quinta-feira, 31 de maio de 2012

OS LAVRADORES MAUS



Os três evangelistas relatam a linda parábola de Jesus sobre um proprietario que, precisando viajar para o estrangeiro, arrendou sua vinha a terceiros, a qual  tinha um lugar destinado a espremer e reduzir a fruta, uma torre de segurança e era toda cercada.
É uma prática natural dos proprietários rurais arrendar terras a terceiros, fazendo um acordo  pelo qual o arrendatário paga uma parte dos lucros obtidos ao dono da propriedade.
Neste caso, quando o proprietário mandou seus servos receberem o que lhe era devido, os arrendatários apedrejaram um, espancaram outro e o terceiro eles mataram. 
O proprietário enviou outros servos, porém em maior número, os quais foram tratados da mesma forma. Por fim, mandou o seu filho, imaginando que o respeitariam.
Os vinhateiros, porém, ao ver o filho, confabularam  e concluíram: "Este é o herdeiro. Matemo-lo e apoderemo-nos da herança". Agarrando-o levaram-no para fora da vinha onde o mataram.
Depois de contar esta parábola, Jesus indagou o que iria acontecer com os vinhateiros quando o proprietário viesse. Certamente destruirá esses infames e arrendará a vinha a outros, responderam. Disse-lhes então Jesus: Nunca leste nas escrituras que a pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular pelo Senhor foi feito isso e é maravilhoso. Por isso vos afirmo, disse Jesus aos que ouviam, que o Reino de Deus lhes será tirado e confiado a um povo que produza os seus frutos.
Os judeus foram de fato os primeiros a praticar o monoteísmo e talvez pelo fato de Moisés ter recebido diretamente de Jeová, no Monte Sinai, a tábua de suas leis, os judeus de então, se consideravam o povo eleito.
Acreditavam também que conquistariam a supremacia sobre os demais povos porque Jeová teria dito a Abraão que os seus descendentes seriam tão numerosos como as estrelas do céu. Devido ao atraso moral do povo daquela época, eles somente obedeciam. A bondade e o amor não tinham lugar em seu seu coração. Povos tão crentes que sonhavam que Jeová viria com seu exército celeste e os livraria do jugo Romano. Jesus previu a queda do Templo de Jerusalem, o que de fato ocorreu no ano 53.
Assim, os antigos profetas que os alertaram sobre a necessidade do cumprimento da Lei foram maltratados, alguns feridos e outros mortos, como é o caso de Jesus de Nazaré. O trabalho de educação moral dos povos ficou a cargo dos Cristãos, que representam a doutrina de Jesus. 
Esta parábola serve de alerta aos que se dizem cristãos e ficam parados no tempo, sem  fazer a reforma íntima. Os espíritos superiores pediram a Kardec que colocasse no cabeçalho do Livro dos espíritos um ramo de videira. "Este é o emblema do trabalho Cristão. Pode representar o corpo e o espírito que se encontram reunidos. O corpo é ramo, o espirito a seiva; a alma - ou o espírito ligado à matéria é a baga. O homem quintescencia o espírito pelo trabalho e  tu sabes que não é senão pelo trabalho do corpo que o espírito adquire conhecimento." Finalizam dizendo: "O orgulho e a ambição serão sempre uma barreira entre o homem e Deus; são um véu lançado sobre a claridade celeste e Deus não pode servir-se do cego para fazer-nos compreender a luz."

quinta-feira, 24 de maio de 2012

FILIAÇÃO E PARENTESCO


Pelo fato de acreditarem que a morte termina com tudo, um grande número de pessoas não se preocupa em desenvolver as virtudes proclamadas pelas religiões e passsam a vida prejudicando os seus semelhantes, cometendo crimes. Uns revelados e julgados pela lei dos homens, mas muitos ocultos, que parecem ficar impunes. Por outro lado, diante do inevitável, os familiares sem educação religiosa se desesperam e choram pelo falecido, pois eles não sabem o que acontecerá com sua morte. 
A doutrina dos espiritos porém é esclarecedora e afirma que a verdadeira vida é a espiritual e que somos imortais. O nosso progresso individual ocorre nas sucessivas encarnações na terra, pelas quais consertamos em uma o que fizemos de errado na anterior. Os crimes jamais ficarão impunes. O culpado por qualquer infração às leis divinas deve resgatá-la, solucionando também os problemas familiares. 
As religiões nos dizem, e a razão confirma, que morrendo devemos prestar contas Àquele que nos deu a vida. A terra, atualmente, pode ser considerada como um educandário ou hospital, tanto são os doentes e os necessitados de educação. 
Kardec, nosso mestre e codificador da doutrina, para fazer esse trabalho ouviu milhares de espíritos de todas as categorias e, inspirado pelo espirito da Verdade prometido por Jesus, nos cita uma lei divina -- a das Causas e Efeitos -- que grava todos os nosso atos e por isso sempre colheremos o que plantamos. 
Se nos unimos na vida pelos laços de amizade ou de ódio a determinadas pessoas ou famílias, eles não se extinguirão com a nossa morte, pois laços divinos nos prendem a eles e só se soltam quando, por evolução, passamos a amá-los como irmãos.
A familia na terra é o cadinho onde se forja a nossa evolução, porque nela aprendemos a amar, ser fiel, ter paciencia, compreender, perdoar, ter bom ânimo, saber ajudar, ser humilde e solildario com  os outros. Desrespeitando essas regras seremos atingidos pela lei de causa e efeito como explica Emmanuel, guia de Francisco Candido Xavier. Vejam:  
"A filha detida: nos desregramentos do coração é a jovem que, noutro tempo, induzimos ao desequililbrio e a crueldade;
O marido ingrato e desleal é o mesmo esposo do pretérito que precipitamos na deserção co m os proprios exemplos menos fellizes;
A companheira desorientada que nos amarga o sentimento é a mulher que desprezamos em outra época, obrigando-a a resvalar no poço da loucura;
Os pais despóticos de hoje são aqueles fihos do passsado em cuja mente inoculamos o egoísmo e a intolerância; 
O filho rebelde e vicioso é o irmão que arrojamos, um dia, no caminho da intemperança e delinquência." 
Por isso, em cada elo de simpatia ou cada sombra de desafeto que surpreendemos, na família ou na atividade profissional, são forças do passado a nos pedirem mais amplas afirmações de trabalho na vitória do bem. Diante dos parentes e dos companheiros de jornada, consagre-se a felicidade de todos e façamos o melhor ao nosso alcance em benefício de todos. Diante da presença de alguém que nos é penoso ou difícil, anulemos os impulsos negativos que nos surjam na alma e convertamos nossas relações com esse alguém na semeadura de paz e de luz.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

TERCEIRA REVELAÇÃO


O Livro dos Espíritos, codificado por Alan Kardec pode ser considerado a terceira revelação. A primeira, como sabemos, foi a de Moisés que incutiu no povo a idéia de um Deus único, por ele denominado Jeová, do qual diz ter recebido, no Monte Sinai, os 10 mandamentos. 
A segunda foi a de Jesus de Nazaré que nos ensinou a amar o nosso próximo como a nós mesmos e exemplificou, durante toda a sua vida, como respeitar os mandamentos divinos. Foi crucificado por isso.
Revelar significa fazer ver o que parecia oculto; é ensinar, apresentar os fatos de modo que se possa  entendê-los. O professor, os cientistas, os  missionários, como Jesus, todos são reveladores porque sobre algo que não se compreende eles ensinam a entender. 
O nosso mundo  está dividido em duas forças: a dos espiritualistas, que acreditam na ordenação do universo por um único criador, ou Deus; e a os materialistas que não acreditam Nele e acham que tudo pode ser explicado pela ação da matéria e do acaso. 
Nem todos os reveladores dos segredos da vida são materialistas e grande parte deles vive como se fossem espiritualistas, pelo valor que dão às coisas do mundo. À medida em que o tempo passa, novas revelações vão surgindo, devido a curiosidade e o esforço das pessoas. O Livro dos Espíritos veio ao seu tempo nos revelar o mundo espiritual e demonstrar o que ocorre após a morte. É uma bem vinda revelação que os espíritos do Senhor trouxeram aos homens. Da mesma maneira adotada pelos cientistas, que nada afirmam sem comprovação, Kardec usou o método experimental quando foi elaborado o Livro dos Espíritos e as demais obras da Codificação, mesmo porque os ensinamentos nele contidos foram dados por um sem número de entidades.
Não é, portanto, um livro da fé uma única pessoa, mas ensinamentos da generalidade dos espíritos que foram ouvidos por Kardec e que, quando vivos, representavam a elite da sociedade; eram cientistas, médicos, professores, religiosos de todas as épocas. 
Como nem tudo se explica pela matéria, os fatos incompreensíveis pela inteligência humana eram denominados milagres e deram origem a quase todas as religiões. 
Agora, pelo que ensina a doutrina dos espíritos, os ditos milagres, que seriam a derrogação das leis conhecidas, são claramente explicados. É como se um valioso segredo fosse finalmente revelado  para toda a humanidade.
Voltando o nosso olhar ao longo do tempo passado constatamos o enorme desenvolvimento da espécie humana. 
Nas eras afastadas o homem acreditava estar numa plataforma, da qual não deveria sair, porque poderia cair na parte inferior, o inferno. Os astros eram luzes colocadas no céu. E como não viam a evaporação dos líquidos que formam a nuvens achavam que era Deus quem mandava a chuva. Viam o sol nascer de um lado e se por de outro, achava que ele rodava em torno da terra. Pode-se imaginar quantos medos a ignorância criou. 
Mas a curiosidade, o esforço, o trabalho e as revelações modificaram a mente humana. 
Tudo sofreu enormes transformações e a doutrina veio para mostrar ao homem numa terceira revelação, que a vida continua após a morte e a paz deverá reinar na terra.