sábado, 30 de janeiro de 2010

O Cego de Siloé

E, passando Jesus viu um homem cego de nascença. Perguntaram-lhe seus discípulos: “quem errou, ele ou seus pais, para que nascesse cego?” Diante da ignorância do mundo, e dos males que isso acarreta, indagam sempre os amantes da verdade, se o próprio ser ou o seu criador é responsável por suas dores. Jesus, o Excelso Mestre, deu aos seus discípulos a resposta que satisfaz plenamente. “Disse: nem ele errou, nem seus pais, mas para que se manifeste nele a ação de Deus”.
Nós sabemos hoje, pelos ensinos da doutrina dos espíritos, que somos viajantes na eternidade, partindo da simplicidade e ignorância para a sabedoria e bondade infinitas. Ninguém é responsável pelos nossos erros, pois que são simplesmente frutos o nosso estágio evolutivo. Está se processado em nós o desenvolvimento da chama eterna, a “ação de Deus no nosso espírito imortal, que sai da simplicidade e parte para a sabedoria, da treva para a luz”. É na noite da nossa ignorância que surgem o males.
Vem à noite e ninguém pode agir. Nós executamos as ações de Deus quando é dia. Quando estou no mundo sou a luz do mundo explicava o Mestre. Enquanto somos crianças em espírito, cegos, nada produzimos. Aprendemos, crescemos, às vezes a duras penas, Verdadeiramente só executamos as obras de Deus, quando a bondade e a sabedoria orientar o nosso proceder. Quando a luz divina iluminar ou nosso mundo mental constantemente.
Porém, para que isso ocorra é preciso que, cegos, abramos os olhos, tiremos dele toda sujeira que inibe a manifestação dessa luz. Como fazer? “Vai, disse Jesus ao cego, lava-te na piscina de Siloé”. Ele foi, lavou-se e voltou vendo, comenta o Evangelho.
Siloé significa “Enviado”. Assim, se não mergulharmos nas orientações dos Mestres Espirituais, do
s luzeiros da humanidade, dos enviados divinos, e seguir suas pegadas, não seremos pessoas novas, não progrediremos. Viveremos impregnados das sugeira deste mundo. A matéria nos cobre e não vemos o mundo fantástico, maravilhoso do espírito.
Só a renovação constante, através das vidas sucessivas, nos dará a visão das coisas. Por que, amigo, você não mergulha, como recomendou Jesus, na piscina da bondade, do amor, da caridade e se transforme, assim, pela pratica do bem, num ser iluminado pela sabedoria divina.

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