sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

PRISIONEIROS


Para disciplinar e conter o ímpeto dos indivíduos turbulentos que compõem a sociedade e a fim de adaptá-los a uma convivência comum saudável, foram estabelecidas leis e normas que regulam os direitos e deveres do cidadão, que são ensinadas pelos pais, desde o nascimento. Muitos, porém, se rebelam e as desrespeitam e são assim, nos casos mais graves, punidos ou alijados do convivío social temporariamente.

Vê-se então as cidades com suas prisões cheias de toda espécie de facínoras, bandidos e desordeiros que põem em risco o bem-estar e a vida das pessoas. Os diretores dos presídios, como é sabido, usam em larga escala a coerção para que eles cumpram suas normas. São punições, castigos físicos, falta de alimentação, privação do sol e outras inúmeras formas que os carcereiros inventam para manter a malta de arruaceiros quieta e em ordem.
Dizem os responsáveis por eles que seria ilógico usar com esses elementos desobedientes argumentos fraternos. Eles na sua sub-cultura e primarismo mental e intelectual não entenderiam.
Pois bem. A terra em que habitamos, ínfimo planeta na constelação dos sóis que giram no espaço sem fim, assemelha-se, dizem alguns espíritos luminares, a um presídio estelar. Dele não podemos sair e somos obrigados a conviver, como qualquer preso, com um enorme contingente de indivíduos ferozes, prontos a nos agredir por um simples olhar. Todavia, é do mais elementar bom senso que ninguém é mandado para a prisão sem culpa formalizada, principalmente quando se sabe que as leis que regem o cosmo são justas e precisas. "Nem um fio de cabelo cai da nossa cabeça sem que Deus o saiba", diz a Bibllia.

Nas prisões terrenas observa-se um fato pitoresco. Ninguém se julga culpado, ou merecedor de estar alí. Sob o ponto de vista de cada um, eles são injustiçados. Fato idêntico ocorre também com a maioria das pessoas comuns. Todos se julgam merecedores de uma vida melhor e ficam reclamando do Criador, pedindo-lhe coisas que lhes daria o que chamam de felicidade. Ninguém porém cuida de cumprir e obedecer suas leis, esquecendo o egoismo e as paixões particulares e amando o seu próximo. Sofrem - como os presos rebeldes - na agonia dos dias, a coerção impingida na vida pela situação dificultosa que provisóriamente se encontram.

"Ninguém sairá da terra até que pague o último ceitil" dizia Jesus de Nazaré ao povo que o seguia pelas ruas de Jerusalém, há dois mil anos passados. Mundos de Luz alegres de felicidade aguardam todos os que, sinceros e humildes, passarem pela prisão terrena sem as revoltas que, comumente, aumentam a pena do condenado.

Aguardemos, com calma e pacientes, esse dia glorioso que há de chegar, apreendendo a respeitar a lei de Deus para gozar de liberdade. Só isso trará a felicidade.

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