quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

AS FERAS E O CIRCO



Naturalmente não são os inimigos exteriores os que mais maltratam as pessoas durante a sua existência, mas os interiores os que mais as prejudicam e torturam, dia e noite.
Inimigos invisíveis, criaturas fantásticas como o medo, a ansiedade e a angustia, a ambição e a avareza, o egoísmo e a luxuria, reduzem o ser humano a um molambo de gente, incapazes de desfrutar diariamente o sol acariciante de uma vida alegre e despreocupada.
Quantos trabalhos e canseiras esses monstros invisíveis obrigam o seu portador a suportar. Depois de instalados no mais recôndito das mentes infantilizadas, só a custo abandonam o indivíduo, que não percebe que é dócil instrumento nos tentáculos desses monstros daninhos. Como uma tênia minam e destroem o cérebro, obscurecendo-o às claridades do bom senso, da razão e do equilíbrio.
Só a renovação do ambiente, com estímulos novos, poderá possibilitar a entrada de luz nos sombrios escaninhos da uma mentalidade doentia, cheia de medos e de angustias e toda especie de fobias que criam para alimentar essas feras.
O cérebro de muita gente parece um zoológico, tão repleto este dessas feras geradas pelo ódio, rancor, nervosismo, egoísmo e vícios de toda espécie a que se deixaram escravizar. Essas feras rugem e berram dia e noite e não dão sossego, nem paz ao seu infeliz portador.
As feras não estão mais no circo para dilacerar os Cristãos, mas na mente daqueles que, não sendo cristãos, alimentam pensamentos malignos e permitem que eles façam de suas vidas um circo infernal, ou um tenebroso pesadelo.