quinta-feira, 23 de setembro de 2010

A PÉROLA PRECIOSA


A real finalidade da doutrina dos espíritos é de fazer reviver o Cristianismo em toda a sua pureza, por isso estamos sempre recordando as parábolas do Mestre, procurando entendê-las. Hoje vamos estudar a da "perola preciosa", recontada no Evangelho por Matheus 13, que diz:


"O reino dos ceus é semelhante a um negociante que procurava pérolas preciosas; descobriu uma de grande valor. Foi vendeu tudo o que possuia e a comprou"


O que Jesus quiz dizer com essa comparação? Vamos ver se dá para entender. Todos nós sabemos que as pérolas aparecem dentro das ostras devido a um grãozinho de areia que penetra no molusco e o fere e lá se desenvolve. Quando retiramos a ostra das profundezas marinhas e a abrimos, lá está a pérola. Devido as suas peculiaridades de formação, ela reflete de maneira maravilhosa à luz solar em diversas tonalidades. E por ser rara é caríssima.

Conosco sucede algo semelhante. Criados simples e igorantes vivemos na materialidade, mas temos dentro de nós um espirito imortal que paulatinamente vai se aprimorando e quando bem desenvolvido mostra todo o seu esplendor e retira-se da terra para viver noutro espaço.

Para que isso aconteça mergulhamos na carne inúmeras vezes, onde sofremos as naturais dificuldades da vida material, que servem como livros para aprendermos e nos aprimorar. Quando visualizamos a existência de um mundo melhor, de belezas indíscritiveies a esperar por nós, abandonamos tudo que é material e procuramos o caminhho que nos leve a ele. É nesse estágio que começamos a refletir a luz divina em todas as suas nuances: amor, inteligência, bondade, paz interior. Largamos todo o nosso bem estar para conseguir adquirir esse estado de espírito, que Jesus nos indicou através dos seus ensinos.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

REFEIÇAO COM JUDEUS


É citado no capítulo 14/27 do Evangelho de Lucas, o fato de Jesus ter ido, num sábado, tomar sua refeição na casa de um judeu, a convite dele. Entre eles havia um hidrópico. É evidente que queriam é que Jesus lhes explicasse sua doutrina. Então Jesus perguntou aos judeus que lá estavam se era lícito ou não curar num sábado. Diante da mudez deles (pois sabiam que a lei de Moisés proibia) Jesus curou o hidrópico e, voltando-se para os judeu perguntou: "qual de vós, se o filho ou o boi cair num poço, não o retira imediatamente?". Eles nada puderam replicar.
Nessa mesma ocasião, ao notar que todos procuravam os primeiros lugares na mesa, Jesus, ensinando-lhes, disse: "quando alguém te convidar para uma festa de casamento, não te coloque no primeiro lugar, pois pode acontecer de alguém mais digno que você ter sido convidado e você seja obrigado a lhe ceder o lugar. Envergonhado irás para o último lugar. Por isso, ocupa o último lugar de modo que ao chegar aquele que te convidou te diga: amigo, vem mais para cima. Isso será para ti uma glória em presença de todos os convivas, pois todo aquele que se exalte será humilhado e quem se humilha será exaltado."
Jesus ensinou com essa parábola, que para comparecer na festa divina, era indispensável o abandono do orgulho (do qual os judeus não se apartavam) e ser mais humilde perante a divindade eterna.
Em seguida, dirigindo-se ao que lhe convidou para o almoço recomendou: "ao dares um almoço ou um jantar, não convides os teus amigos, nem teus irmãos, nem teus parentes, nem os vizinhos para que não te convidem por sua vez e retribuam do mesmo modo. Pelo contrário, quando deres uma festa, chama os pobres, estropiados, coxos, os cegos. Feliz serás, então, porque eles não têm como retribuir. Serás porém recompensado na ressureiçào dos mortos."
Jesus aproveitou a ocasião para contar a seguinte parábola: "Um homem estava dando um grande jantar e convidou muitos. Na hora do jantar, enviou seus servos para dizer aos convidados que tudo já estava pronto. Mas todos, unânimes, começaram a se desculpar. O primeiro disse ter comprado um terreno e precisava vê-lo. Peço desculpa. Outro disse: comprei cinco juntas de bois e vou experimentás-las. Rogo tuas escusas. Outro: casei-me e não posso ir. O servo, na volta, contou tudo ao senhor. Indignado, o senhor disse ao servo: vai depressa pelas praças e ruas da cidade e introduz aqui os pobres os estropiados, os cegos e coxos. Disse-lhe o servo: Senhor, o que mandaste já foi feito e ainda há lugar. O senhor disse então ao servo: vai pelos caminhos e trilhas e obriga as pessoas a entrarem, para que minha casa fique repleta e concluiu: Pois eu vos digo, nenhum daqueles que haviam sido convidados provará meu jantar.
Os ensinos continuaram e os judeus perceberam, apesar da forma sutíl de Jesus dizer com essa parábola que os primeiros a serem convidados para o banquete divino foram eles, que com desculpas se afastaram de Deus, mas agora Deus mandara um servo para convidar todos os crentes e ensinar a bondade e amor a todos os seus filhos.
Depois desse almoço Jesus de retirou dali e uma grande multidão o acompanhava. Ensinou a renúncia dizendo: "se alguém vem a mim e não odeia seu próprio pai e mãe, mulher e filhos,e até a sua propria vida, não pode ser meu discípulo. Quem não carrega a sua cruz e não vem após mim, não pode ser meu discípulo.
Cumpre destacar aqui que o homem é mantido vivo devido as suas paixões e posses, e progride à medida que a razão vence as paixões. No livro sagrado dos Hindus, o Bhagvad Gita é analisada essa terrível luta, na qual é mostrado que devemos matar nossos pais, mães, irmãos, amigos, ou seja, tudo o que nos prende ao mundo, os quais amamos e respeitamos. Romper os laços que nos ligam a eles é muito difícil. Jesus recomenda o amor e a renúncia, seguindo com humildade para atingir o objetivo.
Colocandfo os ensiamentos em termos práticos, Emmanuel, no livro "Fonte Viva" psicografado por Francisco Candido Xavier, esclarece que a classificação do discípulo não é verbal, mas um conjunto de deveres para conosco mesmos, tais como abrandar o temperamento, garantindo o nosso equilíbrio. Servir à comunidade da qual fazemos parte. É necessário carregar a nossa cruz com firmneza, sem revoltas ou fugas. Dever e renovação. Serviço e aprimoraento. Ação e progresso. Responsabilidade e crescimento espiritual. Aceitação dos impositivos do bem e obediência ao padrão do Senhor

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

VIR A SER


Disse um filósofo da antiquidade que a nossa vida é um contínuo vir a ser e a doutrina dos espíritos confirma isso, quando nos esclarece que fomos criados simples e ignorantes e
vamos progredindo sempre, em sucessivas encarnações pelas quais passamos aqui na terra ou em outros mundos criados por Deus.
Aliás, o grande matemático e filosofo Leibnitz já dizia, no século passado, numa tentativa de explicar a nossa existência, que somos uma partícula da divindade, uma espécie de semente com todas as suas características e que vai se desenvolvendo aos poucos, razão porque Leon
Denis teria dito que o processo se inicia no reino mineral, passa para o vegetal, depois para o animal e posteriormentte para o hominal, e finalmente espiritual.
Tão somente no reino hominal o homem tem consciência desse fato de se projetar além da
existência para atender o progresso, pois descobriu com Descates que pensando existe. O corpo material é apenas um instrumento de que se serve por determinado tempo para transitar pela vida terrena e se transformar, por força da relação com outras inteligências e da circunstâncias que a vida lhe apresenta.
Esse conhecimento, no geral, é relativo e quanto mais atrasado é o ser espiritual, mais material ele é, agindo mais pelos seus instintos de fome, sexo, subsistência, lutando para satisfazê-los. Como espírito primário é revoltado e violento, o que vai desaparecendo na medida em que evolui, usando mais os poderes latentes do espírito, como o racíocinio e a razão. Demora-se muito nessa fase.
Assim que ele tem a certeza da sua imortalidade, sobrevivendo à falência do corpo, ele
começa a se interessar para saber mais sobre sua vida após a morte, procurando decifrá-la. Torna-se religioso. A verdade sobre o plano espiritual surge aos poucos, em razão do aumento da bondade e senso justiça. A doutrina de Kardec, usando o método experimental, através de médiuns, trouxe em detalhes, como se vive nos planos superiores ou espirituais, esclarecendo todas as nuances que cerca o espírito na sua longas caminhadas, rumo ao infinito.
Infelizmente o número daqueles que crêem no espírito e sua manifestação após a morte é pequena, travada que foi pela critica dos religiosos e pela omissão dos cientistas. Não nos preocupemos pois, se a verdade é essa ela se imporá apesar de todos os entraves que surgirem no caminho.