quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

RENOVAR-SE SEMPRE



Marcos no capítulo 3 de seu evangelho retrata a seguinte parábola de Jesus:


"acontece com o reino de Deus o mesmo que com o homem que lançou  a semente na terra: ele dorme e acorda de noite e de dia, mas a semente germina e cresce, sem que ele saiba como. A terra por si mesma produz fruto: primeiro a erva, depois a espiga e, por fim, a espiga cheia de grãos."


Paulo de Tarso, por seu turno, em carta dirigida aos seus discípulos, em Coríntio, esclarece que embora nosso homem exterior se corrompa, o interior se renova dia a dia.
A doutrina dos espíritos comprova os fatos, ensinando a lei da reencarnação, através da qual nós passamos a entender que estamos encarcerados num veículo físico pesado, o corpo, a fim de desenvolvermos -- como a semente atirada à terra -- todas as qualidades em nós latentes. Isso se faz dia a dia sem que nós percebamos.
A semente se desenvolve porque os elementos que a terra contem -- o clima, a chuva, o sol, o calor -- fazem com que a semente surja radiosa como planta. 
Essas comparações feitas por Jesus e Paulo são bastante esclarecedoras. Mergulhamos ou renascemos na terra num corpo que se deteriora dia a dia e disso não nos damos conta, a não ser quando chega a velhice e prevemos a desencarnação e verificamos a enorme modificação em nossa maneira de viver, comparando com as da juventude e da madureza.
O corpo foi se deteriorando dia a dia, mas por outro lado, as circunstâncias em que fomos colocados na vida, pobres ou ricos, sadios ou não, as lutas para sobrevivência, o trabalho, os estudos, as dificuldades do dia a dia, os esforços despendidos fixaram em nós novos hábitos, maneiras de ver, de pensar, de agir, nos modificaram.
 A vida é por isso um processo renovador do qual não temos como nos evadir, porque é uma lei da natureza. Se não pusermos empecilhos como desânimo, descrença, revolta contra as coisas que nos sucedem e tivermos fé e confiança no futuro e nos desígnios da providência, o tempo fará com que despertem em nós novas qualidades e aptidões do espirito imortal e compreenderemos a grandiosidade do ser que nos criou e faz com que, devagar, seguros, atinjamos as culminância morais e intelectuais que nos capacitarão a ver e contemplar as inúmeras belezas do mundo celestial.
O que precisamos é nos reeducar para vivermos na eternidade, dando tempo ao tempo para que ele cumpra sua função, renovando-nos pelos estudos das leis divinas e pela prática do bem, com constante vigilância dos nossos pensamentos para que sejam sempre alegres e sadios.

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