quinta-feira, 15 de julho de 2010

ESCRAVIDÃO

"A verdadeira escravidão não é a dos corpos materiais, mas a espiritual, causada pelo desvio do rumo certo, pela perda da rota, pela desorientação que faz sair do caminho certo e verdadeiro e entre na floresta das miragens e ilusões"

Todo ato em si tem por finalidade atingir um determinado objetivo e quanto mais elevadas as promessas de satisfações e alegria que ele traz embutido, maiores serão os esforços e sacrifícios para atingí-lo. A vida, bem o sabemos, tem por finalidade o aperfeiçoamentodo ser, mais em sua essência divina e imortal do que a material, que é transitória.
Todavia, as ilusórias aparências de felicidade e gozo que a opulência material refletem, mais por liberar o esfôrço e sacrifício de luta, levam o raciocínio de muitos a se esquivar da escolha do melhor caminho a ser seguido na vida. As pessoas passam a orientar os seus atos na busca e conquista de bens materiais e, com eles, alcançar a almejada felicidade, que antevem na liberação da servidão corporal. É uma miragem, porque nunca se viu um individuo rico feliz! Ademais para se amealhar fortuna e aumentar o patrimônio material é preciso aviltar a consciência o que atraza a evolução espiritual.
O esforço para este ou aquele caminho é o mesmo, sendo que o da vida material traz uma satisfação momentânea apenas. Serve para quando muito para uma única existência terrena. A busca daa felicidade na satisfacão dos gozos da matéria cria, por outro lado, a escravidão dos sentidos.

Esse desvio do verdadeiro objetivo da própria existência faz com que se penetre num mundo de ilusões (maya), porque passamos a dar valor ao transitório e perecível em detrimento do eterno e imortal que é a própria essencia divina inserida no corpo físico.

Sendo o caminho verdadeiro a evoução do ser, esse deveria ser o nosso anseio na vida, mas o desvio do rumo leva a lutar para se possuir algo que, afinal, para nada servirá. Que desgraça terrivel essa!

Todo desejo supõe naturalmente a privação daquilo que se anseia e todas as privações são penosas. Logo, a nossa maior miséria não consiste na privação das coisas, mas na necessidade que delas se faz sentir intelectualmente. E essa desproporção entre nossos desejos e nossas faculdades a nossa miséria.

Para sair dessa situação incomoda e alcançar a felicidade plena, Buda, o iluminado, propunha a constante diminuição dos nossos desejos; e Pitagoras, o filósofo, já dizia que não adiantava procurar caminhos agradáveis. O importante, a seu ver, era saber distinguir o real do irreal e cumprir aquele caminho traçado por Deus, nosso Criador.

Jesus, o Divino mensageiro de Nazaré, dizia que o caminho era amar a Deus sobre todas as coisass e ao próximo como a nos mesmos. Qualquer um deles, para seres atrasados como nós, é difícil de ser seguido, por isso, por muito tempo, teremos ainda o aguilhão da dor para nos reconduzir à trilha certa em busca da casa do Pai Celestial.

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