segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

O MERGULHO

O mergulho, ou banho do batismo que se faz ao encarnar, representa a metanoia que o indivíduo se propõe a executar. O banho lava-o d0 passado e ele trabalha agora num novo caminho. Enfrentará o diabo no deserto, passará fome, comerá pedras se for preciso, como diz a parabóla, mas não voltará aos caminhos de outrora, que foram de violências, de lutas fraticidas, de descrença. Ele aprendeu que Deus é Pai amoroso e misericordioso e jamais desampara seus filhos, mesmo se forem atirados do pináculo do Templo
Mas o que faz o indivíduo chegar a esse ponto de convicção? Será que ele comeu ou bebeu alguma coisa que afetou o seu oganismo, sua mente, dando-lhe disposição nova? Ou por acaso a dor, opressiva, dilacerante, alterou seus fundamentos íntimos, predispondo-o a tudo sofrer sem reclamações, acreditando-se filho de Deus? Será algo interior ou exterior que leva a pessoa a procurar novos caminhos para conquistar seu bem estar, a felicidade?
Não acreditamos que seja produto de coisa exterior que se coma ou beba como alucinógenos ou drogas, produtos de solidão e desencanto, mas certamente é produto de maturação, de compreensão forçada pelo carisma de alguém que conseguiu fazer a pessoa entender, acender a chama interna do amor, inserida no coração humano. São palavras, são fatos vistos ou relatados que têm o condão de ativar a chama oculta no íntimo do ser.
O mergulho na outra face da nossa vida requer confiança em si mesmo, por que toda transformação requer primeiro a destruição completa do edifício em que nos assentamos, mais das vezes por longo tempo. Mas sem coragem, arrojo, determinação, nada se faz de duradouro e eterno.
Avante filhos de Deus, o futuro nos aguarda sorridente.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

SALVE MARIA !


Quase todas as mães dos grandes vultos da humanidade ficam em segundo plano na vida em relação aos seus filhos -- e isso não incomoda ninguém. Mas quando se trata da mãe de Jesus, o ser mais perfeito que passou pela terra, as pessoas ficam ávidas por saber como seria ela fisicamente, quais suas qualidades pessoais, suas virtudes e sua origem para merecer tão súbita honra.

Muito pouco se sabe a seu respeito e ninguém poderia imaginar, na ocasião, que de modesta familia hebréia nasceria o maior lider espiritual do mundo. Sabe-se que tinha a beleza pura das moças de sua raça e que foi educada para o matrimônio, como a maioria das meninas de então, no Colégio de Jerusalém. Podemos imaginar que, aliada à simplicidade que lhe era inata, fosse amorosa e profundamente devotada a Jeová.

A maternidade é sagrado seviço espiritual. Forças superiores são mobilizadas e desenvolvidos cuidados especiais para garantir o sucesso do nascimento. E como entre mães e filhos existe uma afinidade magnética, os pensamentos do ser que a mãe acolhe no seu ventre, envolvem-na totalmente. Por isso Maria, durante a gravidez, via belíssimas entidades espirituais e as elevadas vibrações do filho em gestação propiciavam-lhe sublimes emoções e alegria intraduzíveis. Ela vivia em estado de graça.

Crer, porém, que ela engravidou-se por obra do espírito santo, com o diz a lenda, é inverossímil. Deus não derrogaria suas leis perfeitas somente para que nascesse uma criança, embora ela pudesse vir a ser o salvador do mundo.

O Evangelho, ao relatar fatos da vida de Jesus, menciona ter ele tido irmãos e irmãs, nomeando-as. Diz Matheus: "porventura não é ele (referindo-se a Jesus) filho do oficial carpinteiro? Não se chama sua mãe Maria e seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? E acrescenta: "e suas irmãs, não vivem entre nós? Estas chamavam-se : Ana, Andréia e Elizabeth."

O pai, José, pelo que se sabe, era tido como um justo, ou seja, um profundo repeitador da Lei mosaica. Era viúvo quando casou-se com Maria, trazendo consigo os filhos do primeiro casamento, o que prova que ela criou, além dos próprios filhos, os enteados. Por isso é de se supor que os trabalhos diários, de arrumaçao do lar, o preparo da comida, a lavagem das roupas do marido e das crianças, a educação deles, deveria absorver quase todo o tempo de Maria.

Como, porém, em todas as pequenas cidades, afastadas do tumulto de Jerusalem, a vida era simples e pacata, sempre sobrava tempo para o entendimento fraterno entre as famílias. O primogênito de Maria devia ser alvo dos comentários das vizinhas, por se tratar de uma criança de beleza invulgar.

Não deve ter causado estranheza que, em crescendo, pelo seu saber e bondade maifestas, tornou-se divulgador das leis de Deus e, desde cedo, aglutinou em torno de si seguidores, devido sua liderança inata. Isso deveria ser muito grato a Maria, bondosa e meiga, que seu filho fosse, como o pai, muito religioso e amado por todos de Nazaré.

Jesus inicou sua pregação aos 30 anos e Maria, então, provavelmente, já deveria ter netos das filhas e filhos casados, dedicando-se naturalmente a eles. Não acompanhava o Mestre na sua peregrinação e trabalho, divulgando suas idéias evangélicas. Sabe-se, porém, que esteve presente em algumas das suas pregações acompanhando-o junto com os discípulos. Certa ocasião mostrou sua preocupação com os caminhos que tomava sua liderança espiritual, pois era público e notório que escribas e farizeus, invejosos, procuravam enquadrá-lo como violador da lei, o que era perigoso.

Após a crucificação e morte de Jesus Maria auxiliou na divulgação do Evangelho ao lado do apóstolo João, com quem morou até o seu desenlace, bem idosa, em Éfeso, na Grécia, Ali contava a todos que a visitavam, detalhes e particularidades de Jesus.

O que chama a atenção de todos é o tremendo impacto sofrido poe elas, ao ver seu filho, bondoso, amoroso, inteligente, ser cruelmente crucificado como se fora um reles bandido. A imensa dor de Maria transformou-se em dor para todas as mães do mundo, e sua alegria a de todas as mulheres que têm a ventura de ser mãe.,

Os pintores, com imaginação fertil procuram pintá-la com traços doces e olhar meigo, sereno. Na realidade ela foi a mulher mais maravilhosa do mundo, pois do seu ventre nasceu Jesus, nosso Mestre. Salve Maria !

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A VIDA DE KRISHNA


Crêem alguns, e não são poucos, que a existência de Krishna é um mito. Todavia, na origem de uma grande nação existe sempre um grande homem e é de se admitir que na India primitiva tivesse surgido um reformador iluminado que, com sacrifício da sua vida, desse a ela a sua alma religiosa, a doutrina que contém duas idéias-mães: a imortalidade da alma e as existências progressivas pela reencarnação.
As tradições hindus afirmam que Krishna viveu cerca de 1.400 anos antes de Cristo e sua história e doutrina constam da grande epopéia Hindu, o Mahabharata e nos escritos complementares, principalmente no Bhagavad-Gita. Ele seria, assim, como Jesus é para os cristãos, a encarnacão do ser supremo.
Diz a sua história que ao tempo do rei Kasmsa um sacerdote teria previsto o nascimento do dominador do mundo, tendo como mãe Devaqui, irmã desse rei. Este rei, instigado pela esposa, que era estéril, resolveu matar a irmã. O sacerdote em sonhos foi alertado e ajudada por ele Devaqui foge do palácio e embrenha-se na floresta, onde foi recolhida por pastores.
Vasixta, um anacoreta, declarou que "ela será a mãe de todos nós, porquanto dela nascerá o espírito que deve nos regenerar". Devaqui, fecundada pelo espirito dos mundos, passa a ter visões sublimes, e ouve vozes celestiais que lhe dizem: "Glória a ti Devaqui! Ele virá auroleado de luz, esse eflúvio puro emanado da grande alma, e as estrelas hão de empalidecer diante do seu esplendor"
Aos pés do Monte Meru nasceu Krishna, nome dado por causa da sua cor morena. Os pastores o chamavam de "radiante" pois bastava a sua presença e o seu sorriso e os grandes olhos para espalhar alegria. Ali, Krishna passa a sua infância. Diz-se que mais tarde, o rei Kamsa, desconhecendo a sua origem, o toma por condutor do seu carro e primeiro conselheiro. Mas, numa ocasião, ao defrontrar-se com o anacoreta Vasixta na floresta, este lhe declara que Krishna é o filho de Devaqui, sua irmã. O rei imediatamente apanhou o seu arco e disparou uma flecha paara matá-lo, mas esta desvia e mata o ancião. Krishna que estava sentado diante do ancião levanta-se, mas o rei foge.
Krishna retira-se para o Monte Merú e fica em meditação durante 7 anos, findo os quais passa a ensinar sua doutrina ao povo. Entrava pelas cabanas e demorava-se nas vilas, ajudando e consolando os pobres. A multidão agrupava-se à sua volta, ouvido-o pregar a caridade para com o próximo e dizendo que os males que afligimos aos outros nos perseguirão como a sombra persegue o corpo. Ele dizia que o homem honesto deve tombar sob os golpes dos maus, e como a árvore do sandalo que, ao abater-se, perfuma o machado que a destruiu. Dizia mais, que quando o homem esquece a sua miséria pela dos outros, Vishnu (Deus entre nós) se manifesta e enche o seu coraçao de ventura. Ele pregava o culto do Eterno e todos se maravilhavam de encontrar Deus tão perto do coração quando o filho de Devaqui falava. A fama do santo de Monte Merú expandiu-se por toda a India.
O rei Kamsa continuava a reinar e certa ocasião mandou prender Krishna, mas os soldados, frente ao profeta, depois de ouví-lo, recusaram-se a cumprir a ordem, dizendo: "nós juramos levar-te ao rei, prêso em cadeias de ferro, mas é impossivel fazê-lo, pois tu nos libertas-te das nossas".
Um dia Krishna entra em Madurá, seguido por seus discípulos e todos o aclamavam sob uma chuva de flores, como o herói do Monte Merú e profeta de Vishnu. O rei, não podendo prendê-lo por causa do povo que o amava, mandou espiões seguí-lo e, numa ocasião que ele orava, flechas criminosas, disparadas pelos arqueiros de Kamsa, fazem-no tombar. Enquanto o sangue brotava dos ferimentos Krishna exclama: "Vasixta, os filhos do sol são vitoriosos". E quando a flecha mortal o atinge ele diz: "aqueles que me amam, entrem comigo na luz". O sol desapareceu, um grande vento se elevou e uma tempestade de neve caiu sobre a terra. O céu escureceu e um turbilhão negro varreu a montanha.
O corpo de Krishna foi queimado por seus discípulos na cidade santa de Duarca. A multidão julgou ter visto o filho de Deus sair dentre as labaredas com um corpo de luz. Desde esse dia, uma grande parte da India adotou o oculto a Vidshnu. Há nesse culto várias divisões, das quais as principais são a seita dos Bhagatas e a dos Pancharatras. O Bhagvad Gita é o principal livro sagrado dos Indus, e assim como o Sermão da Montanha resume a doutrina do Cristo, aquele livro contém toda a doutrina de Krishna.

Fonte: Os grandes iniciados de Edouard Schuré

domingo, 5 de dezembro de 2010

APARIÇÕES


É inquestionável, neste mundo materialista em que vivemos, no qual as pessoas só acreditam no que vêem, o enorme poder das aparições. Através de trama psicológica inexplicável elas transformam, modificam o caráter, e traçam novos rumos á vida daquelas pessoas que as vêem.

Moisés, o patriarca judeu, vagando pelo deserto, disse ter visto Deus, face a face, por entre a sarça ardente e, por isso, se elegeu o condutor do povo hebreu, então escravizado pelos Egípcios, com a missão de libertá-lo.

Esse povo, por seu turno, ouve no sopé do famoso Monte Sinai, onde se dizia estar Deus, vozes, sonidos de buzinas, vê relâmpagos, faíscas elétricas, fumaça e sente a terra tremer, enquanto Moisés conversa com Jeová! A partir daí, acredita no poder desse Deus, que passa a respeitar até os dias atuais.

Maomé, proeminente mercador em Meca, na Arábia, sobe ao cume de uma montanha, no deserto, para um breve descanso e, no silêncio da noite viu desenrolar-se, acima do horizonte, um pergaminho, com escritos em letras de fogo e ouviu uma voz vinda do céu que o elege "mensageiro de Deus". Desde então, "só Alah é Deus e Maomé o seu profeta". Nasceu uma nova religião, que abriga milhões de pessoas. E assim, individual e coletivamente, vão as aparições modificando as pessoas, obrigando-as a reconsiderar os princípios em que se enclausuravam, adotando outro modo de viver.

Jesus, divino mestre, lança na terra árida de Israel as sementes de uma doutrina pacificadora, esplendorosa, de amor uns pelos outros, desde que todos são filhos de um mesmo pai: Deus. Entrega-se em hoilocausto para fazê-la frutificar, mas nem por isso pode abrir mão de demonstrar, por aparições, a continuidade da vida após a morte. conforme pregara.

Após sua crucificação mostra-se às mulheres e na estrada de Emaus, aparece e dialoga com discípulos e, depois, portas cerradas, surge em espírito na reunião dos seus apóstolos, que se mostram atônitos e incrédulos. Um deles chega a exigir provas, colocando os dedos nas feridas deixadas na mão pelos cravos da crucificacão.

Mostrou-se ao mundo, depois de morto, com roupagens terrenas, com as quais, aliás, a fértil imaginação popular elevou-o aos céus, de vez que, por razões desconhecidas, seu cadáver foi subtraído do sepulcro. Criou-se uma lenda paras embalar crianças, uma vez que o corpo físico é feito para o ser movimentar-se na terra e não para viver no céu.

A conversão de Paulo de Tarso é bem típica. Combate ele com todas as suas forças as idéias Cristãs de perdão às ofensas, da imortalidade da alma e sua ressurreiçao após a morte. Mas, em sendo surpreendido, na Estrada de Damasco, pelas aparição de Jesus, opera-se nele uma instantânea transformação. De perseguidor passa a discípulo e indaga, entre incrédulo e maravilhado: "Senhor, o que querres que eu faça?". E vida afora passou a divulgar as idéias de Jesus, transformando-se em seu principal arauto.

De fato, a razão, a lógica, ainda não são o forte dos homens, que desejam ver para crer em alguma coisa. Muitos, mesmo vendo não crêem, taxando o fenômeno das manifestaçoes espirituais como alucinação. O resolver o problema da imortalidade da alma com instrumento tão falho como é a vista humana, só ocasiona erros, precisando de mitos e lendas para justificar a fé, como até agora tem sido feito.
Desde que porém surgiu, na cidade luz, no século passado "O Livro dos Espíritos", de Allan Kardec, coodificando as informações do além tumulo, por intermédio de médiuns, os crentes não precisam mais basear suas convicções sobre a vida futura em aparições, que talvez nunca os surpreendam, em lugarres escuros, ermos, incomuns. Nem precisam se curvar a lendas, mitos, e as fantasias criadas pela imaginação dos homens. Basta acompanhar o estudo sistemático das obras desse maravilhoso mestre francês para descobrir e conquistar o maior tesouro do mundo para o trânsito existencial: o bom senso.

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

ESQUECIMENTO DO PASSADO


O Livro dos Espiritos, ao tratar da lei do progresso, esclarece que o homem deve progredir sem cessar, em moral e inteligência, o que ele faz por meio das sucessivas encarnações. Todavia muitas pessoas duvidam disso porque, dizem elas, não se lembram de ter vivido antes. Esse passado não existe para elas.
O assunto é explicado por Kardec no Evangelho segundo o Espiritismo, de forma mais ampla e com muito bom senso. Primeiro, porque Deus - a inteligência suprema - assim o determinou e também porque é bom para nós. A lembrança do passado seria um verdadeiro entrave ao nosso progresso porque a maioria de nós não tem dele o que se orgulhar, ao contrário, se estamos encarnados é para retificar erros. Com as lembranças das vidas pretéritas tudo o que aprontamos de errado voltaria a nos humilhar, ou por outro lado, exaltaria o nosso orgulho, de vez que comumente o espírito renasce no mesmo meio em que viveu antes. É fácil ver quão dificultoso seria para uma pessoa que tivesse sido rica numa existência ver-se, na seguinte, pedindo esmolas para sobreviver; ou que fosse sadia e voltasse doente. Tais casos são muito comuns.
O que seria daquele que abusou do poder das palavra para ludibriar o próximo e se visse mudo, ou gago, tolhido de falar, ou que tendo abusado da sua saúde se visse, na seguinte, doente desde a tenra idade. O que dizer dos suicidas, que perdem a vida precocemente na outra ecarnação. Como conviver com aqueles que odiaram? Tudo isso traria enormes prejuízos às relaçoes sociais e só prejudicaria o seu progresso.
Quando morremos levamos conosco tudo aquilo que somos e voltamos com o que foi adquirido em inteligência e moral, gravados nos. Uma vida é um novo ponto de partida, nada importando o passado. Devemos progredir e vamos corrigir nesta o que fizemos de errado na outra. Esse é o objetivo da vida. Cada um de nós está no ponto que conseguiu atingir e como o progresso é infinito, devemos nos esforçar para nos melhoramos cada vez mais. É a Lei.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

NA SENDA DO CRISTO


Todos nós procuramos na vida os caminhos mais fáceis, mais alegres e pitorescos, mas em termos de estudo não podemos sair da trilha determinada pelo professor e orientador e também não podemos recursar a matéria ou problema que nos é recomendado. Quantos de nós odeiam a matemática mas precisamos aprenedê-la. Os que abandonaram a escola, permanecem com formação incompleta e sempre vão necessitar do auxílio dos outros.
Em matéria religiosa acontece a mesma coisa. Temos que seguir o roteiro traçado pelos Mestres, os quais, para chegar onde estão, por ele transitaram. Os que fogem desse roteiro precisarão de auxílio no futuro, como o aluno que fugiu da matemática.
A humanidade terrena, em épocas apropriadas, teve os seus Mestres, que baixaram à terra para ensinar aos homens como viver e progredir, objetivando um mundo melhor. Há seis mil anos Moisés deixou gravadas numa tábua, as leis divinas que conduziriam o homem a uma vida bem melhor. Tem apenas 10 mandamentos a lei de Deus a ser cumprida pelos homens. Aqueles que seguiram Moisés estão hoje habitando mundos mais evoluídos, lugares maravilhosos da casa do Pai celestial. Os rebeldes, os que não cumpriram as Leis, não fazendo a lição passada, estao ainda por aqui, como repetentes.
Há 2 mil anos surgiu na terra o principal e único paradigma dos homens: Jesus. Aqueles que o seguiram encontraram o caminho da felicidade eterna. Nenhum caminho para a ascensão espiritual é coberto de flores. São sempre cheios de urzes e espinhos. A funcão do Mestre é mostrar ao aluno o melhor roteiro -- e foi o que fizeram esses mensageiros de Deus que passaram pela terra.
Se não estamos contentes e felizes na nossa vida atual é porque não temos levado a sério as recomendações desses Mestres e nos perdemos num cipoal de doutrinas estranhas para conquistar a felicidade.
Jesus dizia: qualquer que não tomar a sua cruz e vier após mim, não pode ser meu discípulo. Jesus recomenda a todos os seus seguidores a amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, ou seja reverenciar nosso Criador e considerar todos como nossos irmãos. Mas ao nascermos simples e ignorantes, damos sempre vazão aos sentimentos menos dignos nos distanciando das verdades proclamadas, tornando nossos problemas difíceis de serem resolvidos sem a ajuda do próximo. Somos alunos que não fizeram a lição.
Hoje estamos aqui na doutrina dos espíritos, que é a manifestaçao dos que nos precederam no túmulo, buscando as razões pelas quais sofremos. É ela uma doutrina que, pela lógica e o bom senso, nos reconduz ao Mestre Jesus, fazendo-nos tomar nossa cruz e seguí-lo. Devemos tomar atitudes essenciais para seguí-lo.
Emmanuel na lição 18 do livro Palavras da Vida Eterna, esclarece quais seriam essas recomendações de Jesus de "qualquer que não tomar a sua cruz e vier após mim, não pode ser meu discípulo". Diz ele que muitos acreditam receber nos ombros a cruz das próprias obrigações, mas fogem do caminho do Cristo e muitos que desejam seguí-lo recusam o madeiro das obrigações que lhes cabe, ou seja: andam por outros caminhos. Estes são os que fazem a lição ao seu modo e não como manda o Mestre. Os primeiros dizem aceitar o sofrimento, mas vivem agressivos e desditosos, espalhando desânimo, azedume e pessimismo por onde passam. O segundos crêem respirar na senda do Cristo, mas abominam a responsabilidade e o serviço aos semelhantes, dando-se ao escárnio e leviandade, embora saibam interpretar as lições do Evangelho, apregoando-as com arrazoados enternecedores.
Tem alunos assim: sabem que precisam estudar, vão a escola, mas reclamam de tudo e de todos, sempre chorando; e tem aqueles que sabem o que representa o estudo na vida, apregoam a sua importância, mas a ele não se dedicam e nem gostam de certas matérias obrigatórias.
Por isso encontramos neste grande educandário que é a terra, aqueles que se agarram ao ócio, mas vivendo e reclamando e se lamentando e outros menosporezando os dons e oportundades que a vida lhes oferece. É preciso, recomenda Emmanuel, abraçar a cruz das provas indispensáveis a nossa redenção e burilamento, com amor e alegria, marchando com o verdadeiro espírito Cristão de trabalho infatigável no bem, se aspiramos alcançar a comunhão com o Divino Mestre, e mais, não vale a pena sofrer, é preciso aproveitar o sofrimento. Não basta mostrar o roteiro, é imprescidível viver cada dia de acordo com a fé renovadora que nos orienta o caminho.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

LEI DE REPRODUÇÃO


Malthus, no século dezoito, impressionado com a miséria que grassava na Inglaterra, após estudar profundamente esse problema, chegou à conclusão que isso era ocasionado pela defasagem entre o crescimento populacional e a produção de recursos para alimentá-los.
Ele achava que a população aumentava numa progressão geométrica, enquanto os meios de subsistência aumentavam apenas em progressão aritmética.
Para resolver o problema pensava ele que deveria existir um controle da natalidade pelas autoridades, ou pelo menos pela própria população -- ambas soluções incompatíveis com a doutrina cristã. Outros recursos foram por ele sugeridos, mas todos contrários à lei do progresso. Realmente é um problema muito grave. A China vem adotando o modelo mais radical, pois os casais só podem ter um filho e se o Estado souber que o casal vai ter dois filhos, fazem a mãe abortar, além de sofrer as condenações legais.
Mestre Kardec levanta esse assunto no Livro dos Espíritos quando trata da lei de reprodução. Indaga ele na pergunta 686:
-- A reprodução dos seres vivos é uma lei natural?
-- Isso é evidente, respondem os espíritos, pois sem a reprodução o mundo corpóreo pereceria.
Kardec insiste no assunto, afirmando na pergunta seguinte
-- Se a população seguir sempre a progressão constante que vemos, chegará um momento em que se tornará excessiva na terra?.
Responderam os espíritos que isso não ocorrerá pois
-- Deus a isso provê, mantendo sempre o equilíbrio. E dizem ainda, Ele nada faz de inútil. O homem que só ve um angulo do quadro da natureza não pode julgar a harmonia do conjunto.
A população até hoje continua em intenso crescimento. A população do Brasil triplicou em 10 anos, mas como bem ressaltou o Prof. Herculano Pires, na proporção em que cresce a população, aumentam as possibilidades de produção com aproveitamento de áreas antes improdutivas e as novas técnicas de plantio.
A preocupação de Malthus não tem razão de ser. O que nos deve preocupar, e muito, é o egoísmo dos homens. No Brasil existe um movimento chamado "sem terra" que é veementemente criticado por aqueles proprietários que possuem enormes glebas de terras improdutivas e que não autorizam o seu uso por eles. Essas terras são mantidas para ganhar melhor preço de venda no mercado. No continente africano, devido aos constantes conflitos armados em busca o poder, falta produção agrícola e o povo morre de fome. Brasil e Africa poderiam ser o celeiro do mundo.
Assim, vemos que o nosso maior problema é o próprio homem e o seu egoísmo, incapaz de praticar as leis de Deus, amando o seu próximo. Vive cercado de problemas, que ocasionam dores e sofrimentos, pelo simples fato de não ver no próximo um seu irmão.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

A CASA MENTAL


Todos estão vivendo num mundo

de sua própria fabricação.

Pessoas existem nas maiores e melhores cidades do mudo, algumas vivendo em belíssimas mansões, servidas por numerosa criadagem e que, no entanto, se julgam infelizes -- algumas de elevadas posses, se suicidam. Por outro lado, existem aqueles que vivem em enxergas e pardieiros, felizes e contentes e, apesar da pobreza franciscana, estão cheios de esperança e fé no futuro. O que determinaria essa brutal diferença entre eles?
Parece-me que os abastados estão desejando a cada instante coisas materiais que lhes proporcionem maior prazer e alegria, ou situações que enalteçam sua vaidade. Às vezes abrem o caminho à força para atingir seus objetivos. Viram-se ora para um lado, ora pra outro e, sem um objetivo definido na vida, ficam ao sabor das circunstâncias do momento. Estabelecem barreiras politicas, éticas e religiosas que cerceiam a penetração em outros ambientes. Por fim se cansam dessa vida inglória, sem sabr ao certo o fim porque foram colocadas na terra e morrem, sem nada ter feito.
O mundo físico é igual para todos, pobres ou ricos, porque a matéria organizada obedece leis eternas. Todo ser tem um ciclo de vida em razão do ambiente em que se desenvolveu e do fim a que foi destinando pelo Criador. Além do corpo físico limitado ao seu ambiente, o homem, com o correr dos tempos, por ser muito egoísta e sem o domínio da mente, aferra-se a este mundo irreal e fica ao sabor das situações do momento. Suas idéias o fazem sofrer. Mas esse mundo subjetivo, mental, aquele em que cada um de nós vive, bem ou mal, alegre ou triste, foi criado por nós mesmos e está cheio de fantasias, medos, ódios, amores, e se moldou em tempos anteriores a este. São disposições pessoais do espírito imortal, é o fruto do seu progresso ou atraso mental na escalada da eternidade, e dá o tom pela maneira particular de encarar e ver as coisas no ambiente em que vive.
Logo, as alegrias e tristezas não procedem do ambiente em que se vive e nem proporcionam o que se chama felicidade mas é a disposição íntima, o pensamento, que dá a coloração à vida. Mudar de lugar, acercar-se de coisas e títulos, não traz bem estar -- que este não depende de onde se está ou do que se tem, mas do que se é.
É indispensavel ao progresso um controle emocional e mental, desde a mais tenra idade, para que as pessoas façam frente aos ambientes em que vivem e isso só é dado pelas religiões de vanguarda, que estudam e cantam a vida, sem aberrações.

sábado, 23 de outubro de 2010

A SAÚDE E A ENFERMIDADE


É lamentável que a medicina atual não creia no espírito, somente atendo-se à matéria como causa das nossas enfermidades. Para os males que nos afligem os médicos têm designações próprias tais como sífilis, turberculose, nefrite, câncer etc. etc. Eles, por seu turno, particularmente, dão uma origem específica a cada uma delas, sem chegar a consenso.
Todavia, o que na verdade comanda o corpo é o espírito e suas deficiências obviamente provêm dele. No espiritismo é esclarecido que o ser humano é constituído pelo espírito imortal, pelo perispírito, que é a veste do espirito; e pelo o corpo físico. Esclarece mais, ainda, que o perispírito é semi-material e grava tudo o que o espírito faz, sofrendo ele as consequências desses atos através do corpo -- quer na vida atual ou em futuras encarnações.
No livro "Fisiologia da alma" o espírito Ramatis ensina: a saúde e a enfermidade são produto da desarmonização entre o indivíduo e as leis espirituais que, do mundo oculto, atuam sobre o plano físico. As moléstias, portanto, em sua manifestação organica identificam que no mundo psíquico e invisível aos sentidos da carne, a alma está enferma.
O volume de cólera, inveja, luxúria, cobiça, ciúme, ódio e hipocrisia que porventura o espírito tenha imprudentemente acumulado na presente ou nas existências físicas anteriores, forma um patrimônio "morbo-psíquico", uma carga insidiosa e tóxica que, em obediência às leis de harmonia espiritual, deve ser expurgada da intimidade delicada do perispírito.
O mecanismo ajustador da vida atua drasticamente sobre o espírito faltoso, ao mesmo tempo em que o fardo dos seus fluídos nocivos e doentios vai se difundindo depois pelo seu corpo físico. Materializando-se no corpo físico ele vai alterando os tecidos, deformando órgãos, ou perturbando sistemas vitais, caminhando de forma oculta pelo organismo até atingir a periferia da matéria.
Como se vê, quando surge a moléstia, o indivíduo já vivia mentalmente enfermo. Tudo - saúde e doença - é produto da mente, como dizia Samuel Hanneman, pai da homeopatia.
Isto é fartamente dissertado em quase todas obras de escritores espirituais, e corroborado peleo mentor de Francisco Cândido Xavier, que assevera:
"A grande maioria das doenças têm sua causa profunda na estrutura semi-material do corpo espiritual. Havendo o espirito agido erradamente, neste ou naquele setor da experiência evolutiva, vinca o corpo espiritual com desequilíbrios e distonias que o predispõe à instalação de determinadas enfermidades, conforme o órgão atingido."
O que e importante, portanto, para a saúde corporal, embora os materialistas não creiam, é um profundo respeito a Deus e às leis da vida criadas por Ele e divulgadas por seus abnegados mensageiros, como Moisés e Jesus Cristo.
O dia em que os homens aliarem à ciência as recomendações religiosas e cada qual promover a sua reforma no sentido de evitar o ódio, o rancor e, em seu lugar, colocar o amor a todos, amando-se uns aos outros, o mundo será um paraíso.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

ÁRVORES


Os ensinamentos do Mestre Jesus caracterizam-se por sua extrema simplicidade e facílimo entendimento, até mesmo pelas crianças. Suas parábolas buscam sempre as coisas corriqueiras da vida da sua época, vendo-se nelas tesouros de beleza e harmonia. Certa ocasião comparou os homens a árvores frutíferas, as quais sendo más, dão maus frutos e sendo boas dão bons frutos e por isso estas são cuidadas com carinho e amor pelo agricultor. Já as que produzem frutos ruins são cortadas e jogadas fora, pois não servem para nada.

Não há como não entender esta belíssima parábola. Trata-se de homens bons, afeitos a amar o próximo, a produzir o bem, a caridadee espontanea e que são protegidos pelo Criaador, que os receberá de braços abertos em seu reino após a desencarnação. Os maus são os malvados, os criminosos, todos aqueles que contrariam as leis divinas, serão condenados e alijados da alegria e fellicidaade reservada aos bons e sofrerão as consequências dos seus desatinos.

Mas é evidente que a parábola não se restringe únicamente ao homem, mas também a todos aqueles que obram na seara do Senhor de forma coletiva como os grupos, sociedades, políticos agremiações, religiões etc. Todos, indistintamente, serão destruídos, não importando o tempo , por força da lei do progresso, que exige o aprimoramento de tudo e de todos.

A sociedade evoluiu, progrediu, e hoje ela exclui do seu meio os ladrões, criminosos, os vadios, todos que interferem no bem coletivo, mantendo-os encarcerados como feras que são. Ao desencarnarem irão para as trevas interiores, igualmente os que formam grupos contrários ao bem. O homem não nasceu para o mal, mas para o bem.

De outra feita Jesus usou de uma árvore que não dava frutos e que o proprietário mandara o capataz cortá-la porque ocupava espaço inútil. O capataz, porém, solicitou ao proprietário experimentar fazê-la produzir com uma cova ao seu redor, cheia de exterco. Ficam na vinha do Senhor somente os que produzem bons frutos.

Quando, numa encarnação, nada produzimos vivendo na terra inutilmente é preciso tomar medidas drásticas, como sugeriu o capataz. Então, nascemos em ambiente mal cheiroso, cercados de problemas, dores e sofrimentos, o que faz com que para sair dele progridamos.

Numa época nascemos ricos e nada produzimos de bom e em outra nascemos pobres e pelo trabalho, esforço e dedicação, respeito às autoridades e leis, o amor ao próximo, nos aproximamos do Criador.

Isto tudo nos faz recordar a história de Jonas, contada na Bíblia, o qual tendo recebido a incumbência de salvar uma cidade, ao invés de cuprí-la, tomou caminho oposto. Isso o levou a ser jogado fora do navio, numa tempestade no mar e ser engolido por uma baleia. Depois foi condenado a retornar para cumprir fielmente o mandato, o que ele fez.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

SINTONIA


As muitas descobertas feitas pelo homem a partir do século XVIII trouxeram a surpreendente realidade de que o mundo em que vivemos é um reino repleto de raios, ondas elétricas, eletromagnéticas, campos magnéticos e vibracionais, força gravitacional etc. etc. Estamos rodopiando no espaço a uma velocidade espantosa porque o sol, a milhões de quilômetros de nós, com o seu magnetismo, nos atrai e nos leva consigo até um ponto distante do universo e depois volta. Nosso satélite, a lua, é por nós atraida. A eletricidade, que retiramos da lâmina de água, as ondas Hertezianas, a atração magnética, tudo isso está em nossas casas, nos escritórios, na rua, nas fábricas, nos hospitais, no campo e conosco. É o telefone sem fio, o celular, a televisão, a geladeira, as lâmpadas nas portas, na nossa garagem; em todos os lugares existe a aplicação desses princípios.
O nosso mundo apequenou-se, pois diariamente estamos percorredo-o pela TV e usando a internet para conversar com amigos ou fazer negócios com firmas de países longínquos. Visitamos museus que estão do outro lado da terra e ficamos conhecendo melhor este mundo.
O nosso corpo físico é ele também um foco de energias: um turbilhão eletrônico regido pela nossa consciência. Somos instrumentos das forças das quais nos colocamos em sintonia. Se elas são perturbadoras ou edificantes, isso depende exclusivamente de nós, da onda mental em que nos situamos. E como são criadas por nós, somente nós podemos modificá-las, no sentido do melhor se o quizermos.
Hoje estamos vivendo na terra, escola milenar, mais uma vez, aprendendo um doutrina que é ciência, filosofia e religião e nos conduz a copiar o molde do maior indivíduo que passou por este modesto planeta, Jesus de Nazaré, que deixou a lição do amor, que nos une e através do qual podemos ser felizes. E foi Jesus quem nos ensinou a acender e apagar a luz interna que se irradia do nosso corpo.
Quando amamos e ajudamos o nosso próximo, acendemos a nossa luz interior e aumentamos ainda mais esse foco. Igualmente quando perdoamos alguém, estamos desligando o circuito escuro que nos ligava a ele, porque o egoísmo e a intolerância mantém a pessoa em baixa vibração interior. Quando meditamos e oramos ao Criador agradecendo pela vida que nos deu e o mundo em que estamos estagiando, nos conectamos com o seu imenso poder e temos a certeza de que Ele vela por nós e, como seus filhos, nos tornaremos deuses de bondade e inteligência.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

A PÉROLA PRECIOSA


A real finalidade da doutrina dos espíritos é de fazer reviver o Cristianismo em toda a sua pureza, por isso estamos sempre recordando as parábolas do Mestre, procurando entendê-las. Hoje vamos estudar a da "perola preciosa", recontada no Evangelho por Matheus 13, que diz:


"O reino dos ceus é semelhante a um negociante que procurava pérolas preciosas; descobriu uma de grande valor. Foi vendeu tudo o que possuia e a comprou"


O que Jesus quiz dizer com essa comparação? Vamos ver se dá para entender. Todos nós sabemos que as pérolas aparecem dentro das ostras devido a um grãozinho de areia que penetra no molusco e o fere e lá se desenvolve. Quando retiramos a ostra das profundezas marinhas e a abrimos, lá está a pérola. Devido as suas peculiaridades de formação, ela reflete de maneira maravilhosa à luz solar em diversas tonalidades. E por ser rara é caríssima.

Conosco sucede algo semelhante. Criados simples e igorantes vivemos na materialidade, mas temos dentro de nós um espirito imortal que paulatinamente vai se aprimorando e quando bem desenvolvido mostra todo o seu esplendor e retira-se da terra para viver noutro espaço.

Para que isso aconteça mergulhamos na carne inúmeras vezes, onde sofremos as naturais dificuldades da vida material, que servem como livros para aprendermos e nos aprimorar. Quando visualizamos a existência de um mundo melhor, de belezas indíscritiveies a esperar por nós, abandonamos tudo que é material e procuramos o caminhho que nos leve a ele. É nesse estágio que começamos a refletir a luz divina em todas as suas nuances: amor, inteligência, bondade, paz interior. Largamos todo o nosso bem estar para conseguir adquirir esse estado de espírito, que Jesus nos indicou através dos seus ensinos.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

REFEIÇAO COM JUDEUS


É citado no capítulo 14/27 do Evangelho de Lucas, o fato de Jesus ter ido, num sábado, tomar sua refeição na casa de um judeu, a convite dele. Entre eles havia um hidrópico. É evidente que queriam é que Jesus lhes explicasse sua doutrina. Então Jesus perguntou aos judeus que lá estavam se era lícito ou não curar num sábado. Diante da mudez deles (pois sabiam que a lei de Moisés proibia) Jesus curou o hidrópico e, voltando-se para os judeu perguntou: "qual de vós, se o filho ou o boi cair num poço, não o retira imediatamente?". Eles nada puderam replicar.
Nessa mesma ocasião, ao notar que todos procuravam os primeiros lugares na mesa, Jesus, ensinando-lhes, disse: "quando alguém te convidar para uma festa de casamento, não te coloque no primeiro lugar, pois pode acontecer de alguém mais digno que você ter sido convidado e você seja obrigado a lhe ceder o lugar. Envergonhado irás para o último lugar. Por isso, ocupa o último lugar de modo que ao chegar aquele que te convidou te diga: amigo, vem mais para cima. Isso será para ti uma glória em presença de todos os convivas, pois todo aquele que se exalte será humilhado e quem se humilha será exaltado."
Jesus ensinou com essa parábola, que para comparecer na festa divina, era indispensável o abandono do orgulho (do qual os judeus não se apartavam) e ser mais humilde perante a divindade eterna.
Em seguida, dirigindo-se ao que lhe convidou para o almoço recomendou: "ao dares um almoço ou um jantar, não convides os teus amigos, nem teus irmãos, nem teus parentes, nem os vizinhos para que não te convidem por sua vez e retribuam do mesmo modo. Pelo contrário, quando deres uma festa, chama os pobres, estropiados, coxos, os cegos. Feliz serás, então, porque eles não têm como retribuir. Serás porém recompensado na ressureiçào dos mortos."
Jesus aproveitou a ocasião para contar a seguinte parábola: "Um homem estava dando um grande jantar e convidou muitos. Na hora do jantar, enviou seus servos para dizer aos convidados que tudo já estava pronto. Mas todos, unânimes, começaram a se desculpar. O primeiro disse ter comprado um terreno e precisava vê-lo. Peço desculpa. Outro disse: comprei cinco juntas de bois e vou experimentás-las. Rogo tuas escusas. Outro: casei-me e não posso ir. O servo, na volta, contou tudo ao senhor. Indignado, o senhor disse ao servo: vai depressa pelas praças e ruas da cidade e introduz aqui os pobres os estropiados, os cegos e coxos. Disse-lhe o servo: Senhor, o que mandaste já foi feito e ainda há lugar. O senhor disse então ao servo: vai pelos caminhos e trilhas e obriga as pessoas a entrarem, para que minha casa fique repleta e concluiu: Pois eu vos digo, nenhum daqueles que haviam sido convidados provará meu jantar.
Os ensinos continuaram e os judeus perceberam, apesar da forma sutíl de Jesus dizer com essa parábola que os primeiros a serem convidados para o banquete divino foram eles, que com desculpas se afastaram de Deus, mas agora Deus mandara um servo para convidar todos os crentes e ensinar a bondade e amor a todos os seus filhos.
Depois desse almoço Jesus de retirou dali e uma grande multidão o acompanhava. Ensinou a renúncia dizendo: "se alguém vem a mim e não odeia seu próprio pai e mãe, mulher e filhos,e até a sua propria vida, não pode ser meu discípulo. Quem não carrega a sua cruz e não vem após mim, não pode ser meu discípulo.
Cumpre destacar aqui que o homem é mantido vivo devido as suas paixões e posses, e progride à medida que a razão vence as paixões. No livro sagrado dos Hindus, o Bhagvad Gita é analisada essa terrível luta, na qual é mostrado que devemos matar nossos pais, mães, irmãos, amigos, ou seja, tudo o que nos prende ao mundo, os quais amamos e respeitamos. Romper os laços que nos ligam a eles é muito difícil. Jesus recomenda o amor e a renúncia, seguindo com humildade para atingir o objetivo.
Colocandfo os ensiamentos em termos práticos, Emmanuel, no livro "Fonte Viva" psicografado por Francisco Candido Xavier, esclarece que a classificação do discípulo não é verbal, mas um conjunto de deveres para conosco mesmos, tais como abrandar o temperamento, garantindo o nosso equilíbrio. Servir à comunidade da qual fazemos parte. É necessário carregar a nossa cruz com firmneza, sem revoltas ou fugas. Dever e renovação. Serviço e aprimoraento. Ação e progresso. Responsabilidade e crescimento espiritual. Aceitação dos impositivos do bem e obediência ao padrão do Senhor

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

VIR A SER


Disse um filósofo da antiquidade que a nossa vida é um contínuo vir a ser e a doutrina dos espíritos confirma isso, quando nos esclarece que fomos criados simples e ignorantes e
vamos progredindo sempre, em sucessivas encarnações pelas quais passamos aqui na terra ou em outros mundos criados por Deus.
Aliás, o grande matemático e filosofo Leibnitz já dizia, no século passado, numa tentativa de explicar a nossa existência, que somos uma partícula da divindade, uma espécie de semente com todas as suas características e que vai se desenvolvendo aos poucos, razão porque Leon
Denis teria dito que o processo se inicia no reino mineral, passa para o vegetal, depois para o animal e posteriormentte para o hominal, e finalmente espiritual.
Tão somente no reino hominal o homem tem consciência desse fato de se projetar além da
existência para atender o progresso, pois descobriu com Descates que pensando existe. O corpo material é apenas um instrumento de que se serve por determinado tempo para transitar pela vida terrena e se transformar, por força da relação com outras inteligências e da circunstâncias que a vida lhe apresenta.
Esse conhecimento, no geral, é relativo e quanto mais atrasado é o ser espiritual, mais material ele é, agindo mais pelos seus instintos de fome, sexo, subsistência, lutando para satisfazê-los. Como espírito primário é revoltado e violento, o que vai desaparecendo na medida em que evolui, usando mais os poderes latentes do espírito, como o racíocinio e a razão. Demora-se muito nessa fase.
Assim que ele tem a certeza da sua imortalidade, sobrevivendo à falência do corpo, ele
começa a se interessar para saber mais sobre sua vida após a morte, procurando decifrá-la. Torna-se religioso. A verdade sobre o plano espiritual surge aos poucos, em razão do aumento da bondade e senso justiça. A doutrina de Kardec, usando o método experimental, através de médiuns, trouxe em detalhes, como se vive nos planos superiores ou espirituais, esclarecendo todas as nuances que cerca o espírito na sua longas caminhadas, rumo ao infinito.
Infelizmente o número daqueles que crêem no espírito e sua manifestação após a morte é pequena, travada que foi pela critica dos religiosos e pela omissão dos cientistas. Não nos preocupemos pois, se a verdade é essa ela se imporá apesar de todos os entraves que surgirem no caminho.

domingo, 22 de agosto de 2010

GETSEMANI


Comentam os evangelistas, Lucas e Mateus, inclusive João, que como de costume, Jesus saía para meditar e orar no monte das Oliveiras, ou Getsemani, local pouco conhecido -- e eles o acompanharam.

Lá chegando, disse-lhes Jesus: “sentai-vos aqui e vigiai e orai para não cairdes em tentação”, e afastou-se deles um pouco para orar.

Ao voltar Jesus encontrou-os dormindo e pedindo que se levantassem comentou que eles nem por uma hora puderam vigiar, e finalizando disse que era chegada a sua hora. Dizem os apóstolos que ele teria orado ao pai assim: ”Deus, se é de sua vontade, afasta esse cálice de mim ,contudo não se faça a minha vontade, mas a tua.

De fato, chegou lá pouco depois Judas acompanhado de varios soldados. Havia combinado com eles que aquele que ele beijasse seria Jesus, depois ele beijou Jeseus, os soldados deram-lhe voz de prisão e o levaram, sendo tempos depois Crucificado.

As religiões que se formaram ao longo do tempo com base nos seus ensinos, sempre relembram o fato, tão doloroso quanto injusta, a dor sofrida por Jesus na cruz e, com inúmeros eventos, a celebram e enaltecem.

A verdade, porém, é que todos nós, dentro do nosso atual conhecimento da vida, o que mais desejamos é ficar longe de qualquer sofrimento e quando eles aparecem nós fazemos ao contrario do Mestre, pois pedimos com longas promessas, que ele nos seja tirado o mais breve possível.

Mal sabem as pessoas que as dores, os sofrimentos e os problemas da vida, ao conrário do acreditamos, é uma prova para tomarmos o caminho do bem e da Justiça -- que não é o caso de Jesus. Ele se sacrificou pela humanidade.

Como esclarece a doutrina espírita, vivemos inúmeras vezes aqui e em outros planos e de simples e ignorantes vamos sempre nos aprimorando, através de provas e expiações, durante as nossas encarnações.

Assim é quando numa encarnação o indivíduo estraga o veiculo fisico pelo abuso, pelo excesso de alimentacão ou de alcóolicos, embora não apresente sintomas de doenças durante a vida atual elas se manifestam na encarnação seguinte.

Todo pensamento e ação é gravado no perispirito e igualmente as atittudes erroneas dos que se envenenaram, incendiaram, ou fizeram quaisquer crimes contra o si mesmos, desrespeitando as leis de Deus, sendo egoistas, vaidosos, cruéis, adulteros, assassinos. Esses precisam limpar o seu perispirito para merecer um mundo superior, de mais alegria e bem estar. E isso se faz sofrendo todo mal feito ao próximo.

Por isso, não reclame da dor ou do sofrimento. Aceite-os como o remedio salutar para o seu crescimento espiritual. Não recuse o cálice de dor que te foi oferecido. Ele é a salvação dda tua alma imortal.


domingo, 15 de agosto de 2010

AOS EFÉSIOS (2)


Sede uns para com outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos oudros, como também Deus, em Cristo, vos pedoou.
Paulo 8.32

Pela completa ignorância da existência de Deus, os homens sempre se mostraram egoistas, cruéis e cheios de defeitos morais, resultando desse estado uma constante beligerâcia entre os povos.
Séculos atrás, no antigo Egito, houve uma tentativa, feita por Menés de ensinar a
existência de um Deus único, criador de todas as coisas, que foi aceita pelo povo. Mas com o passar do tempo e devido à sua morte, o povo Egípcio voltou a adorar vários deuses. Com o Faraó Akhenaton houve uma novaa tentativa nesse sentido , mas os sacerdotes se interpuseram e acabaram por matá-lo. Na verdade o povo não estava ainda em condições de entender essa idéia.
A terceira tentativa surgiu com Moisés, também no Egito, e devido à oposição do Faraó e à intolerância dos sacerdotes, Moisés coseguiu retirar o povo judeu daquela localidade e depois de vagar por 40 anos no deserto se estabeleceu em definitivo em Canaã.
Meditando sobre Jeová que considerava o único Deus, recebeu dele, no Monte Sinai os dez manadamentos ou como foi chamado, a tábua da Lei, ou seja, um código de comportamento moral para os povos. Esse Código que vigora até os dias atuais, foi assim concebido e ditado a ele:
1) Eu sou teu Deus e não terás outro diante de mim.
2) Não tomarás meu nome em vão.
3) Lembra-te de santificar o dia de sábado.
4) Honrarás teu pai e tua mãe.
5) Não matarás.
6) Não cometerás adultério.
7) Não furtarás.
8) Não dirás falso testemunho.
9) Não desejarás a mulher do próximo.
10) Não cobiçarás nada que seja do teu próximo.
Esses mandamentos não foram destruídos por ninguém, ao contrário, Jesus, séculos depois,veio dar-lhes o verdadeiro sentido, mostrando como vivenciá-lo no dia a dia. Ele ensinou como devemos amar o nosso próximo, como perdoá-o, como sermos bondosos e benignos uns com os outros, como sermos tolerantes, humildes, amar a Deus sobre todas as coisas, devendo os homens dar preferência a essas virtudes, do que a cultos louvando-o.
Para esse fim falou por parábolas que exemplificava as atitudes que deveriamos tomar, como por exemplo: o caso da mullher adúltera, que ele absolveu; p
ara sermos caridosos contou o caso do homem que foi atacado por bandidos e atirado quase morto na estrada; como perdoar as dividas do próximo contou a parábola do rei que perdoou o seu servo; para dizer como se reconhece um pessoa boa, comparou-as a árvores que produzem bons frutos e às más as que produzem maus frutos; para se conquistar o céu contou a parábola do mau rico e outras mais, cada uma destinada a orientar nossos passos na terra.
Apesar da sua imensa bondade e amor pelas pessoas, foi vilependiado, perseguido, traído, comparado com facínoras e finalmente condenado e crucificado. Já na cruz, às portas da morte, pede a Deus que perdoe os seus algozes, sob alegação de que eles não sabiam o que faziam. Renunciou à vida para nos trazer lições imorredouras de paz e amor.
Paulo nos recomenda sermos bons uns para com os outros pois em outras encarnações cometemos erros, praticamos atos aviltantes, sediamos ódio em nossos corações, nos vingamos, perseguimos, mas sempre fomos perdoados pela bondade e misericórdia divina. Por isso devemos refletir e não mais colecionar desapontamentos e mágoas, não guardar ressentimentos, melindres e rancores e viver como Jesus, com compaixão e amor para com o próximo. É isso que paulo quis dizer aos efésios.

sábado, 7 de agosto de 2010

RENOVAR-SE SEMPRE

No Evangelho de Marcos, no cap. 4.3, é contada a parábola em que Jesus compara o reino deDeus, a "um homem que lançou sementes na terra, e dorme, acorda, de dia e de noite, e a semente germina e cresce, sem que ele saiba como. A terra, por sí só, a produziu."
Paulo, o apóstolo, por seu turno, em carta dirigida aos seus discípulos em Corinto, esclarece que embora o nosso homem exterior se corrompa, o interior se renova dia após dia. A doutrina dos espíritos comprova o fato, ensinando a lei da reencanação, através a qual nós passamos a entender que estamos encarcerados num veículo físico pesado, o corpo, afim de que na vida, desenvolvamos - como a semente que é atirada na terra - todas as qualidades e virtudes em nós latentes. Isso se faz dia a dia, sem que nós percebamos.
A semente se desenvolve porque os elementos que a terra contém, o clima, a chuva, sol, calor, faz com que a semente surja, radiosa, como planta. Essas comparações feitas por Jesus e o apóstolo Paulo de Tarso, são bastante esclarecedoras. Mergulhamos ou renascemos na terra num corpo que se desenvolve no útero materno e, depois de crescer e atingir a sua
plenitude, começa a se deteriorar dia após dia, e disso não nos damos conta, a não ser quando chega a velhice e prevemos a desencarnação. Verificamos aí a enorme modificação que ocorreu em nossa maneira de viver, comparando-a com a da nossa juventude.
O corpo foi se deteriorando dia a dia, mas por outro lado, as circunstâncias em que nós fomos colocados na vida, pobres ou ricos, sadios ou não, as lutas pela sobrevivência, o trabalho, os estudos, as dificuldades, os esforços dispendidos fixaram em nós novos hábitos, maneiras de ver, de pensar, de agir, nos modificou. Somos então outras pessoas.
A vida é por isso um processo renovador do qual não temos como evadir, porque é uma lei da natureza. Se não colocarmos os impecilhos do desânimo, da descrença, da revolta contra as coisas que nos sucedem e tivermos fé e confiança no futuro e nos desígnios de Deus, o tempo fará
com que desperte em nós o espirito imortal. Novas qualidades e aptidões surgirão para compreender a grandiosidade do Ser que nos criou, e fazer com que, devagar, mas seguros, atinjamos as culminâncias intelectuais e morais que nos capacitarão a ver e contemplar as inúmeras belezas do reino celestial.
O que precisamos é nos reeducar pensando que somos imortais, dando tempo ao tempo para que cumpra sua função, nos renovando pelo estudo das leis divinas e pela prática do bem, com constante vigilância dos nossos pensamentos, para que sejam sempre alegres e sadios.

domingo, 1 de agosto de 2010

CORNÉLIO - O CENTURIÃO

Após a vergonhosa e infame condenação de Jesus e seu suplício na cruz, os apóstolos deram início à divulgação da sua doutrina, porém só a faziam entre os judeus, e estes não conseguiam se libertar dos ritos judaicos e das suas idéias seculares. Era um tremendo obstáculo, porque no caso da circunscisão, que causava mais polemicas, embora seja uma coisa simples nas crianças é uma prática dolorosa nos adultos e estava sujeita a infecções.
O plano espiritual para fazê –los compreender o caráter universal da doutrina de Jesus, usou, conforme consta do versiculo 10 do Ato dos Apóstolos, a pessoa de Cornélio, que vivia em Cesaréia, como centurião do Império, ou seja, comandante de uma centúria, ou um grupo de cem homens, mas era uma pessoa caridosa.
Certo dia, quando ele fazia suas orações a Deus, ouviu um espirito chamá-lo e vendo-o este lhe disse:

“Cornelio, as tuas orações e as tuas esmolas subiram à presença do Senhor e Ele lembrou-se de ti. Agora, pois, envia alguns homens a Jope e manda chamar Simão, cognominado Pedro. Ele está hospedado na casa de um certo Simão, curtidor, que se encontra junto ao mar. Ele dirá o que tens a fazer”.

O centurião obedeceu mandando dois empregados e um soldado à procura de Pedro. Eles chegaram a Joppe no dia seguinte, por volta de meio dia. Joppe ficava 45 quilômetros de Cesaréia. Naquele dia, um pouco antes da hora do almoço Pedro retira-se ao terraço para orar e tem uma visão interessante: “viu o céu aberto e um objeto que descia, semelhante a um grande lencol, baixado a terra pelas quatro pontas. Dentro havia todos os quadrupedes e reptéis da terra e aves do céu. Uma voz lhe falou:
-- "Levanta-te Pedro, imola e come”.
Pedro, porém, replicou. De modo algum Senhor, pois jamais comi coisa alguma profana e impura. De novo, pela segunda vez, a voz lhe Falou:
-- "Ao que Deus purificou, não chames profano".
Sucedeu isto por três vezes e logo o objeto foi recolhido ao céu. Nesse exato momento chegaram os homens de Cornélio e Pedro ainda ouve o espirito dizer-lhe: "
-- Alguns homens estão aí à tua procura. Desce, pois, e vai com eles sem hesitação, porque fui eu quem os enviou".
Descendo Pedro ao encontro dos homens disse lhes: “Sou eu quem procurais. Qual o motivo da vossa vinda?" Eles narraram o sucedido. Em seguida convidou-os a entrar e no dia seguinte partiu com eles até Cesaréia, onde Cornélio os aguardava, cercado de parentes e amigos íntimos.
Quando Pedro estava para entrar, o centurião saiu ao seu encontro e prostou-se aos seus pés, adorando-o. Mas Pedro reergueu-o, dizendo:
--”Levanta-te, pois eu também sou apenas um homem".
E, entrando falou com todos que ali estavam.
-- "Bem sabeis que é ilícito a um judeu relacionar-se com um estrangeiro ou mesmo dirigir-se a sua casa. Mas Deus acaba de mostrar me que a nenhum homem se deve chamar de profano ou impuro. Por isso vim sem hesitar e perguntou: por que me chamaste?"
Então Corneliio narrou o que lhe sucedera e agradecendo a vinda, disse:
--"Aqui estamos, pois, todos nós, diante de ti para ouvir tudo o que te foi ordenado por Deus."
E Pedro fez um discurso na casa de Cornélio, começando por dizer:
--“Dou-me conta,em verdade, de que Deus não faz acepção de pessoas, mas que, em qualquer nação, quem O teme e pratica a Justiça, lhe é agradável”.
E com isso foi proclamada a universalidade dos ensinos de Jesus, e cessaram as exigências dos cristãos judaisantes. O apóstolo entendeu a mensagem de que para ser Cristão deve-se amar a Deus sobre todas as coisas, ser justo e caridoso, sem necessidasde de qualquer culto ou ritual.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

ESCRAVIDÃO

"A verdadeira escravidão não é a dos corpos materiais, mas a espiritual, causada pelo desvio do rumo certo, pela perda da rota, pela desorientação que faz sair do caminho certo e verdadeiro e entre na floresta das miragens e ilusões"

Todo ato em si tem por finalidade atingir um determinado objetivo e quanto mais elevadas as promessas de satisfações e alegria que ele traz embutido, maiores serão os esforços e sacrifícios para atingí-lo. A vida, bem o sabemos, tem por finalidade o aperfeiçoamentodo ser, mais em sua essência divina e imortal do que a material, que é transitória.
Todavia, as ilusórias aparências de felicidade e gozo que a opulência material refletem, mais por liberar o esfôrço e sacrifício de luta, levam o raciocínio de muitos a se esquivar da escolha do melhor caminho a ser seguido na vida. As pessoas passam a orientar os seus atos na busca e conquista de bens materiais e, com eles, alcançar a almejada felicidade, que antevem na liberação da servidão corporal. É uma miragem, porque nunca se viu um individuo rico feliz! Ademais para se amealhar fortuna e aumentar o patrimônio material é preciso aviltar a consciência o que atraza a evolução espiritual.
O esforço para este ou aquele caminho é o mesmo, sendo que o da vida material traz uma satisfação momentânea apenas. Serve para quando muito para uma única existência terrena. A busca daa felicidade na satisfacão dos gozos da matéria cria, por outro lado, a escravidão dos sentidos.

Esse desvio do verdadeiro objetivo da própria existência faz com que se penetre num mundo de ilusões (maya), porque passamos a dar valor ao transitório e perecível em detrimento do eterno e imortal que é a própria essencia divina inserida no corpo físico.

Sendo o caminho verdadeiro a evoução do ser, esse deveria ser o nosso anseio na vida, mas o desvio do rumo leva a lutar para se possuir algo que, afinal, para nada servirá. Que desgraça terrivel essa!

Todo desejo supõe naturalmente a privação daquilo que se anseia e todas as privações são penosas. Logo, a nossa maior miséria não consiste na privação das coisas, mas na necessidade que delas se faz sentir intelectualmente. E essa desproporção entre nossos desejos e nossas faculdades a nossa miséria.

Para sair dessa situação incomoda e alcançar a felicidade plena, Buda, o iluminado, propunha a constante diminuição dos nossos desejos; e Pitagoras, o filósofo, já dizia que não adiantava procurar caminhos agradáveis. O importante, a seu ver, era saber distinguir o real do irreal e cumprir aquele caminho traçado por Deus, nosso Criador.

Jesus, o Divino mensageiro de Nazaré, dizia que o caminho era amar a Deus sobre todas as coisass e ao próximo como a nos mesmos. Qualquer um deles, para seres atrasados como nós, é difícil de ser seguido, por isso, por muito tempo, teremos ainda o aguilhão da dor para nos reconduzir à trilha certa em busca da casa do Pai Celestial.