quarta-feira, 26 de outubro de 2011

O PÃO DA VIDA


A doutrina dos espíritos não aceita coisa alguma sem compreendê-la perfeitamente. É uma doutrina do bom senso, como foi classificada por um filósofo. Dessa forma nem tudo que
se lê no Evangelho é aceito exatamente como está escrito, porque nós sabemos hoje que no
decorrer dos tempos muitas coisas foram alteradas atendendo aos interesses da igreja. Na época de Jesus, por exemplo, a mediunidade era largamente praticada e o Mestre em várias ocasiões expulsou espíritos e fez muitas curas apenas colocando as mãos sobre os necessitado. Séculos depois, quem manifestasse qualquer tipo de mediunidade era taxado de louco e queimado vivo. A reencarnação pregada por Jesus foi excluída dos Evangelhos e muitos passaram a não crer nas fantasias inseridas no texto, como a de ele andar sobre a água e transformar água em vinho.
Atualmente, com a chave trazida pelos espíritos, o Evangelho passou a ser melhor compreendido. É o caso daquele relato feito pelos evangelistas em que Jesus transpôs de barco o
lago de Tiberíades para meditar com tranquilidade e foi visto por pesssoas quee formaram uma multidão ao seu redor. O Mestre teria alimentado a todos com apenas com cinco pãezinhos. Kardec, a esse respeito, fez a seguinte ponderação, que consta do Capítulo XV do livro A Gênese - Milagres do Evangelho: "Assim, ao lado do sentido alegórico moral, ele pode produzir um efeito fisiológico natural bem conhecido. O prodígio, neste caso, está na ascendência da palavra de Jesus, bastante poderosa para cativar a atenção de uma multidão ao ponto de fazê-la esquecer da fome. Esse poder moral testemunha a superioridade muito mais que um fato puramente material da multiplicação dos pães, que deve ser clasificado no campo da alegoria".
As palavras de Jesus são espírito e vida e servem para alimentar a fé e a esperança de toda humanidade, porque consolam os aflitos e desesperados, os oprimidos e os doentes quando acenam com um mundo melhor para os que não se revoltam e amam a Deus e o seu próximo. Enfim, aqueles que têm conduta moral elavada.
Jesus nos ensinou a amar a Deus e crer na sua justiça, pois Ele é a Suprema Inteligência, soberanamente justo e bom, infinito em todas as perfeições. Sem ele não mais poderíamos viver neste mundo materialista. Os que não crêem em DEUS e vivem sem religião, que só buscam os prazeres da vida, prejudicam a si mesmos e aos próximos, que não reconhece como irmãos mas como rivais na luta pela vida. As dificuldades da existência os fazem sofrer muito e, por renegar o Criador, voltarao em péssimas condições.
A doutrina dos espíritos matou a morte porque esclarece e a distingue como fenomeno natural da evolução, dando-nos ensejo de compreender as palavras evangélicas e de nos melhorarmos cumprindo o que elas pregam, vivendo de modo pacifico, cheios de confiança no futuro.

sábado, 22 de outubro de 2011

C U L TO S


Todas as religiões do planeta, desde as mais primitivas, possuiam uma forma particular de homenagear sua divindade em solenidades públicas e, nesse ato de adoração, ou veneração, são executados cantos de louvor e feitas oferendas, em posição ou gestos próprios que demonstrem
a total submissão ao seu poder.
Na época de Jesus, os judeus se reuniam nas Sinagogas, liam os rolos de pergaminho da Lei, cantavam Salmos e por intermédio do sacerdote faziam oferendas a Jeová, seu Deus, de acordo com as posses de cada um, pelos favores recebidos ou graças as serem alcançadas. Eram bois, cabritos, pombas,ou dinheiro. Declarou Jesus, taxativamente, não ser o seu objetivo destruição da Lei ou dos Profetas, que eram os emissários de Jeová, mas cumprí-la. Respeitou, assim, o secular costume de dar ofeerendas a Deus, dizendo ao cego que curara: "vai apresenta-te ao sacerdote e faça a oferta que determina a Lei."
Todavia, disse também que na vida valia mais o reconciliar-se com o seu inimigo, vivendo em paz com ele, do que fazer as oferendas. Condenou como hipócritas aqueles crentes que, em vez de cuidar dos pais velhos, como determina a Lei, substituiram essa obrigação por oferendas a Jeová, acreditando que com isso estavam desobrigados de ampará-los.
O espiritismo, que tem como objetivo restaurar as práticas dos primitivos cristãos, não veio destruir nada, inclusive o hábito de cantos e oferendas a Deus e aos santos da preferência individual, mas reafirma Jesus: o mais importante é o cumprimento das leis Divinas.
Por isso, sempre que a pessoa é tocada por seus ensinamentos ocorre uma transformação profunda em suas idéias, seus conceitos de vida e modos de viver. Ela começa o seu cerimonial de reverência a Deus não mais nos templos ou na igreja mas no convivio diario com a obra divina principiando pelo respeito a natureza e amor ao próximo. Disse Jesus à samaritana: "Cre-me que a hora vem, quando nem neste monte, nem em Jerusalem, adorareis ao Pai. Porém a hora vem, e é agora, em que os verdadeiros adoradores adorarão ao Pai em espirito e verdade".
É na sinceridade e honestidade do viver, no cumprimento da Lei grafada nas consciências de cada um de nós, que o espírito cultua a Deus. É na ajuda ao seu próximo, começando no lar e estendendo o seu amor aos desvalidos da sorte, aos abandonados em orfanatos, asilos, casas de saude e aos que dormem debaixo de viadutos e pontes.
Também não se deve sair por aí mostrando-se caridoso, mas é preciso colaborar com entidades filantropicas que se dedicam à melhoria da sociedade em geral, seja qual for sua cor religiosa, desde que sejam idôneas
Amar a Deus é lutar com todas forças ao seu alcance por um mundo melhor, sem violência. É trabalhar para amenizar a dor da sociedade. É agir no sentido de transformar a terra no paraiso tanto esperado pelos filhos de Deus. É cultuar a criação em todos os instantes da vida, aperfeiçoando-se.

sábado, 15 de outubro de 2011

TESOURO ESCONDIDO

O reino dos céus é semelhante a um tesouro que,
oculto no campo, foi achado e escondido por um
homem, o qual, movido de gozo, foi vender tudo
que possuía e comprou aquele campo
(MateusXIII.44)


JESUS usava para transmtir seus ensinamentos imagens simples, tiradas do cotidiano das pessoas. Neste caso, como naqueles remotos tempos não existiam bancos, nem cofres e as pessoas, para guardar o que de mais valioso possuiam, o enterravam dentro da própria casa
ou em algum lugar do seu terreno. Numa ocasião Jesus alude o fato de uma mulher que
perdera sua moeda e depois, achando-a, ficou contente. Ela naturalmente a enterrara e
não mais sabia onde; quando achou passou a gritar de alegria.
Ele disse claramente que onde estivesse o nosso tesouro, ali estaria também o nosso coração,
recomendando que não deveríamos acumular tesouros na terra, onde os ladrões roubam e a
ferrugem corói, mas no céu. Ao moço rico que desejava adquirir a vida eterna ele disse: "vai
vende tudo o que tens, dá aos pobres e terás um tesouro no céu.".
Todavia, atrasados intelectual e espiritualmente, e por isso mesmo cercados de dificuldades
de toda espécie, vemos nas riquezas materiais um meio de alcançar na terra a felicidade
tanto sonhada por nós. E vamos asim à cata de tesouros, hoje não mais enterrados em
terrenos, mas em negócios lucrativos que nos possam propiciar lucros exorbitantes. As leis
civis e religiosas condenam o roubo, a fraude, mas o homem não as ouve e, com astúcia, procura burlá-las; daí o aumento das prisões e dos procesos que abarrotam a justiça.
Nesse estado de espírito, incapazes de ver além do horizonte da vida material, está bem longe
de nós a pratica das virtudes cristãs recomendadas por Jesus que nos abririam as portas do céu.Mas, por maior que seja o tesouro acumulado na terra, ele perde o seu valor completamente no plano espiritual, onde vigoram somente as virtudes adquiridas na vivência terrena, tais como: honestidade, paciência, amor ao próximo, fé, caridade. Valores que geram obras construtivas de interesse e bem estar coletivo.
O campo está aí, dentro da nossa própria morada, o corpo que habitamos. Mas, cegos pelo
egoísmo, é dificil vê-lo e somente quando formos curadaos dessa cegueira é que poderemos encontrar nele um tesouro escondido e aprimorando-nos no conhecimento e bondade, adentrar no reino dos céus.

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

PODER DA FÉ

Após a cura por Pedro e João, de um homem coxo de nascimento, que vivia esmolando a porta do Templo de Jerusalém, foram eles presos e a seguir convocados a explicar perante todas as
autoridades locais "com que poder ou autoridade de quem tinham feito aquilo".
Pedro esclareceu-lhes, então. que o fora em nome de Jesus de Nazaré, o Messias, o homem que
eles haviam crucificado.
As autoridades ficaram espantadas, mas não podiam negar a cura, eis que o homem curado achava-se ali, dian te deles. Só podiam confirmar o milagre. ma1s, em conselho, dicidiram impedir a propaganda do fato. E chamando os apostolos, com ameaças, os proibiram de falar novamente a respeito de Jesus, o que eles se recusaram, dizendo que não podiam deixar de
falar das coisas maravilhosas que Jesus disse e fez.
Assim que foram soltos se reuniram com os demais discipulos e juntos agradeceram a Deus e
pediram forças para continuarem em suas pregações, resistindo as am eaças das autoridades
locais. Consta dos atos (4.31) que depois disso. o prédio onde eles estavam reunidos foi sacudido
e todos ficaram cheios do espirito santo e pregavam corajosamente aa mensagem, de Deus.
Todos os crentes eram um só na mente e no coração.
Ha que lembrar aqui, que após a crucifcação de Jesus os apóstolos se reuniam em pequenos grupos para ensinar a doutrina do Mestre. A cura do homem coxo foi, pois, o que motivou o
primeiro confronto entre os apóstolos e as autoridades que mandaram crucificar Jesus,
O desassombro de Pedro e João dizendo claramente ás autoridades que não abririam mão do
direito de falar públicamente de Jesus e dos seus feitos, demonstrava estar essa fé assentada
em pilares inamovíveis. Na sua prece, disse Pedro, num trecho "o rei Herodes, o Governador
e todos os romanos e tanto quanto o povo de Israel, estão unidos contra Jesus" e finalizou pedindo que "fosse enviado o poder curativo e que milagres e maravilhas fossem feitas em
nome de Jesus",
Colocou-se, assim, ao lado dde Deus e essa fé e confiança foi tanta que a demonstração da presença divina não se fez esperar, pois"moveu-se o lugar em que estavam reunidos e todos
ficaram cheios do espirito santo e pregavam corajosamente o nome de Deus".
A estrutura intima deles, a partir desse dia, foi profundamente abalada.
Nunca mais seriam os mesmos. Dar-se-iam se preciso, como alimento aos leões, mas não
abandonariam Jesus.
A oração, esse colóquio que mantemos com a divindade nos recompoe, nos estabiliza, porque sempre recebemos em resposta, a indicação do rumo a tomar, como Pedro e João, acossados
e ameaçados por todos os lados, pelas autoridades do seu tempo.
Se problemas ameaçam as nossas vidas oremos com confiança e o espirito Senhor nos indicará o ccaminho a tomar.









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