terça-feira, 14 de dezembro de 2010

SALVE MARIA !


Quase todas as mães dos grandes vultos da humanidade ficam em segundo plano na vida em relação aos seus filhos -- e isso não incomoda ninguém. Mas quando se trata da mãe de Jesus, o ser mais perfeito que passou pela terra, as pessoas ficam ávidas por saber como seria ela fisicamente, quais suas qualidades pessoais, suas virtudes e sua origem para merecer tão súbita honra.

Muito pouco se sabe a seu respeito e ninguém poderia imaginar, na ocasião, que de modesta familia hebréia nasceria o maior lider espiritual do mundo. Sabe-se que tinha a beleza pura das moças de sua raça e que foi educada para o matrimônio, como a maioria das meninas de então, no Colégio de Jerusalém. Podemos imaginar que, aliada à simplicidade que lhe era inata, fosse amorosa e profundamente devotada a Jeová.

A maternidade é sagrado seviço espiritual. Forças superiores são mobilizadas e desenvolvidos cuidados especiais para garantir o sucesso do nascimento. E como entre mães e filhos existe uma afinidade magnética, os pensamentos do ser que a mãe acolhe no seu ventre, envolvem-na totalmente. Por isso Maria, durante a gravidez, via belíssimas entidades espirituais e as elevadas vibrações do filho em gestação propiciavam-lhe sublimes emoções e alegria intraduzíveis. Ela vivia em estado de graça.

Crer, porém, que ela engravidou-se por obra do espírito santo, com o diz a lenda, é inverossímil. Deus não derrogaria suas leis perfeitas somente para que nascesse uma criança, embora ela pudesse vir a ser o salvador do mundo.

O Evangelho, ao relatar fatos da vida de Jesus, menciona ter ele tido irmãos e irmãs, nomeando-as. Diz Matheus: "porventura não é ele (referindo-se a Jesus) filho do oficial carpinteiro? Não se chama sua mãe Maria e seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? E acrescenta: "e suas irmãs, não vivem entre nós? Estas chamavam-se : Ana, Andréia e Elizabeth."

O pai, José, pelo que se sabe, era tido como um justo, ou seja, um profundo repeitador da Lei mosaica. Era viúvo quando casou-se com Maria, trazendo consigo os filhos do primeiro casamento, o que prova que ela criou, além dos próprios filhos, os enteados. Por isso é de se supor que os trabalhos diários, de arrumaçao do lar, o preparo da comida, a lavagem das roupas do marido e das crianças, a educação deles, deveria absorver quase todo o tempo de Maria.

Como, porém, em todas as pequenas cidades, afastadas do tumulto de Jerusalem, a vida era simples e pacata, sempre sobrava tempo para o entendimento fraterno entre as famílias. O primogênito de Maria devia ser alvo dos comentários das vizinhas, por se tratar de uma criança de beleza invulgar.

Não deve ter causado estranheza que, em crescendo, pelo seu saber e bondade maifestas, tornou-se divulgador das leis de Deus e, desde cedo, aglutinou em torno de si seguidores, devido sua liderança inata. Isso deveria ser muito grato a Maria, bondosa e meiga, que seu filho fosse, como o pai, muito religioso e amado por todos de Nazaré.

Jesus inicou sua pregação aos 30 anos e Maria, então, provavelmente, já deveria ter netos das filhas e filhos casados, dedicando-se naturalmente a eles. Não acompanhava o Mestre na sua peregrinação e trabalho, divulgando suas idéias evangélicas. Sabe-se, porém, que esteve presente em algumas das suas pregações acompanhando-o junto com os discípulos. Certa ocasião mostrou sua preocupação com os caminhos que tomava sua liderança espiritual, pois era público e notório que escribas e farizeus, invejosos, procuravam enquadrá-lo como violador da lei, o que era perigoso.

Após a crucificação e morte de Jesus Maria auxiliou na divulgação do Evangelho ao lado do apóstolo João, com quem morou até o seu desenlace, bem idosa, em Éfeso, na Grécia, Ali contava a todos que a visitavam, detalhes e particularidades de Jesus.

O que chama a atenção de todos é o tremendo impacto sofrido poe elas, ao ver seu filho, bondoso, amoroso, inteligente, ser cruelmente crucificado como se fora um reles bandido. A imensa dor de Maria transformou-se em dor para todas as mães do mundo, e sua alegria a de todas as mulheres que têm a ventura de ser mãe.,

Os pintores, com imaginação fertil procuram pintá-la com traços doces e olhar meigo, sereno. Na realidade ela foi a mulher mais maravilhosa do mundo, pois do seu ventre nasceu Jesus, nosso Mestre. Salve Maria !

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