade.