sábado, 10 de abril de 2010

O SEMEADOR


"Ouvi. Eis que saiu o semeador a semear.
E, ao semear, uma parte da semente
caiu à beira do caminho e vieram as aves e a comeram.
Outra caiu em um solo rochoso, onde a terra era pouca,
e logo nasceu, visto não ser profunda a terra.
Saindo porém o sol a queimou e porque não tinha raízes secou.
Outra parte caiu entre os espinhos
e os espinhos cresceram e a sufocaram e não deu fruto.
Outras, enfim, cairam em boa terra
e deram fruto que vingou e cresceu,
produzindo a trinta, a sessenta e a cem por um."
Jesus


Eis que saímos todos nós, em cada existência na terra, a semear, tendo sempre por objetivo único obter uma boa colheita que nos permita, com seu produto, mudar de vida, viver com mais alegria e menos sofrimento, em mundos melhores.
Mas trazemos, ao nascer, as sementes obtidas em anteriores peregrinações no campo do Senhor, que mais das vezes não podemos nos ufanar sejam de muito boa qualidade -- por isso nossas vidas se apresentam cheias de percalços. Recomenda-se, então, bastante cuidado com o que estamos plantando no presente, vigiando sempre o plantio, porque é isso que colheremos no porvir.
O terreno, a qualidade do solo, as circunstâncias climáticas alteram-se constantemente a cada existência em que somos chamados pela lei da reencarnação, ao plantio na seara do Senhor e, com isso, vamos nos enriquecendo de conhecimentos, superando as dificuldades.
Alguns até aprenderam que em terreno inculto só nascem urzes!
Assim, quando querem colher flores, desfrutar da beleza das suas formas, do colorido, do perfume, preparam bem o terreno para que elas venham surgir, um dia, radiosas, embelezando o ambiente.
Essa a nossa vida. Todavia, muitos, vendo não percebem e ouvindo não entendem que a cada qual é dado segundo as suas obras, na mais rigorosa justiça divina.
Para ter uma vida feliz, sadia, necesssario se faz ter trabalhado e ganho com esforço próprio, no terreno do Pai Celestial.
Deixar-se ficar, como muitos, à beira do caminho da vida, chorando, reclamando, nenhum beneficio trará, e muito menos enfiar a cabeça na terra, como avestruz, ignorando as leis divinas, ou deixar-se sufocar pelas ilusões da existência, sem trabalhar no aprimoramento espiritual.
Se pretendemos a felicidade, só existe um caminho: plantá-la.
Distribuamos, na vida, por onde passarmos, as sementes da alegria, do sorriso franco, do amor ao próximo.
Perdoemos as ofensas, compreendendo que nos prejudicam, e
"porque não sabem que é a si mesmo que estão fazendo".
Amemos, de todo o coração, a nós mesmos e ao próximo, fazendo o bem largamente. Quando, amanhã, chegar o dia de colher essa messe, agradeçamos a Jesus, o Divino Mestre, que nos ensinou a plantar amor para colher amor.

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