quarta-feira, 21 de setembro de 2011

FAMILIARES (2)


Dias atrás escrevi sobre a guerra contra os familiares que recomendara Jesus aos seus discípulos e esclareci que por "familiares" nossos entendemos que são os defeitos, as nossas paixões, os vícios que devem ser combatidos.
Por ocasião das última ceia, Jesus conversou com os discípulos e retornou ao assunto, porém de forma diferente. Falou do combate decisivo que eles deveriam travar, dali por diante. Lembrou que quando foram difundir a boa nova ele recomendara que fossem sem bolsa, sem alforge, nem sandália e nada lhes faltou.
"Agora, porém vos digo: quem tem uma bolsa, tome-a, como também aquele que tem um alforge e quem não tiver uma espada venda as vestes para comprar uma, pois eu vos digo é preciso que se cumpra em mim o que está escrito: 'ele foi contado entre os iníquos' e no que me diz respeito está sendo cumprido."
Os discípulos não entenderam a mensagem e imediatamente lhe trouxeram duas espadas. É um tremendo absurdo crer que Jesus, exemplo de amor e bondade, tenha dito como sua última recomendação que dali por diante se armassem. Ele naturalmente quiz dizer-lhes que após a sua morte eles continuariam a vida normal com o destino previsto a cada um deles. Ele estava cumprindo o seu.
As espadas reepresentam, uma a vida material, a luta que teriam para a obtenção do pão nosso de cada dia e todos os problemas que a vida acarreta a cada um de nós.
A outra espada representa a luta íntima, contra os nossos familiares: nossas deficiências, os vicios, nosso atraso mental, a ignorância, a dificuldade de perdoar nossos inimigos. Para isso é necessário armar-se de muita fé e esperança, armas que nos da plena confiança em Deus.
Fé e esperança não são virtudes inoperantes, mas as que constroem alguma coisa de valor
como fizeram os discípulos, abrindo a comunidade Cristã para ajudar os pobres e necessitados divulgando a doutrina do Mestre, com entrega total de suas vidas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário