sexta-feira, 27 de maio de 2011

ESPERANTO


Dizem que por milênios ele peregrinou pela terra, vivendo ora aqui, ora ali, mas sempre com as vistas voltadas para o fenômeno liguístico, esse admirável código com que as pessoas transmitem, umas às outras idéias e emoções. Sua última encarnação deu-se em 1859 em Bialistok, uma pequena cidade da Polonia, onde falava-se, nas ruas, quatro idiomas e por essa razão havia de constantes brigas entre russos, alemães, judeus e poloneses. Seu nome: Lazaro Ludovic Zamenhof.
Ao sair de Bialistok, quando seus pais mudaram-se para a capital Varsovia, o jovem Zamenehof passou a estudar no liceu local letras clássicas e aprendeu mais o grego, o latim, o frances e o alemão. No quarto ano estudou Inglês. No último ano do Liceu, em 1878, já tinha um projeto de língua universal, o qual, porém, foi motivo de zombaria dos colegas e repreensão do pai, que queimou os manuscritos e além disso, obrigou-o a prometer-lhe abandonar essa idéia tão pouco prática.
Zamenhof formou-se em medicina e em 1886 montou seu consultório oftalmológico. Nessa época conheceu a senhorita Clara Zilbernik, da qual ficou noivo. Foi ela quem o incentivou a dar prosseguimento ao seu projeto de uma língua internacional. O pai da noiva financiou a publicação.
O primeiro livro em Esperanto apareceu em 1887. Uma pequena brochura em russo. Consistia de um esclarecido preambulo e pequena gramática e o dicionario Russo-Esperanto. Continha seis exemplos de textos na nova lingua: o Pai Nosso, alguns escritos da Genesis, uma carta modelar e três poemas. Um deles "En songo princino mi vidis", traduzido de Heine e os outros dois "Mia penso" e "Ho, mia kor" da lavra do próprio Zamenhof. Em seguida saíram as edições polonesa, francesa, alemã e a inglesa.
Ajudado pela jovem esposa, Zamenhof enviou exemplares das brochuras aos jornais, entidades públicas e pessoas notáveis desses países.
Desde a mais remota antiguidade a idéia de uma lingua internacional, através a qual as pessoas dos diferentes paises pudessem se compreender, foi considerada de grande utilildade, porque a profusão de idiomas sempre se apresentou como um sério obstáculo à comunicação entre os povos. Tentativas form feitas, mas falharam. A princípio, como todas as coisas novas, o Esperanto foi criticado, mas graças à sua grande simplicidade.
Ela tem 16 regras gramaticais, sem exceção, e conseguiu ser o idioma mais desejado por todos. Qual a razão do seu sucesso? A razão está justamente na grande facilidade para se ler, falar e escrever em Esperanto pois as regras gramaticais são muito simples e o seu pequeno vocabulário (aproximadamente 200 radicais) se aprende com extrema facilidade, porque foram extraídos dos idiomas que predominam na humanidade.
Quem não deduziria que a palavra "mono" é dinheiro ou "ãmo" é amor? Enquanto qualquer outro idioma absorve anos de estudo para no final deixar o estudante com inúmeras dúvidas , o Esperanto - essa maravilha de síntese linguística, se aprende em horas! Qual a explicação? O esperanto não trabalha com vocabulário que se transforma , dando, às palavras, às vezes pela inclusão de simples acento ou sílaba, idéia diferente da principal. Adotando uma palavra para cada coisa e usando a série de prefixos e sufixos, estes dão à raiz da língua toda sorte de transformações que ela pode sofrer. Quer dizer, quando se conhece um radical,se sabe de antemão todas as palavras que derivam dele ou a ele se relacionam. Assim, exemplificando, toda palavra terminadda em "ï" é um verbo e em "o"um substantivo.
O estudante sabe que "lerni" é aprender, mas depara-se com "lernejoj". Ele aprendeu que o sufixo "ej" designa um lugar adequado a um uso, logo o lugar adequado para se aprender é uma escola, diriamos em portugues. Mas se o estudante for chinês, lituano, francês, alemão etc, a idéia é sempre a mesma, não importando o termo que cada um deles dê a esse lugar. O que se aplica não é um processo de decorar palavras, que facilmente se esquece, mas o de raciocinar no idioma. Nisso está a razão do seu aprendizado imediato.
Mas é claro que o esperanto não substituirá os atuais idiomas. Ele será simpesmente uma lingua auxiliar, extraordinariamente flexível, com admiravel capacidade para se expressar e ainda adequada para exprimir tudo que a mente humana possa conceber. Ele é culltivado por todos que já ensaiam os primeiros passos para a confraternização universal e aproximação espiritual, porisso é chamado "O Evangelho das Línguas"

terça-feira, 17 de maio de 2011

S E R V OS

Ora, o servo não fica sempre na casa,
mas o filho fica. (João 8.13)


No capítulo 8.13 do seu evangelho, o apóstolo João menciona o diálogo do Mestre com os Judeus, que consideravam inválido o testemunho de que Jesus era filho de Deus e de que quem nele acreditasse conheceria a verdade e que esta os libertaria. Eles retrucaram dizendo que não eram escravos, mas filhos de Abraão. Disse-lhes então o mestre que eles deveriam praticar as obras de Abraão e não querer matá-lo, aduzindo: quem comete o pecado é escravo dele e não fica na casa do Pai, mas só o filho permanece sempre na casa. Não só os pecadores de todos os tempos, aqueles que ignoram Deus e desconhecem suas leis, os bandidos, os criminosos, estao submetidos como escravos impossibilitados de viver livres na casa de Deus, mas também aqueles cujos hábitos imorais e vícios físicos, os que prejudicam ao seu próximo e a si mesmos pelos pseudo prazeres que gozam numa vida inconsequente, egoísta e viciosa. Enquanto a pessoa permanece neles é escrava e lhes deve obediência, como a um dono dos quais são servos. O fumante é escravo do tabaco como o alcoólatra é da bebida e o viciado da droga, porque estão submissos a eles. Quem comete algum erro perante a vida, prejudicando seu próximo, fica escravo dele e só se libertará quando tiver ocasião de desfazer esse erro.
Na vida moral o indivíduo pode ser escravo de preconceitos pela maneira errada de encará-los. Os farizeus perseguiam Jesus por que eram escravos das leis mosaicas e repudiavam Jesus porque não entediam as lições libertadoras dos ensinos do Mestre que procurava mostrar-lhes que somente o amor salva as pessoas de serem escravas, porque perdoa os erros do seu próximo e o vê como irmão e, portanto, se coloca na casa do Pai e torna-se um liberto.

O manter no espirito mágoas, ciúmes, inveja, rancores fanatismo religioso, dogmático, egoísta, maldoso, é proprio de espíritos atrasados, mal informados das leis de Deus que estabelece que todos somos irmãos porque seus filhos.
A casa do Pai é desprovida de escravos, mas abriga seres já libertos das contingências terrenas, dos erros e equívocos, vícios e pecados, como Jesus esclareceu.
Assim para alcançar o titulo de filho de Deus mister se faz submeter-se aos seus desígnios, e o primeiro é amá-lo e ao seu próximo. Aqueles que esperam retribuição por seus atos, seja qual for a sua formaçao religiosa, não podem ser considerados, por enquanto, filhos de Deus, porque falta-lhes ainda o necessário desprendimento das coisas da terra, inclusive os que possuem riquezas materiais e gozam do bem estar, mas são incapazes de agir com bondade e amor para com o próximo, preocupando-se mais com os seus interesses particulares do que com colaborar com a obra divina melhorando-se.
Muitas vezes nem sequer agradecem a Deus pelo dom da vida e da situação privilegiada, pois desconhecem sua a paternidade, negando-a. Mas somente os escravos esperam pagamentos, os filhos não porque já vivem na casa do Pai, usufruindo do seu carinho e amor.


sábado, 7 de maio de 2011

O FILHO DO HOMEM


Jesus denominava-se a si mesmo como "Filho do homem" expressão ate hoje mal compreendida. Ela foi usada pelo profeta Ezequiel ao tempo do rei Nabucodonosor, da Assiria, quando recebeu dos espiritos superiores a incumbência de chamar a atenção do povo de Israel, que se afastara da obediencia ás leis divinas recebidas por Moisés.

O fato está descrito na Biblia da forma seguinte: "e vendo isso
, cai sobre meu rosto e ouvi a voz de quem falava." "Filho do homem põe-te de pé, e falarei contigo." "E então entrou em mim o espírito quando falava comigo, e me pôs em pé e ouvi o que me falava. E disse-me:"Filho do Homem, envio-te aos filhos de Israsel, às nações rebeldes que se rebelaram contra mim; eles e seus pais prevaricaram contra mi, até este mesmo dia.Violaram até hoje, eles e seus pais, a aliança que eu com eles fiz. (Ezequiel 1:28 2:1 2:2)

Evidente, pois, que Ezequiel ouviu a voz do Eloim da raça Hebraica, comunicando-lhe que seria enviado diante daquele povo que abandonara a aliança que ele fizera quando o retirou do jugo egípcio. No Livro Exodos está descrita assim essa aliança: "Eu sou o Senhor teu Deus que te tirei das terras do Egito, da casa de servidão não terás deuses estrangeiros diante de mim, não farás para ti imagens de escultura, nem figura alguma de tudo o que há em cima do céu, e do que há embaixo ds terra, nem das coisas que haja nas águas, debaixo da terra. Não adorarás e nem lhes dará culto". E prometeu em seguida, enquanto assim o fizesse, ampará-lo e ajudá-lo, como está bem explicado na Bíblia. Profanando o nome de Deus, mediante práticas idólatras e desligando-se assim da proteção divina, um grande perigo os ameaçava. A missão de Ezequiel era a de, em nome desse Deus, adveretir-lhes, dizendo: "Vem o fim! O fim vem sobre os quatro cantos da terra." (Ezequiel 7.1)
Essa missão que parece simples, de somente dar uma mensagem de alerta, no entanto conforme alertou o próprio espirito, graves consequências traria a ele, Ezequiel, como arauto
divino. Eles te preparam grilhões, acorrentar-te-ao e dali não sairás (idem 3:5). E mais, que
seria ferido, maltratado e humilhado e tudo lhe seria tirado. A profecia, como bem sabemos hoje, se concretizou na íntegra.

O povo de Israel não ouviu o profeta e o maltratou. Durante muito tempo, Nabucodonosor cercou a cidade e finalmente, os que se salvaram da morte foram feitos escravos e levados, acorrentados a Nínive, na Assíria. A missão de Jesus assemelha-se à do antigo profeta. Conclama o povo ao respeito das leis divinas. Estabelece o amor nas relaçoes humanas, ensinando a pratica do perdão das ofensas.
Advertiu que sem amor a Deus e ao próximo estariam fadados, após o desenlace, a vales de sofrimento e dor. Também ele foi maltratado e humilhado e finalmente crucificado. A expressão "Filho do Homem" seria, pois, a missão daqueles que em nome do Senhor advertem o povo e o conclama ao respeito às suas leis. Jesus confirmou isso várias vezes no decorrer da sua pregaçao Veja-se, por exemplo neste caso: "não tenho falado por mim mesmo, aquele que me enviou foi quem me prescreveu, por seu mandamento, o que tenho a dizer. A doutrina que prego não é minha, mas daquele que me enviou, a palavra que tenhho ouvido não é palavra minha, mas de meu Pai, que me enviou."
O que aconteceu após a advertência de Ezequiel, repetiu-se em Israel, após a crucificação de Jesus. No ano 7o da era Cristã os romanos, comandados por Tito, tomaram a Palestina e
arrasaram Jerusalem e o seu Templo, dispersando-se os judeus pelo mundo afora. É importante recordar esses fato, porque, agora, a advertêcia dos espíritos superiores, prepostos de Jesus, vem por intermédio dos médiuns, e se dirigem não a um povo circunscrito mas a toda humanidade. É claro que, ouvindo os espíritos, os médiuns não se consideram, como ponderou Kardec, de natureza excepcional mas apenas instrumentos pelos quais os espiritos se servem para alertar para o cumprimeto das leis de Deus, sempre ignoradas. E se for verdadeiro o que dizem, os rebeldes, os que após dois mil anos ainda recalcitram no mal, serão transferidos, ao desencarnarem, para mundos ainda mais atrasados do que a Terra, onde os esperam sofrimentos e dores. O aviso está sendo dado, e Oxalá tenham ouvidos de ouvir as meigas advertências do "Filho do Homem" que agora se repetem, sob todas as formas, em todos os quadrantes do mundo.