segunda-feira, 23 de novembro de 2009

As aristocracias

São muitas as pessoas que não acredtam que o mundo possa melhorar e que surja uma nova ordem na forma de se viver. No livro Obras Póstumas, Allan Kardec apresenta um estudo bem interessante a esse respeito, com o titulo acima.

Em rápidos alinhavos, Kardec mostra a evolucão social do mundo, desde as primitivas tribos selvagens que colocavam o grupo sob direção dos mais idosos. Mais tarde, devido as constantes lutas com vizinhos, o comando passoou a ser dos mais fortes para protegê-los. A autoridade da força bruta foi a segunda aristocracia. O mundo, então, ficou dividido em fracos e fortes. Estes com os bens que possuiam tansmitiram aos filhos a autoridade. Surgiu a aristocracia do nascimento, que, além de criar leis para proveito próprio, criou o "direito divino" para manter-se no poder.
Com o correr dos tempos, os menos favorecidos tornanaram-se maioria e, pela força, aboliram os privilégios e proclamaram a igualdade de todos perante a lei. Surgiu assim uma nova potência: a do dinheiro, com o qual se dispõe das coisas e dos homens. Todavia, para conssegui-lo e necessário certa dose de inteligência. A essa nova força todos podem curvar-se sem se envilecer, pois pertence tanto ao rico como ao pobre.
Será a última? Será a mais alta expressão da humanidade civilizada? Não.
A inteligência nem sempre constitui penhor de moralidade e o homem mais inteligente pode fazer péssimo uso das suas faculdades. A moralidade sózinha pode ser incapaz. A união das duas - inteligência e moralidade - é necessária para criar uma preponderância legitima a que os povos se submeterão, pela confiança na sua justiça. Quando os homens de tal categoria formarem maioria, o povo confiará em seus intereses.
Todas az aristocracias tiveram sua razão de ser. Nasceram do estado da humanidade. Mas nenhuma teve por base o princípio moral e só ele constitui uma supremacia durável, porque terá a animá-la os sentimentos de justiça e caridade .
Cada século se assinalou por um progresso. Por que a humanidade pararia agora? Por instinto os homens procuram o bem estar -- e onde poderão encontrá-lo senão no reino da moralidade?
Os maus são numerosos, é verdade. O que, porém, faz com que eles pareçam ainda mais numrosos é que têm audácia e sabem que ela lhes é indispensável. De tal modo entretanto compreendem a preponderância do bem, que não podendo praticá-lo, com ele se mascaram.
Os bons, ao contrário, não fazem alarde das suas boas qualidades, não se põem em evidência, dai o parecerem poucos. Nos povos mais adiantados e mais bem governados o crime é exceção, prevalecendo mais os vicios de carater como o orgulho, o egoismo a cupidez.
Por que, progredindo, os vicios não se tornariam exceção? Negar isso é negar o progresso. Isso certamente não é obra de um dia, mas se há uma causa capaz de apressar-lhe o advento, essa causa é, sem dúvida, o espiritismo, por mostrar que as provas da vida atual são consequência dos atos de existências anteriores.
A vulgarização universal do Espiritismo dará, necessáriamente, uma elevação do nivel moral da humanidade, ele pode ser considerado um dos mais fortes precursores da aristocracia do futuro

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