terça-feira, 29 de setembro de 2009

Invisíveis

A descoberta, pela ciência, dos infinitesimais, redundou, como era óbvio, num rápido e crescente desenvolvimento da higiene pública, a fim de se obstar a proliferação de moléstias trazidas pelos invisíveis seres que partilham da vida ao nosso lado.

Salvaram-se com isso, desde então, milhares de criaturas cujas vidas eram ceifadas diariamente pela morte, sem causas conhecidas.

Não houve trégua, a partir daquela época, ao novo mundo descoberto. Grandes foram os progressos feitos no acirrado e contínuo combate a esses invisíveis seres malignos que se infiltram em nosso corpo sob inúmeras formas.

Igualmente, naquela mesma época, ficou também cientificamente provada a existência, ao nosso redor, acotovelando-se conosco, das almas dos mortos que, como nós, continuam vivendo e progredindo, num mundo de estreita relação com o nosso, a ponto de influir em nosso pensamento, no nosso viver, de acordo com a lei de afinidades que o pensamento cria.

Por negligência humana, talvez, esse notável fato não ofereceu as mesmas premissas de progresso científico, que seriam de esperar de tão importante descoberta, redundando tão somente para uns, o consolo na morte de parentes e amigos e, parfa outros, motivo de discussão filosófica e religiosa.

Porém, ao analisar esse fato e meditar sobre as consequências advindas de recebermos influências na nossa conduta, por aqueles que nos precedem no túmulo, havemos de convir, naturalmente, na premente necessidade de mantermos a higiene constante do nosso pensamento, com vigilância assídua do mesmo, a fim de não darmos oportunidade às influências nefastas que podem de alguma forma nos tornar joguetes de sentimentos menos dignos e contrários a sã conduta cristã.

É evidente que seres com as mesmas condições de analise e raciocínio que as nossas, dotados igualmente dos mesmos vícios e paixões, que amam e sofrem como nós, podem, sem ser notados - como os infinitesimais - usando a lei das afinidades, alterar o nosso bem estar moral e físico, senão adotarmos , de nosso turno, medidas saneadoras que nos garantam a continuidade da felicidade terrena.

Todavia, se no caso do combate ao micróbio usamos a limpeza e a higiene e em ultimo caso os exterminamos com remédios adrede preparados, não podemos usar idêntico recurso com o mundo invisível que nos rodeia, formado pelos espíritos, pois estes se aproveitam unicamente da nossa sujeira mental, que aumentada e ampliada ocasiona males de toda sorte, como bem se pode imaginar.

Neste particular, pois, a única medida defensiva - couraça inexpugnavel que nada atravessa - é a constante vibração de amor a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Mundo Dualista

Dizem alguns pensadores que nós vivemos num nundo dualista, onde tudo tem o seu oposto, o que de fato podemos observar. É dessa forma que pensamos e talvez por essa razão Jesus disse que o mundo tem duas portas (Matheus VII), a larga e a estreita -- e nos recomenda entrar pela estreita porque ela nos conduzirá à vida.

Todavia, a porta estreita é rejeitada pela maioria dos homens que prefere a porta larga, de vez que a porta estreita exige esforço, trabalho, lutas, obediência às leis dos homens e dos preceitos espirituais.

Mas a porta larga não conduz à vida, no dizer de Jesus, porque as pessoas que a preferem são as que ignoram a espiritualidade e vivem de forma egoísta e orgulhosa. São violentas, cheias de ódio e rancor e querem que prevaleçam sempre seus desejos e pontos de vista.

As leis da vida são as promulgadas pelos governos do país onde nascemos e devemos obedecê-las ou seremos multados ou presos. As leis divinas são aquelas ditadas pela nossa consciência e as reveladas pelos lidderes religiosos de todos os tempos -- e têm por objetivo conduzir ao equilíbrio, a paz entre os homens e a prosperidade geral.

É muito simples de entender, mas muito dificil de pôr em pratica pelos homens da atualidade, que querem viver como bem entendem, o que ocasisona atritos e gera beligerâncias.

Mas, se prezamos nossa liberdade e temos o livre arbítrio, devemos respeitá-las porque seremos um dia cobrados por issso, agora ou no futuro porquanto leis invisíveis nos verão como uma nuvem de testemunhas (como diria Paulo de Tarso) e não adiantam mutretas, conchavos ou compra de juízes venais, para se furtar delas.

A porta estreita é a que conduz à vida porque nela exercemos a reforma íntima, com renúncia do plano material, amando o nosso proximo, vivendo sem ódios ou rancores, aceitando de bom grado as dificuldades da vida

Ela é percorrida pelas pessoss de boa vonade, mansas e pacíficas, que acreditam em Deus e confiam que Ele tem um objetivo para cada um dos seus filhos. Por isso, no mundo materialista, ela é apertada, pois o crente tem que se conduzir nele com calmaa, humildade e alegria -- ao mesmo tempo em que deve suportar os desmandos dos profanos, dos bandidos e assasinos sem coração.

É esse esforço para se melhorar que premiará com a vida em planos melhores.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O medo da morte

Exceção feita ao espiritismo, todas as demais religiões existentes no planeta não sabem perfeitamente como é a vida no plano espiritual e dela fazem conjecturas de acordo com a tradição de cada uma. Todas, porém, dizem que após a morte o espirito da pessoa terá dois destinos para viver na eternidade:o céu aos que foram religiosos e tementes a Deus e só fizeram o bem; e o inferno para os maus e ateus. Algumas pregam o purgatório onde a alma fica à espera de seu jugamento no final dos tempos, que não se sabe quando se dará.

Assim, cada qual da suas idéias a respeito de que nos espera aós a morte.

Resulta disso que os homens temem ter que enfrentar o desconhecido, o fenômeno da morte, não acreditando, a maioria, nos dizeres das igrejas e creem que com a morte tudo se acaba.
Essa situação gerou a necessidade das religiões criarem cultos e rezas para pedir a Deus que perdoe as faltas dos falecidos e que sejam bem recebidos na nova morada. O espiritismo, porém, como costuma entrar em contato com os falecidos, sabe perfeitamente como será a vida após a morte e por essa razão não deve teme-la e muito menos pedir perdão de eventuais equivocos durante a vida, porque sabe que nada lhe será cobrado, além da sua capacidade de entendimento e desde que agiu sempre com consciência tranquila.

Por meio dos novos livros espiritas principalmente os recebidos mediuinicamente pela psisografia de Francisco Candido Xavier, ficamos sabendo, em detalhes, o modo de viver na espiritualidade e que não existe inferno, céu ou purgatório, e a vida continua com trabalhos e aperfeiçoamentos com vistas ao progresso espiritual. Existem também livros de Luiz Sergio e Patricia que esclareceem bem o assunto. Seremos o que hoje somos.Trata-se de um retorno a casa paterna e seremos recebidos com muito amor por aqueles que lá deixamos quando mergulhamos na carne para resgate de nossas faltas do passado.
É uma situação quase semelhante com aquela da encarnação. Os que se comprometeram a ser nossos pais, ao tomarem conhecimento da nossa vinda, se emocionam e, com carinho, vão cuidando da nossa futura roupa, do lugar acolhedor no lar e nos cobrem de bejos quando nascemos. É evidente que o conforto, o amor ao rencarnante é diferente para cada um pois tudo respeita a cultura e a posição que ele tomará na nova vida.
De igual forma, o desencarnante será bem recebido na colonia espiritual de onde é originário se agiu de conformidade com as leis divinas, segundo o seu entendimento. Todavia, se prevaricou não terá a mesma recepção. Aderiu ao seu perispirito formas-pensamentos que o conduzirão a um local que se coadune com elas e de onde sairá depois de livrar-se delas. Poderá ficar no que eles chamam de umbral ou trevas até a recuperação espiritual no que será sempre ajudado pelos mensageiros divinos e seus familiares. Ninguém ficará ali para sempre, pois todos estamos submetidos a lei do progresso.

sábado, 19 de setembro de 2009

As tuas luzes

Ninguém acende uma lâmpada para colocá-la debaixo da cama, mas sobre um móvel para que ela ilumine todo o comodo, disse Jesus certa feita, na sua liguagem figurada das coisas espirituais.
Luz quer dizer conhecimento, na sua acepção mais ampla e todos que o têm pocuram divulgá-lo, ensinando os demais, aclarando assim, o caminho dos seus semelhantes.
O conselho dado é que se observe bem o conhecimento que se transmite, afim de não ensinar errado, conduzindo ao mau caminho aqueles que ouvem, fazendo com que se percam nas trevas.


Todo aquele que transmite conhecimentos, traz à luz do dia, a claridade que possui interiormente porque todos só falamos o que sabemos. Por isso, é bom analisar, se queremos aconselhar, aonde estamos conduzindo quem nos ouve. Podemos talvez conduzí-lo ao precipício, não a um caminho amplo e seguro. Infelizmente é isso que ocorre muito frequentemente nos caminhos da vida.

O escritor que insinua a revolta, que transmite o desamor, ensinando a violência para a solução dos problemas diários, está semeando trevas no caminho dos seus leitores.
O educador que aprova preconceitos e prega a desunião, instila ódio em seus alunos e os está levando por um camimho escuro que os conduzirá à derrocada.


Em todos os terrenos da atividade humana nos encontramos com aqueles que, sob pseudo-autoridade, estão conduzindo pessoas ao mau caminho, seja por vaidade pessoal, ou interesse.
Mas como existe uma lei divina, declarando que a semeadura é livre, mas a colheita obrigatória, todos aqueles que escurecem os caminhos do seus semelhantes, terão que, também, palmilhá-los no futuro.

Por isso, vemos ao nosso redor, colhendo os frutos amargos da desilusão, aqueles que, no passsado, só plantaram espinhos e urzes em suas vidas. Observa, pois, se a advertência evangelica não cabe a ti e reforma-te, se for o caso, para não caires no precipício, por falta de luzes íntimas.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Conselhos úteis

Quantos de nós somos como "fogo de palha". Logo depois de começarmos um trabalho ou estudo, na primeira dificuldade, abandonamos tudo.

Outros parecem "mulas", pela teimosia em querer manter a todo custo os seus pontos dee vista.
Também perde-se muito tempo em lamentações quando as coisas não são como desejávamos que fossem.

E quantas vezes fugimos do problemas que nos incomodam.

Medite um pouco nestes conselhos dados por André Luiz, espírito de inúmeras obras psicografadas por Franciso Candido Xavier:

Cultive a perseverança, na direção do melhor; jamais a teimosia em pontos de vista.
Aceite as suas desilusões com realismo, extraindo delas o valor da experiência, sem perder tempo em lamentações improdutivas.
Convença-se de que você somente solucionará os seus problemas se não fugir deles.
Decepções, embaraços, desenganos e provações são marcos no caminho de todos. O que importa não é o sofrimento e sim nossa reação diante dele.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

A máscara

Para alegrar um pouco as crianças abandonadas, frutos de amores desfeitos, da irresponsabilidade e da pobreza do espírito humano, minha sobrinha teve a feliz idéia de contratar um conjunto, desses que incentivam, nas casas burguesas, aniversários infantis.

Numa tarde de domingo o levou a um orfanato.

Entre guloseimas e refrigerantes, que saboreavam ávidamente, as crianças assistiam, alegres, as peripécias inventadas pelo conjunto para fazê-las feliz e dar-lhes, assim, um pouco do que estavam carentes: afeto, carinho, amor.

Em dado momento, um dos integrantes do conjunto, retornou ao palco improvisado num canto do salão, vestido como se fora um macaco. Os menorzinhos se encolheram amedrontados e mostraram medo diante do animador travestido de animal e queriam fugir dali. Então alguns, os mais velhos e experientes, explicaram que não era preciso ter medo pois não passava de uma representação.

Dentro do macaco estava um homem. Mas notava-se a precaução, a desconfiança porque não viam, na sua inocência, o palhaço por dentro da roupa, mas o macaco por fora dela.

Num átimo, ocorreu-me então considerar que sucede conosco, encarnados, exatamente o contrário.

Vieram-me à mente os versos conhecidos do poeta: "Se se pudesse ver através da mascara da face"...

De fato, nunca vemos as pessoas como são na realidade -- mas o que aparentam; o que, no palco da vida, representam ser.

Inúmeras vezes o ser humano, por fora, encobre um perigoso animal no seu interior. Se o víssemos como ele realmente é, fugiríamos apavorados, como as crianças diante do palhaço travestido de macaco.

Muitos dos que se ocultam num corpo humano, que vestem roupa de gente, são piores do que os animais, do que tigres, onças, macacos.

Os pais daquelas crianças abandonadas neste mundo tão hostil, o que seriam? Os animais não abandonam suas crias ao "Deus dará" como eles fizeram.

Quantas pessoas, na ingênua sinceridade como a daquelas crianças, são presas fáceis de espertalhões. Acreditam como verdadeiras, inúmeras vezes, as máscaras humanas que os cercam na vida diária: no politico, rodeado de acólitos, todo veemência a apregoar sua total honestidade no trato das coisas publicas; no patrão, com ar compungido, a negar aumento salarial sob alegação de que os negócios andam mal; no médico, com ar apreensivo, a assegurar que a operação é urgentíssima e inadiável; no vendedor, convicto, a afirmar, de pés juntos, que o seu produto é o melhor e mais barato. Todos parecendo, não sendo. Ninguém desejando se mostrar como é de fato. Grande palco a vida. Quantos artistas !

Abram bem os olhos, porém, os que agem assim, porque ao fechá-los, ao cruzar as fronteiras do túmulo, outro mundo encontrarão, no qual o que vale é o ser, não o parecer. Mundo autêntico esse do espírito, onde ficarão à mostra, visíveis, porque impressas no períspirito, todas as mazelas que se ocultam na vida através da máscara da face.


Por isso nos recomenda Kardec, no Livro dos Espíritos: "…dome as paixões animais; não alimente ódio, nem inveja, nem ciúme , nem orgulho, não se deixe dominar pelo egoísmo, purifique-se nutrindo bons sentimentos, pratique o bem, não ligue às coisas deste mundo a importância que não merecem", para não se tornar motivo de piedade quando for visto através da máscara da face.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Céu e inferno


Fomos ludibriados, durante séculos, pela idéia da existência, depois da morte, do céu e do inferno, inventado pelos lideres religiosos.

Hoje comprendendo melhor o universo, sua beleza, sua grandiosidade, nosso bom senso se recusa, terminantemente, a crer que Deus -- nosso Criador e de todas as coisas -- seja de uma crueldade tão grande. Arrepia só pensar em aguardar, inutilmente, um jugamento no final dos tempos. Ou virar brasa na fogueira do inferno.

Ao que parece, essa idéia era utilizada pelos religiosos (e ainda é) para subjugação da consciência das pessoas e obter lucros com sacrificios, missas, doações para compra de indulgências ou acalmar a ira da divindade.

Absurdo ou infantilidade?

Crer nisso é um verdadeiro atraso mental que gera o pavor da morte, o desconhecimento da imortalidade ou a descrença em Deus.

O tema foi objeto de estudo do professor Alan Kardec no seu livro chamado "O Céu e o Inferno". É bom ler atentamente para entender bem este assunto.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Paternidade

Deus é a inteligência suprema e a bondade infinita.
Ele não pune seus filhos. Mas estabeleceu
leis pelas quais todos colhem, obrigatoriamente,
o que semeiam. E para isso lhes deu a vida sem
fim, como meio de se corrigirem.
Plante flores, alegrias, amizades, amor, bondade
para colhê-las no amanhã de sua vida

domingo, 13 de setembro de 2009

Os ritos

As religiões oficiais, na sua maioria, procuram, através da magia dos ritos próprios, fomentar a devoção dos seus seguidores e infundir neles o conhecimento que possuem das leis de Deus e o respeito a elas.
Todas apresentam um mestre ou líder a ser reverenciado e ser seguido como exemplo de vida.
O adepto deve compreender o seu pensamento e pelo esforço identificar-se com ele.
Algumas delas, porém, chegam ao absurdo de gerar fanáticos que até matam para a defesa do seu líder.
A obediência e devotamento chegam a ser cegos.
A doutrina formulada pelos espíritos não possui ritos e nem mestres para orientar os seus adeptos.
Todavia, nos centros de estudo é esclarecida a necessidade de cada um dos membros, por conta própria, desenvolver a inteligência através do estudo e a bondade pela pratica constante do bem.
Ensina que fomos criados simples e ignorantes por uma inteligência suprema, causa de tudo quanto existe, e que pelo esforço e trabalho em sucessivas encarnações passaremos a estágios mais evoluídos e melhores, em outros planetas.
Somos dessa forma herdeiros dos nossos atos e suas consequências.
As incontáveis moradas da casa do Pai, mencionadas por Jesus, são os astros que enfeitam o céu e nos quais iremos morar um dia, a medida que formos evoluindo em inteligência e bondade.
As dores e os sofrimentos que temos são causadas por nossos erros em vivências passadas e
vão desaparecendo na medida em que formos suprimindo-os. A recomendação, pois, é que cada um faça um exame de si mesmo (conhece-te) e aos poucos retire os pensamentos negativos que modelam seu carater e causam mal e doenças em sua vida, atual e futura.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Viver alegre

Devemos sempre cultivar a alegria, a disposição, o otimismo.

As pessoas alegres são radiantes e
expansivas, criando para si um campo energético positivo e atraindo pessoas e situações cada vez melhores, ao passo que a tristeza torna as pessoas pessimistas, mórbidas, fechadas, carrancudas, opacas e são consideradas espiritualmente como almas enfermiças.

Geralmente as
pessoas tristes se julgam vítimas do destino e injustiçadas. Ledo engano. Todos estamos onde merecemos, segundo o que construímos.

Alegria, pois a alegria é a "saude da alma".

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Queixas

A doutrina dos espíritos, como terceira revelação, nos traz imensas consolações no presente e abre horizontes ilimitados e novas experiências nas futuras encarnações.
Nelas podemos nos aperfeiçoar, moral e intelectualmente, o que não deixa de ser maravilhoso.
Não se queixe dos tropeços e dificuldades do momento, pois nos espera um mundo encantado.