segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

O MERGULHO

O mergulho, ou banho do batismo que se faz ao encarnar, representa a metanoia que o indivíduo se propõe a executar. O banho lava-o d0 passado e ele trabalha agora num novo caminho. Enfrentará o diabo no deserto, passará fome, comerá pedras se for preciso, como diz a parabóla, mas não voltará aos caminhos de outrora, que foram de violências, de lutas fraticidas, de descrença. Ele aprendeu que Deus é Pai amoroso e misericordioso e jamais desampara seus filhos, mesmo se forem atirados do pináculo do Templo
Mas o que faz o indivíduo chegar a esse ponto de convicção? Será que ele comeu ou bebeu alguma coisa que afetou o seu oganismo, sua mente, dando-lhe disposição nova? Ou por acaso a dor, opressiva, dilacerante, alterou seus fundamentos íntimos, predispondo-o a tudo sofrer sem reclamações, acreditando-se filho de Deus? Será algo interior ou exterior que leva a pessoa a procurar novos caminhos para conquistar seu bem estar, a felicidade?
Não acreditamos que seja produto de coisa exterior que se coma ou beba como alucinógenos ou drogas, produtos de solidão e desencanto, mas certamente é produto de maturação, de compreensão forçada pelo carisma de alguém que conseguiu fazer a pessoa entender, acender a chama interna do amor, inserida no coração humano. São palavras, são fatos vistos ou relatados que têm o condão de ativar a chama oculta no íntimo do ser.
O mergulho na outra face da nossa vida requer confiança em si mesmo, por que toda transformação requer primeiro a destruição completa do edifício em que nos assentamos, mais das vezes por longo tempo. Mas sem coragem, arrojo, determinação, nada se faz de duradouro e eterno.
Avante filhos de Deus, o futuro nos aguarda sorridente.

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