segunda-feira, 30 de novembro de 2009

O Cristianismo e Espiritismo

"Depois que fostes iluminados vos transformastes em um novos homens", disse Paulo aos seus discipulos.
É uma verdade inconteste e vamos explicar como a entendemos.
Naquela época, a população era constituída por noventa por cento de escravos, obtidos sempre por guerras. A vida era cruel, como cruéis eram os homens, que ignoravam a palavra misericórdia ou amor. Predominava a força em toda a sua extensão. O próprio Deus adorado era, como o povo, violento. Roma cultuava-se Marte, o Deus da Guerra, e Israel adorava Jeová, o Deus dos exércitos.
Com as pregações de Jesus na Judéia, nasceu o amor entre os homens e o Deus tranfigurou-se em um Pai bondoso e cheio de amor por seus filhos, um Deus que mandava as pessoas perdoarem seus inimigos. O seu Sermão da Montanha é um libelo contra a violência e um hino de amor a todos os seus filhos em sofrimento.
Paulo, sem qualquer duvida, foi o maior propagador da nova doutrina, depois de tê-la perseguido. Teve a idéia de pregar os ensinamentos de Jesus aos Pagãos, criando igrejas por todos os lugares onde passava -- e sempre foi perseguido pelos Judeus, que não aceitavam esse novo entendimento dos ensinamentos biblicos, chegando ao ponto, depois de terem crucificado Jesus, de mandar Paulo, o novo cristão, preso, à capital do Imperio Romano para ser julgado.
Mestre Jesus foi aceito por todos os deserdados da sorte e recriminado pelos poderosos que não o entendiam, porque consideravam covardia o amor ao próximo e o perdão os inimigos um absurdo.
Assim, passaram a perseguir e matar aqueles que aceitavam e praticavam os ensimentos de Jesus. Os Romanos, por seu turno, os consideravam perigosos uma vez que, no futuro, poderiam - ao ver deles -- tornarem o império num país de covardes que perdoam seus inimigos.
Na verdade estavam, os que assim pensavam, felizes com a situação que desfrutavam. Os cristãos sofreram os maiores vexames, mas conseguiram depois de séculos se firmarem como doutrina e se alastraram pelo mundo.
O Espiritismo, doutrina de bom senso, que conseguiu explicar de forma coerente os ensinamentos de Jesus, revivendo a lei da reencarnação e mostrando os problemas pessoais e coletivos por um prisma mais lógico, também teve e tem os seus detratores, que procuram sob todas as formas destruí-la.
Dizem alguns que Moisés proibiu a invocação dos mortos e que o Espiritismo é coisa do diabo e seu acompanhamento leva o homem a loucura. Tiveram a idéia de queimar os livros de Kardec em praça pública, como se estivéssemos ainda na época da Inquisição.
Mas o Espiritismo sobreviveu por causa das pessoas que, como os seguidores de Jesus, se transformaram em homens de bem, úteis á sociedade, repletos de paz e amor ao próximo. Pessoas de bom senso e equilibrio, honestas, que deverão formar, no futuro, uma sociedade mais justa, porque conhecedoras das leis da reencarnação e de causa e efeito. O seu Deus não é mais o patrono da guerra ou dos exércitos, mas "uma inteligência suprema, causa primária de todas as coisas" ; o seu lema é "Fora da Caridade não há Salvação" e sua ação acompanha as forças positivas deste mundo, ensinadas por Jesus.

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