sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

É DANDO QUE SE RECEBE

As pessoas que não tiveram na infância educação religiosa -- por descuido ou porque os pais não acharam necessário ou mesmo por serem ateus --, deixam que os filhos resolvam por si, quando crescerem. Ao chegarem à juventude, época que surge o caminho  a seguir na vida, a maioria acompanha essa idéia absorvida de colegas de estudo, revistas etc. Procuram as profissões mais rendosas, sem apoio da fé em Deus ou um objetivo capaz de sanar os peroblemas que surgirão no futuro.
Entre aqueles que não tiveram meios de se profissionalizarem, a maioria busca as religiões que os ampara pela confiança que acabam por ter nos designios de Deus, nosso pai  e Criador. 
A vida deve ser aproveitada da melhor maneira possivel, não devemos deixá-la correr em brancas nuvens. Devemos dar ao trabalho o seu tempo e ao lazer o seu. Para o materialista só interessam o dinheiro e a posição (luxo e riqueza).
Enganam-se os que pensam assim. Não encontrarão na terra felicidade pelo que têm ou pelo que são. As pessoas ficam  ligadas e se tornam escravas do seu objeto de prazer. Não se diga que não devemos viver bem, ao contrário, a vida é algo tão maravilhoso, que deve mos vivê-la bem. Deve- extrair do presente o seu prazeer, desde que não se prejudique ninguém, sem se vincular ao conceito de que só a riquesa traz felicidade. O que damos ao próximo virá de volta um dia.
Coisa comum  nas religiões é o fato de que somos considerados imortais, espiritos eternos. Estamoms aqui de
paassagem, para aprendermmos como estudantes. Nada levaremos desta vida na volta à pátria espiritual, a não ser o que aprendemos. A recompensa é a contribuição ao bem geral.
É no coração que iremos encontrar o caminho a percorrer e ele nos trará felicidade. Devemos nos esforçar
para isso, pois foi pregado há mais de dois ml anos por Jesus de Nazaré que é dando que se recebe.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

PREGAR NO DESERTO...

Esta frase é um simbolismo e quando a proferimos estamos querendo dizer que não fomos ou seremos atendidos, seja por falta de compreensão do ouvinte ou por seu completo desinteresse sobre o que falamos. 
Poderíamos dizer, por igual propriedade, plantar no deserto, lugar árido impróprio para o plantio pois não possui no solo os ingredientes necessários, e não tem o elemento indispensável ao desenvolvimento de qualquer vegetal, a água -- mas em compensação sobeja o sol causticante que mata a planta no nascedouro. 
Ao sair do batismo da purificação, no lavatório da água, o crente, despojado das impurezas, deseja se modificar cultivando a fé, mas tropeça a cada passo. 
É acalentado por companias tradicionais, agradáveis, das quais separou-se para tentar novos caminhos, mas é sempre tentado a voltar e continuar na mesma situação. Está só e sente fome do afeto das antigas amizades. Suas idéias novas ainda não se fortaleceram e pode faltar-lhe a necessária confiança no novo caminho no mundo onde entrou. Deve orar se quiser suplantar essa fase por que precisa de ajuda. 
Jesus expôs a situação na parábola do crente que, batizado no rio Jordão, se encontra logo depois num deserto onde chega o tentador na figura do diabo. Quando sente fome é tentado abandonar a crença e resiste até vencer a todas as tentações e se firmar em Deus. Recebe a coroa de vencedor e é então onde a felicidade e a alegria o acompanham. 
Os que falham na tentativa de vencer a si mesmos são como semente que o semeador deixou cair na beira da estrada. No dizer de Jesus, nessa parábola falta-lhe a necessária fé e são mais atraídos para o transitório do que para eternidade. 
Há que se pregar o Evangelho, embora a terra seja ainda um imenso deserto, em relação às coisas do espírito. Sim, devemos pregar a bondade e o amor para que possamos descansar na sombra acolhedora da paz, que só a consciência do dever cumprido nos dá.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

CARTA A TITO

Paulo, na carta a Tito, faz inúmeras recomendações sobre como ele deveria  agir na organização da igreja que fundara em Creta, e pela qual ele respondia. Primeiro para constituir presbíteros nas cidades , mas observar que não  fossem briguentos, beberrões, mas  bondosos  e hospitaleiros. 
Fala também dos deveres dos fiéis, que deveriam ser caridosos -- inclusive as mulheres --, e que ele particularmente deveria ser um exemplo para todos pela sua conduta íntegra na exposição da verdade, expressando-se numa linguagem digna e irrepreensível. 
A seguir, lembra dos deveres gerais dos fiéis que deveriam submeter-se às autoridades constituídas, obedientes e sempre prontos para qualquer trabalho. Não difamar ninguém mas serem delicados com todos. E recorda a Tito que "também nós erramos noutro tempo". 
A propósito de sermos delicados com todos, tratando-os com carinho e amor, Humberto de Campos narra uma passagem de Pedro bastante sugestiva. Conta ele que quando Pedro administrava a casa do caminho com outros discípulos, onde socorriam os necessitados e pobres, ele se aborrecia quando aparecia por lá antigos conhecidos que não tinham vida sadia, eles eram beberrões, briguentos, vadios, ladrões, mulheres de vida fácil e toda espécie de criaturas alheias à religião. Então apontava seus defeitos diante de todos e os menosprezava de maneira rude, humilhando-os por causa dos seus defeitos morais. 
Certa ocasião, após o contínuo trabalho do dia, sentou-se numa cadeira e cobriu o rosto com as mãos para meditar, e assim estava quando alguem chamou-o e ele disse bruscamente sem se mover, que o expediente estava encerrado e nada podia fazer. Ele notou que a pessoa se adiantara e ele viu seus pés que continham marcas de suplício. Tirando as mãos do rosto e levantando a cabeça ele divisou o Mestre Jesus à sua frente. Ele admirou-se e, levantando, disse da sua alegria em vê-lo, e perguntou no que poderia ser útil. 
O mestre disse  que desejava que ele tratasse todas as pessoas que o procurassem com carinho e amor, esquecendo o passado de cada uma, e vendo nelas um irmão necessitado de carinho e amor. 
O que Paulo recomendou é justamente isso: que devemos tratar a todos com amor e carinho, estar sempre dispostos a ajudá-los, sempre que for preciso. Emmanuel por sua vez, comenta esse trecho da carta de Paulo fazendo comparações bem apropriadas como a do martelo que colabora na feitura da estatua mas não deve bater no mármore indiscriminadamente. O remédio amargo que cura mas reclama da dosagem certa.Não devemos ter ações imprensadas; na terra somos milhões de espíritos imperfeitos. Se desejamos ajudá-los não podemos ser intolerantes, mas devemos nos cobrir da imensa dose de paciência e entendimento. 
Jamais atingiremos nosso objetivo apontando os defeitos do nosso próximo e pondo o dedo em chagas não curadas ao todo. Nós mesmos passamos pelos circuitos indesejáveis. Se nos encontramos com o desejo de ajuda ao próximo não sejamos promotores mas sim subamos na tribuna do sacrifício como advogados dos nossos irmãos falidos, pois eles querem como nós, alguem que os ajude.

O PERISPÍRITO

Muitas pessoas não conseguem imaginar a vida após a morte, e os que crêem na existência do espírito ou da alma não sabem como seriam, imaginando-se, como algo transparente, vaporoso, uma espécie de fumaça ou algo parecido. 
A doutrina dos espíritos veio esclarecer o assunto, mostrando como nós devemos imaginar o espírito.
O corpo físico na verdade é uma organização provisória que serve de instrumento para manifestacao do espirito imortal fazer sua marcha progressiva em busca do seu criador. 
O perispírito é o corpo definitivo do espírito, cuja existência não pode ser calculada por nós ainda. Por milhões de séculos de contínuas transformações que o espírito sofreu passando pelos reinos da natureza até chegar no estado atual de humano, ser racional e dotado de livre arbítrio.
Pode-se imaginar a imensa complexidade de todos os seus órgãos que, como se disse, pré-existe ao nascimento do corpo físico ou transitório. Para entendê-lo devemos considerar que o universo todo se encontra interpenetrado de uma energia que se adensa por todo o orbe na forma de substância astral. O sol, os planetas, os asteróides todos possuem um fluido astral que os envolve. É precisamente essa energia que o perispírito absorve tornando-o vibratório, dinâmico e quanto mais evoluído o espírito mais perfeito ele é. Assim, os órgãos do corpo físico nada mais são do que cópias ou modelos da matriz existente na substância etéreo astral e dele se constitui a perfeita fisiologia do corpo.
Como ele é extremamente sensível os desregramentos mentais tais como a cólera, a ira, a violência, o ódio, produz nele lesões que vazam para a constituição física em forma de doenças. Essa a razão pela qual devemos nos preocupar com a saúde mental, tornando-nos amáveis, gentis, bondosos, pacíficos, como recomendam todas as religiões. 
Isso nos esclarece também o fundo místico do sermão do monte, pregado por Jesus, quando diz "O reino dos céus será dos mansos, pobres de espírito, caridosos, aflitos dos misericordiosos, dos puros de coraçao, dos que promovem a paz e dos perseguidos".

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

INICIAÇÃO

Nas escolas  iniciáticas da antiguidade, antes do pretendente ser admitido na revelação dos mistérios, devia ele fazer voto de renúncia, cujo ritual era denominado de "batismo". O pretendente era então mergulhado na água que simbolizava sua limpeza do homem antigo, e passava  por vários testes ou provas para confirmar sua verdadeira intenção -- e somente após poderia ser admitido  no templo para receber os conhecimentos iniciais.
Na Judéia surgiu João Batista, às margens do rio Jordão concitando o povo a se apartar da ira divina, arrependido dos seus crimes, batizando com água aqueles que assim o desejassem. Suas palavras eram candentes chamando os pecadores de "raça de víboras". Dizendo-se ele próprio  preparador  do caminho para aquele que viria e os batizaria com fogo, diante do qual ele não era digno de calçar as alpercatas. 
Eis que surge então, a figura meiga de Jesus para ser por ele batizado. João titubeia, dizendo ser ele que deveria ser batizado, mas Jesus declara que o ritual deve ser cumprido. Após o mergulho nas águas do Jordão nasce o fenômeno registrado pelos apóstolos, como a descida do Espírito Santo sobre Jesus. 
Comenta o evangelista João as regras que devem ser obedecidas por todos quantos forem batizados - os que pretendem melhorar de vida. Numa historieta, na qual era colocado o próprio Jesus como iniciante, são representadas as tentações que o diabo o submete e que devem ser superadas em cada fase da iniciação. Somente após a superação dessas estaria então o candidato apto a ser admitido nos ensinamentos dos mistérios. 
Que mistérios seriam esses afinal, que eram tão bem guardados e só revelados após essas provas de coragem intima do candidato? Nos templos gregos a pessoa ficava conhecendo a cosmogonia universal por meio dos chamados mitos. Aprendia no singelo resumo aqui mencionado que a força universal é criadora do cosmo, e se manifesta por nós em espírito e matéria. Suas criações, os seres, também obedeciam essa duplicidade denominando-se psique (espírito) e mente.O espírito é imortal e estava preso à terra, ao corpo, pelas tentações que subjuga somente. O problema é livrar a mente das tentações e voltar às origens, ao reino do espírito.Pelo estudo que clareava a mente pela prática do bem, isso era possível. 
Os estudos e explicações iam se aprofundando na medida em que o candidato se mostrava apto a entendê-los e apresentasse desejo sincero de melhora.Ao povo em geral esses conhecimentos não eram explicados em detalhes, mas eram contadas histórias fabulosas dos deuses. Porém, no interior do templo, elas eram desveladas como força da natureza em constante movimentação.
O povo hebreu contudo já tivera a sua primeira iniciação com Moisés, que recomendava pelos dez mandamentos amar ao criador e ao próximo. Com Jesus essa iniciação foi ampliada com o ensinamento da reencarnação, da manifestação dos espíritos e da completa renúncia dos bens materiais, a mansidão e o entregar-se em holocausto a divindade eterna, aceitando de boa mente todas as lições da vida. 
Não era mais praticada no recinto de um templo, mas nas praças, nas ruas, cuidando dos doentes e necessitados. Cada seguidor de Jesus deveria ser um templo público e deveria ser professor das suas convicções."Sois o sal da terra e a luz do mundo, se o sal perde o sabor e a luz não ilumina pra que serve? Se um cego der a mão a outro cairão no buraco." Contou ainda Jesus, para bem gravar na mente popular (tais como os mitos gregos) ensinando a prática da sua doutrina. 
Para demonstrar a providência divina ele contou varias parábolas, como a do pastor que sempre corre atrás da ovelha desgarrada. Para ensinar o amor ao próximo, conta a parábola de um homem assaltado por bandidos e achado quase morto na estrada e amparado por um ateu -- onde já havia passado um padre e um crente --, que o recolheu cuidando de seus ferimentos e deixando-o  em uma estalagem com recomendação de cuidarem dele.Para dizer que Deus está sempre convidando o pecador ao arrependimento, relata o convite do rei para as bodas de seu filho, para dizer na alegria do pai pelo retorno do pecador (parábola do filho prodigo). Assim, desse modo peculiar transmite a um povo simples tudo que eles precisam fazer na vida para se libertarem do jugo da matéria e entrarem no reino do espírito e se amarem uns aos outros.
Será que a humanidade compreendeu sua mensagem gravada com o seu próprio sangue nas areias da Galiléia?

ESTEJAMOS EM PAZ

Queres a paz? Prepara-te para a guerra, diziam os antigos. Esse lema foi adotado pela maioria dos povos ditos civililzados que se julgam protegidos quando estão bem armados e prontos para revidar qualquer agressão. Ele vige até hoje, passados séculos, mas não trouxe a paz ao mundo, ao contrário, tem sido a principal causa de muitas dores e sofrimentos.
Com Jesus, o sublime mensageiro divino, a maneira de agir para se conseguir a paz ,é outra. Ele não recomenda aos seus seguidores que se deva andar armado para revidar qualquer ofensa ou agressão e
nem intimidar o próximo, em caso de violência. Muito pelo contrário, ele deve estar preparado para ama-lo
como irmão, em qualquer circunstância, não resistindo ao mal que alguém lhe possa fazer.
Para levar a paz aos seus irmãos, como nos recomenda, a primeira condição é a de que ele próprio deve ser uma pessoa pacifica, sem o que não atingirá seu objetivo. Para isso é preciso perder a capacidade de lutar, de disputas. Deve abandonar o orgulho, ódio, raiva, ciúmes e toda sorte de paixões inferiores, o que mantém a  pessoa em constante luta com ela própria.
Não deve se revoltar com situaçóes subalternas na vida, nem ser impaciente, cheio de pessimismo, ou ter medo diante de situações adversas. Deve ter plena consciência da presença divina ao seu lado, ajudando-o e amparando-o. Não deve ter ou cultivar vícios que o façam um pessoa dependente de fumo, remédios, tóxicos em geral, porque isso destrói a paz interior.
Para se ter paz é preciso ter pleno governo dos seus sentimentos, das suas emoções, sem o que torna-se dificil transmití-la aos outros. Como se pode imaginar, demorará ainda muito tempo até que vejamos na terra um clima de paz, porque os homens trazem em si uma barbaridade inata que produz esse clima de maldade

domingo, 19 de agosto de 2012

DESCIDA DOS MAGOS

O mundo progrediu de forma espantosa, não resta a menor dúvida. Só neste século foram feitas descobertas inéditas que hoje se tornaram imprescendíveis na vida diária. A luz eletrica, o avião, o trem, o telefone, rádio, a televisão, o radar, o carro, a internet e muitas outras descobertas e aperfeiçoamentos em profissoes específicas como a medicina.Chegamos a tudo issso devido a estudos e pesquisas em todas as áreas do conhnecimento humano.
E foi na pesquisa dos fenômenos magnéticos que chegou-se, por incrível que possa parecer, às respostas
de questões antigas dos filósofos e metafísicos jamais resolvidas -- tal como o destino dos homens após a morte, as do conceito do bem e do mal, o que é o homem, se os demais planetas são habitados, o livre arbítrio, nossa responsabilidade na vida. Os dados obtidos nessa pesquisa modificam a  moral e o conceito das religiões vigentes.
Como ocorreu com a doutrina pregada por Jesus, em Nazaré, sua cidade Natal, ele obteve inúmeros inimigos, que além de o chamarem de charlatão, também colocaram  obstáculos de todas as formas para que sua doutrina não vingasse.
Estamos falando do professor Rivail,  mais conhecido como Allan Kardec, e da doutrina dos espíritos. A primeira pedra lançada por seus adversários era de se tratar de coisa sobrenatural, ou maravilhosa sem qualquer necessidade dos homens se ocuparem disso. Na verdade, sua doutrina se firma,  sem excessão alguma, nas leis gerais da natureza, como a reencarnação, a presença dos espíritos ao nosso redor, em uma
outra dimensão, vendo e ouvindo o que fazemos e falamos.
O porque dos nossos sofrimentos, de onde viemos, para onde vamos, quais as consequências dos nossos atos, o que nenhuma filosofia respondeu. Demonstrando e provando a existência da alma e da sua imortalidade, o espiritismo reaviva a nossa fé no futuro e ergue o ânimo dos abatidos e faz a todos suportar os males da vida com resignacão. Nos tornamos solidários e caridosos com todo mundo.
Estudar a doutrina espírita é acompanhar o progresso que se faz em todos os cantos do planeta e não ficar remoendo coisas do passado, como acreditar na existência do céu e do inferno e a conquista da felicidade a custa de orações -- e crer em milagres.
A doutrina de Kardec é bem mais lógica, é o desenvolver de idéias próprias, reformar-se moralmente,
libertando-se das amarras da ignorância, que nos mantêm em atitude de combate por coisas  transitórias. O que preferem: uma doutrina que explica tudo ou uma que nada explica e deixa tudo como mistérios
de Deus?

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

JERUSALÉM FUTURA


No Apocalipse de João, na parte final, após dizer do extermínio das nações pagãs e o seu julgamento, ele assinala que: 


"O mar devolveu os mortos que nele jaziam, 
a Morte e o Hades entregaram os mortos que neles estavam,
 e cada um  foi julgado conforme sua conduta. 
A Morte e o Hades foram então lançados no lago de fogo. 
Esta é a segunda morte: o lago de fogo. 
E quem não se achava inscrito no livro da vida 
foi também lançado no lago de fogo"

Isso representa a vitória final da terrível luta do bem contra o mal que toda a sua revelação detalha em vários capítulos, difíceis de serem compreendidos, é verdade, e em seguida surge das trevas milenares, a Jerusalém Celeste que ele descreve na sua linguagem profética.
Com o exterminio das nacões ele quer dizer que, finalmente, um dia, o homem abandonará o materialismo  e compreenderá a reencarnação, quando menciona que tanto o mar como o inferno, onde os homens enterram os seus irmãos, os devolverão para serem julgados conforme a conduta que cada um teve.
João destaca, porém, que os répobros, os que insistiram em não participar da vida em abundância, serão lançados no lago de fogo. É bom explicar bem esse ponto, porque ninguém será excluído do banquete divino.
O que ocorrerá é que eles não terão mais lugar na terra e serão levados a outro planeta -- o qual já se aproxima --, tão ou mais atrasado que a terra, para continuar a  marcha evolutiva, sem perturbar os bons. 
João fala a seguir da Jerusalém Celeste como "um novo céu e um nova terra" e numa linguagem bem poética compara a uma esposa que se enfeitou para o marido. Ele procurou naturalmente traduzir a emoção  maravilhosa sentida na união espiritual do ser com o seu Criador, esperada  por milênios infindos.
A terra será a Casa de Deus e Ele a habitará e entre seu povo nunca mais haverá tristeza nem morte. Sim! As coisas antigas se foram!
Claro que, vencido o materialismo e vivendo na era do espírito, uma nova mentalidade -- agora Cristã --, levará a uma compreensão melhor as leis que regem a vida, enterrando os atuais conceitos que dirigem a conduta dos homens. Assim, a vida na terra será outra.
A justiça substituirá a força e tudo o que de terrivel  ela constrói. O senso de fraternidade, ao invés do egoísmo,  enxugará os rios de dor e de lágrimas, que ele produz. O medo cederá lugar à alegria e a natureza não mais será destruída. 
Não haverá mais crimes no mundo, mas clarinadas do amor em todas as relações entre os homens, que mataram o mal que os cegava e os inibia de ver a Glória de Deus e as maravilhas de sua criação. Isso sucederá no decorrer do próximo milênio.
Às portas de começar esse período, dentro desta nave espacial na qual viajamos, poderíamos plagiar  Camões dizendo:
                  "Depois de procelosa tempestade
                  noturna sombra e sibilante vento,
                  traz o amanhã serena claridade,
                  esperança de porto e salvamento".


quarta-feira, 11 de julho de 2012

JUSTIÇA



Na esteira dos tempos, quantas e quantas pessoas, aflitas, cheias de desespero e dor, não clamaram aos céus contra a insânia e violência de bandidos e marginais que brutalizaram, violentaram e mataram parentes e amigos queridos. 

O inesperado do ato, a subtração da presença física daqueles que amavam, leva ao natural desabafo: "quero justiça... Esse bandido deve ficar na cadeia o resto da vida", grita a maioria revoltada contra a ação de facínoras que lhes trouxeram  dor e desespero. 
Porém, diante das leis divinas o que pedem, na verdade, é vingança, retaliação. Diziam os antigos que "não há efeito sem causa" e isso explica, de forma lógica a nossa razão, como espíritas, que a cada instante de nossa vida estamos colhendo o que plantamos no passado e construindo o nosso amanhã. 
Dores e sofrimentos nasceram ontem, não são de causa atual, como se poderia imaginar à primeira vista, sem exame. O carinho, a amizade, o amor cultivados pelas pessoas durante algum tempo é um patrimônio valioso e torna-se difícil a ruptura sem qualquer motivo compreensível e justo, mais ainda quando a ela foi executada por pessoas desqualificadas, de modo insano e cruel, como é caso assassinatos por bandidos. 
Todavia pessoas ainda espiritualmente atrasadas, somos incapazes de ver nesses fatos dolorosos um movimento de forças invisíveis, cujo inicio deu-se em tempos precedentes o qual acreditamos nem tenha existido. 
Mas não existe acaso no universo, nas leis imutáveis a cujo cumprimento é impossível furtar-se. Nelas, toda ação gera uma reação. No seu esforço ascensional rumo às esferas celestes, na longa marcha de suas sucessivas existências terrestres, vão os espíritos, com os seus atos, movimentando forças. 
Fatos surgem, às vezes, inesperadamente, uns bons, outros ruins, mas foram gerados em tempo passado. O que a pessoa faz, de forma individual ou coletiva, por um mecanismo lógico de justiça, recebe de volta. Não há o que reclamar. Semeou, colherá, como consta no Evangelho.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

AS PALAVRAS

                                                                           
Tudo o que fizerdes, na palavra e na ação, fazei-o em nome de Jesus.
Tiago

A palavra é um dom divino, por meio do qual as pessos se comunicam e se entendem, trocando idéias, conhecimentos. Isso promove o progresso material e espiritual dos homens. Poderíamos dizer que é um código que foi adotado por várias raças e regiões da terra, a partir do aparecimento do homem.
É ensinando assim que a criança começa  crescer e pode comunicar-se com os seus pais e dizer o que quer: se sente frio, fome, calor etc. 
As palavras firmam o idioma que, todavia, não é de caráter mundial, mas regional -- e aí estão as dificuldades de as pessoas que vivem em regiões diferentes se entenderem. Isso sempre ocorreu. Já existe projeto de idioma internaciona neutro, para uso em viagens, congressos, e turimo.
Alguns idiomas são mais aperfeiçoados de que outros, por possuirem mais recursos para explicar melhor o pensamento dos indivíduos. Outros são pobres e uma palavra, muitas vezes, pode ter vários significados e não expressar exatamente o que se quer dizer. 
O uso da  palavra denota o grau de aperfeiçoamento de quem fala. O linguajar de um aldeão difere do usado por um citadino e também mostra o grau e civilização da pessoa, quando fala obedecendo as regras gramaticais ou usando palavras chulas ou gíria. 
A palavra pode ainda refletir o estado emocional das pessoas e seus interesses.
As pessoas comuns,  na vida diária, comentam as atividades das outras, sem  qualquer benefício e criam problemas, numa estúpida perda de tempo. E uma multidão de pessoas fica a comentar os eventos politicos, os resultados esportivos, falam sobre cinema, carros e umas infinidade de coisas sem valor prático, que possa gerar bem estar dos outros. 
Os sábios, os professores, cientistas, jornalistas são folrmadores de opinião, quando falam de suas idéias.
A palavra é um dom precioso, mas nem todos respeitam e dão o devido valor a ela, enganando-se mutuamente. Devemos ser fiéis a ela e agir conforme a recomendaçao do Apóstolo Tiago.  
Napoleão Bonaparte falava com veemencia e sua eloquência induziu o povo a uma guerra que matou milhares de pessoas. Usou mal esse dom divino. 
Da mesma forma agiu Hitler. Com palavras inflamadas convençeu seu povo que eram de raça superior, invencíveis. Com essa ideia matou seis milhões de judeus, além de promover um guerra com  todos os demais povos da europa. Mestre Jesus, ao contrário, falou do amor que deve unir a todos como irmãos. Ensinou que devemos ter paciência e confiança nos desígnios de Deus e trouxe paz e alegria a um povo repleto de angústias. 

quarta-feira, 4 de julho de 2012

CONSTANTINO


Na época do imperador Constantino a religião oficial de Roma era o culto de adoração do Sol Invictus, ou do Sol Invencível, do qual ele era o Sumo Sacerdote. 
Infelizmente para ele, Roma estava passando por uma revolução religiosa, cada vez mais intensa. Três séculos depois da crucificação de Cristo, seus seguidores haviam se multiplicado bastante. Os Cristaõs e os pagãos começaram a lutar entre si e o conflito chegou a proporções tais que ameaçou dividir Roma ao meio. Constantino viu que precisava tomar uma atitude. 
No ano 325 ele resolveu unificar Roma sob uma nova religião. Enxergou a ascensão do Cristianismo e apostou nele. Os historiadores se admiram da eficiência demonstrada por ele ao converter os pagãos adoradores do Sol em Cristãos. Fundindo símbolos, datas, rituais pagãos com a tradição cristã em ascensão, ele gerou uma espécie de religião híbrida, aceitável por ambas as partes. Os vestígios da religião pagã são inegáveis. Os discos solares egípcios tornaram-se as auréolas dos santos católicos. Os pictogramas de Ísis dando o seio ao seu filho Horus, milagrosamente concebido, tornaram-se a base para as modernas imagens da Virgem Maria com o menino Jesus no colo. E praticamente todos os demais elementos do ritual católico - a mitra, a doxologia, a comunhão e o ato de comer Deus - por assim dizer -  foram diretamente copiados das religiões pagãs antigas. Nada é original no Cristiamismo. O Deus pré-cristão - Mitras, chamado de filho do sol e a luz do mundo - nasceu no dia 25 de dezembro. Morreu e foi enterrado em um sepulcro de pedra e depois ressucitou em 3 dias. Aliás, o dis 25 de dezembro é  tambem o dia de celebrar  Osíris, Adonis e Dionisio. O recém-nascido Krishna recebeu ouro, incenso e mirra. Até mesmo o dia santo semanal dos Cristãos foi roubado dos pagãos. Antigamente a cristandade celebrava o sabá judeu no sabado, mas Constantino mudou isso para o dia que os pãgaos veneram o Sol. Por isso o domigo é chamado Sun Day. Durante a fusão das religiões pagãs, Constantino precisou reforços e para isso promoveu a famosa reunião ecumênica conhecida como o Concílio de Nicéia. Nela, muitos aspectos do Cristiamismo foram debatidos: a data da Páscoa, o papel dos bispos, a administraçao de sacramentos, além da divindade de Jesus, pois até aquele dia Jesus era visto como um simples mortal. Para lançar as bases fundamentais para a unificação do império e poder do Vaticano ele sufocou a mensagem humana de Jesus, envolvendo-o com um manto de divindade.Tomou ele tambem uma iniciativa ousada: mandou fazer uma Biblia nova em folha. Omitiu o Evangelho que falava do aspecto humano do Cristo. Os evangelhos anteriores foram considerados heréticos, reunidos e queimados. A partir daí os Cristãos só poderiam se redimir através da Igreja Católica Romana.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

OS LAVRADORES MAUS



Os três evangelistas relatam a linda parábola de Jesus sobre um proprietario que, precisando viajar para o estrangeiro, arrendou sua vinha a terceiros, a qual  tinha um lugar destinado a espremer e reduzir a fruta, uma torre de segurança e era toda cercada.
É uma prática natural dos proprietários rurais arrendar terras a terceiros, fazendo um acordo  pelo qual o arrendatário paga uma parte dos lucros obtidos ao dono da propriedade.
Neste caso, quando o proprietário mandou seus servos receberem o que lhe era devido, os arrendatários apedrejaram um, espancaram outro e o terceiro eles mataram. 
O proprietário enviou outros servos, porém em maior número, os quais foram tratados da mesma forma. Por fim, mandou o seu filho, imaginando que o respeitariam.
Os vinhateiros, porém, ao ver o filho, confabularam  e concluíram: "Este é o herdeiro. Matemo-lo e apoderemo-nos da herança". Agarrando-o levaram-no para fora da vinha onde o mataram.
Depois de contar esta parábola, Jesus indagou o que iria acontecer com os vinhateiros quando o proprietário viesse. Certamente destruirá esses infames e arrendará a vinha a outros, responderam. Disse-lhes então Jesus: Nunca leste nas escrituras que a pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular pelo Senhor foi feito isso e é maravilhoso. Por isso vos afirmo, disse Jesus aos que ouviam, que o Reino de Deus lhes será tirado e confiado a um povo que produza os seus frutos.
Os judeus foram de fato os primeiros a praticar o monoteísmo e talvez pelo fato de Moisés ter recebido diretamente de Jeová, no Monte Sinai, a tábua de suas leis, os judeus de então, se consideravam o povo eleito.
Acreditavam também que conquistariam a supremacia sobre os demais povos porque Jeová teria dito a Abraão que os seus descendentes seriam tão numerosos como as estrelas do céu. Devido ao atraso moral do povo daquela época, eles somente obedeciam. A bondade e o amor não tinham lugar em seu seu coração. Povos tão crentes que sonhavam que Jeová viria com seu exército celeste e os livraria do jugo Romano. Jesus previu a queda do Templo de Jerusalem, o que de fato ocorreu no ano 53.
Assim, os antigos profetas que os alertaram sobre a necessidade do cumprimento da Lei foram maltratados, alguns feridos e outros mortos, como é o caso de Jesus de Nazaré. O trabalho de educação moral dos povos ficou a cargo dos Cristãos, que representam a doutrina de Jesus. 
Esta parábola serve de alerta aos que se dizem cristãos e ficam parados no tempo, sem  fazer a reforma íntima. Os espíritos superiores pediram a Kardec que colocasse no cabeçalho do Livro dos espíritos um ramo de videira. "Este é o emblema do trabalho Cristão. Pode representar o corpo e o espírito que se encontram reunidos. O corpo é ramo, o espirito a seiva; a alma - ou o espírito ligado à matéria é a baga. O homem quintescencia o espírito pelo trabalho e  tu sabes que não é senão pelo trabalho do corpo que o espírito adquire conhecimento." Finalizam dizendo: "O orgulho e a ambição serão sempre uma barreira entre o homem e Deus; são um véu lançado sobre a claridade celeste e Deus não pode servir-se do cego para fazer-nos compreender a luz."

quinta-feira, 24 de maio de 2012

FILIAÇÃO E PARENTESCO


Pelo fato de acreditarem que a morte termina com tudo, um grande número de pessoas não se preocupa em desenvolver as virtudes proclamadas pelas religiões e passsam a vida prejudicando os seus semelhantes, cometendo crimes. Uns revelados e julgados pela lei dos homens, mas muitos ocultos, que parecem ficar impunes. Por outro lado, diante do inevitável, os familiares sem educação religiosa se desesperam e choram pelo falecido, pois eles não sabem o que acontecerá com sua morte. 
A doutrina dos espiritos porém é esclarecedora e afirma que a verdadeira vida é a espiritual e que somos imortais. O nosso progresso individual ocorre nas sucessivas encarnações na terra, pelas quais consertamos em uma o que fizemos de errado na anterior. Os crimes jamais ficarão impunes. O culpado por qualquer infração às leis divinas deve resgatá-la, solucionando também os problemas familiares. 
As religiões nos dizem, e a razão confirma, que morrendo devemos prestar contas Àquele que nos deu a vida. A terra, atualmente, pode ser considerada como um educandário ou hospital, tanto são os doentes e os necessitados de educação. 
Kardec, nosso mestre e codificador da doutrina, para fazer esse trabalho ouviu milhares de espíritos de todas as categorias e, inspirado pelo espirito da Verdade prometido por Jesus, nos cita uma lei divina -- a das Causas e Efeitos -- que grava todos os nosso atos e por isso sempre colheremos o que plantamos. 
Se nos unimos na vida pelos laços de amizade ou de ódio a determinadas pessoas ou famílias, eles não se extinguirão com a nossa morte, pois laços divinos nos prendem a eles e só se soltam quando, por evolução, passamos a amá-los como irmãos.
A familia na terra é o cadinho onde se forja a nossa evolução, porque nela aprendemos a amar, ser fiel, ter paciencia, compreender, perdoar, ter bom ânimo, saber ajudar, ser humilde e solildario com  os outros. Desrespeitando essas regras seremos atingidos pela lei de causa e efeito como explica Emmanuel, guia de Francisco Candido Xavier. Vejam:  
"A filha detida: nos desregramentos do coração é a jovem que, noutro tempo, induzimos ao desequililbrio e a crueldade;
O marido ingrato e desleal é o mesmo esposo do pretérito que precipitamos na deserção co m os proprios exemplos menos fellizes;
A companheira desorientada que nos amarga o sentimento é a mulher que desprezamos em outra época, obrigando-a a resvalar no poço da loucura;
Os pais despóticos de hoje são aqueles fihos do passsado em cuja mente inoculamos o egoísmo e a intolerância; 
O filho rebelde e vicioso é o irmão que arrojamos, um dia, no caminho da intemperança e delinquência." 
Por isso, em cada elo de simpatia ou cada sombra de desafeto que surpreendemos, na família ou na atividade profissional, são forças do passado a nos pedirem mais amplas afirmações de trabalho na vitória do bem. Diante dos parentes e dos companheiros de jornada, consagre-se a felicidade de todos e façamos o melhor ao nosso alcance em benefício de todos. Diante da presença de alguém que nos é penoso ou difícil, anulemos os impulsos negativos que nos surjam na alma e convertamos nossas relações com esse alguém na semeadura de paz e de luz.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

TERCEIRA REVELAÇÃO


O Livro dos Espíritos, codificado por Alan Kardec pode ser considerado a terceira revelação. A primeira, como sabemos, foi a de Moisés que incutiu no povo a idéia de um Deus único, por ele denominado Jeová, do qual diz ter recebido, no Monte Sinai, os 10 mandamentos. 
A segunda foi a de Jesus de Nazaré que nos ensinou a amar o nosso próximo como a nós mesmos e exemplificou, durante toda a sua vida, como respeitar os mandamentos divinos. Foi crucificado por isso.
Revelar significa fazer ver o que parecia oculto; é ensinar, apresentar os fatos de modo que se possa  entendê-los. O professor, os cientistas, os  missionários, como Jesus, todos são reveladores porque sobre algo que não se compreende eles ensinam a entender. 
O nosso mundo  está dividido em duas forças: a dos espiritualistas, que acreditam na ordenação do universo por um único criador, ou Deus; e a os materialistas que não acreditam Nele e acham que tudo pode ser explicado pela ação da matéria e do acaso. 
Nem todos os reveladores dos segredos da vida são materialistas e grande parte deles vive como se fossem espiritualistas, pelo valor que dão às coisas do mundo. À medida em que o tempo passa, novas revelações vão surgindo, devido a curiosidade e o esforço das pessoas. O Livro dos Espíritos veio ao seu tempo nos revelar o mundo espiritual e demonstrar o que ocorre após a morte. É uma bem vinda revelação que os espíritos do Senhor trouxeram aos homens. Da mesma maneira adotada pelos cientistas, que nada afirmam sem comprovação, Kardec usou o método experimental quando foi elaborado o Livro dos Espíritos e as demais obras da Codificação, mesmo porque os ensinamentos nele contidos foram dados por um sem número de entidades.
Não é, portanto, um livro da fé uma única pessoa, mas ensinamentos da generalidade dos espíritos que foram ouvidos por Kardec e que, quando vivos, representavam a elite da sociedade; eram cientistas, médicos, professores, religiosos de todas as épocas. 
Como nem tudo se explica pela matéria, os fatos incompreensíveis pela inteligência humana eram denominados milagres e deram origem a quase todas as religiões. 
Agora, pelo que ensina a doutrina dos espíritos, os ditos milagres, que seriam a derrogação das leis conhecidas, são claramente explicados. É como se um valioso segredo fosse finalmente revelado  para toda a humanidade.
Voltando o nosso olhar ao longo do tempo passado constatamos o enorme desenvolvimento da espécie humana. 
Nas eras afastadas o homem acreditava estar numa plataforma, da qual não deveria sair, porque poderia cair na parte inferior, o inferno. Os astros eram luzes colocadas no céu. E como não viam a evaporação dos líquidos que formam a nuvens achavam que era Deus quem mandava a chuva. Viam o sol nascer de um lado e se por de outro, achava que ele rodava em torno da terra. Pode-se imaginar quantos medos a ignorância criou. 
Mas a curiosidade, o esforço, o trabalho e as revelações modificaram a mente humana. 
Tudo sofreu enormes transformações e a doutrina veio para mostrar ao homem numa terceira revelação, que a vida continua após a morte e a paz deverá reinar na terra.

domingo, 22 de abril de 2012

TERAPIA DO AMOR

"Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai pelos outros para que sareis."  
Tiago

Desde o início do movimento cristão uma das formas que os seguidores de Jesus julgaram conveniente para conseguir o fortalecimento individual na prática das virtudes era o de, ao se reunirem, confessarem publicamente seus defeitos e, ao mesmo tempo, orar em conjunto para que sobre eles descesse o espírito santo e os ajudasse nesse propósito.
Essa prática com o decorrer do tempo sofreu alteração no sentido de que essa confissão não fosse mais pública, mas feita ao padre ou o responsável pela igreja o qual com sua bondade e sabedoria ajudaria o pecador a se emendar, dando-lhe conselhos sadios e, as vezes, penitências para ajudá-lo a livrar-se do mal. Ainda hoje é pratica comum na igreja católica romana.
Decorridos quase dois milênios da recomendação de Tiago, a medicina, principalmente  a psiquiatria, usa o método acima descrito, agora de denominado terapia de grupo, onde as pessoas, ao se reunirem no consultório médico, declaram publicamente os seus problemas íntimos, guardados zelosamente nos recessos da alma, exteriorizando  assim, tudo aquilo que as maltrata.
Em seguida, o médico ouve a opinião de cada um  dos participantes e faz assim de público o exame do problema que atormenta a pessoa. Após algumas sessões o paciente se diz curado das perturbações que o atormentavam.
Na realidade isso ocorre porque a maioria das doenças promana da profundidade do ser e alterando este seu mundo mental e afetivo, a cura se reflete no organismo físico.  A solução do problema está, assim, no amor, no extermínio daqueles conflitos íntimos que magoam a criatura. Confessar é extravasar o caudal de fel que maltrata o corpo, desequililbrando-o e abrir o coração para que as claridades do amor nele penetrem.
Orar pelos outros é dividir os problemas somando energias para a liberdade do espírito preso de incertezas e dúvidas, que se refletem no cosmo orgânico através de doenças.
O cristão, se deseja realmente a cura, deve por em prática a recomendação do apóstolo, lutando contra os seus defeitos e orando por aqueles que, como ele, estão presos nas malhas do erro e da dor.
A melhor terapia para todos os males será sempre o AMOR                                                                                                                                                    

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

NOSSAS DORES


Que profundas  transformações psicológicas trazem ao indivíduo os longos períodos de enfermidade em que ficou acamado, em casa ou em leito hospitalar, às vezes à beira do óbito que o rondava?
Só Deus sabe, mas de qualquer forma, nessa situação, dependendo do caráter do indivíduo, o sofrimento trouxe o abatimento do orgulho, o florescimento da esperança, do amor aos seus, a observação da fragilidade da existência  humana. Em muitos casos, esse estado, próximo à morte evitou erros e injustiças e gerou profundo amor à vida.
O sofrimento é e sempre será um ótimo remédio para a reforma individual, sem sombra de dúvida, mas não somente as dores físicas encaminham para a renovação; a perda de vantagens financeiras no trâmite da vida, com as quais o indivíduo se habituara, leva-o a novos esforços no  campo profissional, livrando-o de vícios comprometedores e das aventuras impróprias às quais a folga financeira conduz as pessoas menos avisadas.
O sofrimento nos salva, muitas vezes, de desentendimentos familiares cujas soluções futuras serão difíceis. Em todos os casos, leva o indivíduo a pensar em Deus e a voltar-se à religião, que o constrange a tratar do aprimoramento do caráter e traz a união na luta comum para a reconquista de bens perdidos. De tal maneira a perda de recursos materiais livra os indivíduos da avareza -- medonha deformação do caráter -- que o peso do ouro em demasia ocasiona pelo medo da sua falta.
Ademais, as inúmeras preocupações diárias necessárias para manter riquezas provoca medos de assalto que em, muitos casos, se transformam em verdeireras fobias e conduzem ao enclausuramento  das pessoas. Livre disso, a mente torna-se mais arejada e receptiva às renovações.
Também o sofrimento pela perda comum de afetos que ocorrem  ao longo da existência faz com que as pessoas mudem seu modo de ver a vida, torando-as melhores mais compreenssivas, mais ponderadas e amorosas.
Por isso, não devemos ver nas provacões que a existência nos proporciona tão somente a dor presente -- que  nos calcina, maltrata e humilha --, mas é preciso atentar também para os resultados positivos que trarão no futuro em nosso caráter. Não confiemos, nunca, na aparências, mas tenhamos absoluta certeza que tudo que nos sucede traz o dedo de Deus para aprimorar nossas experiências, tendo em vista  o glorioso futuro que nos prepara. Devemos agradecer, pois, por tudo que nos acontece, a Deus, supremo mantenedor da vida. Afinal o que vale não é o que nós queremos, que bem pode nos causar mal, mas o que Deus nos reserva, porque é isso que merecemos sempre e só nos trará o bem.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

AS FERAS E O CIRCO



Naturalmente não são os inimigos exteriores os que mais maltratam as pessoas durante a sua existência, mas os interiores os que mais as prejudicam e torturam, dia e noite.
Inimigos invisíveis, criaturas fantásticas como o medo, a ansiedade e a angustia, a ambição e a avareza, o egoísmo e a luxuria, reduzem o ser humano a um molambo de gente, incapazes de desfrutar diariamente o sol acariciante de uma vida alegre e despreocupada.
Quantos trabalhos e canseiras esses monstros invisíveis obrigam o seu portador a suportar. Depois de instalados no mais recôndito das mentes infantilizadas, só a custo abandonam o indivíduo, que não percebe que é dócil instrumento nos tentáculos desses monstros daninhos. Como uma tênia minam e destroem o cérebro, obscurecendo-o às claridades do bom senso, da razão e do equilíbrio.
Só a renovação do ambiente, com estímulos novos, poderá possibilitar a entrada de luz nos sombrios escaninhos da uma mentalidade doentia, cheia de medos e de angustias e toda especie de fobias que criam para alimentar essas feras.
O cérebro de muita gente parece um zoológico, tão repleto este dessas feras geradas pelo ódio, rancor, nervosismo, egoísmo e vícios de toda espécie a que se deixaram escravizar. Essas feras rugem e berram dia e noite e não dão sossego, nem paz ao seu infeliz portador.
As feras não estão mais no circo para dilacerar os Cristãos, mas na mente daqueles que, não sendo cristãos, alimentam pensamentos malignos e permitem que eles façam de suas vidas um circo infernal, ou um tenebroso pesadelo.