sábado, 22 de outubro de 2011

C U L TO S


Todas as religiões do planeta, desde as mais primitivas, possuiam uma forma particular de homenagear sua divindade em solenidades públicas e, nesse ato de adoração, ou veneração, são executados cantos de louvor e feitas oferendas, em posição ou gestos próprios que demonstrem
a total submissão ao seu poder.
Na época de Jesus, os judeus se reuniam nas Sinagogas, liam os rolos de pergaminho da Lei, cantavam Salmos e por intermédio do sacerdote faziam oferendas a Jeová, seu Deus, de acordo com as posses de cada um, pelos favores recebidos ou graças as serem alcançadas. Eram bois, cabritos, pombas,ou dinheiro. Declarou Jesus, taxativamente, não ser o seu objetivo destruição da Lei ou dos Profetas, que eram os emissários de Jeová, mas cumprí-la. Respeitou, assim, o secular costume de dar ofeerendas a Deus, dizendo ao cego que curara: "vai apresenta-te ao sacerdote e faça a oferta que determina a Lei."
Todavia, disse também que na vida valia mais o reconciliar-se com o seu inimigo, vivendo em paz com ele, do que fazer as oferendas. Condenou como hipócritas aqueles crentes que, em vez de cuidar dos pais velhos, como determina a Lei, substituiram essa obrigação por oferendas a Jeová, acreditando que com isso estavam desobrigados de ampará-los.
O espiritismo, que tem como objetivo restaurar as práticas dos primitivos cristãos, não veio destruir nada, inclusive o hábito de cantos e oferendas a Deus e aos santos da preferência individual, mas reafirma Jesus: o mais importante é o cumprimento das leis Divinas.
Por isso, sempre que a pessoa é tocada por seus ensinamentos ocorre uma transformação profunda em suas idéias, seus conceitos de vida e modos de viver. Ela começa o seu cerimonial de reverência a Deus não mais nos templos ou na igreja mas no convivio diario com a obra divina principiando pelo respeito a natureza e amor ao próximo. Disse Jesus à samaritana: "Cre-me que a hora vem, quando nem neste monte, nem em Jerusalem, adorareis ao Pai. Porém a hora vem, e é agora, em que os verdadeiros adoradores adorarão ao Pai em espirito e verdade".
É na sinceridade e honestidade do viver, no cumprimento da Lei grafada nas consciências de cada um de nós, que o espírito cultua a Deus. É na ajuda ao seu próximo, começando no lar e estendendo o seu amor aos desvalidos da sorte, aos abandonados em orfanatos, asilos, casas de saude e aos que dormem debaixo de viadutos e pontes.
Também não se deve sair por aí mostrando-se caridoso, mas é preciso colaborar com entidades filantropicas que se dedicam à melhoria da sociedade em geral, seja qual for sua cor religiosa, desde que sejam idôneas
Amar a Deus é lutar com todas forças ao seu alcance por um mundo melhor, sem violência. É trabalhar para amenizar a dor da sociedade. É agir no sentido de transformar a terra no paraiso tanto esperado pelos filhos de Deus. É cultuar a criação em todos os instantes da vida, aperfeiçoando-se.

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