sábado, 7 de agosto de 2010

RENOVAR-SE SEMPRE

No Evangelho de Marcos, no cap. 4.3, é contada a parábola em que Jesus compara o reino deDeus, a "um homem que lançou sementes na terra, e dorme, acorda, de dia e de noite, e a semente germina e cresce, sem que ele saiba como. A terra, por sí só, a produziu."
Paulo, o apóstolo, por seu turno, em carta dirigida aos seus discípulos em Corinto, esclarece que embora o nosso homem exterior se corrompa, o interior se renova dia após dia. A doutrina dos espíritos comprova o fato, ensinando a lei da reencanação, através a qual nós passamos a entender que estamos encarcerados num veículo físico pesado, o corpo, afim de que na vida, desenvolvamos - como a semente que é atirada na terra - todas as qualidades e virtudes em nós latentes. Isso se faz dia a dia, sem que nós percebamos.
A semente se desenvolve porque os elementos que a terra contém, o clima, a chuva, sol, calor, faz com que a semente surja, radiosa, como planta. Essas comparações feitas por Jesus e o apóstolo Paulo de Tarso, são bastante esclarecedoras. Mergulhamos ou renascemos na terra num corpo que se desenvolve no útero materno e, depois de crescer e atingir a sua
plenitude, começa a se deteriorar dia após dia, e disso não nos damos conta, a não ser quando chega a velhice e prevemos a desencarnação. Verificamos aí a enorme modificação que ocorreu em nossa maneira de viver, comparando-a com a da nossa juventude.
O corpo foi se deteriorando dia a dia, mas por outro lado, as circunstâncias em que nós fomos colocados na vida, pobres ou ricos, sadios ou não, as lutas pela sobrevivência, o trabalho, os estudos, as dificuldades, os esforços dispendidos fixaram em nós novos hábitos, maneiras de ver, de pensar, de agir, nos modificou. Somos então outras pessoas.
A vida é por isso um processo renovador do qual não temos como evadir, porque é uma lei da natureza. Se não colocarmos os impecilhos do desânimo, da descrença, da revolta contra as coisas que nos sucedem e tivermos fé e confiança no futuro e nos desígnios de Deus, o tempo fará
com que desperte em nós o espirito imortal. Novas qualidades e aptidões surgirão para compreender a grandiosidade do Ser que nos criou, e fazer com que, devagar, mas seguros, atinjamos as culminâncias intelectuais e morais que nos capacitarão a ver e contemplar as inúmeras belezas do reino celestial.
O que precisamos é nos reeducar pensando que somos imortais, dando tempo ao tempo para que cumpra sua função, nos renovando pelo estudo das leis divinas e pela prática do bem, com constante vigilância dos nossos pensamentos, para que sejam sempre alegres e sadios.

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