quinta-feira, 16 de setembro de 2010

REFEIÇAO COM JUDEUS


É citado no capítulo 14/27 do Evangelho de Lucas, o fato de Jesus ter ido, num sábado, tomar sua refeição na casa de um judeu, a convite dele. Entre eles havia um hidrópico. É evidente que queriam é que Jesus lhes explicasse sua doutrina. Então Jesus perguntou aos judeus que lá estavam se era lícito ou não curar num sábado. Diante da mudez deles (pois sabiam que a lei de Moisés proibia) Jesus curou o hidrópico e, voltando-se para os judeu perguntou: "qual de vós, se o filho ou o boi cair num poço, não o retira imediatamente?". Eles nada puderam replicar.
Nessa mesma ocasião, ao notar que todos procuravam os primeiros lugares na mesa, Jesus, ensinando-lhes, disse: "quando alguém te convidar para uma festa de casamento, não te coloque no primeiro lugar, pois pode acontecer de alguém mais digno que você ter sido convidado e você seja obrigado a lhe ceder o lugar. Envergonhado irás para o último lugar. Por isso, ocupa o último lugar de modo que ao chegar aquele que te convidou te diga: amigo, vem mais para cima. Isso será para ti uma glória em presença de todos os convivas, pois todo aquele que se exalte será humilhado e quem se humilha será exaltado."
Jesus ensinou com essa parábola, que para comparecer na festa divina, era indispensável o abandono do orgulho (do qual os judeus não se apartavam) e ser mais humilde perante a divindade eterna.
Em seguida, dirigindo-se ao que lhe convidou para o almoço recomendou: "ao dares um almoço ou um jantar, não convides os teus amigos, nem teus irmãos, nem teus parentes, nem os vizinhos para que não te convidem por sua vez e retribuam do mesmo modo. Pelo contrário, quando deres uma festa, chama os pobres, estropiados, coxos, os cegos. Feliz serás, então, porque eles não têm como retribuir. Serás porém recompensado na ressureiçào dos mortos."
Jesus aproveitou a ocasião para contar a seguinte parábola: "Um homem estava dando um grande jantar e convidou muitos. Na hora do jantar, enviou seus servos para dizer aos convidados que tudo já estava pronto. Mas todos, unânimes, começaram a se desculpar. O primeiro disse ter comprado um terreno e precisava vê-lo. Peço desculpa. Outro disse: comprei cinco juntas de bois e vou experimentás-las. Rogo tuas escusas. Outro: casei-me e não posso ir. O servo, na volta, contou tudo ao senhor. Indignado, o senhor disse ao servo: vai depressa pelas praças e ruas da cidade e introduz aqui os pobres os estropiados, os cegos e coxos. Disse-lhe o servo: Senhor, o que mandaste já foi feito e ainda há lugar. O senhor disse então ao servo: vai pelos caminhos e trilhas e obriga as pessoas a entrarem, para que minha casa fique repleta e concluiu: Pois eu vos digo, nenhum daqueles que haviam sido convidados provará meu jantar.
Os ensinos continuaram e os judeus perceberam, apesar da forma sutíl de Jesus dizer com essa parábola que os primeiros a serem convidados para o banquete divino foram eles, que com desculpas se afastaram de Deus, mas agora Deus mandara um servo para convidar todos os crentes e ensinar a bondade e amor a todos os seus filhos.
Depois desse almoço Jesus de retirou dali e uma grande multidão o acompanhava. Ensinou a renúncia dizendo: "se alguém vem a mim e não odeia seu próprio pai e mãe, mulher e filhos,e até a sua propria vida, não pode ser meu discípulo. Quem não carrega a sua cruz e não vem após mim, não pode ser meu discípulo.
Cumpre destacar aqui que o homem é mantido vivo devido as suas paixões e posses, e progride à medida que a razão vence as paixões. No livro sagrado dos Hindus, o Bhagvad Gita é analisada essa terrível luta, na qual é mostrado que devemos matar nossos pais, mães, irmãos, amigos, ou seja, tudo o que nos prende ao mundo, os quais amamos e respeitamos. Romper os laços que nos ligam a eles é muito difícil. Jesus recomenda o amor e a renúncia, seguindo com humildade para atingir o objetivo.
Colocandfo os ensiamentos em termos práticos, Emmanuel, no livro "Fonte Viva" psicografado por Francisco Candido Xavier, esclarece que a classificação do discípulo não é verbal, mas um conjunto de deveres para conosco mesmos, tais como abrandar o temperamento, garantindo o nosso equilíbrio. Servir à comunidade da qual fazemos parte. É necessário carregar a nossa cruz com firmneza, sem revoltas ou fugas. Dever e renovação. Serviço e aprimoraento. Ação e progresso. Responsabilidade e crescimento espiritual. Aceitação dos impositivos do bem e obediência ao padrão do Senhor

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