sábado, 2 de março de 2013

A CAMINHO DA LUZ

Eladir José Granetto voltou para a sua pátria espiritual, como ele mesmo dizia, no dia 02 de março de 2013.

Provavelmente houve festa e alegria na sua chegada, carregado das luzes que amealhou nesta terra  onde passou seus 83 anos estudando e aperfeiçoando seu espírito para as novas jornadas que o esperam do Outro Lado da Vida.

Olhe por nós.

Ederson

sábado, 9 de fevereiro de 2013

O CASAMENTO


Jesus, ao falar do objetivo final das criaturas humanas, reporta-se à sua união com o ser supremo. Para esclarecer isso, numa parábola, ele usa a imagem poética de um casamento conjunto, no qual as noivas devem ir ao encontro dos noivos, naturalmente alegres e felizesElas creem que o futuro lhes trará grandes alegrias -- ideia que ate hoje prevalece.
As dez virgens foram esperar os noivos na porta da casa onde aconteceriam as bodas e traziam lamparinas, usadas na época, para que quando eles chegassem à noite elas estivessem preparadas cada uma com sua luz. Das dez, cinco eram prudentes e colocaram azeite na lamparina e as outras, as néscias, não cuidaram disso. Chegando os noivos à meia-noite somente as prudentes tinham azeite em suas lamparinas e  foram admitidas para as bodas, fechando-se a porta para as demais. Essa parábola está descrita em Mateus 25, 1 - 13
É claro que todos nós deveremos alcançar um dia o reino dos céus e gozarmos de uma felicidade eterna, mas isso nos é interdito enquanto formos ignorantes e não tivermos adquirido, no viver pelo esforço, a sabedoria indispensável à iluminação dos nossos espíritos. Enquanto formos imprudentes e esquecemos em nossas vidas, de colocarmos o azeite do conhecimento, da fé, da bondade, do amor em nossas lamparinas ou nossas mentes, para iluminar a noite da nossa morte física -- e não sabemos quando a  vida terminará -- não seremos admitidos no reino dos céus onde tudo é felicidade e alegria. 
Esse reino não é o mundo de néscios de desonestos, maldosos, sensuais, mas de pessoas sábias e bondosas -- qualidades que se adquirem com esforço e trabalho. Conquistaremos um dia, é verdade, quando estivermos em condições, por isso a recomendação de Jesus: quando a noiva é consciente, se prepara para o casamento arrumando seu enxoval e não descuidando dos mínimos detalhes para o dia das bodas que lhe dará uma condição de vida cheia de felicidade. Sabe que abandonará a família para uma vida completa e mais responsável.
O que fazem as pessoas durante a vida para que um dia quando morrerem possam habitar o reino de Deus ?
É bastante evidente que a maioria não se preocupa com isso -- e também é claro que nele não serão admitidos como as noivas néscias. Quando desejamos mudar de vida e achamos que a única maneira é mudar para um país melhor, a primeira coisa que devemos fazer é começar a estudar o idioma do país ao qual pretendemos nos transferir, devemos estudar seus hábitos e costumes e tudo o que mais com ele se relaciona para lá podemos viver condignamente e sermos felizes. 
Todavia, devendo viver na eternidade, porque a vida terrena é curta,  não procuram as pessoas durante esse breve período, amealhar os bens imortais da paciência, da fé, do saber, da alegria, da paz interior, que devem levar consigo. Procuram mesmo acumular as riquezas transitórias da vida, transformando suas existências numa busca de ilusões. 
É importante, como frisou Jesus em sua parábola, que fiquemos acordados e bem preparados para esse momento que virá um dia inexoravelmente, não nos iludindo que possamos ser admitidos num mundo melhor sem estarmos preparados para nele viver. 
A vida ainda é um vestibular para uma felicidade sem limites. Estudemos se quisermos entrar nessa faculdade divina.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

SE ANDARMOS NA LUZ

 Se andarmos na luz como ELE está na luz, 
temos comunhão uns com os outros.
João 1:7 

Jesus representa, para todos, salvação, a verdade, o caminho e a vida -- e o apóstolo João está recomendando andarmos com ele para estarmos na luz e termos então comunhão uns com os outros, ou seja, termos participação em comum em crenças e idéias e opiniões. 
Todavia, na terra onde vivemos, os princípios de Jesus encontram muita resistência devido ao egoismo inato das pessoas que querem sempre ter prevalência de seus pontos de vista, perturbando o entendimento entre elas, o que ocasiona lamentável perda de tempo. 
Não somos iguais na escala evolutiva e, justamente por esse problema, as dificuldades estão no maior ou menor grau de cultura e nas posições sociais das pessoas. Mas se bem compreendermos a doutrina de Jesus entenderemos que devemos ser complacentes com os que não nos compreendem. 
Andem, respeitando suas ideias, mesmo considerando-as erradas. Nunca devemos subjugar o nosso próximo, seja pela força de argumentos ou pelo poder da nossa momentânea posição, o que evitará muita perda de tempo. Devemos entender a sociedade em que vivemos, onde somos diferentes uns dos outros e precisamos aceitar tanto o homem probo como o bandido ou o ladrão, estes como espíritos não evoluídos ainda não e tiveram os estudos certos, que nos colocam em posição de ver melhor as coisas. 
Quando andarmos na luz não mais veremos os prostíbulos como lugar de perversão sexual, antro de vadias e proxenetas, mas veremos pessoas afastadas de Deus momentaneamente e exploradas por uma sociedade hipócrita, digna de piedade. 
Viver na luz é amar indistintamente todos os seres, auxiliando aqueles que ainda vivem nas sombras da ignorância, distanciados de Deus, na materialidade da vida que só produz dores e sofrimentos. 
Para vivermos na luz e imprescindível a prática constante da caridade sob todas as formas.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

É DANDO QUE SE RECEBE

As pessoas que não tiveram na infância educação religiosa -- por descuido ou porque os pais não acharam necessário ou mesmo por serem ateus --, deixam que os filhos resolvam por si, quando crescerem. Ao chegarem à juventude, época que surge o caminho  a seguir na vida, a maioria acompanha essa idéia absorvida de colegas de estudo, revistas etc. Procuram as profissões mais rendosas, sem apoio da fé em Deus ou um objetivo capaz de sanar os peroblemas que surgirão no futuro.
Entre aqueles que não tiveram meios de se profissionalizarem, a maioria busca as religiões que os ampara pela confiança que acabam por ter nos designios de Deus, nosso pai  e Criador. 
A vida deve ser aproveitada da melhor maneira possivel, não devemos deixá-la correr em brancas nuvens. Devemos dar ao trabalho o seu tempo e ao lazer o seu. Para o materialista só interessam o dinheiro e a posição (luxo e riqueza).
Enganam-se os que pensam assim. Não encontrarão na terra felicidade pelo que têm ou pelo que são. As pessoas ficam  ligadas e se tornam escravas do seu objeto de prazer. Não se diga que não devemos viver bem, ao contrário, a vida é algo tão maravilhoso, que deve mos vivê-la bem. Deve- extrair do presente o seu prazeer, desde que não se prejudique ninguém, sem se vincular ao conceito de que só a riquesa traz felicidade. O que damos ao próximo virá de volta um dia.
Coisa comum  nas religiões é o fato de que somos considerados imortais, espiritos eternos. Estamoms aqui de
paassagem, para aprendermmos como estudantes. Nada levaremos desta vida na volta à pátria espiritual, a não ser o que aprendemos. A recompensa é a contribuição ao bem geral.
É no coração que iremos encontrar o caminho a percorrer e ele nos trará felicidade. Devemos nos esforçar
para isso, pois foi pregado há mais de dois ml anos por Jesus de Nazaré que é dando que se recebe.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

PREGAR NO DESERTO...

Esta frase é um simbolismo e quando a proferimos estamos querendo dizer que não fomos ou seremos atendidos, seja por falta de compreensão do ouvinte ou por seu completo desinteresse sobre o que falamos. 
Poderíamos dizer, por igual propriedade, plantar no deserto, lugar árido impróprio para o plantio pois não possui no solo os ingredientes necessários, e não tem o elemento indispensável ao desenvolvimento de qualquer vegetal, a água -- mas em compensação sobeja o sol causticante que mata a planta no nascedouro. 
Ao sair do batismo da purificação, no lavatório da água, o crente, despojado das impurezas, deseja se modificar cultivando a fé, mas tropeça a cada passo. 
É acalentado por companias tradicionais, agradáveis, das quais separou-se para tentar novos caminhos, mas é sempre tentado a voltar e continuar na mesma situação. Está só e sente fome do afeto das antigas amizades. Suas idéias novas ainda não se fortaleceram e pode faltar-lhe a necessária confiança no novo caminho no mundo onde entrou. Deve orar se quiser suplantar essa fase por que precisa de ajuda. 
Jesus expôs a situação na parábola do crente que, batizado no rio Jordão, se encontra logo depois num deserto onde chega o tentador na figura do diabo. Quando sente fome é tentado abandonar a crença e resiste até vencer a todas as tentações e se firmar em Deus. Recebe a coroa de vencedor e é então onde a felicidade e a alegria o acompanham. 
Os que falham na tentativa de vencer a si mesmos são como semente que o semeador deixou cair na beira da estrada. No dizer de Jesus, nessa parábola falta-lhe a necessária fé e são mais atraídos para o transitório do que para eternidade. 
Há que se pregar o Evangelho, embora a terra seja ainda um imenso deserto, em relação às coisas do espírito. Sim, devemos pregar a bondade e o amor para que possamos descansar na sombra acolhedora da paz, que só a consciência do dever cumprido nos dá.

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

CARTA A TITO

Paulo, na carta a Tito, faz inúmeras recomendações sobre como ele deveria  agir na organização da igreja que fundara em Creta, e pela qual ele respondia. Primeiro para constituir presbíteros nas cidades , mas observar que não  fossem briguentos, beberrões, mas  bondosos  e hospitaleiros. 
Fala também dos deveres dos fiéis, que deveriam ser caridosos -- inclusive as mulheres --, e que ele particularmente deveria ser um exemplo para todos pela sua conduta íntegra na exposição da verdade, expressando-se numa linguagem digna e irrepreensível. 
A seguir, lembra dos deveres gerais dos fiéis que deveriam submeter-se às autoridades constituídas, obedientes e sempre prontos para qualquer trabalho. Não difamar ninguém mas serem delicados com todos. E recorda a Tito que "também nós erramos noutro tempo". 
A propósito de sermos delicados com todos, tratando-os com carinho e amor, Humberto de Campos narra uma passagem de Pedro bastante sugestiva. Conta ele que quando Pedro administrava a casa do caminho com outros discípulos, onde socorriam os necessitados e pobres, ele se aborrecia quando aparecia por lá antigos conhecidos que não tinham vida sadia, eles eram beberrões, briguentos, vadios, ladrões, mulheres de vida fácil e toda espécie de criaturas alheias à religião. Então apontava seus defeitos diante de todos e os menosprezava de maneira rude, humilhando-os por causa dos seus defeitos morais. 
Certa ocasião, após o contínuo trabalho do dia, sentou-se numa cadeira e cobriu o rosto com as mãos para meditar, e assim estava quando alguem chamou-o e ele disse bruscamente sem se mover, que o expediente estava encerrado e nada podia fazer. Ele notou que a pessoa se adiantara e ele viu seus pés que continham marcas de suplício. Tirando as mãos do rosto e levantando a cabeça ele divisou o Mestre Jesus à sua frente. Ele admirou-se e, levantando, disse da sua alegria em vê-lo, e perguntou no que poderia ser útil. 
O mestre disse  que desejava que ele tratasse todas as pessoas que o procurassem com carinho e amor, esquecendo o passado de cada uma, e vendo nelas um irmão necessitado de carinho e amor. 
O que Paulo recomendou é justamente isso: que devemos tratar a todos com amor e carinho, estar sempre dispostos a ajudá-los, sempre que for preciso. Emmanuel por sua vez, comenta esse trecho da carta de Paulo fazendo comparações bem apropriadas como a do martelo que colabora na feitura da estatua mas não deve bater no mármore indiscriminadamente. O remédio amargo que cura mas reclama da dosagem certa.Não devemos ter ações imprensadas; na terra somos milhões de espíritos imperfeitos. Se desejamos ajudá-los não podemos ser intolerantes, mas devemos nos cobrir da imensa dose de paciência e entendimento. 
Jamais atingiremos nosso objetivo apontando os defeitos do nosso próximo e pondo o dedo em chagas não curadas ao todo. Nós mesmos passamos pelos circuitos indesejáveis. Se nos encontramos com o desejo de ajuda ao próximo não sejamos promotores mas sim subamos na tribuna do sacrifício como advogados dos nossos irmãos falidos, pois eles querem como nós, alguem que os ajude.

O PERISPÍRITO

Muitas pessoas não conseguem imaginar a vida após a morte, e os que crêem na existência do espírito ou da alma não sabem como seriam, imaginando-se, como algo transparente, vaporoso, uma espécie de fumaça ou algo parecido. 
A doutrina dos espíritos veio esclarecer o assunto, mostrando como nós devemos imaginar o espírito.
O corpo físico na verdade é uma organização provisória que serve de instrumento para manifestacao do espirito imortal fazer sua marcha progressiva em busca do seu criador. 
O perispírito é o corpo definitivo do espírito, cuja existência não pode ser calculada por nós ainda. Por milhões de séculos de contínuas transformações que o espírito sofreu passando pelos reinos da natureza até chegar no estado atual de humano, ser racional e dotado de livre arbítrio.
Pode-se imaginar a imensa complexidade de todos os seus órgãos que, como se disse, pré-existe ao nascimento do corpo físico ou transitório. Para entendê-lo devemos considerar que o universo todo se encontra interpenetrado de uma energia que se adensa por todo o orbe na forma de substância astral. O sol, os planetas, os asteróides todos possuem um fluido astral que os envolve. É precisamente essa energia que o perispírito absorve tornando-o vibratório, dinâmico e quanto mais evoluído o espírito mais perfeito ele é. Assim, os órgãos do corpo físico nada mais são do que cópias ou modelos da matriz existente na substância etéreo astral e dele se constitui a perfeita fisiologia do corpo.
Como ele é extremamente sensível os desregramentos mentais tais como a cólera, a ira, a violência, o ódio, produz nele lesões que vazam para a constituição física em forma de doenças. Essa a razão pela qual devemos nos preocupar com a saúde mental, tornando-nos amáveis, gentis, bondosos, pacíficos, como recomendam todas as religiões. 
Isso nos esclarece também o fundo místico do sermão do monte, pregado por Jesus, quando diz "O reino dos céus será dos mansos, pobres de espírito, caridosos, aflitos dos misericordiosos, dos puros de coraçao, dos que promovem a paz e dos perseguidos".