sábado, 28 de novembro de 2009

Ouvirás decerto

"Salva-te a ti mesmo e desce da cruz"

Conta-nos Marcos em seu Evangelho que, estando Jesus pregado na cruz, os transeuntes o injuriavam dizendo que ele deveria salvar a si mesmo, descendo da cruz. Do mesmo modo os chefes dos sadacerdotes caçoavam dele entre si e com os escribas, dizendo:
"Salvou os outros e a si mesmo não pode se salvar. Se fores Messias desce da cruz para que creiamos".
Esse dito e muitos outros foram feitos pelos que se acercavam da cruz, com tal desrespeito a Jesus, ignorando tudo o que de bom ele havia feito para o povo. Mas não era só o povo que o injuriava, também os farizeus hipócritas e os chefes dos sacerdotes, aos quais ele dissera que eram lobos famintos que exploravam a casa de Deus, que não cumpriam a lei. Eram uns usurpadores do Templo.
Ora, se o Mestre de infinita bondade e amor, na hora mais dificil da sua vida, traído que fora e que estava sendo crucificado injustamente, como réles ladrão, mereceu dos homens que não o entendiam, tratamento tão ultrajante, não espere seu discipulo sincero, empenhado no testemunho de amor ao próximo, tratamento melhor daqueles que ainda não compreendem as leis da vida e vivem apenas o momento presente, cheios de ilusões.
O saudoso e querido médium Francisco Candido Xavier sofreu durantte toda a sua vida de vários males físicos e estava quase cego mas, apezar de carinho para com todos, não deixou de ser agredido e chamado por muitos de charlatão.
Quantos cristãos, em tarefa de caridade, de ajuda ao proximo, não são alvo de insinuações malévolas da parte dos que não os entendem, Se a pessoa é espirita e crê na ajuda dos espíritos do Senhor, pois que não entendem a doutrina, acham que ela deveria estar imune a doenças e a criticam por isso.
Cada passo no caminho do bem encontrará o discipulo de Jesus os eternos farizeus a criticarem e duvidarem da sua sinceridade, exigindo provas para crer. Devemos entender, como Jesus, que são espíritos atrasados que desconhecem a grandiosidade do universo de Deus e devemos orar e pedir por eles, como fez o Mestre do alto da cruz, pedindo ao Pai que perdoasse os seus algozes, porque não sabiam o que estavam fazendo.
É indispensável, diz Emmanuel, que nos revelemos a altura do conhecimento superior demonstrando que os princípios sublimes da fé não se movimentam na direção do conforto imediatista na carne, mas sim no rumo do burilamento espiritual. Diz mais: "é o exemplo que demonstra ser o Evangelho não oficina de vantagem na vida, mas templo de trabalho redentor consertando a nós mesmos".
Recomenda ele que ajudemos ao nosso próximo, mesmo a custa da incompreensão dos homens, uma vez que a lei do amor é o sustentáculo do universo. Não acreditemos estar imunes as investidas das trevas, mas saibamos colocar luz onde houver trevas.
Devemos ver o espiritismo como uma força educativa que mostrará a luz divina que nos tornará bons, desculpando as ofensas gratúitas, e não exigindo que nossos adversários pensem e vivam como nós.

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