quinta-feira, 4 de novembro de 2010

A CASA MENTAL


Todos estão vivendo num mundo

de sua própria fabricação.

Pessoas existem nas maiores e melhores cidades do mudo, algumas vivendo em belíssimas mansões, servidas por numerosa criadagem e que, no entanto, se julgam infelizes -- algumas de elevadas posses, se suicidam. Por outro lado, existem aqueles que vivem em enxergas e pardieiros, felizes e contentes e, apesar da pobreza franciscana, estão cheios de esperança e fé no futuro. O que determinaria essa brutal diferença entre eles?
Parece-me que os abastados estão desejando a cada instante coisas materiais que lhes proporcionem maior prazer e alegria, ou situações que enalteçam sua vaidade. Às vezes abrem o caminho à força para atingir seus objetivos. Viram-se ora para um lado, ora pra outro e, sem um objetivo definido na vida, ficam ao sabor das circunstâncias do momento. Estabelecem barreiras politicas, éticas e religiosas que cerceiam a penetração em outros ambientes. Por fim se cansam dessa vida inglória, sem sabr ao certo o fim porque foram colocadas na terra e morrem, sem nada ter feito.
O mundo físico é igual para todos, pobres ou ricos, porque a matéria organizada obedece leis eternas. Todo ser tem um ciclo de vida em razão do ambiente em que se desenvolveu e do fim a que foi destinando pelo Criador. Além do corpo físico limitado ao seu ambiente, o homem, com o correr dos tempos, por ser muito egoísta e sem o domínio da mente, aferra-se a este mundo irreal e fica ao sabor das situações do momento. Suas idéias o fazem sofrer. Mas esse mundo subjetivo, mental, aquele em que cada um de nós vive, bem ou mal, alegre ou triste, foi criado por nós mesmos e está cheio de fantasias, medos, ódios, amores, e se moldou em tempos anteriores a este. São disposições pessoais do espírito imortal, é o fruto do seu progresso ou atraso mental na escalada da eternidade, e dá o tom pela maneira particular de encarar e ver as coisas no ambiente em que vive.
Logo, as alegrias e tristezas não procedem do ambiente em que se vive e nem proporcionam o que se chama felicidade mas é a disposição íntima, o pensamento, que dá a coloração à vida. Mudar de lugar, acercar-se de coisas e títulos, não traz bem estar -- que este não depende de onde se está ou do que se tem, mas do que se é.
É indispensavel ao progresso um controle emocional e mental, desde a mais tenra idade, para que as pessoas façam frente aos ambientes em que vivem e isso só é dado pelas religiões de vanguarda, que estudam e cantam a vida, sem aberrações.

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